IBOVESPA -1,15% | 117.116 Pontos
CÂMBIO +0,40% | 5,52/USD
O que pode impactar o mercado hoje
Ibovespa
O Ibovespa encerrou a semana passada com uma leve queda de 0,1% em reais e uma alta de 0,5% em dólares, aos 137.116 pontos, em uma semana mais curta e marcada por decisões de política monetária ao redor do mundo.
O principal destaque positivo da semana foi Embraer (EMBR3, +9,2%), refletindo uma série de anúncios de novos acordos acima do esperado durante o Paris Air Show, uma importante feira da indústria aeroespacial e de defesa (veja mais detalhes aqui).
Na ponta negativa, o destaque foi Cosan (CSAN3, -10,3%), após um banco de investimentos revisar para baixo o preço-alvo da ação.
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Renda Fixa
No comparativo semanal, os juros futuros encerraram com abertura nos vértices curtos e fechamento na parte intermediária e longa da curva. O diferencial entre os contratos com vencimento em janeiro de 2035 e 2026 saiu de -111,00bps pontos-base (bps) na sexta-feira passada para -137,00bps nesta semana, refletindo a elevação de juros pelo Banco Central. A curva, portanto, apresentou perda de inclinação. As taxas de juro real tiveram alta, com os rendimentos das NTN-Bs com vencimento em 2030 consolidando-se em patamares próximos a 7,60%a.a. (vs. 7,58% a.a. na semana anterior). O DI jan/26 encerrou em 14,96% (+12 bps no comparativo semanal); DI jan/27 em 14,27% (+10 bps); DI jan/29 em 13,39% (- 14,5 bps); DI jan/31 em 13,51% (- 17 bps); DI jan/35 em 13,59% (- 14 bps).
Mercados globais
Nesta segunda-feira, os futuros dos Estados Unidos operam em leve alta (S&P 500: +0,2%; Nasdaq 100: +0,2%), mesmo após os EUA entrarem na guerra entre Israel e Irã com ataques a três instalações nucleares no fim de semana. A surpresa no timing da ofensiva, após Trump afirmar na sexta-feira que uma decisão seria tomada “nas próximas duas semanas”, fez com que o mercado reagisse inicialmente com cautela. Ainda assim, a alta do petróleo foi contida (WTI: +0,4%), o que trouxe algum alívio aos investidores.
Com isso, as taxas das Treasuries sobem levemente nesta manhã, com o título de 10 anos avançando pouco mais de 1 bp, a 4,39%, e o de 2 anos subindo para 3,92%.
Na Europa, as bolsas iniciam a semana em queda (Stoxx 600: -0,4%), com todos os setores, exceto óleo e gás, em território negativo. As perdas são lideradas pelo CAC 40 francês (-0,7%), enquanto empresas do setor de defesa recuam após os EUA se juntarem oficialmente aos ataques a Teerã.
Na China, os mercados fecharam em alta (CSI 300: +0,3%; HSI: +0,7%), apesar das tensões geopolíticas. O movimento vem após o Banco Central chinês manter inalteradas as taxas de empréstimo de 1 e 5 anos, como já era amplamente esperado pelos investidores.
IFIX
O Índice de Fundos Imobiliários (IFIX) encerrou a sexta-feira em queda de 0,13%, acumulando desvalorização de 0,73% no mês. Os Fundos de Papel foram o destaque da sessão, com valorização média de 0,04%, enquanto os FIIs de Tijolo apresentaram desempenho médio negativo de 0,14%. Entre as maiores altas do dia estiveram CPTS11 (1,8%), HGRE11 (1,7%) e KFOF11 (1,5%). Já BCRI11 (-2,4%), BTAL11 (-2,1%) e XPML11 (-2,0%) registraram as maiores quedas.
Economia
O final de semana foi marcado por uma escalada relevante do conflito entre Israel e Irã, com os Estados Unidos se envolvendo diretamente ao bombardear três instalações nucleares iranianas. Um dos principais focos de atenção é o impacto sobre o fornecimento de petróleo, especialmente diante do risco de interrupções na região do Estreito de Ormuz, rota estratégica para a exportação da commodity. Nos dados, o PMI Composto da zona do euro – sondagem empresarial que visa a mensuração do nível de atividade nos setores de serviço e industrial – permaneceu em 50,2 pontos em junho, levemente abaixo da expectativa (50,5).
Nesta semana, o pacote fiscal conhecido como “One Big Beautiful Bill” deve ser votado pelo Senado dos Estados Unidos. Na agenda de dados internacional, o destaque será a divulgação do núcleo do PCE nos Estados Unidos (sexta-feira), o indicador de inflação que tem maior peso nas decisões de política monetária do banco central. Além disso, o PMI norte-americano – sondagem empresarial que visa a mensuração do nível de atividade nos setores de serviço e industrial – será divulgado hoje.
No Brasil, semana repleta de divulgações relevantes. A ata do Copom (terça-feira) e o Relatório de Política Monetária (quinta-feira) serão publicados pelo Banco Central. Também relevante para a política monetária, haverá a leitura de junho do IPCA-15 (quinta-feira). Do lado da atividade econômica, os dados de emprego (relatório Caged e Pnad Contínua) referentes a maio serão divulgados na sexta-feira. Por fim, o Banco Central publicará as estatísticas mensais de crédito (sexta-feira) e setor externo (quarta-feira) e o Tesouro Nacional, o resultado do governo central (sexta-feira).
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Economia
Irã ameaça bloquear Estreito de Ormuz
- O final de semana foi marcado por uma escalada relevante do conflito entre Israel e Irã, com os Estados Unidos se envolvendo diretamente ao bombardear três instalações nucleares iranianas. A ofensiva representa um novo patamar na guerra, elevando o risco geopolítico e ampliando a incerteza nos mercados globais. Um dos principais focos de atenção é o impacto sobre o fornecimento de petróleo, especialmente diante do risco de interrupções na região do Estreito de Ormuz, rota estratégica para a exportação da commodity. Os preços futuros do petróleo registraram leve alta nesta segunda-feira. Uma alta persistente do petróleo pressiona a inflação.
- O Irã ainda não revelou como pretende responder aos ataques norte-americanos, mas afirmou manter todas as opções em aberto e alertou para “consequências duradouras”. O país intensificou seus bombardeios aéreos contra Israel e sinalizou a possibilidade de ampliar seus alvos militares, além de considerar o bloqueio do Estreito de Ormuz, rota estratégica para o comércio global de petróleo e gás. Também há especulações sobre ataques a bases militares dos Estados Unidos na região. Com relação ao estreito, o Parlamento iraniano já aprovou o fechamento. A medida ainda precisa passar pelo Conselho de Segurança e pelo aiatolá Khamenei para entrar em vigor. Esta é a principal rota marítima para navios petroleiros no mundo que é responsável por cerca de 20% do transporte global da commodity.
- Quanto aos dados, o PMI Composto da zona do euro – sondagem empresarial que visa a mensuração do nível de atividade nos setores de serviço e industrial – permaneceu em 50,2 pontos em junho, levemente abaixo da expectativa (50,5). Um valor abaixo de 50 pontos indica contração. Os novos pedidos recuaram levemente, pressionados pela menor demanda externa. No lado dos preços, os custos de insumos desaceleraram pelo quarto mês seguido.
- Além das tensões geopolíticas, os Estados Unidos enfrentam desafios domésticos relevantes — em especial no campo fiscal e tarifário. O pacote fiscal conhecido como “One Big Beautiful Bill” deve ser votado ainda esta semana pelo Senado dos Estados Unidos. A proposta, apoiada pelo Presidente Donald Trump, prevê a prorrogação dos cortes de impostos realizados em 2017, além de aumentos nos gastos com defesa e segurança de fronteiras. Parte dos custos seria compensada por cortes em programas sociais, como o Medicaid.
- Na agenda de dados internacional, o destaque será a divulgação do núcleo do PCE nos Estados Unidos (6ª-feira), o indicador de inflação que tem maior peso nas decisões de política monetária do banco central. Além disso, o PMI dos EUA – sondagem empresarial que visa a mensuração do nível de atividade nos setores de serviço e industrial – será divulgado hoje.
- No Brasil, a semana será repleta de divulgações relevantes. A ata do Copom (3ª-feira) e o Relatório de Política Monetária (5ª-feira) serão publicados pelo Banco Central. Também relevante para a política monetária, haverá a leitura de junho do IPCA-15 (5ª-feira). Do lado da atividade econômica, os dados de emprego (relatório Caged e PNAD Contínua) referentes a maio serão divulgados na 6ª-feira. Por fim, o Banco Central publicará as estatísticas mensais de crédito (6ª-feira) e setor externo (4ª-feira) e o Tesouro Nacional, o resultado do governo central (6ª-feira).
Empresas
Aura Minerals (AURA33): Capturando os benefícios do momentum dos preços de ouro
Atualizando as estimativas e aumentando o preço-alvo para 2025 para R$ 70,00/BDR
- Estamos atualizando nossas estimativas para a Aura Minerals, mantendo nossa recomendação de compra e introduzindo um preço-alvo para 2025 de R$ 70,00/BDR.
- Apesar de um ganho de +395% no preço das ações desde Jan’24, continuamos otimistas com as ações da Aura, com mais vantagens apoiadas por:
- (a) uma perspectiva positiva do preço do ouro, com aumento dos riscos geopolíticos refletidos em nossa metodologia de precificação de longo prazo revisada, incorporando o aumento da curva futura dos preços do ouro;
- (b) criação contínua de valor por meio de projetos de alto retorno, ao mesmo tempo em que converte recursos em reservas, aumentando a duration de seu portfólio e o potencial de upside de sua base de ativos; e
- (c) uma próxima oferta pública nos EUA com o objetivo de melhorar a liquidez das ações, abordando uma importante preocupação dos investidores.
- No geral, o valuation permanece atraente, com (i) EV/EBITDA 2026E de 3,8x e P/L 2026E de 5,2x e (ii) uma TIR nominal implícita em dólares de 20,5% (vs. um Ke de 12,5%).
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Renda fixa
De Olho na Renda Fixa: principais notícias de crédito privado, mercados e renda fixa
- Treasury yields inch higher after U.S. bombs Iran (CNBC);
- Novas regras para emissão de CRI e CRA impactam mercado de securitização (Globo Rural);
- Usina Coruripe vai usar reserva particular para gerar crédito de carbono (Globo Rural);
- Clique aqui para acessar o clipping.
ESG
Fazenda avança com implementação do mercado de carbono; Congresso derruba parte dos vetos das eólicas offshore | Brunch com ESG
- Pensando em melhor auxiliar os investidores, o Brunch com ESG é um relatório publicado todos os domingos pelo time ESG do Research da XP que busca destacar os principais tópicos da agenda na semana;
- Na última semana, destacamos: (i) Mercado regulado de carbono no Brasil: Governo se compromete a lançar plano de implementação em julho; e (ii) Congresso derruba parte dos vetos da lei das eólicas offshore em um revés para o governo;
- Clique aqui para ler o conteúdo completo.
BNDES aprova financiamento de R$566mi para projetos de redução de emissões da Gerdau | Café com ESG, 23/06
- O mercado fechou a semana passada em território misto, com o Ibovespa andando de lado (-0,1%), enquanto o ISE avançou 0,2%. Já o pregão de sexta-feira fechou em queda, com o IBOV caindo 1,1% e o ISE 1,3%;
No Brasil, (i) o BNDES aprovou um financiamento de R$ 566 milhões para a Gerdau construir um mineroduto e um rejeitoduto em Ouro Preto (MG), além da implementação de um centro de reciclagem de sucata em Pindamonhangaba (SP) – de acordo com o banco de desenvolvimento, os empreendimentos vão reduzir as emissões de mais de 100 mil toneladas de gases do efeito estufa equivalente por ano; e (ii) o Ibama vai anunciar, nesta semana, a primeira licença ambiental para um projeto de eólica offshore no país – o projeto prevê a instalação de uma planta piloto do Instituto Senai de Inovação em Energias Renováveis a 20 km da costa de Areia Branca, no Rio Grande do Norte;
No internacional, a Comissão Europeia decidiu abandonar oficialmente a proposta que buscava estabelecer regras para o uso de termos ligados à sustentabilidade, como “carbono neutro”, “biodegradável” e “ecológico”, em produtos e campanhas de marketing – a norma pretendia combater a prática de greenwashing e proteger consumidores de afirmações enganosas que fabricantes e comerciantes fazem sobre atributos ambientais, sociais e climáticos de seus produtos e serviços; - Clique aqui para acessar o relatório e começar o dia bem informado com as principais notícias ao redor do Brasil e do mundo quando o tema é ESG.

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