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Guerra na Ucrânia, resultados de Nvidia e mais: o que move os mercados hoje

Escalada de tensões geopolíticas e falas de membros do Federal Reserve são alguns dos temas de maior destaque nesta quinta-feira, 21/11/2024

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IBOVESPA +0,34% | 128.197 Pontos

CÂMBIO +0,35% | 5,77/USD

O que pode impactar o mercado hoje

Ibovespa

O Ibovespa fechou em alta de 0,3% na última terça-feira, aos 128.197 pontos. O mercado segue no aguardo do anúncio do pacote de corte de gastos do governo, que deve ser feito após a Cúpula do G20.

O principal destaque positivo na Bolsa brasileira foi Vamos (VAMO3, +4,7%), repercutindo a notícia de que uma gestora relevante aumentou sua participação na companhia para 6,6%. A Embraer (EMBR3, -2,2%) ficou entre os principais destaques negativos, após um banco de investimentos rebaixar a recomendação dos papéis de neutro para venda.

Nesta quinta-feira, teremos a divulgação dos dados de vendas de casas existentes referente a outubro nos Estados Unidos. No Japão, teremos dados de inflação ao consumidor de outubro e o PMI de manufatura e serviços de novembro. Por fim, pela temporada de resultados internacional do 3º trimestre, os destaques serão Deere & Co e PDD.

Renda Fixa

As taxas futuras de juros encerraram a sessão de terça-feira com forte fechamento por toda a curva. No Brasil, apesar da espera do mercado pelo anúncio do plano de corte de despesas governamentais, e do aumento da precificação de uma alta de 75bps na taxa Selic na próxima reunião do Copom, o mercado local teve redução dos prêmios de risco, acompanhando os mercados internacionais, que viram a demanda por títulos públicos aumentar após a escalada de tensões entre Rússia e Ucrânia. Com isso, o DI jan/26 encerrou em 13,18% (queda de 14,4bps vs. pregão anterior); DI jan/27 em 13,34% (queda de 15,6bps); DI jan/29 em 13,16% (queda de 12,6bps); DI jan/31 em 12,99% (queda de 11,5bps). Nos EUA, os rendimentos das Treasuries de dois anos terminaram o dia em 4,27% (-2,0bps) e os de dez anos em 4,39% (-3,0bps).

Mercados globais

Nesta quinta-feira, os futuros nos Estados Unidos abrem em queda (S&P 500: -0,3%; Nasdaq 100: -0,4%), após a divulgação dos resultados de Nvidia. A companhia apresentou um resultado bom, com surpresas positivas na receita e no lucro. O mercado, entretanto, teme desaceleração adicional no crescimento, o que faz com que as ações caiam cerca de 2,7% nas negociações pré-abertura. O mercado ainda espera anúncios de nomeações de Trump, especialmente para a Secretaria do Tesouro.

Na Europa, as bolsas operam em queda (Stoxx 600: -0,3%), e as bolsas chinesas fecharam mistas (CSI 300: 0,1%; HSI: 0,5%).

Economia

Mercados internacionais monitoram a escalada da guerra na Ucrânia e dados de atividade nos EUA. Alguns membros do Federal Reserve falam hoje. Com a atividade ainda forte no país, cresce no mercado a suspeita de que o Fed pode não cortar os juros em dezembro (não é nosso cenário base).

No Brasil, os mercados aguardam mais detalhes sobre as medidas para conter o crescimento das despesas. A expectativa é que o presidente Lula e o ministro Haddad se reúnam hoje, mas o anúncio provavelmente será na próxima semana. A imprensa reporta que o pacote poderá atingir até R$ 70 bilhões em redução de despesas obrigatórias na soma de 2025 e 2026, e incluirá mudanças nos benefícios de aposentadoria dos militares.

Veja todos os detalhes

Economia

Os mercados continuam aguardando detalhes sobre o pacote fiscal brasileiro, enquanto a guerra escala na Ucrânia

  • A guerra na Ucrânia poderá estar a ganhar novas dimensões. A Rússia lançou hoje um míssil balístico intercontinental durante um ataque ao país. É o primeiro uso conhecido na guerra de uma arma tão poderosa com capacidade nuclear, com um alcance de milhares de quilômetros;
  • Poucas notícias macro movimentam os mercados globais hoje. Nos EUA, os analistas irão monitorizar os indicadores semanais de emprego (auxílio desemprego) e as vendas de casas existentes em outubro para avaliar se a economia permanece sólida. Números fortes poderão alimentar as expectativas de que a Fed (banco central dos EUA) poderá não reduzir as taxas em Dezembro (não o nosso cenário base). Alguns diretores do Fed farão pronunciamentos públicos hoje;
  • O presidente do Banco do Japão, Kazuo Ueda, disse que o banco central vai monitorar os dados antes da sua próxima reunião de política monetária, e levará “seriamente” em conta o impacto que os movimentos do iene poderão ter nas perspectivas econômicas (PIB e inflação). O iene reagiu positivamente à sinalização de que a política monetária pode ser mais dura adiante;
  • Os preços do petróleo estão hoje em alta, impulsionados pelos receios de que o agravamento das tensões na guerra entre a Rússia e a Ucrânia pode afetar a oferta global de petróleo. Os preços subiram mesmo com o aumento maior que o esperado nos estoques dos EUA;
  • No Brasil, os mercados aguardam mais detalhes sobre as medidas para conter o crescimento das despesas. A expectativa é que o presidente Lula e o ministro Haddad se reúnam hoje, mas o anúncio provavelmente será na próxima semana. A imprensa reporta que o pacote poderá atingir até R$ 70 bilhões em redução de despesas obrigatórias na soma de 2025 e 2026, e incluirá mudanças nos benefícios de aposentadoria dos militares.

Commodities

Mineração e Siderurgia: Dados econômicos chineses melhores em outubro de 24; Preços do minério de ferro estáveis S/S

  • O tema principal da semana foram os indicadores econômicos da China para outubro/24;
  • Os indicadores econômicos da China mostraram uma mudança em direção ao otimismo entre as famílias em Out/24, com melhorias nas vendas de imóveis e na atividade de varejo;
  • Os estoques portuários de minério de ferro da China diminuíram 1% S/S, com S/S plano de minério brasileiro e S/S plano de minério australiano nos portos chineses, enquanto os estoques de aço longo da China aumentaram 2% S/S, com estoques de aço plano diminuindo 3% S/S, seguindo a melhor sazonalidade;
  • Por fim, vemos a Vale precificando o minério de ferro a US$ 97/t, um desconto de 3% em relação aos preços à vista, com os preços implícitos do alumínio da CBA em US$ 2.080, um desconto de 21% em relação aos preços à vista;
  • Clique aqui para acessar o relatório completo.

Empresas

Itaú (ITUB4): Em boa forma para continuar liderando

  • Há duas semanas, o Itaú Unibanco divulgou seus resultados do terceiro trimestre e realizou sua teleconferência de resultados;
  • Aproveitamos a oportunidade para atualizar nosso modelo considerando: (i) ROE melhor do que o previsto; (ii) um cenário macroeconômico mais difícil em 2025, levando a um crescimento marginalmente mais lento da carteira de empréstimos; (iii) um histórico comprovado em modelagem de crédito, evitando uma piora dos NPLs; e (iv) um payout terminal de 75% (acima dos 70% anteriores);
  • Como resultado, ajustamos nossas estimativas e rolamos nosso preço-alvo (TP) para R$43,0/ação ao final de 2025 (acima dos R$42,0/ação para o final de 2024);
  • Nosso TP aumentou apesar do maior custo de capital (+160 bps). Mantemos nossa recomendação de Compra e consideramos as ações ITUB4 nossa Top Pick dentro de nossa cobertura;
  • Clique aqui para acessar o relatório completo.

Vivara (VIVA3): Atualizando as nossas estimativas após o 3T24

  • Com o término da temporada de resultados do 3T24, aproveitamos a oportunidade para atualizar nosso modelo considerando: (i) margens brutas mais baixas, já que o aumento da força de trabalho na fábrica deve levar tempo para ser diluído; o que é parcialmente compensado por (ii) despesas de marketing ligeiramente mais baixas, em 3,5% das vendas;
  • Como resultado, ajustamos nossas estimativas para 2024-25 e mantemos nosso preço-alvo para o final de 2025 em R$32,0/ação;
  • Mantemos nossa recomendação de Compra, pois i) a VIVA é uma ação defensiva, com um modelo de negócios sólido e um cenário competitivo favorável; ii) a dinâmica de resultados deve permanecer sólida; e iii) o valuation continua em níveis atratrivos (de 9,6x P/L 2025);
  • Clique aqui para acessar o relatório completo.

Raízen (RAIZ4) | Potencial de alta a longo prazo, mas poucos catalisadores de curto prazo

  • Estamos revisando nossas estimativas e reduzindo nosso PA de R$ 6,0/ação para R$ 4,4/ação, principalmente devido a um maior custo de capital (principalmente para refletir um risco maior devido ao aumento da alavancagem e das taxas) e uma ramp-up mais lenta do que o esperado do negócio de E2G.
  • Mantemos a classificação de Compra para a ação, pois continuamos a ver um potencial de alta a longo prazo — ~36% do nosso PA é atribuído ao segmento de E2G. Embora vejamos um potencial significativo a longo prazo, os catalisadores de curto prazo para uma reavaliação permanecem limitados.
  • A alta incerteza em torno da ramp-up do E2G e o impacto das recentes mudanças na liderança pesam sobre a ação, em nossa visão. Os fundamentos sugerem um desempenho inferior no curto prazo, mas alertamos os investidores que consideram posições vendidas, pois a estratégia contínua de reciclagem de portfólio da Companhia pode atuar como uma surpresa positiva, gerando um sentimento positivo para a ação.
  • Clique aqui e acesse o  relatório completo.

Principais notícias dos setores

Nestas publicações diárias, trazemos as principais notícias nacionais e internacionais dos setores: Financeiro, Varejo (e-commerce, supermercados, lojas de roupa, farmácias, etc.), Agro, Alimentos e Bebidas e Energia (óleo & gás e elétricas).

  • Notícias Diárias do Setor Financeiro
  • Radar Tech XP: Notícias diárias do setor de Telecom e Tecnologia
    • Bemobi compra instituição de pagamento de olho em novos recursos do PIX (NeoFeed);
    • Oi vai vender mais de um imóvel por dia em 2025 (Telesíntese);
    • Lucro da Nvidia sobe 109% no 3º trimestre fiscal, para US$ 19,31 bilhões (Valor);
    • ‘Custo da IA é alto e limita seu uso, mas está caindo’ (Valor).
    • Clique aqui para acessar o relatório.
  • Entrega XP: Notícias diárias do setor de varejo
    • Presidente Lula cancela reunião que teria com Haddad para discutir corte de gastos (Valor Econômico);
    • Governo fecha acordo com a Defesa para corte de gastos na previdência dos militares; veja medidas (Estadão);
    • Mercado vê pacote de corte de gastos como última chance para governo recuperar confiança na economia (Estadão);
    • Clique aqui para acessar o relatório.
  • Agro, Alimentos & Bebidas: confira as principais notícias
    • Bebidas
      • Heineken breweries strikes in Netherlands set to continue – JustDrinks
      • Nestlé’s waters and premium beverages to become a standalone business to “unlock full potential” – FoodIngredients
    • Alimentos
      • Tyson Foods Queried in Indiana Probe on Illegal Immigration – Bloomberg
      • BRF começa a produzir na China. “Nova fase de crescimento”, diz Marcos Molina – GloboRural
    • Agro
      • Poland, France to Discuss Concerns Over Mercosur Trade Deal – Bloomberg
      • Argentina Moves to Deepen Soy Waterway to Ship Bigger Cargoes – Bloomberg
    • Biocombustíveis
      • Brasil exporta 54% da produção de petróleo nos primeiros nove meses do ano, mostra Ineep – NovaCana
      • São Martinho lidera ranking das dez melhores empresas de bioenergia – NovaCana
    • Clique aqui para acessar o relatório completo
  • Saúde: XP Daily | Sua dose diária de notícias
    • Amil encaminha venda do Hospital Monte Klinikum, em Fortaleza (CQCS);
    • Kora Saúde emitirá R$ 2,25 bilhões em debentures (Valor Econômico);
    • Hypera processa Ultrafarma por suposta imitação da marca Engov (Folha);
    • Clique aqui para acessar o relatório.

Renda fixa

BRK Ambiental tem perspectiva elevada para ‘Positiva’ pela Fitch; Rating ‘A+(bra)’ afirmado

  • No dia 14 de novembro de 2024, a agência de classificação de risco Fitch Ratings elevou a perspectiva da BRK Ambiental Participações S.A. de ‘Estável’ para ‘Positiva’, reafirmando seu rating nacional de longo prazo em ‘A+(bra)’;
  • Segundo a agência, a revisão da perspectiva reflete a expectativa de redução da alavancagem financeira da BRK, associada ao gradual fortalecimento operacional, ganhos de eficiência e um mercado resiliente;
  • Clique aqui para acessar o relatório completo.

De Olho na Renda Fixa: principais notícias de crédito privado, mercados e renda fixa

  • Fed’s Barkin says US is vulnerable to inflation shocks, FT reports (Reuters);
  • Lula volta a discutir corte de gastos após G-20 e encontro com Xi Jinping; veja o que está em jogo (Estadão);
  • Kora Saúde emitirá R$ 2,25 bilhões em debêntures (Valor Econômico);
  • Moody’s Local Brasil eleva o rating do Banco Regional de Desenvolvimento do Extremo Sul – BRDE para AA-.br; perspectiva estável (Moody’s Local);
  • Clique aqui para acessar o clipping.

Estratégia

Fluxos de investidores pessoa física permanecem fortes em meio ao macro desafiador – Fluxo em foco

  • Em outubro, investidores estrangeiros foram compradores líquidos de ações no Brasil, impulsionados por maiores compras no mercado primário. Apesar disso, quando olhamos apenas para o mercado secundário, observamos mais uma vez saídas líquidas, que totalizaram R$ 2,5 bi no mês;
  • Enquanto isso, investidores domésticos foram vendedores líquidos, repercutindo fluxos negativos de R$ 4,0 bi de investidores institucionais;
  • A indústria de fundos teve mais um mês de fluxos negativos, com fundos multimercados registrando novas saídas de fluxos expressivos, mas com fundos de renda fixa se recuperando após um mês de setembro negativo;
  • A exposição de investidores pessoa física está cada vez mais positiva, com a exposição atual em um nível de ~51 mil contratos abertos líquidos. Já a exposição positiva de investidores estrangeiros está acima da média mensal dos últimos 12 meses de ~276 mil contratos abertos líquidos, em ~447 mil;
  • O volume médio diário negociado na Bolsa caiu para R$ 22,3 bi. Os estoques de renda fixa aumentaram em R$ 461,0 bi nos últimos 3 meses para R$ 7,6 tri, o maior nível desde o início do nosso acompanhamento em outubro de 2021, e a média mensal do valor de mercado diminuiu para R$ 4,5 tri, enquanto o número de companhias listadas diminuiu para 367;
  • Clique aqui para acessar o relatório completo.

Pesquisa com assessores XP: Sentimento em relação à Bolsa continua se deteriorando

  • Nesta edição da nossa pesquisa com assessores filiados à XP, vimos um novo aumento no sentimento de cautela em relação à Bolsa. Os principais pontos da pesquisa foram:
    • O apetite por investimento em Renda Variável diminuiu, com 18% (+3 p.p. M/M) indicando que seus clientes planejam diminuir a exposição, enquanto apenas 16% planejam aumentá-la (-3 p.p. M/M);
    • O sentimento dos assessores caiu para 5,5 em relação a 6,2 em outubro (numa escala de 0 a 10);
    • Renda Fixa permanece como a preferida entre os clientes, e o interesse por criptoativos e ETFs aumentou significativamente;
    • Preocupações com riscos fiscais e inflação mais alta no Brasil aumentaram;
    • A maioria dos clientes não alterou sua alocação em renda variável com as eleições nos EUA e a temporada de resultados do 3º trimestre.
  • Clique aqui para acessar o relatório completo.

Alocação & Fundos

Principais notícias

  • Fundos Imobiliários (FIIs): confira as principais notícias
    • Galpões logísticos: e-commerce amplia busca por imóveis perto de SP e esquenta mercado (Fiis);
    • FII de logística dispara e sobe mais de 7% em dia de terceira alta seguida do IFIX (Fiis);
    • BRCO11: zero vacância e reserva “robusta”; veja 5 destaques sobre esse FII (Fiis);
    • Clique aqui para acessar o relatório.

ESG

No Brasil, PL do mercado de carbono é aprovado; Na COP29, acordos sobre carvão e metano em destaque | Café com ESG, 21/11

  • O mercado encerrou o pregão de terça-feira em território positivo, com o IBOV e o ISE avançando 0,3% e 0,8%, respectivamente;

    No Brasil, a Câmara dos Deputados aprovou na terça-feira (19) o projeto de lei que regulamenta o mercado de carbono brasileiro (acesse aqui a nossa visão) – segundo estudos preliminares do Ministério da Fazenda, atualmente, esse mercado deve ter sob seu guarda-chuva entre 4 mil e 5 mil empresas, cobrindo cerca de 15% das emissões de gases de efeito estufa do país;

    Na COP29, (i) a Presidência da cúpula lançou, na última terça-feira, a Declaração de Redução de Metano de Resíduos Orgânicos, assinada por sete dos dez maiores emissores deste tipo de resíduos, entre eles o Brasil – a declaração foi assinada inicialmente por mais de 30 países, que firmaram o compromisso de definir metas setoriais de metano dentro de suas futuras Contribuições Nacionalmente Determinadas (NDCs); e (ii) 25 países comprometeram-se nesta quarta-feira (20) a não inaugurar mais centrais a carvão sem sistemas de captura de CO2, na esperança de encorajar outras nações a abandonarem essa fonte de energia – Reino Unido, Canadá, França, Alemanha e Austrália, assinaram o acordo, enquanto China, Índia e EUA não apoiaram a iniciativa;
  • Clique aqui para acessar o relatório e começar o dia bem informado com as principais notícias ao redor do Brasil e do mundo quando o tema é ESG.

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