IBOVESPA +0,55% | 144.872 Pontos
CÂMBIO +0,13% | 5,40/USD
O que pode impactar o mercado hoje
Ibovespa
O Ibovespa encerrou a quarta-feira em queda de 0,6%, aos 144.873 pontos. No cenário internacional, as tensões comerciais entre Estados Unidos e China permaneceram no radar dos investidores após o secretário do Tesouro americano, Scott Bessent, confirmar que a Casa Branca estuda impor restrições às exportações de softwares produzidos com os EUA para a China. No Brasil, a temporada de resultados do 3T25 teve início com a divulgação do balanço da Weg (WEGE3, +0,9%), cujos números vieram em linha com nossas estimativas, embora alguns sinais positivos comecem a aparecer para a companhia (veja mais detalhes aqui).
A ação da Vamos (VAMO3, +5,5%) subiu, estendendo o movimento de 6,9% de alta do último pregão, após a companhia divulgar sua prévia operacional do 3T25, que veio em linha com as expectativas dos nossos analistas, apresentando um sólido crescimento de receita (veja aqui o comentário completo). Na ponta negativa, Assaí (ASAI3, -7,1%) recuou, após um banco de investimentos rebaixar a recomendação dos papéis da companhia de neutro para venda.
Nesta quinta-feira, destaque para os dados de vendas de casas existentes nos EUA referentes a setembro. Pela temporada internacional de resultados do 3T25, os principais balanços serão Blackstone, Intel, Ford e Newmont. No Brasil, teremos os balanços de Agrogalaxy e Usiminas.
Renda Fixa
As taxas futuras de juros encerraram a sessão de quarta-feira com fechamento ao longo da curva. Nos Estados Unidos, os juros dos Treasuries foram influenciados por incertezas nas negociações com a China e notícias sobre possíveis restrições a softwares, elevando a cautela dos investidores. No Brasil, a curva local também encerrou em queda, sem grandes novidades no noticiário local que justificassem o movimento. Assim, os rendimentos das Treasuries de dois anos terminaram o dia em 3,44% (- 0,95bps vs. pregão anterior); enquanto os de dez anos em 3,94% (- 2,3bps). O DI jan/26 encerrou em 14,9% (+0,2bp vs. pregão anterior); DI jan/27 em 13,88% (- 4,6bps); DI jan/29 em 13,15% (- 5,9bps); DI jan/31 em 13,42% (- 6,5bps).
Mercados globais
Nesta quinta-feira, os futuros nos EUA avançam levemente (S&P 500: +0,1%; Nasdaq 100: +0,1%) após resultados mistos de grandes companhias e nova alta expressiva do petróleo. Tesla cai 3,5% no pré-mercado tendo divulgado lucro trimestral abaixo do esperado, abrindo a temporada de balanços das Magnificent Seven. IBM recua 6,5%, com receita em linha, mas abaixo do esperado em software, enquanto T-Mobile e Blackstone divulgam resultados antes da abertura e a Intel apresenta seu balanço após o fechamento.
Os preços do petróleo sobem mais de 4% após novas sanções dos EUA contra gigantes russas de energia, pressionando Moscou a encerrar a guerra na Ucrânia. Os investidores também aguardam o CPI de setembro, adiado pelo shutdown, que agora está em sua quarta semana, que deve ajudar a calibrar apostas de novo corte de 0,25 pp pelo Fed na próxima reunião.
Na Europa, as bolsas operam em alta (Stoxx 600: +0,2%) com foco em uma leva de resultados trimestrais. As ações da Kering disparam 9,9% após o grupo reportar receita de EUR 3,4 bi, superando o consenso do mercado, ainda que as vendas da Gucci tenham recuado 14% no ano. Lloyds (-0,2%) divulgou lucro antes de impostos de £1,2 bi, levemente acima do esperado, e SAP (-2,5%) apresentou crescimento de 7% na receita, impulsionado pelo avanço de 22% em cloud. O mercado também repercute a alta do petróleo e as novas sanções da União Europeia contra o setor energético russo.
Na China, os mercados fecharam em alta (HSI: +0,7%; CSI 300: +0,3%) acompanhando a recuperação do petróleo e o alívio parcial nas tensões comerciais com os EUA. Em Hong Kong, o Hang Seng foi impulsionado por ganhos no setor de tecnologia, enquanto no continente o CSI 300 avançou com apoio de estatais de energia. No Japão, o Nikkei 225 caiu 1,4% e o Topix recuou 0,4%, interrompendo a sequência de recordes, com pressão sobre SoftBank (-4,7%) após a empresa anunciar emissão de títulos em dólar e euro para financiar novos investimentos em IA.
IFIX
O Índice de Fundos Imobiliários (IFIX) encerrou a quarta-feira em queda de 0,12%, acumulando perdas de 0,60% em outubro, refletindo uma correção após o movimento de valorização dos últimos meses. Os FIIs de Papel foram o destaque negativo da sessão, com recuo médio de 0,14%, enquanto os FIIs de Tijolos registraram variação média de -0,04%. Entre as maiores altas do dia, destacaram-se CACR11 (+2,7%), BLMG11 (+2,2%) e RBRL11 (+1,9%). Por outro lado, as principais quedas ficaram com BTAL11 (-3,6%), PVBI11 (-1,8%) e ITRI11 (-1,8%).
Veja todos os detalhes
Empresas
Minerva (BEEF3) | O caixa reina; prévia de resultados do 3T25
- Estamos projetando um trimestre forte devido a: (i) volumes robustos nos mercados interno e externo; (ii) preços de exportação mais altos, impulsionados principalmente pela China; e (iii) a finalização da aceleração dos ativos adquiridos recentemente.
- Projetamos margens estáveis T/T devido à desvalorização do USD e aos preços mais altos do gado, especialmente no PRY e URU. No geral, estimamos uma receita líquida de BRL 15,0Bi (+8% T/T) e um EBITDA ajustado de BRL 1,4Bi (+8% T/T). Além dos resultados sólidos, projetamos que a Companhia iniciará seu processo de desalavancagem devido à melhora nos lucros e liberação de capital de giro, especialmente pelas vendas de 60% do estoque acumulado nos EUA.
- Como resultado, projetamos uma geração de fluxo de caixa livre de BRL 600Mn no 3T, sendo o principal destaque do trimestre. A melhora na conversão de caixa deve ser bem recebida pelos investidores, portanto esperamos uma reação positiva no preço das ações da Minerva, nossa Top Pick.
- Link: https://conteudos.xpi.com.br/acoes/relatorios/minerva-beef3-previa-de-resultados-do-3t25-o-caixa-reina/
Suzano (SUZB3): Desafios na China permanecem… mas novas oportunidades surgem em outros lugares
Feedback da Reunião com o VP Global de Vendas de Celulose da Suzano
- Na semana passada, realizamos um evento com Leonardo Grimaldi, vice-presidente global de vendas de celulose da Suzano, para discutir a estratégia da empresa e as perspectivas para o mercado de celulose.
- Como destaque, o Sr. Grimaldi indicou
- (i) várias oportunidades no mercado de celulose, como o fornecimento de madeira de fibra curta para players integrados de alto custo (especialmente na Europa/América do Norte) para acelerar a substituição fiber-to-fiber, o que vemos como particularmente importante para mitigar o crescente perfil integrado dos fabricantes de papel na China. Além disso,
- (ii) a empresa continua otimista com a implementação dos aumentos de preços anunciados recentemente, já que vários produtores chineses de celulose estão operando abaixo dos custos aos preços atuais de celulose (principalmente fábricas mais antigas). Por último,
- (iii) espera-se que a integração vertical na China fique moderada nos próximos anos, com o crescimento estruturalmente limitado da oferta de madeira a aliviar as pressões de médio prazo sobre os preços da celulose.
- Clique aqui para acessar o relatório completo.
WEG (WEGE3): Em geral, em linha, embora surjam sinais positivos
- A WEG apresentou resultados neutros no 3T25, com lucro líquido de R$ 1,65 bilhão, em linha com as expectativas (+3% vs XPe, +5% A/A).
- A receita líquida atingiu R$ 10,3 bilhões, um aumento de +4% A/A (também +4% A/A, excluindo aquisições e FX neutro), com forte desempenho do EEI nos mercados interno e externo (refletindo atividade industrial positiva, apesar de um ambiente de investimento restritivo) compensando o desempenho doméstico mais fraco do GTD (-7% A/A), o ponto fraco em nossa visão após as entregas de geração solar mais fracas.
- Do lado da rentabilidade, a margem EBITDA foi ligeiramente melhor sequencialmente em 22,2% (+0,1p.p. T/T, contrastando com as expectativas gerais de pressão de margem), beneficiado principalmente por um melhor mix de produtos.
- Embora o crescimento de curto prazo permaneça limitado pela capacidade limitada de T&D, o resiliente segmento de EEI da WEG e os sinais positivos dos players sustentam uma perspectiva relativamente construtiva para os segmentos relacionados à indústria, com crescimento de lucros de dois dígitos esperado para retomar até 2027E.
- Embora reiteremos nossa recomendação Neutra, acreditamos que a assimetria é positiva para as ações a preços atuais.
- Clique aqui para acessar o relatório completo.
GPA (PCAR3): Pimentel renuncia como CEO; mudança pode refletir nova família no controle
- Hoje, o Grupo Pão de Açúcar divulgou um fato relevante informando ao mercado que o Sr. Marcelo Pimentel renunciou ao cargo de CEO da empresa e membro do Conselho;
- Como resultado, o Sr. Rafael Russowsky foi eleito CEO interino, acumulando suas funções atuais como CFO e Diretor de RI;
- Esse anúncio ocorre após a primeira mudança de controle no GPA em mais de uma década, com a família Coelho Diniz agora ocupando a maioria das cadeiras do Conselho (5 de 9), anteriormente controladas pelo Casino;
- Vemos isso como uma continuação dos recentes ajustes de governança do GPA, com notícias locais antecipando que poderemos ver mudanças potenciais na gestão decorrentes dessa movimentação;
- Além disso, observamos que o novo Conselho deve revisar as estruturas de custos e planos de investimento, com um possível aumento de capital na agenda de curto prazo;
- Clique aqui para acessar o relatório completo.
MBRF (MBRF3) | Prévia do resultado do 3T25: primeira impressão
- No primeiro trimestre de divulgação após a conclusão da fusão, esperamos que a diversificação de proteínas e geográfica da Companhia mostre sua força. Projetamos volumes mais fortes T/T para a BRF, tanto no Brasil quanto no Internacional, para compensar preços e margens mais baixos. Como resultado, projetamos que a receita da BRF aumente 11% T/T e estimamos um EBITDA praticamente estável T/T em BRL 2,5Bi (margem de 14,7%, -190bps T/T).
- Para a National Beef, projetamos melhora na margem EBITDA ajustada de 100bps T/T para 1,8%, refletindo spreads melhores, enquanto a América do Sul se beneficiará da combinação das plantas no Uruguai, com margens permanecendo na faixa de dois dígitos baixos.
- No geral, projetamos receita líquida de BRL 42,6Bi (+13% A/A e +12% T/T) e EBITDA ajustado de BRL 3,4Bi (-12% A/A e +10% T/T).
- Link: https://conteudos.xpi.com.br/acoes/relatorios/mbrf-mbrf3-previa-do-resultado-do-3t25-primeira-impressao/
Mercado Livre (MELI34): Sala de guerra do e-commerce
- Após nosso relatório Cinco batalhas, uma guerra, no qual fazemos um mapeamento abrangente das diferentes “batalhas” (Frente de Frete, Arena de Anúncios, Guerra de Custos, Ofensiva de Marketing e Conflito de Categorias) travadas entre MELI, Amazon, Shopee e TikTok Shop, apresentamos agora um novo produto voltado para acompanhar os últimos desenvolvimentos no cenário competitivo do e-commerce: O XP Sala de Guerra do E-commerce;
- Nesta edição, focamos nos movimentos recentes da Amazon, Shopee e MELI;
- A principal conclusão é que a Amazon intensificou claramente seus investimentos, enquanto o MELI adotou uma estratégia mais arriscada para defender a competitividade de sua plataforma;
- Clique aqui para acessar a relatório completo.
Instituições financeiras: Expansão de portfólios, fortalecimento das margens
- Esta é a nossa prévia do 3º trimestre de 2025 para Neobancos:
- Como a tese de alavancagem operacional para ambos os Neobancos permanece válida, antecipamos mais um trimestre de crescimento da base de clientes combinado com expansão do ARPAC e controle do CTS.
- Em relação ao Portfólio de Crédito, esperamos mais um trimestre de crescimento significativo. No entanto, esse crescimento deve vir de fontes diferentes:
- Enquanto o Inter deve apresentar um desempenho positivo em Consignado Privado e Hipoteca/Home Equity, para o Nu estimamos um crescimento mais concentrado em crédito não garantido, como Cartões de Crédito e Empréstimos Pessoais.
- Antecipamos mais um trimestre de expansão do NIM para ambos.
- Quanto à Qualidade de Crédito, embora os NPLs devam apresentar apenas um aumento modesto, espera-se que as provisões cresçam por mais um trimestre, refletindo o aumento do Portfólio de Crédito em linhas de maior risco.
- No caso do Nu, vale destacar o ajuste na remuneração de depósitos no México, que deve começar a mostrar sinais iniciais de redução das despesas com juros.
- Dito isso, esperamos que o crescimento da receita supere o crescimento das despesas, o que deve levar a índices de eficiência estáveis ou em queda.
- Clique aqui para acessar o relatório completo.
Petrobras (PETR4) | 3º Ciclo da oferta permanente de partilha de produção
Ontem (22/10/2025), a ANP realizou sua Oferta Permanente de Partilha de Produção, leiloando sete blocos – dois na Bacia de Santos (Ametista e Esmeralda) e cinco na Bacia de Campos (Larimar, Ônix, Citrino, Itaimbezinho e Jaspe) – totalizando uma área de 8.182 km²;
- O bônus de assinatura total arrecadado pelo governo foi de R$ 104 milhões (cerca de US$ 19 milhões). A bacia que atraiu mais interesse – e bônus de assinatura – foi a Bacia de Campos (R$ 69 milhões; 66% do total), seguida pela Bacia de Santos (R$ 34 milhões; 34% do total). O pagamento do bônus de assinatura total foi dividido entre as empresas vencedoras da licitação: Petrobras (35,7%); Karoon Brasil (32,5%); Equinor Brasil (30,8%); CNOOC Petroleum (0,7%); e Sinopec (0,3%);
- O valor total pago em bônus pela empresa foi de R$ 37 milhões (cerca de US$ 7 milhões). A empresa concorreu com a Prio pelo bloco Citrino, na Bacia de Campos, e ofereceu o maior excedente de petróleo à União de 31,19%, em comparação com a oferta da Prio, de 22,24%. Em Jaspe, a Petrobras apresentou duas propostas por meio de consórcios separados; a proposta vencedora, em parceria com a Equinor Brasil (40%), ofereceu um excedente de petróleo à União de 32,85%, enquanto o segundo consórcio – composto pela Petrobras (40%), Chevron (36%) e Qatar Energy (24%) – ofereceu 28,89% de petróleo de lucro.
Confira o aqui relatório completo
WEG (WEGE3): Pesquisa XP: um tom neutro geral sobre os resultados da WEG
Mapeamento do sentimento do investidor após a divulgação da WEG no 3T25
- Após o resultado da WEG no 3T25, realizamos uma pesquisa com investidores para mapear as impressões e o posicionamento dos investidores.
- Os resultados apontam para uma visão predominantemente neutra, com a maioria dos investidores não vendo o resultado como um trigger para WEGE3.
- Observamos a rentabilidade como a principal surpresa positiva, apesar de o sentimento permanecer equilibrado e não influenciado por incertezas macroeconômicas.
- Consistente com esse cenário, observamos que os resultados foram amplamente em linha, mas o melhor desempenho de EEI e os sinais de aceleração da entrada de pedidos apoiam nossa visão construtiva de longo prazo.
- Clique aqui para acessar o relatório completo.
Alocação & Fundos
Principais notícias
- Fundos Imobiliários (FIIs): confira as principais notícias
- Fundos imobiliários voltam a cair e IFIX fecha com segundo pior resultado do mês (Suno);
- Novo episódio do Liga de FIIs debate papel da gestão pró-cotista nos resultados (InfoMoney);
- RBVA11 vende cotas do Iguatemi Faria Lima por R$6 milhões (ClubeFII);
- Clique aqui para acessar o relatório.
ESG
Líderes da UE vão debater alinhamento entre metas climáticas e maior competitividade das empresas | Café com ESG, 23/10
- O mercado fechou o pregão de quarta-feira em território positivo, com o IBOV e o ISE avançando 0,55% e 0,06%, respectivamente;
- No continente africano, segundo o ministro da Eletricidade e Energia da África do Sul, Kgosientsho Ramokgopa, o país espera retirar o status de “manutenção e cuidado” do seu reator modular de Leito de Seixos (PBMR) até o primeiro trimestre do próximo ano, ou antes – “estamos bastante avançados em nossos processos internos para justificar a retomada do PBMR”, disse Ramokgopa em coletiva de imprensa;
- Na União Europeia, (i) os EUA e o Catar alertaram o grupo de que seu comércio, investimentos e fornecimento de energia serão prejudicados, a menos que o bloco recue em novas e rigorosas regras climáticas e de direitos humanos – Washington e Doha afirmaram que a Diretiva de Due Diligence de Sustentabilidade Corporativa da UE representa uma “ameaça existencial” ao crescimento, à competitividade e à resiliência da economia europeia, além de colocar em risco sua segurança energética; e (ii) os líderes dos países da UE vão debater nesta quinta-feira como alinhar metas climáticas ambiciosas com o fortalecimento da competitividade de suas empresas, buscando fechar um acordo sobre uma nova meta de emissões para 2040, apesar da crescente resistência de alguns Estados-membros às medidas ambientais;
- Clique aqui para acessar o relatório completo.

Se você ainda não tem conta na XP Investimentos, abra a sua!
