IBOVESPA -1,15% | 133.808 Pontos
CÂMBIO -0,02% | 5,52/USD
O que pode impactar o mercado hoje
Expert XP 2025
Começa hoje a Expert XP 2025, o maior festival de investimentos do mundo. Serão dois dias de evento em São Paulo, com a presença de especialistas do mercado financeiro e grandes personalidades, como Arnorld Schwarzenegger, Kelly Slater e Al Gore. Acompanhe a cobertura completa aqui.
Ibovespa
O Ibovespa encerrou ontem em queda de 1,2%, aos 133.808 pontos, com 67 dos 84 papéis do índice terminando o dia no campo negativo. No cenário doméstico, a incerteza em torno das tarifas base de 50% anunciadas por Donald Trump contra o Brasil continuou. Novas declarações do presidente dos EUA indicaram que as novas tarifas, que devem entrar em vigor em 1º de agosto para uma série de países, devem variar entre 15% e 50%, com os países com relações não positivas com os EUA sujeitos à alíquota máxima.
A WEG (WEGE3, -4,7%) teve queda, ainda repercutindo os resultados do 2T25 divulgados antes da abertura do mercado no pregão anterior (veja aqui o comentário dos nossos analistas). Desde então, as ações acumulam queda de 12,3%. Na ponta positiva, Pão de Açúcar (PCAR3, +1,5%) avançou em movimento técnico. O papel já acumula uma alta de 13,3% em julho, impulsionado principalmente pelo aumento da participação da família Coelho Diniz na companhia.
Para o pregão de sexta-feira, os destaques da agenda ficam por conta da divulgação do IPCA-15 de julho e dos resultados de Usiminas (USIM5) pela temporada de resultados do 2T25. Por fim, teremos mais um dia da Expert XP 2025.
Renda Fixa
As taxas futuras de juros encerraram a sessão de quinta-feira com queda nos vértices curtos e alta na ponta longa da curva. No Brasil, o aumento da inclinação da curva refletiu as incertezas do mercado quanto ao desenrolar das tensões comerciais entre Brasil e Estados Unidos. Nos EUA, o índice composto de gerentes de compras (PMI) subiu de 52,9 em junho para 54,6 em julho, atingindo o maior nível dos últimos sete meses. O resultado surpreendeu o mercado, que esperava uma desaceleração para 52,7. Assim, os rendimentos das Treasuries de dois anos terminaram o dia em 3,92% (+4,03bps vs. pregão anterior), enquanto os de dez anos em 4,40% (+1,19bps). Na curva local, o DI jan/26 encerrou em 14,93% (- 1,2bps vs. pregão anterior); DI jan/27 em 14,2% (- 1,8bps); DI jan/29 em 13,51% (+3,9bps); DI jan/31 em 13,77% (+5bps).
Mercados globais
Nesta sexta-feira, os futuros de ações nos EUA operam em leve alta (S&P 500: +0,1%; Nasdaq 100: +0,1%) após os índices renovarem suas máximas históricas no pregão anterior. O S&P 500 encerrou a quinta-feira em seu 13º recorde de 2025, quatro dos quais ocorreram apenas nesta semana.
O movimento foi sustentado por uma temporada de balanços forte, com destaque para Alphabet, e pela trégua comercial entre EUA e seus parceiros. Ontem, o presidente americano também visitou a sede do Fed, onde minimizou a chance de demitir Jerome Powell e afirmou confiar que “ele fará a coisa certa”.
Na Europa, as bolsas iniciam o último pregão da semana em queda (Stoxx 600: -0,3%), pressionadas pelo setor automotivo, após a Volkswagen cortar projeções e alertar sobre impacto das tarifas americanas nos lucros. No segmento de luxo, a LVMH recua mesmo após resultado melhor que o esperado: a empresa relatou queda de 9% na divisão de moda e couro, e confirmou que abrirá nova fábrica da Louis Vuitton no Texas até 2027.
Na China, os mercados fecharam em queda (CSI 300: -0,5%; HSI: -1,1%). A realização de lucros após altas recentes e cautela com o cenário global na Ásia gerou uma queda generalizada na região.
IFIX
O Índice de Fundos Imobiliários (IFIX) reverteu a tendência de queda dos últimos pregões e encerrou a quinta-feira em alta de 0,14%. Os FIIs de Papel foram o destaque positivo da sessão, com avanço médio de 0,04%, enquanto os FIIs de Tijolo registraram queda média equivalente. Entre as maiores altas do dia, destacaram-se BROF11 (2,0%), PVBI11 (1,5%) e HGRU11 (1,5%). No campo negativo, os destaques foram BLMG11 (-6,4%), TGAR11 (-1,7%) e RBRF11 (-1,2%).
Economia
No cenário internacional, o Banco Central Europeu manteve a taxa de depósito em 2,00%, adotando uma postura de “esperar para ver” diante da indefinição sobre tarifas. Nos EUA, os pedidos semanais de seguro-desemprego surpreenderam para baixo, impulsionando as taxas de juros curtas, mas os PMIs de julho mostraram sinais mistos, com queda na indústria e alta nos serviços. Hoje, não há indicadores internacionais relevantes na agenda.
No Brasil, esperamos que o IPCA-15 de julho avance 0,33%, acima da mediana Bloomberg, com destaque para alta de 8% nas passagens aéreas e queda nos preços de alimentos in natura. Os preços dos bens industrializados e monitorados devem acelerar, influenciados por reajustes em cigarros, produtos de higiene, energia elétrica em São Paulo e loterias. Em junho, a arrecadação federal somou R$ 234,6 bilhões, com crescimento real de 6,6% em 12 meses. O aumento da alíquota do IOF em maio elevou a arrecadação do imposto em 38,8% no mês, totalizando R$ 8 bilhões, e a receita acumulada no ano atingiu R$ 1,425 trilhão, alta real de 4,38%.
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Economia
IPCA-15 de julho no radar
- Na Zona do Euro, o Banco Central Europeu manteve a taxa de depósito em 2,00%, conforme amplamente esperado. A presidente da instituição, Cristine Lagarde, disse que o banco central está no modo de “esperar para ver”, em meio à indefinição sobre a questão tarifária com os EUA. No entanto, a inflação ao consumidor tem se comportado bem, em torno de 2%, o que legitima a manutenção da taxa de juros no atual patamar durante as próximas reuniões de política monetária;
- Nos EUA, os pedidos semanais de seguro-desemprego surpreenderam para baixo (217k vs exp. 226k), sustentando alta nas taxas de juros curtas na sessão de ontem. Já as leituras preliminares dos PMIs de julho – sondagens empresariais de atividade econômica – apresentaram sinais mistos. O índice industrial recuou de 52,9 no mês passado para 49,5 este mês (exp. 52,7), enquanto o de serviços subiu de 52,9 para 55,2 (exp. 53,0). Na agenda de hoje, nenhum indicador relevante na seara internacional;
- No Brasil, o IPCA-15 de julho será divulgado hoje. Esperamos que o índice avance 0,33% no mês, um pouco acima da mediana da Bloomberg (0,30%). As previsões variam entre 0,20% e 0,36% no mês. Quanto à decomposição, no setor de serviços, esperamos alta de 8% nos preços das passagens aéreas – as coletas indicam até 17%, o que representa risco de alta. Em julho, os preços dos alimentos devem cair novamente, principalmente devido à queda nos preços de tubérculos, hortaliças e verduras. Por outro lado, os preços dos bens industrializados (expectativa de 0,16%) devem acelerar, considerando reajustes nos preços dos cigarros e aumento nos produtos de higiene pessoal (expectativa de 0,2%, ante -0,9% em junho). Por fim, os preços monitorados também devem acelerar devido aos reajustes nas tarifas de energia elétrica no estado de São Paulo e ao aumento nos preços das loterias;
- Em junho, a arrecadação federal totalizou R$ 234,6 bilhões (Expectativa XP: R$ 231,6 bilhões). Ajustada pela inflação, a receita tributária cresceu 6,6% em relação ao ano anterior. Após o aumento da alíquota de IOF, determinado em maio, o recolhimento desse imposto subiu 38,8% em junho, ante 2024, totalizando R$ 8 bilhões. No acumulado deste ano, a arrecadação atingiu R$ 1,425 trilhão, alta real de 4,38% sobre o primeiro semestre de 2024, representando também os melhores seis meses da série.
Commodities
Papel e Celulose: Klabin suspende produção em Paulínia em meio a cenário conturbado; Futuros da BHKP a US$ 500/t para Ago’25
- (i) A Klabin decidiu suspender temporariamente as operações da fábrica de papel para embalagens em Paulínia (SP) devido à baixa rentabilidade em meio a condições de mercado desafiadoras (custos mais altos de aparas, queda de preços devido ao enfraquecimento da demanda e menor competitividade em relação a kraftliner).
- (ii) a UPM (não coberta) reportou resultados pressionados em meio a uma demanda mais fraca, refletindo volumes mais baixos em meio à escalada das tensões globais e preços de referência mais baixos (vendas -6% A/A e EBIT -31% A/A); e
- (iii) a Stora Enso (não coberta) relatou resultados mistos (vendas +5% A/A apesar do EBIT ajustado -18% A/A), reiterando que espera que a volatilidade da demanda persista no 2S25E, impulsionada pela incerteza macroeconômica e geopolítica.
- (iv) A Suzano está sendo negociada a um EV/EBITDA de 2025 de 5,2x, -22% descontado vs. média histórica de 6,7x (e a um desconto de -8% em relação aos pares de celulose de mercado), enquanto Klabin e Irani são negociadas a um EV/EBITDA de 2025 de 6,8x e 4,8x, respectivamente.
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Empresas
Multiplan (MULT3): Expansão robusta da receita leva a um FFO acima das expectativas
- A Multiplan divulgou resultados surpreendentemente positivos no 2T25, superando nossas estimativas
- Os dados operacionais foram fortes, apoiados por um aumento de 13% nas vendas dos lojistas ano a ano e crescimento de 11% nas vendas mesmas lojas (SSS), reforçando um sólido patamar de vendas;
- As receitas líquidas cresceram 28% A/A (+10% vs. XPe), impulsionadas principalmente por receitas mais fortes do que o esperado da Golden Lake e vendas de terreno;
- Além disso, a redução das despesas com propriedades elevou a margem NOI para 95% (+2 p.p. vs. XPe), enquanto a margem EBITDA caiu devido à maior proporção da receita de incorporação imobiliária no mix;
- No geral, o aumento das despesas financeiras levou a uma queda de 8% no FFO A/A, mas a combinação de (i) forte crescimento da receita, (ii) robusta diluição de despesas e (iii) recompras recentes sustentou um sólido aumento de 9% no FFO/ação A/A, superando a queda de 5% que esperávamos;
- Mantemos nossa recomendação de compra com preço-alvo de R$ 35,0 por ação.
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Renda fixa
De Olho na Renda Fixa: principais notícias de crédito privado, mercados e renda fixa
- Investors beware the dangers lurking in private credit (Financial Times);
- CMN aprova resolução que atualiza normas para financeiras (Valor Econômico);
- Em proposta pela Braskem, Tanure prevê deixar a gestão com a Petrobras (Estadão);
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Estratégia
Temporada de resultados do 2º trimestre de 2025 – o que esperar? Uma temporada positiva pela frente
- A perspectiva geral para a temporada de resultados do 2T25 é positiva, embora com desempenho misto entre os setores, com expectativa de que setores ligados a commodities apresentem um desempenho relativamente inferior e setores cíclicos domésticos liderem;
- Nossas prévias para a cobertura XP indicam crescimento de lucros para maioria dos setores, com poucas exceções. Olhando para a nossa cobertura (aproximadamente 150 companhias), os dados consolidados apontam para um crescimento de 8,2% na receita líquida em relação ao 2T24, além de uma leve queda de 0,2% no EBITDA. Excluindo commodities, esperamos um crescimento mais forte tanto em receita líquida (11,2% vs. 3,7%) quanto em EBITDA (3,3% vs. -4,5%);
- Entre os setores, esperamos que Construtoras, Propriedades Comerciais, Varejo e TMT sejam os destaques positivos, enquanto Agronegócio, Mineração & Siderurgia e Óleo, Gás & Petroquímicos devem ser os destaques negativos. Os detalhes por empresa são discutidos ao longo do relatório;
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Alocação & Fundos
Principais notícias
- Fundos Imobiliários (FIIs): confira as principais notícias
- FIIs: o que falta para o estrangeiro investir mais no Brasil;
- Por que o valor de mercado realmente importa: o alerta dos escritórios do Rio;
- Fundo imobiliário HSML11 aprova nova emissão de cotas para ampliar participação em shoppings;
- Clique aqui para acessar o relatório.
ESG
Nova secretaria da Fazenda assumirá comando do mercado regulado de carbono | Café com ESG, 25/07
- O mercado fechou o pregão de quinta-feira em território negativo, com o IBOV e o ISE caindo 1,14% e 1,06%, respectivamente;
- Do lado das empresas, de olho em governança corporativa, a Yduqs anunciou ontem que Rossano Marques, atual diretor financeiro, foi nomeado para o cargo de diretor-presidente – ele substituirá Eduardo Parente, que irá para o conselho de administração;
- Na política, (i) o órgão gestor provisório do mercado de carbono regulado brasileiro será uma secretaria dentro do Ministério da Fazenda e deve ser anunciado em agosto – a informação foi dada por Cristina Reis, subsecretária de desenvolvimento econômico sustentável da pasta; e (ii) a Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) aprovou a realização de consulta pública de cinco dias para tratar da elevação do percentual da mistura de etanol anidro à gasolina, de 27% para 30% – a redução do prazo (de 45 para 5 dias), foi motivada pela urgência da medida, pois a nova composição da gasolina C entrará em vigor a partir de 1º de agosto;
- Clique aqui para acessar o relatório e começar o dia bem informado com as principais notícias ao redor do Brasil e do mundo quando o tema é ESG.

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