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IBOVESPA +2,13% | 112.857 Pontos
CÂMBIO -1,0% | 5,11/USD
O que pode impactar o mercado hoje
Destaque do dia
Vários indicadores de atividade econômica nos Estados Unidos mostraram sinais preocupantes ontem. Por exemplo, o Índice de Gerentes de Compras (PMI, na sigla em inglês) Composto recuou de 47,7 em julho para 45,0 em agosto, o patamar mais baixo em 27 meses. Além disso, as vendas de novas moradias contraíram 12,6% entre junho e julho (para 511 mil em termos anualizados, o número mais baixo desde janeiro de 2016), como reflexo do forte aumento das taxas de juros das hipotecas e dos preços de imóveis em patamares historicamente altos. Apesar dos dados frustrantes de atividade divulgados na terça-feira, a precificação do mercado para o aperto monetário do Federal Reserve (Fed, banco central americano) não mudou de forma significativa. No Brasil, as atenções estarão voltadas para a publicação do IPCA-15 (prévia da inflação mensal) de agosto.
Brasil
O Ibovespa fechou em alta de 2,13% nesta terça-feira (23), aos 112.857 pontos, destoando dos índices no exterior.
Na espera da divulgação do IPCA-15 de agosto e em dia de agenda de indicadores esvaziada, a curva de juros futuros fechou a terça-feira em queda firme, principalmente nos vértices mais longos. Dados fracos da economia americana reduziram as apostas numa ação mais agressiva de política monetária pelo FED e contribuíram para o arrefecimento dos prêmios locais, acompanhando o comportamento dos rendimentos dos treasuries. O movimento de valorização no câmbio também ajudou a compensar o efeito de possíveis expectativas de repasse de inflação com valorização dos preços internacionais das commodities, que por sua vez favoreceram os ativos domésticos. DI jan/23 fechou em 13,715%; DI jan/24 em 13,04%; DI jan/25 em 11,85%; DI jan/27 encerrou em 11,555%; e DI jan/29 em 11,7%.
Publicação do IPCA-15
No Brasil, as atenções estarão voltadas para a publicação do IPCA-15 (prévia da inflação mensal) de agosto. O time econômico da XP espera queda de 0,82% ante julho e variação acumulada de 9,50% em 12 meses. Por sua vez, o consenso de mercado aponta para deflação mensal de 0,83% e alta de 9,49% em 12 meses. Destaque para o impacto baixista das medidas de redução tributária (especialmente sobre os preços de combustíveis e energia elétrica) aprovadas recentemente pelo Congresso. Sinais adicionais de descompressão na inflação de bens industrializados e a persistência da inflação de serviços também estão no radar dos analistas.
Mundo
Mercados globais amanhecem sem movimentos expressivos (EUA 0% e Europa -0,1%) à medida que os investidores digerem os últimos pronunciamentos dos membros do Federal Reserve em meio aos sinais crescentes de desaceleração econômica global. Nesta terça-feira, Neel Kashkari, presidente do Fed de Minneapolis, afirmou que a inflação está muito alta e o banco central americano deverá continuar o aperto monetário para controlar este aumento de preços. O pronunciamento deu suporte para as expectativas de que Jerome Powell, presidente do Federal Reserve, irá passar uma visão mais hawkish sobre o futuro da política monetária americana no simpósio de Jackson Hole, nesta sexta-feira. Na China, o índice de Hang Seng (-1,2%) encerra em baixa, após resultados fracos das montadoras de veículos (Nio, Xpeng e Li Auto), que sofreram com problemas de abastecimento em virtude dos lockdowns recentes no país. Além disso, o racionamento de energia em algumas regiões, por conta da seca severa, continua causando preocupações com a atividade econômica chinesa.
Divulgação do PMI nos EUA
Vários indicadores de atividade econômica nos Estados Unidos mostraram sinais preocupantes ontem (23). Em primeiro lugar, o Índice de Gerentes de Compras (PMI, na sigla em inglês) Composto recuou de 47,7 em julho para 45,0 em agosto, o nível mais baixo desde maio de 2020. Leituras abaixo de 50 indicam contração da atividade. Este movimento decorreu, em grande medida, do enfraquecimento do componente de serviços. O índice do setor terciário despencou de 47,3 para 44,1 no período, muito aquém do consenso de mercado (49,2). Enquanto isso, o índice do setor industrial declinou de 52,2 em julho para 51,3 em agosto (logo, ainda no território positivo), também inferior à mediana de projeções dos analistas (52,0). Em relação ao índice composto, a categoria de novas encomendas chamou a atenção ao contrair de 50,8 para 48,8, o patamar mais baixo em 27 meses.
Vendas de Novas Moradias nos EUA
Além disso, as vendas de novas moradias nos Estados Unidos contraíram 12,6% em julho comparado a junho (e 29,6% ante julho de 2021). Este resultado significa a segunda queda mensal consecutiva. Apenas 511 mil novas residências foram vendidas no mês passado, em termos dessazonalizados e anualizados, o número mais baixo desde janeiro de 2016. As vendas de moradias recém-construídas totalizaram 585 mil em junho de 2022 e 726 mil em julho de 2021. O forte aumento das taxas de juros das hipotecas e os preços dos imóveis em patamares historicamente altos são os principais fatores por trás do enfraquecimento do mercado imobiliário americano. Por sua vez, o índice de atividade manufatureira do Federal Reserve de Richmond recuou de zero em julho para -8 em agosto (números negativos indicam queda no setor industrial), resultado inferior ao consenso de mercado, que apontava para -3. O índice já havia registrado leituras negativas em maio e junho.
Precificação da Próxima Reunião do Fed
Apesar dos dados frustrantes de atividade econômica nos Estados Unidos divulgados na terça-feira, a precificação do mercado para o aperto monetário do Federal Reserve não mudou de forma significativa. Em relação à próxima reunião do banco central (20-21 de setembro), as probabilidades atribuídas pelos agentes de mercado para a taxa de juros de referência estão mais próximas a uma elevação de 0,75pp do que 0,50pp – o time econômico da XP espera desaceleração no ritmo de aperto (0,50pp). Ainda, as expectativas de mercado apontam para cerca de 3,6% em dezembro de 2022, um pico de 3,75% em maio e 3,4% em dezembro de 2023. Na agenda econômica de hoje (24), destaque para a divulgação de outros indicadores de atividade nos Estados Unidos: encomendas de bens de capital/bens de consumo duráveis e vendas pendentes de moradias, ambos referentes a julho.
Veja todos os detalhes
Economia
Indicadores de atividade nos EUA muito abaixo do esperado; no Brasil, IPCA-15 deve mostrar sinais adicionais de alívio
- Vários indicadores de atividade econômica nos Estados Unidos mostraram sinais preocupantes ontem (23). Em primeiro lugar, o Índice de Gerentes de Compras (PMI, na sigla em inglês) Composto recuou de 47,7 em julho para 45,0 em agosto, o nível mais baixo desde maio de 2020. Leituras abaixo de 50 indicam contração da atividade. Este movimento decorreu, em grande medida, do enfraquecimento do componente de serviços. O índice do setor terciário despencou de 47,3 para 44,1 no período, muito aquém do consenso de mercado (49,2). Enquanto isso, o índice do setor industrial declinou de 52,2 em julho para 51,3 em agosto (logo, ainda no território positivo), também inferior à mediana de projeções dos analistas (52,0). Em relação ao índice composto, a categoria de novas encomendas chamou a atenção ao contrair de 50,8 para 48,8, o patamar mais baixo em 27 meses;
- Além disso, as vendas de novas moradias nos Estados Unidos contraíram 12,6% em julho comparado a junho (e 29,6% ante julho de 2021). Este resultado significa a segunda queda mensal consecutiva. Apenas 511 mil novas residências foram vendidas no mês passado, em termos dessazonalizados e anualizados, o número mais baixo desde janeiro de 2016. As vendas de moradias recém-construídas totalizaram 585 mil em junho de 2022 e 726 mil em julho de 2021. O forte aumento das taxas de juros das hipotecas e os preços dos imóveis em patamares historicamente altos são os principais fatores por trás do enfraquecimento do mercado imobiliário americano. Por sua vez, o índice de atividade manufatureira do Federal Reserve de Richmond recuou de zero em julho para -8 em agosto (números negativos indicam queda no setor industrial), resultado inferior ao consenso de mercado, que apontava para -3. O índice já havia registrado leituras negativas em maio e junho;
- Apesar dos dados frustrantes de atividade econômica nos Estados Unidos divulgados na terça-feira, a precificação do mercado para o aperto monetário do Federal Reserve não mudou de forma significativa. Em relação à próxima reunião do banco central (20-21 de setembro), as probabilidades atribuídas pelos agentes de mercado para a taxa de juros de referência estão mais próximas a uma elevação de 0,75pp do que 0,50pp – o time econômico da XP espera desaceleração no ritmo de aperto (0,50pp). Ainda, as expectativas de mercado apontam para cerca de 3,6% em dezembro de 2022, um pico de 3,75% em maio e 3,4% em dezembro de 2023. Na agenda econômica de hoje (24), destaque para a divulgação de outros indicadores de atividade nos Estados Unidos: encomendas de bens de capital/bens de consumo duráveis e vendas pendentes de moradias, ambas referentes a julho;
- No Brasil, as atenções estarão voltadas para a publicação do IPCA-15 (prévia da inflação mensal) de agosto. O time econômico da XP espera queda de 0,82% ante julho e variação acumulada de 9,50% em 12 meses. Por sua vez, o consenso de mercado aponta para deflação mensal de 0,83% e alta de 9,49% em 12 meses. Destaque para o impacto baixista das medidas de redução tributária (especialmente sobre os preços de combustíveis e energia elétrica) aprovadas recentemente pelo Congresso. Sinais adicionais de descompressão na inflação de bens industrializados e a persistência da inflação de serviços também estão no radar dos analistas.
Empresas
Locadoras de Automóveis: Oferta de Veículos Mostrando Sinais de Melhora | De Maneira Geral, Resultados Positivos no 2T22; Unidas Foi o Destaque
- As Locadoras de Automóveis apresentaram resultados positivos no 2T22, com uma combinação de tarifas altas de aluguel e sinais positivos de normalização da cadeia de suprimentos;
- Destacamos:
- (i) oferta de veículos mostrando sinais de melhora (aceleração das adições líquidas de frota em meio a um ambiente melhor de compra de carros);
- (ii) a Unidas reportando os melhores resultados consolidados (evoluções T/T melhores de EBITDA e lucro líquido versus pares); e
- (iii) desempenhos positivos de RAC e GTF em geral, e margens de Seminovos começando a se normalizar (conforme esperado).
- Reiteramos nossa visão positiva em relação ao setor de aluguel de carros no Brasil;
- Clique aqui para acessar o relatório completo.
Principais notícias dos setores
Nestas publicações diárias, trazemos as principais notícias nacionais e internacionais dos setores: Financeiro, Varejo (e-commerce, supermercados, lojas de roupa, farmácias, etc.), Agro, Alimentos e Bebidas e Energia (óleo & gás e elétricas).
- Notícias Diárias do Setor Financeiro
- Bancos elevam expectativa para crédito em 2022 com dados de atividade e medidas como aumento de margem do consignado (Valor);
- Cielo diz que Estanislau Bassols, presidente da Mastercard no Brasil, será novo CEO da companhia (Valor);
- Meta do BNDES é que 100% de empréstimos em 2023 tenham estimativa de impacto de carbono (Valor);
- Clique aqui para acessar o relatório completo.
- Entrega XP: Notícias diárias do setor de varejo
- Com juros e preços altos, consumo de bens duráveis está 9,13% abaixo do pré-covid, diz FGV (Valor);
- Parceria com Mercado Livre pode usar até 10% da frota da Gol (Valor);
- Clique aqui para acessar o relatório.
- Radar Energia XP: Notícias diárias do setor de energia
- Brasil precisa investir R$ 117,7 bi para atender demanda por combustíveis (Valor Econômico);
- Leilão para OPA da Neoenergia Pernambuco será outubro (Canal Energia);
- Petróleo sobe e Brent supera marca dos U$ 100 com possível corte de produção da Opep (Valor Econômico);
- Clique aqui para acessar o relatório.
Mercados
Radar Global: Análises das principais empresas e tendências sob o nosso Radar | Crise de energia na China afeta montadoras de carros elétricos como Tesla e Nio
- Macy’s supera expectativas, mas corta projeções frente inflação e aumento de estoques;
- Tesla e Nio suspendem serviços de carregamento de veículos elétricos devido a cortes de energia na China;
- Intel e Brookfield investirão US$ 30 bilhões em fábricas de chips no Arizona;
- Empregos relacionados ao metaverso estão diminuindo à medida que mercado se prepara para uma recessão;
- Acesse aqui o relatório internacional.
Alocação & Fundos
Principais notícias
- Fundos Imobiliários (FIIs): confira as principais notícias
- CSHG Renda Urbana (HGRU11): previsibilidade de rendimentos e imóveis urbanos diversificados (Expert XP);
- KNRI11 fará uma nova emissão? Gestor responde; assista à entrevista (Suno);
- 6 fundos imobiliários de papel para você comprar agora, segundo o Itaú BBA (MoneyTimes);
- Clique aqui para acessar o relatório completo.
ESG
BNDES quer acompanhar a pegada de carbono de projetos e empréstimos em 2023 | Café com ESG, 24/08
- O mercado fechou o pregão de terça-feira em território positivo, com o Ibov e o ISE em alta de +2,1% e +1,2%, respectivamente;
- Do lado das empresas, (i) uma pesquisa da L.E.K. Consulting apontou que iniciativas do agronegócio brasileiro colocam o país à frente dos Estados Unidos – após ouvir 450 produtores rurais nos dois países, a consultoria concluiu que, impulsionado por rotação de culturas e plantio direto, o nível de utilização de práticas regenerativas dos brasileiros é 17% superior ao dos americanos; e (ii) em painel sobre a agenda ESG, executivo da Shell afirmou que a empresa investe anualmente cerca de US$ 8 bilhões em projetos de óleo e gás e algo da ordem de US$ 2 bilhões em energias renováveis, dizendo que “essa proporção deve se equilibrar nos próximos anos”;
- Na política, o presidente do BNDES, Gustavo Montezano, disse ontem que o objetivo da instituição, em 2023, é que 100% de projetos e empréstimos tenham estimativa de impacto de carbono, destacando que o banco de fomento quer acompanhar a pegada de carbono por projetos – além disso, com relação à agenda ESG, Montezano disse que sem governança não há social, nem ambiental. Clique aqui para acessar o relatório e começar o dia bem informado com as principais notícias ao redor do Brasil e do mundo quando o tema é ESG.
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