IBOVESPA +1,1% | 113.456 Pontos
CÂMBIO -0,4% | 5,52/USD
O que pode impactar o mercado hoje
O Ibovespa oscilou durante o pregão desta quarta-feira (13/10) e acabou em alta de 1,10%, aos 113.456 pontos. O dólar comercial encerrou cotado a R$ 5,52, com variação de -0,43%. O preço da moeda americana operou em alta durante quase toda a sessão e a tendência só se inverteu quando o Banco Central fez um leilão surpresa de contratos de swap cambial. As taxas futuras de juros fecharam o dia de ontem em estabilidade na ponta curta e queda no restante dos vencimentos, levando a uma perda de inclinação na curva. O principal motivador do movimento na visão dos agentes do mercado foi uma fala do diretor de política econômica do Banco Central, Fabio Kanczuk, que o plano de voo do BC deveria ser de convergência da inflação à meta ainda em 2022, interpretada como hawkish. Nos vencimentos longos, a queda nas taxas das Treasuries americanas e dos preços do petróleo também contribuíram para o recuo. DI jan/22 fechou em 7,58%; DI jan/24 foi para 9,7%; DI jan/26 encerrou em 10,25%; e DI jan/28 fechou em 10,58%.
A Câmara aprovou na noite de ontem projeto de lei complementar que altera a forma de cobrança do ICMS sobre combustíveis. Pelo texto, passa a ser cobrada uma alíquota fixa por 12 meses, determinada por cada estado, sobre o preço médio do combustível praticado nos últimos dois anos. Há previsão de um teto para esse valor, correspondente à alíquota cobrada em 31 de dezembro de 2020, aplicada o preço médio cobrado em 2019 e 2020. Segundo o parecer do deputado Dr. Jaziel, poderá haver redução média de 8% na gasolina comum, 7% no etanol hidratado e 3,7% no diesel tipo “B”. A aprovação significa vitória do discurso de Jair Bolsonaro, que vem responsabilizando governadores pela alta do preço dos combustíveis, e demonstra força de Arthur Lira, que promoveu a votação mesmo com resistência de governadores e de algumas bancadas de centro. O texto agora segue para o Senado, que tem demonstrado menor alinhamento com a agenda do governo e onde a pressão de governadores costuma ter efeito maior. Na agenda econômica de hoje, os mercados estarão atentos à divulgação dos resultados do setor de serviços do mês de agosto.
Bolsas internacionais amanhecem positivas (EUA +0,3% e Europa +1,0%) enquanto investidores digerem dados de inflação e aguardam novas divulgações de resultados. Nos EUA, a inflação (CPI) veio levemente acima do esperado (+5,4% vs. +5,3% das projeções a.a.), impulsionada pelos altos custos de energia. Na China (-0,5%), dados da inflação para os produtores (PPI) também foram reportados acima do consenso (+10,7% vs. +10,5%), refletindo os altos preços de matéria prima que, somados aos problemas da cadeia de produção e custos de energia, acabam pressionando as margens das empresas locais. O petróleo amanhece em alta (+1,1%) após pronunciamento do U.S. Energy Information Administration, afirmando que a produção nos EUA será mais baixa que a projetada em 2021 e deverá se recuperar somente em 2022. Também publicada ontem, a ata da última reunião de política monetária do Federal Reserve reforçou que o processo de redução gradual das suas compras de ativos deve começar em breve. Mantemos a expectativa de que o banco central anunciará o cronograma do tapering em seu próximo encontro, no início de novembro, com o início efetivo do processo em dezembro. Em relação à taxa básica de juros, por sua vez, acreditamos que o primeiro movimento de alta ocorrerá somente em 2023.
Enquanto isso, a diferença entre os índices de preços ao produtor e ao consumidor na China atingiu 10 pontos percentuais em setembro (de 8,7 p.p. em agosto), a mais ampla desde 1993. O aumento expressivo da inflação ao produtor no país asiático (líder em exportações no mundo), explicada sobretudo pela disparada dos preços do carvão e de produtos intensivos em energia, adiciona riscos relevantes ao cenário de inflação global nos próximos meses. No dia de hoje, destaque para a publicação do índice de preços ao produtor de setembro e dos pedidos semanais de seguro-desemprego nos Estados Unidos.
Os ministros das finanças das maiores economias do mundo endossaram um acordo global que visa reforçar a tributação de multinacionais, abrindo o caminho para aprovação do projeto pelos chefes de estado em cúpula no final do mês. A declaração de apoio do Grupo dos 20 ministros e governadores do banco central se baseia no acordo alcançado na semana passada por 136 governos para um imposto mínimo global e o fim dos novos impostos digitais. No Congresso americano, democratas continuam tentando resolver divergências sobre o Plano das Famílias Americanas. Moderados procuram diluir o valor do projeto de USD 3,5 trilhões para cerca de USD 2 trilhões, mas enfrentam resistência da ala mais à esquerda do partido. A principal dificuldade é negociar quais artigos serão retirados do projeto.
Tópicos do dia
Economia
- Sinais mistos do índice de inflação ao consumidor de setembro não devem alterar o cronograma de redução de estímulos monetários nos Estados Unidos
Política
- Ministros das finanças das maiores economias do mundo endossaram acordo global que visa reforçar a tributação de multinacionais
- Ministros das finanças das maiores economias do mundo endossaram acordo global que visa reforçar a tributação de multinacionais
- Nos EUA, democratas continuam tentando resolver divergências sobre o Plano das Famílias Americanas
Empresas
- Autopeças Brasil: Escolha um Assento e Siga Viagem; Randon é Nossa Preferida no Setor
- CYRELA (CYRE3): Prévia Operacional Sólida no 3T21 como Esperado
- Lavvi (LAVV3) – Dividendos Robustos Anunciados
- Cury (CURY3): Dados Operacionais Fortes de Ponta a Ponta no 3T21
- Melnick (MELK3): Prévia Operacional Mistos no 3T21
- EVEN (EVEN3): Prévia Operacional Neutra no 3T21
- Notas sobre o resultado do primeiro semestre de 2021 do Nubank Brasil
- Principais notícias dos setores
Mercados
- Radar Global: Análises das principais empresas e tendências sob o nosso Radar | Resultados J.P. Morgan e Delta
ESG
- Radar ESG | Empresas de Autopeças: Preparando a estrada ESG; Governança e segurança em primeiro lugar
- Café com ESG: Conteúdos diários que transformam | 14/10
Veja todos os detalhes
Economia
Sinais mistos do índice de inflação ao consumidor de setembro não devem alterar o cronograma de redução de estímulos monetários nos Estados Unidos
- O Índice de Preços ao Consumidor dos Estados Unidos (CPI, na sigla em inglês) registrou elevação de 0,4% entre agosto e setembro, resultado ligeiramente acima da nossa estimativa e do consenso de mercado (0,3%). Nos últimos 12 meses até setembro, o indicador exibiu alta de 5,4%. Já a medida de núcleo da inflação – exclui os itens voláteis de alimentos e energia – avançou 0,2% na comparação mensal, em linha com as expectativas (aumento de 4,0% em 12 meses). Em relação aos dados desagregados de inflação, a divulgação de ontem emitiu sinais mistos aos agentes de mercado. Por um lado, destaque para a queda acentuada dos preços de veículos usados e passagens aéreas, reforçando a avaliação de que os itens mais sensíveis às restrições de oferta (gargalos em cadeias de suprimentos) e à reabertura econômica irão mostrar descompressão ao longo dos próximos meses (ou seja, que os efeitos altistas são transitórios). Por outro lado, os dados apresentaram elevação significativa nos preços de alimentação no domicílio e em alugueis – vale lembrar que o último tem caráter mais cíclico e persistente. Além disso, os mercados temem que a pressão altista recente sobre os preços de energia evite uma desinflação mais rápida na economia americana (e mundial). Isto posto, mantemos o cenário de que o índice geral de preços ao consumidor nos Estados Unidos encerrará 2021 com elevação de 4,8%, enquanto o núcleo da inflação deverá exibir alta de 4,1%. Para o final de 2022, por sua vez, acreditamos que ambas as medidas irão retornar a níveis próximos a 2%, em linha com a expectativa de desaceleração da economia americana e normalização gradual das cadeias de insumos globais;
- De acordo com a ata da última reunião de política monetária nos Estados Unidos (do Comitê Federal de Mercado Aberto do Federal Reserve, Fed), publicada ontem, o processo de redução gradual das compras de ativos do banco central americano deve começar em breve. O documento revelou que “vários participantes indicaram que preferiam proceder com uma moderação mais rápida das compras de títulos do que o descrito nos exemplos ilustrativos”; ou seja, segundo membros da instituição, o tapering poderia começar já em meados de novembro. No entanto, mantemos a expectativa de que a autoridade monetária anunciará o plano de retirada gradual dos estímulos em sua reunião de 02-03 de novembro, com o início efetivo do processo em dezembro (prevemos diminuição paulatina de US$ 15 bilhões por mês nas compras de ativos, com a duração de oito meses). Além disso, chamamos a atenção para o seguinte parágrafo da ata: “vários participantes enfatizaram que as condições econômicas provavelmente justificariam a manutenção da taxa de juros próxima a zero nos próximos dois anos. Além de observar que a economia local segue distante do nível de pleno emprego, vários desses participantes sugeriram que poderia haver pressão baixista persistente sobre a inflação nos próximos anos”. A nosso ver, o primeiro movimento de alta de juros nos Estados Unidos ocorrerá apenas em 2023, provavelmente no segundo trimestre. Por fim, acreditamos que a taxa de juros neutra (equilíbrio de longo prazo) da economia americana está entre 1,75% e 2,00%, e não em 2,50% como membros do Fed projetam atualmente;
- O Índice de Preços ao Produtor da China (PPI, na sigla em inglês) registrou elevação anual de 10,7% em setembro, superando as expectativas do mercado (consenso: 10,5%) e atingindo o patamar mais alto desde novembro de 1995, puxado principalmente pela disparada dos preços do carvão e de produtos intensivos em energia. Enquanto isso, o Índice de Preços ao Consumidor (CPI) da China recuou de 0,8% em agosto para 0,7% em setembro (consenso: 0,8%), devido sobretudo à menor taxa de variação dos preços de alimentos – a medida de núcleo da inflação ao consumidor permaneceu em 1,2%. Consequentemente, a diferença entre os índices de preços ao produtor e ao consumidor da China atingiu 10 p.p. em setembro (de 8,7 p.p. em agosto), a mais ampla desde 1993. O aumento expressivo dos preços ao produtor na China (líder em exportações no mundo) adiciona riscos relevantes ao cenário de inflação global nos próximos meses;
- Na agenda econômica de hoje, destaque para a publicação do Índice de Preços ao Produtor (IPP) de setembro e dos pedidos semanais de seguro-desemprego nos Estados Unidos. No Brasil, por sua vez, os mercados estarão atentos à divulgação dos resultados do setor de serviços (PMS – Pesquisa Mensal de Serviços) referentes a agosto – estimamos ligeira alta de 0,2% em comparação a julho e aumento de 15,9% em relação a agosto de 2020, enquanto o consenso de mercado aponta para elevação de 0,3% na comparação mensal e expansão de 16,1% na comparação interanual.
Política
Ministros das finanças das maiores economias do mundo endossaram acordo global que visa reforçar a tributação de multinacionais
- A Câmara aprovou na noite de ontem projeto de lei complementar que altera a forma de cobrança do ICMS sobre combustíveis;
- Pelo texto, passa a ser cobrada uma alíquota fixa por 12 meses, determinada pelo estado, sobre o preço médio do combustível praticado nos últimos dois anos. Há previsão de um teto para esse valor, correspondente à alíquota cobrada em 31 de dezembro de 2020, aplicada o preço médio cobrado em 2019 e 2020;
- Segundo o parecer do deputado Dr. Jaziel, poderá haver redução média de 8% na gasolina comum, 7% no etanol hidratado e 3,7% no diesel tipo “B”;
- A aprovação significa vitória do discurso de Jair Bolsonaro, que vem responsabilizando governadores pela alta do preço dos combusítveis, e demonstra força de Arthur Lira, que promoveu a votação mesmo com resistência de governadores e de algumas bancadas de centro;
- O texto agora segue para o Senado, que tem demonstrado menor alinhamento com a agenda do governo e onde a pressão de governadores costuma ter efeito maior.
Ministros das finanças das maiores economias do mundo endossaram acordo global que visa reforçar a tributação de multinacionais
- Os ministros das finanças das maiores economias do mundo endossaram um acordo global que visa reforçar a tributação de multinacionais, abrindo o caminho para aprovação do projeto pelos chefes de estado em cúpula no final do mês. A declaração de apoio do Grupo dos 20 ministros e governadores do banco central se baseia no acordo alcançado na semana passada por 136 governos para um imposto mínimo global e o fim dos novos impostos digitais.
Nos EUA, democratas continuam tentando resolver divergências sobre o Plano das Famílias Americanas
- No Congresso americano, democratas continuam tentando resolver divergências sobre o Plano das Famílias Americanas. Moderados procuram diluir o valor do projeto de USD 3,5 trilhões para cerca de USD 2 trilhões, mas enfrentam resistência da ala mais à esquerda do partido. A principal dificuldade é negociar quais artigos serão retirados do projeto.
Empresas
Autopeças Brasil: Escolha um Assento e Siga Viagem; Randon é Nossa Preferida no Setor
- Estamos iniciando a cobertura do setor de Autopeças com uma visão heterogênea em todo o setor;
- Apesar de um momento desafiador de curto prazo no segmento automotivo (principalmente devido à escassez de semicondutores e aumento nos preços das matérias-primas), vemos oportunidades de investimento:
- Randon é nossa escolha preferida (Compra | Preço-Alvo R$18/ação), com base em seu forte desempenho operacional e níveis de valuation atrativos; seguida por
- Tupy (Compra | Preço-Alvo R$32/ação) e (iii) Iochpe-Maxion (Compra | Preço-Alvo R$27/ação), como alternativas bem diversificadas para exposição aos mercados externos a um valuation também atrativo;
- Com visões cautelosas sobre (iv) Fras-le (Neutro | Preço-Alvo R$16/ação) devido ao valuation esticado; e (v) Marcopolo (Neutro | Preço-Alvo R$2,80/ação) devido a preocupações de mercado e sustentabilidade da rentabilidade no longo prazo.
- Para acessar o relatório, clique aqui.
CYRELA (CYRE3): Prévia Operacional Sólida no 3T21 como Esperado
- A Cyrela divulgou dados operacionais sólidos no 3T21, explicados por lançamentos fortes, alcançando R$ 2,20 bilhões (+ 33,2% A/A) no 3T21, totalizando R$ 4,55 bilhões em 9M21 contra R$ 2,97 bilhões em 9M20 (+53,2% YoY);
- Adicionalmente, as vendas líquidas caíram (-12,5% de T/T), atingindo R$ 1,37 bilhão no 3T21, totalizando R$ 3,96 bilhões em 9M21 contra R$ 3,07 bilhões em 9M20 (+28,9% A/A). É importante mencionar que uma parte significativa dos lançamentos da CYRE (70% do VGV) foi lançada apenas em setembro, impactando negativamente no ritmo de VSO do trimestre, atingindo 18% no 3T21 vs. 23% no 2T21. Além disso, as vendas de lançamentos e estoques representando 53% e 47% do total das vendas, respectivamente. Portanto, refletindo a demanda sólida no segmento de média e alta renda para os produtos da Cyrela, apesar das preocupações com as perspectivas de taxa de juros para o financiamento imobiliário;
- Por fim, reiteramos nossa visão positiva sobre CYRE3 negociado em 1,1x P/BV em 2022, o que vemos como atraente.
Lavvi (LAVV3) – Dividendos Robustos Anunciados
- A Lavvi anunciou um robusto dividendo de R$ 120milhões (equivalente a um dividend yield de 9.6%);
- O pagamento ocorrerá em 27 de outubro de 2021;
- As ações negociarão ex-dividendos a partir de 19 de outubro de 2021;
- Vemos o pagamento como positivo, pois acreditamos que o caixa robusto da Lavvi pode suportar essa distribuição sem comprometer a sua alavancagem ou perspectiva de crescimento. Dito isso, esperamos uma reação positiva para o papel e reiteramos a nossa visão positiva para a companhia.
Cury (CURY3): Dados Operacionais Fortes de Ponta a Ponta no 3T21
- Cury registrou fortes dados operacionais no 3T21, impulsionados por lançamentos recordes, atingindo R$ 720 milhões no 3T21 (+81,5% A/A), totalizando R$ 1,997 bilhão em 9M21 vs. R$ 866 milhões em 9M20 (+130,6% A/A);
- Portanto, as pré-vendas líquidas subiram (+66,3% A/A), alcançando R$ 682 milhões no 3T21, totalizando R$ 1,955 bilhão em 9M21 vs. R$ 941 milhões em 9M20 (+107,7%). Destacamos o preço médio por unidade de R$220k (+14,1% YoY), mantendo a forte velocidade de vendas de 45,2% no trimestre (-120bps T/T), refletindo a demanda sólida no segmento de baixa renda, especialmente para o grupo 3 no programa CVA. Além disso, a geração de caixa operacional atingiu R$ 64,7 milhões no 3T21 contra R$ 55,9 milhões no 3T20, explicado pelo forte aumento nos repasses, atingindo R$ 723 milhões no 3T21 (+33,8% T/T).
- Por último, podemos ver uma reação positiva das ações. Dito isso, reiteramos Cury como nossa top pick, negociando a 5,7x P/E em 2022, o que vemos como atraente.
Melnick (MELK3): Prévia Operacional Mistos no 3T21
- Melnick reportou dados operacionais mistos no 3T21, explicados por lançamentos que aumentaram 90% A/A (% MELK), atingindo R$ 163 milhões no 3T21, totalizando R$ 595 milhões em 9M21 vs. R$ 412 milhões em 9M20 (+44% A/A);
- Do lado negativo, as vendas líquidas caíram (-29% YoY), atingindo R$ 99 milhões no 3T21 contra R$ 139 milhões no 2T21, totalizando R$ 362 milhões em 9M21 vs. R$ 478 milhões em 9M20 (-24% YoY). É importante mencionar que parte significativa dos lançamentos de Melnick (R$ 117 milhões do VGV) ocorreu no final de setembro, impactando o SoS negativamente no trimestre, atingindo 9% no 3T21 contra 14% no 2T21. Além disso, o cancelamento de vendas atingiu 8% das vendas brutas no 3T21 contra 10% no 2T21;
- Embora possamos ver uma reação levemente negativa para o papel, nós reiteramos a nossa visão favorável para Melnick baseada em seu valuation atrativo, negociando a 0,9x P/VP em 2021.
EVEN (EVEN3): Prévia Operacional Neutra no 3T21
- Even publicou dados operacionais neutros no 3T21, impulsionados principalmente por lançamentos que aumentaram 6% A/A (% EVEN), atingindo R$ 658 milhões no 3T21, totalizando R$ 1,589 bilhão em 9M21 vs. R$ 888 milhões em 9M20 (+79% A/A);
- Do lado negativo, as vendas líquidas caíram (-21% T/T), atingindo R$ 277 milhões no 3T21 vs. R$ 354 milhões no 2T21, totalizando R$ 1,217 bilhão em 9M21 vs. R$ 1,036 milhão em 9M20 (+17% A/A). É importante mencionar que uma parte significativa dos lançamentos da EVEN (R$ 200 milhões do VGV) ocorreu no final de setembro, impactando negativamente o SoS no trimestre, chegando a 11% no 3T21 vs. 16% no 2T21. Além disso, o distrato atingiu 16% das vendas brutas no 3T21 vs. 14% no 2T21;
- Portanto, reiteramos nossa recomendação neutra de EVEN3, sendo negociada a 0,9x P/BV em 2021.
Notas sobre o resultado do primeiro semestre de 2021 do Nubank Brasil
- O banco encerrou o primeiro semestre com mais de 41 milhões de clientes no Brasil –aumento de 25% em relação ao semestre passado, e de 60% nos últimos 12 meses. Com uma média de ~40K clientes por dia;
- Além disso o banco apresentou um aumento no volume de compras de seus cartões atingindo R$92 bilhões neste primeiro semestre de 2021, um aumento de 105% vs mesmo período do ano passado. Por fim, em termos financeiros o banco atingiu no semestre uma receita financeira de ~R$4bi, aumento de 91% A/A, margem financeira de R$1,8bi, aumento de 98% A/A e portanto margem liquida de 47%, aumento de 2p.p A/A;
- No geral, o Nubank mostrou se demonstrou competente na continuidade de sua estratégia de crescimento, além de se demonstrar uma aparente estabilidade financeira (embora, não podemos observar no detalhe os seus resultados).
Principais notícias dos setores
Nestas publicações diárias, trazemos as principais notícias nacionais e internacionais dos setores: Financeiro, Varejo (e-commerce, supermercados, lojas de roupa, farmácias, etc.), Agro, Alimentos e Bebidas e Energia (óleo & gás e elétricas).
- Notícias Diárias do Setor Financeiro
- Prestes a realizar seu IPO em Nova York, Nubank tem 1º lucro. Resultado no primeiro semestre de 2021 atingiu R$ 76,294 milhões, após saldo negativo de R$ 95 milhões no mesmo período do ano passado. (Valor);
- BC pode editar nova regra para fintechs ainda este ano. Consulta pública 78 eleva exigência para instituição de pagamento. (Valor);
- Clique aqui para acessar o relatório.
- Entrega XP: Notícias diárias do setor de varejo
- Sem solução para Bolsa Família, cresce a pressão para renovar auxílio emergencial (Folha);
- Parceiro de Mercado Livre e Americanas tem 1,75 bilhão de dados expostos (Valor);
- Renner investe R$ 1,2 bilhão em centro de distribuição de olho nas vendas (E-Commerce);
- Clique aqui para acessar o relatório.
- Agro, Alimentos & Bebidas: confira as principais notícias
- Sem exportar para China, frigoríficos reduzem abate no Brasil (PecSite);
- Brasil vence na OMC disputa contra os subsídios da Índia ao açúcar (Valor);
- Fertilizer Spike Hits European Farmers at Heart of Planting (Bloomberg);
- Acesse aqui o relatório completo.
- Radar Energia XP: Notícias diárias do setor de energia
- Tarifa já não cobre custos das térmicas, diz ministério. (Valor Econômico);
- Governo estuda como tratar custos extras apontados por distribuidoras de energia com escassez hídrica. (IstoÉ);
- Petróleo encerra em queda após relatório da Opep e fala de Putin. (Valor Econômico);
- Clique aqui para acessar o relatório.
Mercados
Radar Global: Análises das principais empresas e tendências sob o nosso Radar | Resultados J.P. Morgan e Delta
- J.P. Morgan supera estimativas do consenso e Delta Airlines reporta primeiro trimestre lucrativo após o início da pandemia;
- A General Motors afirmou que irá recuperar cerca de US$ 2bi da LG Electronics, seu fornecedor de baterias;
- A Apple reduziu em 10 milhões a sua meta de produção do iPhone 13 devido à escassez global de semicondutores;
- Marcas de luxo europeias seguem na moda e expectativas apontam para um crescimento orgânico de vendas no patamar de 7% neste trimestre;
- Acesse aqui o relatório internacional.
ESG
Radar ESG | Empresas de Autopeças: Preparando a estrada ESG; Governança e segurança em primeiro lugar
- Para o setor de autopeças, vemos o pilar G como o mais importante dos três, seguido pelo S e E, respectivamente;
- Em nossa visão, a TUPY3 é a melhor posicionada dentre as empresas da indústria sob a cobertura da XP – principalmente por possuir boas práticas de governança e um compromisso de longa data com o pilar ambiental -, seguida pela RAPT4. Por outro lado, vemos a POMO4 ainda preparando o caminho de volta à rota ESG, dada a falta de divulgação de dados relacionados à essa agenda por alguns anos, enquanto as outras empresas (FRAS3 e MYPK3) estão andando mais rápido;
- Ao longo deste relatório, destacamos os principais tópicos ESG para as empresas de autopeças brasileiras e trazemos a nossa visão sobre as iniciativas ESG de cada uma delas (Randon, Tupy, Iochpe-Maxion, Fras-le e Marcopolo). Clique aqui para acessar.
Café com ESG: Conteúdos diários que transformam | 14/10
- No cenário nacional, o Brasil é um dos países com maior potencial de venda de créditos de carbono e pode gerar receitas líquidas de US$ 16 bilhões a US$ 72 bilhões até 2030, de acordo com o Conselho Empresarial Brasileiro para o Desenvolvimento Sustentável (Cebds);
- No internacional, (i) a BMW da Alemanha estará pronta para qualquer proibição de carros com motor de combustão interna (ICE) a partir de 2030 com uma oferta de veículos elétricos, de acordo com o CEO; e (ii) a Bridgewater, maior hedge fund do mundo, afirmou a importância de se olhar, o quanto antes, para os preços do carbono – segundo a gestora, o carbono “vai se transformar num input importante para a atividade econômica e para entender os drivers de uma economia”. Clique aqui para acessar o relatório e começar o dia bem informado com as principais notícias ao redor do Brasil e do mundo quando o tema é ESG.
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