IBOVESPA -0,40% | 136.187 Pontos
CÂMBIO +0,07% | 5,54/USD
O que pode impactar o mercado hoje
Ibovespa
O Ibovespa encerrou a semana passada em queda de 3,6% em reais e 6,3% em dólares, aos 136.187 pontos, com os anúncios de tarifas de Trump dominando as atenções no Brasil e no cenário internacional.
Azzas 2154 (AZZA3, -13,2%) ficou entre as principais quedas da semana, pressionada por expectativas negativas em relação aos resultados do 2T25 (veja a prévia dos nossos analistas aqui). Embraer (EMBR3, -11,0%) também caiu, uma vez que, segundo estimativas dos nossos analistas, é a empresa da cobertura XP mais diretamente impactada pelas novas tarifas anunciadas (veja mais detalhes aqui).
Na ponta positiva, destaque para Braskem (BRKM5, +5,2%), que avançou após a aprovação, pela Câmara dos Deputados, do regime de urgência para o Projeto de Lei que institui o PRESIQ (Programa Especial para a Sustentabilidade da Indústria Química). Veja o comentário dos nossos analistas aqui.
Clique aqui para acessar o Resumo Semanal da Bolsa.
Renda Fixa
No comparativo semanal, os juros futuros encerraram com forte abertura na curva, refletindo a imposição de tarifas pelos EUA sobre as exportações brasileiras. O diferencial entre os contratos com vencimento em janeiro de 2035 e 2026 saiu de –159,50bps pontos-base (bps) na sexta-feira passada para -131,00bps na última semana. As taxas de juro real tiveram aumento, com os rendimentos das NTN-Bs com vencimento em 2030 consolidando-se em patamares próximos a 7,84% a.a. (vs. 7,49% a.a. na semana anterior). O DI jan/26 encerrou em 14,94% (+1,5bp no comparativo semanal); DI jan/27 em 14,33% (+14,5bps); DI jan/29 em 13,48% (+25bps); DI jan/31 em 13,62% (+33bps); DI jan/35 em 13,63% (+30bps). Nos EUA, os rendimentos das Treasuries de dois anos terminaram a semana em 3,90% (+1,8bp vs. pregão anterior), enquanto os de dez anos em 4,41% (+6,2bps).
Mercados globais
Nesta segunda-feira, os futuros nos Estados Unidos operam em queda (S&P 500: -0,3%; Nasdaq 100: -0,3%) após o governo Trump anunciar tarifas de 30% sobre importações da União Europeia e do México a partir de 1º de agosto. Líderes dos dois blocos disseram que pretendem manter o diálogo com Washington para tentar reduzir as tarifas. O anúncio ocorre às vésperas de novos dados de inflação nos EUA, que devem mostrar como os impostos já em vigor estão afetando os preços ao consumidor. Com isso, as Treasuries operam de forma mista nesta manhã. A taxa do título de 10 anos segue estável em 4,42%, enquanto o rendimento do de 2 anos recua 2 bps.
Na Europa, as bolsas iniciam a semana em baixa (Stoxx 600: -0,3%), com destaque negativo para o setor automotivo, que cai cerca de 1%. A nova rodada de tarifas anunciadas por Trump praticamente inviabilizaria o comércio entre EUA e Europa, segundo o comissário europeu Maros Sefcovic.
Na China, os mercados fecharam em alta (CSI 300: +0,1%; HSI: +0,3%), com investidores acompanhando os desdobramentos comerciais entre EUA e seus principais parceiros. Leia o Top 5 temas globais da semana aqui.
IFIX
O Índice de Fundos Imobiliários (IFIX) fechou a sexta-feira em alta de 0,24%, impulsionado pelo bom desempenho dos Fundos de Tijolo e dos FIIs de Papel, que registraram valorizações médias de 0,25% e 0,19%, respectivamente. As maiores altas do dia foram BPML11 (2,5%), PVBI11 (2,3%) e PATL11 (1,7%), enquanto LVBI11 (-2,4%), CACR11 (-1,2%) e RBVA11 (-1,2%) lideraram as quedas. Confira o resumo semanal aqui.
Economia
O Presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, anunciou a imposição de tarifas de 30% sobre importações oriundas do México e da União Europeia, com vigência a partir de 1º de agosto. Ademais, Trump estabeleceu uma tarifa de 50% sobre os produtos importados de cobre. Na China, o superavit comercial registrou expansão acima do esperado em junho, alcançando US$ 114,77 bilhões. O resultado foi impulsionado pelo avanço de 5,8% nas exportações ante junho do ano passado, provavelmente favorecido pela redução mútua de tarifas entre China e Estados Unidos.
No Brasil, segundo o Ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, Geraldo Alckmin, a Lei da Reciprocidade Econômica deve ser publicada em decreto até terça-feira.
Na agenda internacional desta semana, o principal destaque será o CPI de junho nos Estados Unidos. Além disso, a inflação ao produtor e o Livro Bege também serão publicados. Na China, será divulgado o combo de dados de atividade econômica de junho, além do PIB do 2T25. No Brasil, a agenda de indicadores conterá somente a divulgação do IBC-Br de maio. O mercado seguirá sensível às notícias sobre tarifas dos EUA sobre o Brasil. Em Brasília, discussões sobre a reforma do Imposto de Renda e uma reconciliação entre Executivo e Legislativo em torno do IOF serão os principais pontos de atenção.
Veja todos os detalhes
Economia
Tarifas do México e da União Europeia são anunciadas
- O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, anunciou a imposição de tarifas de 30% sobre importações oriundas do México e da União Europeia, com vigência a partir de 1º de agosto, após já ter adotado medidas semelhantes contra Japão, Coreia do Sul, Canadá e Brasil. Ademais, Trump estabeleceu uma tarifa de 50% sobre os produtos importados de cobre. A iniciativa intensifica as tensões no comércio global e pressiona os países a firmarem acordos com Washington em um prazo reduzido, previamente estendido em relação à data original.
- Na China, o superavit comercial registrou expansão acima do esperado em junho, alcançando US$ 114,77 bilhões. O resultado foi impulsionado pelo crescimento de 5,8% nas exportações ante junho do ano passado, provavelmente favorecido pela redução mútua de tarifas entre China e Estados Unidos. As exportações de terras raras também aumentaram, refletindo o avanço nas negociações bilaterais e a emissão de novas licenças por parte de Pequim. Por outro lado, as importações cresceram apenas 1,1%. Os dados fortalecem as expectativas de um resultado positivo para o PIB do segundo trimestre, com projeções apontando para um crescimento acima da meta anual de 5%.
- No Brasil, o Ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, Geraldo Alckmin, afirmou que a Lei da Reciprocidade Econômica – que autoriza o Brasil a adotar medidas tarifárias e não tarifárias contra países que impuserem barreiras às exportações brasileiras – deve ser publicada em decreto até terça-feira. No entanto, o Vice-Presidente afirmou que, antes de quaisquer medidas retaliatórias, o Brasil reverter a taxação por meio do diálogo.
- Nos indicadores, o setor de serviços cresceu 0,1% em maio ante abril, em linha com as expectativas. Foi o 4° avanço consecutivo. O setor terciário segue crescendo, ainda que de forma moderada. Em nossa visão, os serviços mais ligados à demanda das famílias devem continuar em trajetória de alta, ao passo que os serviços mais associados às empresas tendem a perder fôlego ao longo do segundo semestre. Nossa projeção para o crescimento do PIB em 2025 permanece em 2,5%.
- Na agenda internacional desta semana, o principal destaque será o CPI de junho nos Estados Unidos (3ª-feira). Além disso, a inflação ao produtor e o Livro Bege serão publicados na 4ª-feira – o documento é uma compilação de estudos sobre a atividade econômica nos EUA. Na China, será divulgado hoje o combo de dados de atividade econômica de junho, além do PIB do 2T25.
- No Brasil, a agenda de indicadores conterá somente a divulgação do IBC-Br de maio hoje, o indicador mensal de atividade econômica do Banco Central. O mercado seguirá sensível às notícias sobre tarifas dos EUA sobre o Brasil. Em Brasília, discussões sobre a reforma do Imposto de Renda e uma reconciliação entre Executivo e Legislativo em torno do IOF serão os principais pontos de atenção.
Empresas
MRV (MRVE3): Esclarecendo preocupações sobre a Resia
- A MRV anunciou uma reavaliação de valor justo dos ativos (impairment) relacionado à sua subsidiária Resia, totalizando ~US$144 milhões a ser reconhecido no 2T25, relacionado a perdas esperadas nas próximas vendas de ativos. As principais conclusões incluem:
- (i) um corte de preço médio de 50% nos terrenos, resultando em um prejuízo de US$ 81 milhões;
- (ii) um corte de preço médio de 14% nos projetos mais antigos, com uma perda de US$ 1,5 bilhão.;
- (iii) O plano de desalavancagem da Resia permanece inalterado, visando uma redução de US$ 365 milhões na dívida líquida até 2026, atingindo ~50% de dívida líquida/PL;
- (iv) A Resia pretende concluir as vendas de ativos até o final de 2026, o que levou a uma revisão do guidance de geração de caixa, agora visando US$ 493 milhões até o final de 2026;
- (v) Após a desalavancagem, a incorporação de ativos seguirá um modelo mais “asset light”;
- Consideramos o anúncio como neutro. Embora os impairments sejam significativos, eles se alinham com as expectativas do mercado e, potencialmente, eliminam algumas preocupações dos investidores sobre a tese;
- Clique aqui para acessar o relatório.
Vivo (VIVT3): A Vivo anunciou a aquisição dos 50% restantes da FiBrasil por R$ 850 milhões
- A Vivo anunciou a aquisição dos 50% restantes da FiBrasil por R$ 850 milhões, assumindo o controle total da empresa, cujo EV total foi estimado em R$ 2,5 bilhões:
- A transação marca o fim da joint venture com o fundo canadense CDPQ, criada em 2021 com foco em redes de fibra neutras;
- Desde então, a FiBrasil expandiu sua cobertura para mais de 4,6 milhões de residências atendidas e serviu como veículo de crescimento da Vivo em FTTH (Fiber to the Home).
- Clique aqui para acessar o relatório completo.
M. Dias Branco (MDIA3) | Prévia dos resultados do 2T25: Perspectiva está melhorando, mas permanecemos cautelosos
- Estamos lançando nossa prévia dos resultados do 2T25, atualizando nossas estimativas e ajustando nosso preço-alvo baseado em DCF para R$ 24,4 por ação (ante R$ 23,4 por ação) para o final de 2026;
- Esperamos um trimestre sequencialmente mais forte, mas provavelmente insuficiente para desencadear um re-rating ou revisão dos lucros da ação. No geral, projetamos um repasse de preços sequencial combinado com uma recuperação de volumes, seguindo uma estratégia de preços mais assertiva;
- Com os custos sob controle, projetamos expansão de margem, embora ainda abaixo dos patamares históricos. Acreditamos que a gestão diagnosticou corretamente os principais problemas que impactaram os resultados recentes, e vemos potenciais ventos favoráveis para o segundo semestre de 2025 — nosso modelo proprietário aponta para redução das pressões de custos a partir do 3T. Dito isso, o mesmo modelo também indica possível alta nos custos em 2026;
- Diante desse cenário e com a ação sendo negociada a múltiplos elevados de 14,2x e 13,9x P/L para 2025 e 2026, respectivamente, preferimos manter uma posição de espera e aguardar catalisadores mais convincentes antes de adotar uma postura mais construtiva sobre o case de investimento;
- Clique aqui para acessar o relatório.
Renda fixa
De Olho na Renda Fixa: principais notícias de crédito privado, mercados e renda fixa
- Caixa deve injetar mais R$ 138 bi no crédito imobiliário em 2025, diz presidente (Folha de São Paulo);
- Defensoria Pública de Alagoas entra com ação de R$ 4 bi contra Braskem por desvalorização de imóveis (Valor Econômico);
- Ratings da MercadoLibre Inc. elevados para grau de investimento por métricas de crédito e desempenho operacional mais fortes; perspectiva estável (S&P Global);
- Clique aqui para acessar o clipping.
Alocação & Fundos
Principais notícias
- Fundos Imobiliários (FIIs): confira as principais notícias
- Fundo imobiliário de shopping lidera altas; IFIX sobe, mas fecha semana em queda (FIIs);
- MXRF11 e mais 205 fundos imobiliários pagam dividendos na semana; veja quais (FIIs);
- V2 Prime Properties (VPPR11) celebra nova locação e reduz vacância de portfólio (Clube FII);
- Clique aqui para acessar o relatório.
ESG
BHP assina acordo para desenvolvimento de baterias com BYD e CATL | Café com ESG, 14/07
- O mercado fechou a semana passada em território negativo, com o Ibovespa e o ISE caindo 3,6% e 4,7%, respectivamente. Em linha, o pregão de sexta-feira fechou em queda, com o IBOV recuando 0,4% e o ISE 1,0%;
No Brasil, (i) o Conselho de Administração da Petrobras aprovou na última sexta-feira (11) o nome de Angélica Garcia Cobas Laureano para a diretoria executiva de Transição Energética e Sustentabilidade – a engenheira será responsável por projetos ligados a energias renováveis, gás natural, descarbonização e metas climáticas da estatal; e (ii) a Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) publicará em seu site, no próximo dia 21, a lista de sanções de distribuidores de combustíveis no cumprimento de metas do RenovaBio – além disso, a ANP também deve divulgar a relação dos distribuidores ainda inadimplentes com a meta individual de descarbonização;
No internacional, a BHP anunciou hoje pela manhã que assinou acordos preliminares com as chinesas de baterias CATL e BYD para explorar oportunidades no desenvolvimento de baterias para equipamentos de mineração e transporte em suas operações globais – as empresas irão colaborar na pesquisa e desenvolvimento de soluções de baterias para equipamentos pesados de mineração e locomotivas ferroviárias; - Clique aqui para acessar o relatório e começar o dia bem informado com as principais notícias ao redor do Brasil e do mundo quando o tema é ESG.

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