IBOVESPA -0,1% | 157.632 Pontos
CÂMBIO +0,3% | 5,29/USD
O que pode impactar o mercado hoje
Ibovespa
O Ibovespa encerrou o pregão de quarta-feira próximo da estabilidade, com leve queda de 0,07%, aos 157.632 pontos, interrompendo uma sequência de 15 altas consecutivas. O índice foi pressionado pelo desempenho negativo das petroleiras, como Petrobras (PETR3 -3,0%; PETR4 -2,6%), Prio (PRIO3 -0,7%) e PetroRecôncavo (RECV3 -5,1%). Além disso, a temporada de resultados do 3T25 se aproxima do fim, com as empresas brasileiras reportando números sólidos de forma geral: até o momento, 64 das 79 companhias que compõem o Ibovespa já divulgaram seus resultados, com 57% superando as estimativas de lucro a uma surpresa média de 11,4%.
Entre as ações, Taesa (TAEE11 +5,8%) subiu, após divulgar resultados em linha com as expectativas dos nossos analistas, mas acompanhados de anúncio de dividendos acima do projetado (veja aqui mais detalhes). Na ponta negativa, CVC (CVCB3 -8,3%) recuou, também repercutindo a divulgação dos resultados do 3T25.
Nesta quinta-feira, o destaque do dia é a divulgação da Pesquisa Mensal do Comércio referente a setembro no Brasil, além dos dados de produção industrial e vendas do varejo de outubro na China. Pela temporada de resultados do 3T25, os principais balanços serão Bemobi, Cemig, CPFL, Cyrela, Grupo Mateus, JBS, Light, Localiza, Nubank, Oncoclínicas, Orizon, Serena Energia e Track & Field.
Renda Fixa
As taxas futuras de juros encerraram a sessão de quarta-feira com fechamento ao longo da curva, influenciadas pelo alívio nos juros externos, mesmo após a alta de 0,6% no volume de serviços em setembro sobre agosto — acima das projeções e na contramão da percepção de desaceleração da economia. O DI jan/26 encerrou em 14,89% (- 0,1bp vs. pregão anterior); DI jan/27 em 13,64% (- 2,6bps); DI jan/29 em 12,81% (- 3,6bps); DI jan/31 em 13,15% (- 2,5bps). Nos EUA, os rendimentos dos títulos soberanos encerraram o dia em queda. Com isso, as taxas das Treasuries de dois anos terminaram o dia em 3,568% (- 2,49bps vs. pregão anterior); enquanto as de dez anos em 4,0713% (- 4,57bps).
Mercados globais
Nessa quinta-feira, os futuros nos EUA operam em leve baixa (S&P 500: –0,1%; Nasdaq 100: –0,2%). No dia anterior, a rotação continuou dominante, com investidores saindo de tecnologia e migrando para setores defensivos, o que levou o Nasdaq a cair novamente enquanto o S&P 500 registrou sua quarta alta seguida. O impulso veio de nomes como Walmart, Home Depot, McDonald’s, Eli Lilly e Johnson & Johnson. O fim do shutdown, aprovado na Câmara por 222 a 209 votos e já assinado por Trump, reduz incertezas, mas a paralisação prolongada deixou o mercado sem dados importantes como payroll e inflação, e a Casa Branca afirmou que alguns relatórios podem nunca ser divulgados.
Na Europa, as bolsas apresentam leve avanço (Stoxx 600: +0,1%) acompanhando o alívio global após o fim do shutdown nos EUA. Entre os destaques, ALK e Zealand Pharma lideram as altas após revisão positiva de guidance, e Burberry salta +4,3% com seu primeiro crescimento de vendas comparáveis em dois anos. Investidores monitoram resultados de Siemens, Deutsche Telekom, Enel, Merck e Aviva, além da produção industrial da União Europeia.
Na China, os mercados fecharam em alta (HSI: +0,6%; CSI 300: +1,2%), acompanhando o rali global após o fim do shutdown. O movimento se somou à recuperação regional, com Japão (Nikkei: +0,4%), Coreia do Sul (Kospi: +0,5%; Kosdaq: +1,3%) e Índia (+0,8%) também avançando. SoftBank continuou em forte queda por um segundo dia (–3,4%) após revelar a venda integral de sua posição na Nvidia para financiar sua aposta na OpenAI.
IFIX
O Índice de Fundos Imobiliários (IFIX) encerrou a quarta-feira em alta de 0,12%, impulsionado principalmente pelo desempenho dos fundos de tijolo. A valorização desses ativos foi favorecida pelo fechamento da curva de juros futura, movimento ao qual essa classe costuma ser mais sensível. Em contrapartida, os fundos de papel registraram queda marginal de 0,02%, ainda impactados pela deflação observada em agosto, que segue pressionando seus rendimentos.
Com esse desempenho, o IFIX acumula valorização de 0,10% no mês e de 15,43% no ano. Entre as maiores altas do dia, destacaram-se os fundos PATL11 (+2,5%), VILG11 (+1,5%) e PVBI11 (+1,4%). Já entre as principais quedas, figuraram URPR11 (-1,6%), XPCI11 (-1,5%) e VGIP11 (-1,2%).
Economia
No Brasil, a receita real do setor de serviços cresceu 0,6% em setembro em comparação com agosto, um pouco acima das expectativas (XP e Mercado: 0,4%), marcando o oitavo aumento consecutivo. Com isso, o indicador avançou 0,9% no 3º trimestre. Em resumo, o setor terciário continua em tendência de alta, o que contrasta com a produção industrial e as vendas no varejo. Esse quadro reflete, em boa medida, o mercado de trabalho aquecido, apesar dos sinais incipientes de estabilização no emprego. Nossa estimativa para o PIB do 3º trimestre indica alta de 0,3% em relação ao 2º trimestre. Assim, reforçamos nossa projeção de que o PIB crescerá 2,1% em 2025.
Nos Estados Unidos, a Câmara dos Representantes aprovou, ontem à noite, o fim da paralisação do governo (shutdown) mais longa da história, por 222 votos a favor e 209 contrários. O Presidente Donald Trump sancionou a lei pouco tempo após a aprovação. A paralisação, que durou 43 dias, levou a bloqueio orçamentário e interrompeu o pagamento de salários aos servidores federais.
Hoje, a agenda doméstica traz a Pesquisa Mensal do Comércio (PMC) referente a setembro. Esperamos crescimento moderado para as vendas varejistas nos conceitos restrito (0,3% m/m; 2,0% a/a) e ampliado (0,1% m/m; 1,1% a/a). Na agenda internacional, destaque para a divulgação de indicadores de atividade na China: produção industrial, vendas varejistas, investimentos em ativos fixos e taxa de desemprego, todos relativos a outubro.
Veja todos os detalhes
Economia
No Brasil, setor de serviços confirma resiliência ao crescer pelo oitavo mês consecutivo; paralisação mais longa da história do governo dos Estados Unidos chega ao fim
- No Brasil, a receita real do setor de serviços cresceu 0,6% em setembro em comparação com agosto, um pouco acima das expectativas (XP e Mercado: 0,4%), marcando a oitava elevação consecutiva. Com isso, o indicador avançou 0,9% no 3º trimestre. Em resumo, o setor terciário continua em tendência de alta, o que contrasta com a produção industrial e as vendas no varejo. Esse quadro reflete, em boa medida, o mercado de trabalho aquecido, apesar dos sinais incipientes de estabilização no emprego. Além disso, acreditamos que medidas de estímulo (de renda e crédito) sustentarão a demanda doméstica ao longo de 2026, mantendo o setor em território positivo. Nossa estimativa para o PIB do 3º trimestre indica alta de 0,3% em relação ao 2º trimestre. Assim, reforçamos nossa projeção de que o PIB crescerá 2,1% em 2025;
- Nos Estados Unidos, a Câmara dos Representantes aprovou, ontem à noite, o fim da paralisação do governo (shutdown) mais longa da história, por 222 votos a favor e 209 contrários. O Presidente Donald Trump sancionou a lei pouco tempo após a aprovação. A paralisação, que durou 43 dias, levou a bloqueio orçamentário e interrompeu o pagamento de salários aos servidores federais. Ontem à tarde, a porta-voz da Casa Branca, Karoline Leavitt, afirmou que é improvável que o relatório de emprego (Nonfarm Payroll) e o índice de preços ao consumidor de outubro sejam divulgados, devido aos efeitos do shutdown. As agências oficiais de estatísticas não realizaram a produção e divulgação de dados econômicos durante o período, e alguns podem ser integralmente suprimidos;
- A ausência de dados tem sido um dos motivos mencionados por diretores do Federal Reserve (Fed, o banco central americano) para a necessidade de cautela na condução da política monetária. Por exemplo, Susan Collins (Presidente do Fed de Boston) e Raphael Bostic (Presidente do Fed de Atlanta) manifestaram, ontem, oposição a um novo corte de juros em dezembro. Além do shutdown, as autoridades mencionaram que a inflação tem sido persistentemente alta e acima da meta de 2% há quase cinco anos, enquanto a atividade econômica permanece resiliente. Mantemos a expectativa de que o Fed reduzirá sua taxa básica de juros em dezembro, ainda que reconheçamos o aumento das incertezas nas últimas semanas;
- Hoje, a agenda doméstica traz a Pesquisa Mensal do Comércio (PMC) referente a setembro. Esperamos crescimento moderado para as vendas varejistas nos conceitos restrito (0,3% m/m; 2,0% a/a) e ampliado (0,1% m/m; 1,1% a/a). O último inclui os segmentos de veículos, materiais de construção e atacado especializado em alimentos, bebidas e fumo (atacarejo). Na agenda internacional, destaque para a divulgação de indicadores de atividade econômica na China: produção industrial (projeção de mercado: 5.5% a/a), vendas varejistas (2,7% a/a), investimentos em ativos fixos (-0,8% a/a) e taxa de desemprego (5,2%), todos relativos a outubro.
Commodities
Mineração e Siderurgia: Sinais de demanda fraca na China pesam sobre o minério de ferro; Exportações oferecem suporte
Analisando dados globais de minério de ferro e aço
- Os fundamentos do minério de ferro apontam para uma demanda relativamente fraca em out’25:
- (i) a demanda aparente de aço na China deve diminuir A/A em out’25, enquanto os estoques de minério de ferro nos portos subiram M/M;
- (ii) a demanda doméstica permanece fraca, com os dados de set’25 mostrando investimentos mais lentos em ativos fixos e uma contração anual no setor imobiliário.
- (iii) Dito isso, acreditamos que os preços reagiram de acordo (preços caíram -3% MTD em nov’25), embora o suporte de curto prazo possa vir das campanhas “anti-involution” e das exportações resilientes.
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Empresas
Pague Menos (PGMN3): A receita para o crescimento
- Reintegramos a cobertura da Pague Menos com recomendação de Compra e preço-alvo para o final de 2026 em R$6,00 por ação, pois:
- Há espaço para a empresa continuar melhorando a produtividade das lojas, alcançando R$925 mil até o final de 2026 (ante R$830 mil no 3º trimestre);
- A PGMN deve se beneficiar da tendência estrutural dos GLP-1, com sua execução posicionando-a bem apesar da escassez de oferta, enquanto os genéricos representam um risco de alta no médio prazo;
- Vemos menores riscos de concorrência no segmento de HPC para a PGMN;
- Em resumo, enxergamos a PGMN como uma história de autoajuda, com tendências estruturais sólidas e impulso nos resultados, além de ser uma aposta em taxa de juros devido à sua alavancagem ainda alta (em torno de 2x ND/EBITDA no final de 2025);
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Automob (AMOB): resultados mais fracos em meio a desafios em veículos pesados; anunciado impairment de frota
- A Automob apresentou resultados mais fracos, conforme esperado, com prejuízo líquido ajustado de R$66 milhões (vs. R$75 milhões estimados pela XPe);
- Pelo lado positivo, destacamos:
- Desempenho sólido na receita de Veículos Leves (+19% A/A), beneficiado pela estratégia da AMOB de aumentar vendas por loja;
- Forte geração de caixa (~R$170 milhões) decorrente de redução significativa nos níveis de estoque pago;
- Por outro lado, ressaltamos:
- Ambiente desafiador em Veículos Pesados (receita líquida -12% A/A) em meio à dinâmica fraca de vendas em Máquinas & Equipamentos Agrícolas, o que explica parcialmente um impairment de frota de ~R$105 milhões no trimestre;
- Despesas financeiras significativamente maiores (+111% A/A), apesar da companhia começar a dar sinais de desalavancagem (dívida líquida/EBITDA caiu 0,1x T/T);
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Varejo LatAm: Feedback da última rodada de reuniões com investidores institucionais
- Realizamos um NDR nos EUA e em Londres no fim de outubro, seguido por uma rodada com investidores locais, totalizando cerca de 40 reuniões nas últimas semanas;
- De forma geral, ainda vemos investidores com baixa convicção no setor e, portanto, com pouca exposição, embora a maioria esteja atenta a oportunidades caso (ou quando) se sinta mais confortável com os resultados e as tendências macro, como já havíamos apontado em nossa última pesquisa de posicionamento (link);
- As ações mais detidas por estrangeiros são MELI e, em menor grau, RADL, enquanto os investidores locais estão mais posicionados em SMFT, VIVA e RADL;
- As discussões com estrangeiros concentraram-se principalmente na concorrência do e-commerce no Brasil para MELI, enquanto os locais buscam ideias em meio à baixa convicção no setor;
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Vittia (VITT3) | Resultados acima do XPe, embora não sejam brilhantes
- Vittia apresentou resultados acima do esperado, embora isso não deva gerar re-rating futuro, já que a companhia cresce em ritmo mais lento, enquanto o ambiente para players de insumos agrícolas permanece desafiador.
- Link: https://conteudos.xpi.com.br/acoes/relatorios/vittia-vitt3-revisao-dos-resultados-do-3t25-resultados-acima-do-xpe-embora-nao-sejam-brilhantes/
Moura Dubeux (MDNE3): Resultados impressionantes impulsionados pelo segmento de condomínios
- A Moura Dubeux apresentou resultados sólidos no terceiro trimestre de 2025, com um forte lucro líquido. A receita cresceu 9% A/A, impulsionada principalmente pelas sólidas contribuições das taxas de comercialização de terrenos reconhecidas em quatro projetos.
- Mais importante ainda, a margem bruta superou as estimativas em 5 p.p., com margens sólidas nas taxas de comercialização de terrenos levando as margens brutas dos condomínios a 49,8% (+12 p.p. em relação ao A/A, +10 p.p. em relação às estimativas da XPe).
- O EBITDA ficou estável em relação às estimativas da XPe devido a despesas mais altas com vendas, gerais e administrativas, mas registrou um forte crescimento em relação ao A/A (+42%), impulsionado pela sólida lucratividade dos condomínios.
- No geral, o lucro líquido superou as estimativas em R$ 118 milhões (+32% A/A, +10% em relação às estimativas da XPe), também apoiado por receitas financeiras elevadas. Isso levou a um ROE de 21% nos últimos 12 meses (estável em relação ao T/T), o que é sólido em comparação com os pares do setor.
- Mantemos nossa recomendação de compra para as ações.
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Ultrapar (UGPA3) | Resultado em linha com as expectativas, surpresa positiva na geração de caixa
• Nesta quarta-feira (12), após o fechamento do mercado, a Ultrapar divulgou os resultados do 3T25. O EBITDA ajustado consolidado de R$ 1,78 bilhão (+21% t/t, +18% a/a) ficou em linha com nossas estimativas (+1% em relação ao XPe) e com o consenso (+1%). O lucro líquido de R$ 772 milhões superou as estimativas (XPe R$ 547 milhões) devido ao reconhecimento de créditos fiscais extraordinários;
• O destaque positivo do trimestre foi a geração de caixa livre de R$ 1,25 bilhão, embora calculemos um rendimento de FCFE recorrente anualizado mais modesto de cerca de 11%, excluindo ganhos de capital de giro;
• De qualquer forma, a Ultrapar registrou uma redução substancial na dívida líquida (equivalente a 3,3% de seu valor de mercado), apesar dos pagamentos significativos de dividendos no trimestre;
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Grupo Casas Bahia (BHIA3): Trimestre sólido, mas alavancagem ainda é um peso
- O Grupo Casas Bahia reportou bons resultados operacionais no 3º trimestre, com crescimento positivo da receita, impulsionado pelo aumento da receita de serviços, e melhoria na lucratividade devido à alavancagem operacional;
- A empresa está no caminho do seu plano de transformação, evoluindo bem tanto na receita quanto na lucratividade, mostrando até uma aceleração do crescimento trimestre a trimestre, apesar do cenário macroeconômico desafiador;
- No entanto, as despesas financeiras continuam impactando negativamente os resultados (92% do fluxo de caixa operacional foi usado para pagar juros) e tiveram redução de apenas 7% em relação ao trimestre anterior, devido à conversão recente de debêntures, cujo efeito completo será refletido a partir do 4º trimestre;
- Apesar de valorizarmos as melhorias operacionais e vermos como positiva a recente parceria anunciada com o MELI, mantemos nossa recomendação Neutra, pois a alta alavancagem da empresa ainda impede a geração de caixa e a obtenção de lucro líquido positivo;
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Simpar: Resultados gerais fracos, com Movida e JSL se destacando positivamente
- A Simpar apresentou resultados negativos, com prejuízo líquido de -R$161 milhões (vs. R$35 milhões no 2T24 e -R$218 milhões estimados pela XPe);
- Destacamos:
- Forte desempenho da Movida em locação (tanto RaC quanto Gestão de Frotas), sustentado por aumentos contínuos de preços e redução de custos;
- EBITDA positivo da JSL impulsionado por (a) maturação de novos projetos, (b) renegociação contínua de contratos existentes e (c) base de custos aprimorada;
- Resultados mais fracos da Vamos devido à pressão de margem decorrente da estratégia de acelerar a venda de ativos não locados;
- Momento operacional desafiador da Automob, em meio a um cenário desfavorável para vendas de veículos pesados (especialmente agrícolas), levando a impairment de frota;
- Clique aqui para acessar o relatório.
Banco do Brasil (BBAS3) | Resultados 3T25: Deterioração persistente do agro leva a uma segunda revisão de guidance
- Banco do Brasil apresentou mais um trimestre fraco no 3T25.
- O Lucro Líquido Recorrente atingiu R$3,8 bn, ficando ligeiramente acima da nossa estimativa de R$3,6 bn, devido a despesas tributárias positivas.
- O desempenho da operação principal permaneceu pressionado: o Custo de Crédito aumentou para R$ 7,9 bn, impulsionado por uma maior deterioração da qualidade de crédito em todos os segmentos.
- O NPL+90 subiu para 4,93%, reforçando a visão de que a normalização é improvável no curto prazo.
- No lado da receita, o NII de R$26,4 bn ficou moderadamente acima das expectativas, enquanto fees e despesas ficaram em linha com o esperado.
- A rentabilidade permanece baixa, com o ROE estável em 8,4%. Junto aos resultados, o Banco do Brasil revisou novamente suas projeções, elevando a faixa do custo de crédito de R$53–56 bn para R$59–62 bn, e reduzindo a projeção de lucro líquido ajustado para R$18–21 bn (ante R$21–25 bn anteriormente), em linha com nossas expectativas.
- Embora vejamos as ações BBAS3 negociando a múltiplos P/B aparentemente atrativos, a combinação de recuperação lenta, baixo ROE e DY modesto nos leva a manter o rating Neutro enquanto aguardamos sinais mais claros de melhora.
- Clique aqui para acessar o relatório completo
Direcional (DIRR3): Expansão do lucro líquido amparada por margens brutas recordes
- A Direcional apresentou resultados sólidos, como esperado, no terceiro trimestre de 2025. Os principais destaques incluem:
- (i) crescimento da receita de 27,1% em relação ao ano anterior, impulsionado por sólidas vendas líquidas;
- (ii) margem bruta ajustada recorde de 42,1% (+40 pontos-base em relação ao trimestre anterior e estável em relação à XPe);
- (iii) margem do backlog aumentou para 45,2% (+30 pontos-base em relação ao trimestre anterior), sugerindo forte lucratividade nos lançamentos recentes;
- (iv) o lucro líquido ajustado atingiu R$ 205 milhões (+11% em relação ao mesmo período do ano anterior e estável em relação à XPe), levando a uma sólida expansão do ROE para 35% (+1 p.p. em relação ao trimestre anterior); e (v) o índice de endividamento líquido sobre o patrimônio líquido aumentou para 3,8% contra -5,6% no 2T25, explicado por pagamentos significativos de dividendos no trimestre, apesar das vendas da SPE.
- Embora sólidos, consideramos os resultados da DIRR amplamente em linha com as expectativas e não prevemos uma reação significativa das ações. Reiteramos nossa recomendação de Compra e mantemos o preço-alvo de R$ 16,70.
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MRV (MRVE3): A recuperação continua no ritmo esperado
- A MRV apresentou resultados ligeiramente positivos no 3T25, com surpresas relevantes no lucro líquido das operações brasileiras.
- A MRV Inc. registrou um lucro líquido ajustado positivo de R$ 204 milhões (+168% A/A, +41% vs. XPe), sustentado por (i) sólido crescimento da receita (+15% A/A), (ii) expansão contínua da margem bruta em 40bps, excluindo os efeitos da baixa do crédito Pro-Soluto, (iii) diluição das despesas comerciais T/T e (iv) forte redução das despesas financeiras.
- Por outro lado, a Resia apresentou prejuízo líquido de R$ 105 milhões, principalmente devido à pressão sobre o lucro bruto.
- Ainda assim, o lucro líquido consolidado da MRV&Co. avançou para R$ 111 milhões, 15% acima da estimativa da XPe. De forma geral, embora não esperemos uma reação material do mercado aos resultados, acreditamos que a MRV continua ganhando tração, principalmente em crescimento de receita e rentabilidade, apesar de ainda ficar atrás dos pares do setor.
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Pacote de Resultados 3T25 – AURE, EQTL e CPLE
AURE (-); EQTL (=/+); CPLE (=)
- Três empresas da nossa cobertura divulgaram resultados esta noite: AURE, CPLE e EQTL;
- A AURE apresentou resultados mais fracos do que o esperado em um trimestre que já era considerado desafiador;
- Com visibilidade limitada para melhorias futuras e possíveis revisões negativas, esperamos uma reação negativa do mercado;
- A EQTL reportou um EBITDA ajustado 4% acima das nossas estimativas e do consenso, com desempenho positivo de custos (em base ajustada);
- No geral, os resultados foram saudáveis e esperamos uma reação neutra ou ligeiramente positiva do mercado;
- Por fim, CPLE apresentou resultados em linha (EBITDA ajustado de R$ 1,34 bilhão) em comparação às nossas estimativas e às do consenso, mostrando um bom trimestre no segmento de distribuição (DisCo) e um trimestre razoável no segmento de geração (GenCo), sustentado por um bom hedge de portfólio e desempenho saudável de custos;
- Esperamos reação neutra do mercado;
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Renda fixa
De Olho na Renda Fixa: principais notícias de crédito privado, mercados e renda fixa
- Trump sanciona projeto que prorroga financiamento do governo federal e encerra ‘shutdown’ mais longo dos EUA (Valor Econômico);
- NTN-B de 10 anos é a que sofre maior concorrência de emissões privadas (Valor Econômico);
- Aumento de capital da Oncoclínicas pode chegar a R$ 1,3 bilhão e deve ser quase todo composto por conversão de dívidas (InvestNews);
- Moody’s Local Brasil afirma ratings AAA.br da Raízen; perspectiva revisada para negativa (Moody´s Local);
- Clique aqui para acessar o clipping.
Alocação & Fundos
Principais notícias
- Fundos Imobiliários (FIIs): confira as principais notícias
- FIIs deixam fundos DI para trás em 2025 — alguns já acumulam retornos de mais de 40% (InfoMoney);
- Migração para isentos deixa 45% das gestoras com captação negativa (Valor Econômico);
- Vox Capital lança fundo de US$ 1 bilhão para restaurar terras degradadas e impulsionar agro sustentável (EInvestidor);
- Clique aqui para acessar o relatório.
ESG
COP30 começa: Nossa visão sobre os primeiros dias da conferência
- A cúpula climática COP30 da ONU começou em Belém nesta segunda-feira, com otimismo cauteloso – a presença na conferência é limitada, mas o progresso diplomático inicial estabeleceu um tom mais coordenado do que em edições anteriores;
- Apesar dos desafios geopolíticos e logísticos, temos visto um progresso. De forma geral, os resultados iniciais apontam para avanços constantes e mais pragmáticos, em vez de grandes transformações. Veja abaixo os principais destaques e nossa visão;
- Clique aqui para acessar o relatório completo.
Brasil atrai potências globais para a Coalizão Aberta de Mercados Regulados de Carbono | Café com ESG, 13/11
- O mercado fechou o pregão de quarta-feira em território misto, com o IBOV recuando 0,07% e o ISE avançando 0,29%;
- De olho na COP30, (i) uma das principais prioridades do Ministério da Fazenda e da presidência brasileira no âmbito da cúpula, o Brasil conseguiu dar o pontapé inicial para a Coalizão Aberta de Mercados Regulados de Carbono com o endosso de países como China, Reino Unido, Canadá, Chile, Alemanha, México e França, além da União Europeia (UE) – a primeira reunião do grupo será no sábado para decidir os próximos passos; e (ii) o BNDES anunciou a captação de R$ 10,6 bilhões para o Fundo Clima, mecanismo do governo brasileiro para financiar projetos de descarbonização e de adaptação às mudanças climáticas – dentre o montante, instituições financeiras de desenvolvimento europeias vão aportar R$ 7,89 bilhões, e o restante virá do BID, no valor de R$ 2,67 bilhões;
- Do lado das empresas, a Petrobras e o BNDES lançaram o primeiro edital do ProFloresta+, um programa para incentivar a restauração florestal na Amazônia remunerada pela venda de créditos de carbono a preços pré-definidos – neste primeiro edital, serão firmados cinco contratos de 1 milhão de créditos de carbono gerados por atividades de reflorestamento;
- Clique aqui para acessar o relatório completo.

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