IBOVESPA -2,42% | 158.558 Pontos
CÂMBIO +0,73% | 5,46/USD
O que pode impactar o mercado hoje
Ibovespa
O Ibovespa encerrou o pregão de terça-feira (16) em queda de 2,4%, aos 158.558 pontos, refletindo o aumento da cautela dos investidores diante do cenário político, à medida que o mercado passa a acompanhar com mais atenção as discussões relacionadas às eleições de 2026.
Entre os destaques positivos, Brava (BRAV3, +2,5%) avançou após uma notícia indicar que a companhia estaria negociando a venda de três poços de gás para a Eneva (ENEV3). Na ponta negativa, Cosan (CSAN3, -6,8%) recuou após anunciar a realização de uma transação que incluiu a venda de ações da Rumo (RAIL3, -6,9%), que foi outro destaque negativo do pregão, correspondente a cerca de 5% do capital social total da companhia.
Para o pregão desta quarta-feira (17), o principal destaque da agenda econômica é a divulgação dos dados de inflação ao consumidor de novembro da Zona do Euro.
Renda Fixa
As taxas futuras de juros encerraram a terça-feira com abertura ao longo da curva, com cenário político em foco. No Brasil, a pesquisa Genial/Quaest intensificou as preocupações do mercado sobre a possibilidade de reeleição do presidente Lula em 2026, movimento que elevou a volatilidade e impulsionou as taxas. O DI jan/26 encerrou em 14,9% (+0,1 bps vs. pregão anterior); DI jan/27 em 13,73% (+9,5 bps); DI jan/29 em 13,16% (+17,3 bps); DI jan/31 em 13,44% (+17,6 bps). Nos Estados Unidos, o relatório de emprego (payroll) reforçou as expectativas de que o Federal Reserve (Fed) poderá dar continuidade à cortes na taxa de juros já na reunião de janeiro. Com isso, os rendimentos das Treasuries de dois anos terminaram o dia em 3,4901% (-1,66 bps vs. pregão anterior), enquanto os de 10 anos em 4,1406% (-3,61 bps).
Mercados globais
Nesta quarta-feira, os futuros nos EUA operam em alta (S&P 500: +0,3%; Nasdaq 100: +0,4%) após a terceira sessão consecutiva de queda, com dados mais fracos do mercado de trabalho. O payroll mostrou que a economia americana perdeu 105 mil empregos em outubro, enquanto a taxa de desemprego subiu para 4,6%. Em novembro, foram criadas 64 mil vagas, acima das expectativas, mas insuficientes para aliviar preocupações sobre desaceleração econômica.
Na Europa, as bolsas operam em alta (Stoxx 600: +0,5%), com investidores se posicionando antes das decisões de política monetária dos principais bancos centrais da região. Dados de inflação no Reino Unido mostraram desaceleração para 3,2% em novembro, abaixo dos 3,6% do mês anterior, reforçando expectativas de corte de juros pelo Banco da Inglaterra. A libra recua cerca de 0,7% frente ao dólar, enquanto as taxas das gilts caem em toda a curva.
Na China, os mercados fecharam em alta (CSI 300: +1,8%; HSI: +0,9%), sustentados por valorização de ações de tecnologia e semicondutores. O movimento ocorre apesar do ambiente externo mais cauteloso, com investidores acompanhando dados comerciais do Japão e novidades no setor de chips, após estreias fortes de empresas ligadas à inteligência artificial nas bolsas chinesas.
IFIX
O IFIX encerrou a terça-feira com leve alta de 0,03%, apesar da abertura da curva de juros, movimento que reflete a maior cautela dos investidores diante do cenário político. No desempenho setorial, os fundos de tijolo registraram valorização média de 0,11%, enquanto os fundos de papel permaneceram estáveis. Entre as maiores altas do pregão, destacaram-se HSML11 (+1,8%), VRTA11 (+1,5%) e ICRI11 (+1,0%). Já entre as principais quedas, figuraram BTAL11 (-1,8%), BLMG11 (-1,7%) e URPR11 (-1,1%).
Economia
Ontem, o Banco Central do Brasil divulgou a ata da última reunião do Copom (Comitê de Política Monetária). A autoridade enfatizou que as últimas leituras de inflação vieram melhores do que o esperado, mas que as expectativas continuam acima da meta em todos os horizontes. O Comitê destacou que o cenário prescreve uma política monetária significativamente contracionista por período bastante prolongado. Em nossa visão, trata-se de uma mensagem clara de que o Comitê necessita de mais tempo e mais informações antes de iniciar um ciclo de flexibilização monetária. Portanto, entendemos que a ata corrobora nosso cenário de que o Copom iniciará o ciclo de cortes de juros em março.
A Câmara dos Deputados aprovou, durante a madrugada, o Projeto de Lei Complementar 128/2025, que reduz em cerca de 10% os benefícios fiscais concedidos a empresas e setores – com exceção aos previstos na Constituição. O texto inclui ainda temas relacionados à chamada “pauta BBB” (Bancos, Bilionários e Bets), como a elevação da cobrança de Imposto de Renda sobre JCP, o aumento de CSLL sobre fintechs, e a tributação sobre bets. O projeto recebeu 310 votos favoráveis e 85 contrários, e agora será analisado pelo Senado (provavelmente na sessão de hoje). Segundo o governo, o corte de isenções fiscais e a elevação de impostos podem aumentar suas receitas anuais em R$ 22,45 bilhões. Este montante, em caso de aprovação final, constará no Orçamento de 2026, que deve ser votado amanhã.
Nos Estados Unidos, destaque para a divulgação de dados atrasados do principal relatório sobre mercado de trabalho (Nonfarm Payroll). Houve destruição líquida de 105 mil empregos em outubro, um resultado pior do que a estimativa de mercado (-25 mil). Por sua vez, as estatísticas de novembro apresentaram geração de 64 mil postos, um pouco acima das estimativas (50 mil). A taxa de desemprego subiu de 4,4% em setembro para 4,6% em novembro (previsão: 4,5%). Além disso, as vendas varejistas ficaram estáveis em outubro, enquanto os índices PMI da indústria e serviços vieram abaixo das projeções. Os sinais adicionais de desaceleração gradual da atividade e de enfraquecimento no mercado de trabalho levaram a uma queda – moderada – nas taxas de juros dos títulos do Tesouro americano.
Veja todos os detalhes
Economia
Ata do Copom reforça a necessidade de cautela na condução da política monetária, apesar da melhora no cenário de inflação
- Ontem, o Banco Central do Brasil divulgou a ata da última reunião do Copom (Comitê de Política Monetária). A autoridade segue avaliando o ambiente externo como “incerto”. No ambiente doméstico, o Comitê parece ter maior confiança de que a atividade está perdendo fôlego, com destaque à desaceleração do consumo das famílias. O mercado de trabalho, por sua vez, permanece “em patamar bastante apertado”, apesar de alguns sinais de moderação. No que diz respeito à inflação, o Copom enfatizou que as leituras recentes vieram melhores do que o esperado, mas que as expectativas “permanecem acima da meta em todos os horizontes”. Ademais, a ata ressaltou que “os vetores inflacionários se mantêm adversos”. Nesse contexto, o Copom destacou que “o cenário prescreve uma política monetária significativamente contracionista por período bastante prolongado”. Em nossa visão, trata-se de uma mensagem clara de que o Comitê necessita de mais tempo e mais informações antes de iniciar um ciclo de flexibilização monetária. Em outras palavras, o Comitê não parece inclinado a reduzir a taxa Selic em janeiro, apesar da melhora recente no cenário inflacionário. Portanto, entendemos que a ata divulgada ontem corrobora nosso cenário de que o Copom iniciará o ciclo de cortes de juros em março. Projetamos seis reduções consecutivas de 0,50 p.p., com a taxa básica encerrando 2026 em 12,00%;
- A Câmara dos Deputados aprovou, durante a madrugada, o Projeto de Lei Complementar 128/2025, que reduz em cerca de 10% os benefícios fiscais concedidos a empresas e setores – com exceção aos previstos na Constituição. O texto inclui ainda temas relacionados à chamada “pauta BBB” (Bancos, Bilionários e Bets): (i) elevação da cobrança de Imposto de Renda sobre JCP (Juros sobre Capital Próprio), de 15% para 17,5% a partir de 2026; (ii) aumento de CSLL sobre fintechs, de 9% para 12% em 2026 e 2027, e para 15% a partir de 2028; e (iii) tributação sobre bets – Gross Gaming Revenue – de forma escalonada, de 12% para 13% em 2026, subindo para 14% em 2027 e 15% em 2028. O texto-base do projeto foi aprovado por 310 votos favoráveis e 85 contrários, e agora será analisado pelo Senado (provavelmente na sessão de hoje). Segundo estimativas do governo, o corte de isenções fiscais e a elevação de impostos podem aumentar suas receitas anuais em R$ 22,45 bilhões. Este montante, em caso de aprovação final, constará no Orçamento de 2026, que deve ser votado amanhã;
- Nos Estados Unidos, houve destruição líquida de 105 mil empregos em outubro, um resultado pior do que a estimativa de mercado. Essa leitura foi explicada, em grande medida, pela redução de 162 mil postos no governo federal, uma vez que os servidores aceitaram um amplo programa de demissão voluntária. Por sua vez, as estatísticas de novembro apresentaram a geração de 64 mil ocupações. A taxa de desemprego subiu de 4,4% em setembro para 4,6% em novembro, com a taxa de participação aumentando de 62,4% para 62,5% – não houve dados para outubro. O crescimento salarial foi moderado em novembro, de 0,1% em relação ao mês anterior (previsão: 0,3%) e 3,5% versus o mesmo mês de 2024 (previsão: 3,6%). Além do relatório sobre mercado de trabalho, as vendas varejistas de outubro trouxeram sinais mistos. O índice geral ficou estável em comparação com setembro, ligeiramente abaixo da estimativa de mercado (alta de 0,1%). Enquanto isso, o chamado grupo de controle do varejo subiu 0,8% na comparação mensal, acima da projeção de 0,4%. Por fim, o PMI Industrial dos Estados Unidos caiu de 52,2 em novembro para 51,8 em dezembro (previsão: 52,1), o patamar mais baixo em cinco meses. De forma semelhante, o PMI de Serviços recuou de 54,1 para 52,9 no período (previsão: 54,0), o menor nível em seis meses. No geral, os sinais adicionais de desaceleração gradual da atividade e de enfraquecimento no mercado de trabalho levaram a uma queda moderada (-3 pontos-base) nas Treasuries;
- Conforme já divulgado nesta manhã, o índice de preços ao consumidor (CPI, na sigla em inglês) da zona do euro declinou 0,3% em novembro em comparação com outubro, em linha com a leitura preliminar e a expectativa de mercado. Com isso, a inflação anual permaneceu em 2,1%. Por sua vez, a medida de núcleo da inflação – que exclui itens de alimentos e energia – continuou em 2,4% no acumulado em 12 meses, também confirmando o dado preliminar e a projeção de mercado. A agenda doméstica não traz indicadores econômicos relevantes.
Empresas
Petz (PETZ3): traçando o caminho para o fim
- Ontem, a Petz divulgou um fato relevante informando ao mercado que o fechamento da Transação está previsto para ocorrer em 2 de janeiro;
- No geral, as ações da PETZ não serão mais negociadas a partir de 2 de janeiro, com as novas ações da Cobasi sendo negociadas sob um novo código até 5 de janeiro e creditadas em 7 de janeiro. Além disso, a parte em dinheiro deverá ser paga até 23 de janeiro;
- Embora acolhamos com satisfação a aprovação e conclusão da fusão entre Petz e Cobasi, continuamos cautelosos em relação à dinâmica competitiva com os participantes online, enquanto os aprendizados de negócios anteriores mostram que o processo de integração pode levar a dificuldades no curto prazo;
- Clique aqui para acessar o relatório completo.
Mercado Livre (MELI34): preparado para o que ainda está por vir
- Realizamos uma reunião com o Diretor de RI do MELI, Sr. Richard Cathcart, e investidores institucionais estrangeiros para uma atualização estratégica. Os principais pontos foram:
- A empresa reiterou que o fortalecimento da proposta de valor está impulsionando a melhora dos indicadores de engajamento, com ganhos acelerados de participação de mercado no terceiro trimestre, baseados no maior gasto dos usuários existentes e no crescimento da base de usuários;
- A operação logística (fulfillment) continua sendo uma vantagem competitiva fundamental, pois dividir estoques não é necessariamente vantajoso para os vendedores, dado a escala e a rede logística do MELI;
- A empresa mantém confiança na expansão das margens no longo prazo, enquanto a ampliação da capacidade logística do fulfillment permanece como prioridade central de investimento;
- O Mercado Pago segue apresentando forte impulso, com os principais motores sendo os cartões de crédito, rendimento das contas e maior integração do ecossistema;
- Reiteramos nossa recomendação de COMPRA;
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B3 (B3SA3): revisão modesta de lucros, aguardando ventos favoráveis do mercado
- Estamos atualizando nosso modelo para refletir as novas informações trazidas pelo B3 Day, realizado hoje (16), e os dois Fatos Relevantes divulgados na última sexta-feira (12): um referente ao Programa de Recompra de Ações, com meta de até ~4,6% das ações da companhia, e outro relacionado ao Guidance para 2026;
- Embora o novo Guidance esteja alinhado às estimativas já incorporadas em nosso modelo, estamos aproveitando a oportunidade para refinar nossos números;
- Ao incorporar os resultados do 3T25, o guidance de 2026 e as premissas macroeconômicas mais recentes, observamos que nossas projeções de lucro para 2025 e 2026 mudaram apenas 1% e 0%, respectivamente.
- Como resultado, nosso preço-alvo permaneceu estável em R$16,0/ação;
- No entanto, enquanto aguardamos sinais mais claros de melhora na atividade dos mercados de capitais, estamos reafirmando nossa recomendação Neutra;
- Reiteramos nossa visão de que a B3 continua lançando novos produtos, mas uma melhora mais significativa nos volumes negociados, principal driver do case, ainda depende de um ambiente de juros mais baixos, o que contribuiria para uma atividade mais forte de mercados de capitais;
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Principais notícias dos setores
Nestas publicações diárias, trazemos as principais notícias nacionais e internacionais dos setores: Financeiro, Varejo (e-commerce, supermercados, lojas de roupa, farmácias, etc.), Agro, Alimentos e Bebidas, Energia (óleo & gás e elétricas) e Saúde.
- Varejo Farma: expiração da patente da semaglutida mantida
- O Tribunal de Justiça negou o pedido da Novo Nordisk para extensão da patente da semaglutida (link), que alegava que o Instituto Nacional da Propriedade Industrial (INPI) demorou mais de 12 anos para concluir a análise;
- Essa decisão segue a decisão desfavorável da Justiça Federal em 2021 sobre a extensão automática da patente;
- Como resultado, a patente expirará em março de 2026, embora a Novo Nordisk ainda possa recorrer ao Supremo Tribunal Federal;
- Vemos o anúncio como positivo para as farmácias, pois reforça um forte impulso dos GLP-1 para os próximos anos, com o potencial dos genéricos ainda não totalmente precificado pelo mercado, em nossa visão;
- Mantemos nossa recomendação de COMPRA para todos os varejistas farmacêuticos;
- Clique aqui para acessar o relatório completo.
Renda fixa
De Olho na Renda Fixa: principais notícias de crédito privado, mercados e renda fixa
- Regras de salvaguarda do Parlamento Europeu ameaçam comércio de produtos do Mercosul (Globo Rural)
- Preço do etanol atinge maior valor da safra 2025/26 (Globo Rural);
- Condições impostas pelo Cade em troca de controle serão determinantes para Braskem, diz Fitch (Valor Econômico);
- Rating da Raízen rebaixado de ‘brAAA’ para ‘brAA+’ por alavancagem elevada; perspectiva negativa (S&P Global);
- Clique aqui para acessar o clipping.
Alocação & Fundos
Principais notícias
- Fundos Imobiliários (FIIs): confira as principais notícias
- IFIX oscila durante o dia, mas se recupera e renova máxima histórica mais uma vez (FIIs);
- Fundos Imobiliários Batem Recorde Histórico em 2025 com 2,9 Milhões de Investidores (Forbes);
- R$ 8 bilhões em jogo: conheça os ativos e as vacâncias por trás da aquisição bilionária do Pátria (SiiLA);
- Clique aqui para acessar o relatório.
ESG
Petrobras (PETR4) firma parceria no braço de renováveis da Lightsource bp | Café com ESG, 17/12
- O mercado fechou o pregão de terça-feira em queda, com o IBOV e o ISE recuando 2,42% e 3,16%, respectivamente;
- No Brasil, (i) a Petrobras anunciou a criação de uma joint venture com a LightSource bp no Brasil, em que a estatal vai assumir 49,99% das subsidiárias do braço de renováveis da bp – segundo comunicado divulgado ontem, o acordo “tem como objetivo desenvolver projetos rentáveis de energia renovável e aumentar a presença da Petrobras e da Lightsource bp entre os principais players do setor de energia renovável brasileiro”; e (ii) apesar da expectativa de grandes empresas de tecnologia de que a medida provisória que institui o Regime Especial de Tributação para Serviços de Data Center (Redata) virasse lei ainda este ano, o tema só deve entrar em votação em fevereiro de 2026, incorporado ao projeto de regulamentação da IA (PL 2338/2023);
- No internacional, segundo relatório da Agência Internacional de Energia (IEA), a demanda global de carvão deve atingir um recorde para 2025 após os EUA registrarem um aumento, destacando as dificuldades do mundo em abandonar o combustível sujo apesar do aumento das fontes de energia limpa – olhando adiante, a IEA prevê que a demanda global por carvão está agora estagnando e será cerca de 3% menor em 2030 em comparação com os níveis de 2025;
- Clique aqui para acessar o relatório completo.

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