IBOVESPA +0,2% | 116.933 Pontos
CÂMBIO +0,1% | 5,19/USD
O que pode impactar o mercado hoje
Temores com a variante ômicron e o discurso do presidente do Fed, Jerome Powell, contribuíram para o Ibovespa fechar o último dia de novembro com variação negativa de 0,87%, aos 101.915 pontos. Enquanto isso, o Real valorizou 0,28% frente ao Dólar americano, fechando em R$ 5,62. As taxas futuras de juros encerraram a última sessão do mês em baixa, com maior intensidade nos vencimentos mais longos. O movimento foi direcionado pelos impactos desinflacionários que a nova variante da Covid-19 pode causar na economia, além da aprovação do relatório da PEC dos Precatórios na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado. DI jan/22 fechou em 8,76%; DI jan/24 foi para 11,575%; DI jan/26 encerrou em 11,28%; e DI jan/28 fechou em 11,31%.
Ainda no Brasil, os dados de desemprego e resultado primário do Setor Público Consolidado vieram melhores do que o esperado ontem. A taxa de desemprego brasileira atingiu 12,6% no 3º trimestre ante 13,1% no trimestre móvel encerrado em agosto, resultado melhor do que nossa estimativa (12,8%) e do consenso das ruas (12,7%). Apesar da melhoria recente, a população ocupada e a PEA situaram-se em 1,8% e 0,9%, ainda abaixo dos níveis pré pandêmicos. Do lado fiscal, esperamos que o superávit acumulado dos governos regionais seja suficiente para aproximar o setor público do superávit e a dívida bruta abaixo de 80% do PIB até o final deste ano. Hoje o destaque é a votação da PEC dos Precatórios hoje no plenário do senado.
As bolsas internacionais amanhecem positivas (EUA +1,2% e Europa +1,1%), devolvendo parte das perdas de ontem, enquanto investidores digerem o anúncio do presidente do Federal Reserve, Jerome Powell, afirmando que existem riscos de termos uma inflação mais elevada de forma mais permanente nos EUA e que poderão acelerar o ritmo de redução da injeção de liquidez na economia americana. Os comentários de Powell aumentaram os rendimentos do Tesouro dos EUA, especialmente na ponta curta da curva. Setores relacionados à reabertura também voltaram a se recuperar, uma vez que, apesar dos riscos, segundo a Universidade de Oxford, também não há evidências de que a ômicron tornará as vacinas e tratamentos atuais menos eficazes. Até o momento, casos da nova cepa foram identificados em mais de 12 países, causando novas restrições em viagens provenientes do continente africano. Na China, o índice de Hang Seng encerra em campo positivo (+0,8%) após sequência de perdas, recuperando-se parcialmente do seu nível mais baixo registrado em 1 ano. O petróleo sobe mais de 4,3% e amanhece negociando perto dos US$ 70 enquanto o mercado aguarda a reunião da OPEP+ que ocorrerá amanhã e ameaça retaliar as negociações de Biden para a liberação dos estoques americanos de combustíveis fósseis.
Do lado de dados, a China divulgou a prévia do Índice de Gerentes de Compras de Manufatura (PMI) Caixin, que caiu para 49,9 em novembro de 50,6 no mês anterior, contra as expectativas dos analistas de 50,5 em uma pesquisa da Reuters. A marca de 50 separa o crescimento da contração em uma base mensal. A segunda maior economia do mundo, que apresentou uma recuperação impressionante da queda pandêmica do ano passado, perdeu ímpeto desde o segundo semestre, à medida que luta com uma desaceleração do setor manufatureiro, problemas de dívida no mercado imobiliário e surtos de COVID-19. Já o PMI do Reino Unido aumentou em novembro para 58,1 de 57,8 em outubro. E na zona do euro, o índice subiu para 58,4 em novembro de 58,3 em outubro, de uma estimativa inicial de 58,6, mas ainda confortavelmente acima da marca de 50 que separa o crescimento da contração. Destaque na agenda internacional são as divulgações dos dados de emprego formal ADP, PMI e ISM nos EUA.
No tema ESG do Brasil, a pandemia da COVID-19 alavancou o investimento social do setor privado, que atingiu R$5,3bn em 2020 (+71% vs. 2019), um volume inédito e que pode ter significado uma mudança de patamar na filantropia no Brasil, de acordo com levantamento do Grupo de Institutos e Fundações de Empresas (Gife). Outro assunto relevante é que, segundo o gerente executivo de estratégia da Petrobras, Rafael Chaves Santos, a empresa avalia a possibilidade de investimentos para o futuro nos segmentos de hidrogênio e geração de energia nuclear, eólica e solar.
Tópicos do dia
Economia
- PMI fraco na China
Empresas
- Arezzo&Co. (ARZZ3): Dando o primeiro passo em vestuário feminino; Compra de Carol Bassi e Feedback do Investor Day
- Principais notícias dos setores
Mercados
- Raio-XP: O que esperar para a Bolsa brasileira em 2022?
- Pesquisa assessores XP: Sentimento em relação à Bolsa segue negativo em novembro
- Radar Global: Análises das principais empresas e tendências sob o nosso Radar | Cyber Monday desacelera em 2021
ESG
- ESG: O que moldará os investimentos sustentáveis em 2022?
- Investimento social do setor privado atingiu novo patamar em 2020 | Café com ESG, 01/12
Veja todos os detalhes
Economia
PMI fraco na China
- Na China, o Caixin Índice de Gerentes de Compras de Manufatura (PMI) caiu para 49,9 em novembro de 50,6 no mês anterior, contra as expectativas dos analistas de 50,5 em uma pesquisa da Reuters. A marca de 50 separa o crescimento da contração em uma base mensal. A segunda maior economia do mundo, que apresentou uma recuperação impressionante da queda pandêmica do ano passado, perdeu ímpeto desde o segundo semestre, à medida que luta com uma desaceleração do setor manufatureiro, problemas de dívida no mercado imobiliário e surtos de COVID-19;
- Já o PMI do Reino Unido aumentou em novembro para 58,1 de 57,8 em outubro. Embora revisada para baixo de uma leitura preliminar de 58,2, a pesquisa mostrou um quadro de melhora principalmente para os fabricantes britânicos, marcado por pedidos e empregos em alta. Mas a medida dos custos de fábrica do PMI, historicamente um bom guia para a inflação oficial dos preços dos insumos do produtor, atingiu o nível mais alto desde o início dos registros em 1992, enquanto as empresas lutavam com problemas da cadeia de abastecimento global;
- O crescimento da manufatura na zona do euro acelerou ligeiramente no mês passado, mas os gargalos da cadeia de abastecimento pioraram, colocando um limite na produção e elevando o custo das matérias-primas pela taxa mais rápida em mais de duas décadas. O PMI final da subiu para 58,4 em novembro de 58,3 em outubro, de uma estimativa inicial de 58,6, mas ainda confortavelmente acima da marca de 50 que separa o crescimento da contração;
- Destaque na agenda internacional são as divulgações dos dados de emprego formal ADP), PMI e ISM nos EUA;
- No Brasil, conforme divulgado ontem na Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios do IBGE, a taxa de desemprego brasileira atingiu 12,6% no 3º trimestre ante 13,1% no trimestre móvel encerrado em agosto, resultado melhor do que nossa estimativa (12,8%) e do consenso das ruas (12,7%) . Apesar da melhoria recente, a população ocupada e a PEA situaram-se em 1,8% e 0,9% abaixo dos níveis pré-pandémicos;
- O setor público consolidado registrou superávit primário de R$ 35,4 bilhões em outubro, reduzindo o déficit acumulado em doze meses para 0,24% do PIB (ante 0,63% em setembro). O resultado melhor do que o esperado (consenso de mercado em R$ 32,5 bilhões) representa o melhor resultado mensal desde 2016. A Dívida Bruta do Governo Geral atingiu 82,9% do PIB – mesmo patamar do mês anterior. Olhando para o futuro, esperamos que o superávit acumulado dos governos regionais seja suficiente para aproximar o setor público do superávit e a dívida bruta abaixo de 80% do PIB até o final deste ano.
Empresas
Arezzo&Co. (ARZZ3): Dando o primeiro passo em vestuário feminino; Compra de Carol Bassi e Feedback do Investor Day
- A companhia anunciou a aquisição da marca Carol Bassi por R$180 milhões, marcando a entrada da companhia no vestuário feminino. Apesar de parecer cara em um primeiro momento, estimamos que a transação gerará valor uma vez que há diversas alavancas de crescimento (expansão de lojas e desenvolvimento do ecommerce próprio) além de sinergias a serem aproveitadas dentro do grupo (adição de novas categorias como bolsas e calçados, backoffice e estratégia de marketing/comunicação). (Acesse o relatório completo aqui).
- Investor day: durante o evento, a companhia trouxe mais detalhes sobre todas as principais operações da companhia. De modo geral, trazemos três principais destaques: i) a companhia apresentou sua primeira coleção de Schutz vestuário, reforçando organicamente o movimento de entrada na categoria de vestuário feminino inorgânico anunciado com a aquisição da Carol Bassi; ii) todas as operações estão indo muito bem, com Novembro tendo sido um mês muito forte; e iii) os principais drivers de crescimento da companhia para 2022 são a entrada da companhia em vestuário feminino, a operação internacional e a expansão de lojas de Reserva e Vans. Mantemos recomendação de Compra e preço alvo de R$108,0 por ação. (Acesse o relatório completo aqui).
Principais notícias dos setores
Nestas publicações diárias, trazemos as principais notícias nacionais e internacionais dos setores: Financeiro, Varejo (e-commerce, supermercados, lojas de roupa, farmácias, etc.), Agro, Alimentos e Bebidas e Energia (óleo & gás e elétricas).
- Notícias Diárias do Setor Financeiro
- Banco Central avalia usos do real digital se for implantado. (Valor);
- Nubank reduz intervalo de preço de seu IPO em 20%. (Valor);
- Clique aqui para acessar o relatório.
- Entrega XP: Notícias diárias do setor de varejo
- Arezzo &Co bate recorde de vendas em novembro, de quase R$ 500 milhões. (Valor);
- Black Friday 2021: E-commerce fatura R$ 5,8 bi e pedidos caem 6,8%, diz NielsenIQ|Ebit. (Valor);
- Clique aqui para acessar o relatório.
- Agro, Alimentos & Bebidas: confira as principais notícias
- JBS levanta R$ 1,15 bi e supera meta em emissão de CRA ‘verde’ (Valor);
- ‘Resilientes’, commodities seguem nas alturas (Valor);
- Clique aqui para acessar o relatório.
Mercados
Raio-XP: O que esperar para a Bolsa brasileira em 2022?
- Nesse Raio-XP de dezembro, iremos descrever a nossa visão do que esperar para a Bolsa brasileira em 2022. Esse é um relatório colaborativo, no qual trazemos a visão do nosso time de Estratégia e de cada um dos setores principais da Bolsa;
- Esperamos um ano desafiador do lado Macroeconômico, com desaceleração do crescimento, inflação ainda elevada e a taxa de juros Selic chegando em 11% ou mais. O Brasil permanece com uma dívida elevada (83% do PIB), e a trajetória dessa dívida adiante será um dos grandes debates para o país durante o próximo cenário eleitoral. Falando de eleições, trazemos um estudo sobre o impacto das eleições na Bolsa historicamente. Nos retornos, não há nenhum padrão claro. Mas uma característica parece ser comum, a de ser um ano com volatilidade maior que o normal;
- A Bolsa brasileira continua barata, em quaisquer métricas que mensuramos (Preço/Lucro, excluindo commodities, em relação à Renda Fixa e no relativo contra outras Bolsas). Isso por si só não garante retornos positivos, mas para o investidor com paciência e visão de longo prazo, esses momentos de turbulência tendem a ser os melhores para investir;
- Mantemos nossos três temas principais de investimentos na Bolsa: 1) Commodities, 2) Histórias com crescimento secular, e 3) Oportunidades específicas, de ações de qualidade que caíram demais recentemente;
- Atualizamos nosso valor justo para o Ibovespa. Para o final de 2022, nosso cenário base é de 123.000 pontos. No cenário pessimista, vemos o índice em 93.000 pontos, e no cenário otimista em 145.000;
- Para ações brasileiras, a principal preocupação para os investidores para o ano que vem deverão ser as incertezas trazidas pelas eleições. Para entender o que podemos esperar em 2022, fizemos um estudo de como os mercados se comportaram em ciclos eleitorais anteriores. Em resumo, nossa conclusão foi a de que não há uma regra clara quanto aos retornos ou volatilidade nos mercados durantes os anos eleitorais. Porém, mesmo com o futuro incerto, podemos nos preparar para ele;
- Clique aqui para ler o relatório completo.
Pesquisa assessores XP: Sentimento em relação à Bolsa segue negativo em novembro
- Nos últimos dias, realizamos uma nova edição da nossa pesquisa com os assessores da XP e assessores de investimento de escritórios autônomos filiados à XP Investimentos. Temos como objetivo obter a visão dos assessores e, principalmente, dos seus clientes sobre a Bolsa brasileira;
- Alocação em renda variável continua em queda: Em novembro, o percentual dos assessores que disseram que seus clientes visam diminuir a alocação em Renda Variável recuou em -9p.p. M/M, mas ainda se mantém em um patamar elevado de 49%. Enquanto isso, os investidores interessados em manter seus investimentos em nessa classe de ativos ficou em 40%, um aumento de +8p.p. M/M, e apenas 11% dos clientes pretendem aumentar seus investimentos na classe de ativos, +1p.p M/M;
- Interesse em Renda Fixa e Investimentos Internacionais continua alto, seguidos por forte interesse em Criptomoedas: Além de Renda Variável, as classes de ativos que os assessores e seus clientes se mostraram mais interessados foram: 1) Tesouro Direto e Renda Fixa (75%, +1p.p. M/M); 2) Investimentos Internacionais (62%, -6p.p. M/M); 3) Fundos de Renda Fixa (48%, -2p.p. M/M); 4) Criptoativos (43%, +3p.p), 5) Fundos Imobiliários (26%, -6p.p. M/M); 6) Fundos Multimercado (16%, -3p.p. M/M ); 7) Fundos de Renda Variável (11%, +1p.p. M/M); e 8) Ouro (4%, -4p.p. M/M). Pela segunda vez, adicionamos Criptoativos na pesquisa, na qual assessores e clientes demonstraram interesse de 43% nessa classe de ativos, um aumento de +3.p.p em relação ao mês anterior;
- Em novembro, os assessores e seus clientes ficaram mais cautelosos em relação à Bolsa. Neste mês, a maioria dos assessores, 49% deles, acreditam que o Ibovespa ficará entre os 110.000 e 120.000 pontos ao final de 2021, enquanto que 34% deles acreditam que o Ibovespa ficará abaixo de 110.000 pontos ao final de 2021. A média de palpites calculada foi de 112.585 pontos, uma diminuição de -5,8% em relação ao mês anterior (119.533 pontos na pesquisa passada);
- Em relação aos riscos, o destaque continuou sendo o risco político e fiscal no Brasil chegando a 78%, com queda de -6p.p. em relação à outubro. A alta da taxa Selic foi vista como o segundo maior risco em 10%, seguido da alta da inflação com 8% e desaceleração global em 4%;
- Clique aqui para o relatório completo.
Radar Global: Análises das principais empresas e tendências sob o nosso Radar | Cyber Monday desacelera em 2021
- Atrasos de produção da SpaceX preocupam Elon Musk.
- Samsung anuncia novos chips automotivos e parceria com a Volkswagen.
- Vendas da Cyber Monday caem pela primeira vez na história.
- Estimativas apontam que o mercado total endereçável de baterias poderá atingir US$ 200bi até 2030.
- Acesse aqui o relatório internacional
ESG
Investimento social do setor privado atingiu novo patamar em 2020 | Café com ESG, 01/12
- O mercado encerrou o pregão de ontem em território negativo, com o Ibov e o ISE em leve queda de -0,9% e -0,6%, respectivamente;
- No Brasil, (i) a pandemia da COVID-19 alavancou o investimento social do setor privado, que atingiu R$5,3bn em 2020 (+71% vs. 2019), um volume inédito e que pode ter significado uma mudança de patamar na filantropia no Brasil, de acordo com levantamento do Grupo de Institutos e Fundações de Empresas (Gife); e (ii) segundo o gerente executivo de estratégia da Petrobras, Rafael Chaves Santos, a empresa avalia os segmentos de hidrogênio e geração de energia nuclear, eólica e solar como possíveis investimentos para o futuro;
- No internacional, grande parte do esforço para cortar as emissões de metano em 30% e deter e reverter o desmatamento até 2030 – compromisso assumidos por vários países na COP26 – terá que vir da indústria pecuária, mas os fracos esforços corporativos do setor colocam em risco essas metas, dado que menos de um quinto dos maiores produtores de gado do mundo medem atualmente até mesmo algumas de suas emissões, mostrou um relatório da FAIRR Initiative (FI);
- Clique aqui para acessar o relatório e começar o dia bem informado com as principais notícias ao redor do Brasil e do mundo quando o tema é ESG.
ESG: O que moldará os investimentos sustentáveis em 2022?
- O investimento responsável tem ganhado força gradativamente em todo o mundo nos últimos anos e, mais recentemente, no Brasil, onde esperamos que essa tendência persista e acelere ainda mais no próximo ano. Os temas ESG são de longo prazo, mas alguns podem surgir com uma força maior;
- Isso posto, este relatório tem como objetivo orientar os investidores na agenda ESG, por meio de (i) 5 tendências que são importantes de serem monitoradas em 2022; (ii) 10 ações brasileiras que combinam bons fundamentos e posicionamento ESG (Carteira XP ESG Brasil); e (iii) 15 BDRs para exposição internacional ao tema (Seleção BDRs ESG XP);
- Clique aqui para ler o relatório completo.
Se você ainda não tem conta na XP Investimentos, abra a sua!