IBOVESPA +0,52% | 158.187 Pontos
CÂMBIO +1,58% | 5,42/USD
O que pode impactar o mercado hoje
Ibovespa
O Ibovespa encerrou a segunda-feira em alta de 0,5%, aos 158.187 pontos. O mercado continua monitorando o cenário político após o anúncio da pré-candidatura de Flávio Bolsonaro na sexta-feira, que desencadeou uma forte queda no índice. A sessão de hoje foi marcada por uma leve recuperação, favorecida pelas declarações de Flávio Bolsonaro de que haveria “um preço” para desistir da candidatura.
O principal destaque positivo do dia foi IRB (IRBR3, +10,2%), após um banco de investimentos elevar sua recomendação para o papel. Na ponta negativa, Hapvida (HAPV3, -6,0%) recuou após a divulgação de novos dados da Agência Nacional de Saúde (ANS) indicando perda de beneficiários. Desde a publicação do resultado do 3º trimestre, em 12 de novembro, as ações acumulam queda de 58,4%.
Nesta terça-feira, as atenções são voltadas para divulgação do relatório JOLTS de setembro nos EUA e os dados de inflação ao consumidor de novembro na China. O foco da semana segue sendo a “superquarta”, marcada pelas decisões de política monetária no Brasil e nos Estados Unidos.
Renda Fixa
As taxas futuras de juros encerraram a segunda-feira em queda ao longo da curva, devolvendo parte dos prêmios incorporados após a volatilidade da última sexta-feira. O DI jan/26 encerrou em 14,9% (- 0,2bps vs. pregão anterior); DI jan/27 em 13,79% (- 5,8bps); DI jan/29 em 13,18% (- 4,9bps); DI jan/31 em 13,41% (- 6,2bps). No exterior, os mercados globais de renda fixa enfrentaram pressão após uma reprecificação das taxas canadenses se disseminar para outras regiões. Os rendimentos das Treasuries de dois anos terminaram o dia em 3,5771% (+1,47bps vs. pregão anterior); enquanto os de dez anos em 4,1673% (+2,93bps).
Mercados globais
Nesta terça-feira, os futuros nos EUA operam em leve alta (S&P 500: +0,1%; Nasdaq 100: +0,1%), após uma sessão marcada por perdas nos principais índices e pela decisão do presidente Donald Trump de autorizar a venda dos chips H200 da Nvidia para a China, desde que 25% das receitas sejam repassadas ao governo americano. Nvidia avançou mais de 2% no after-market, enquanto o setor de tecnologia foi o único a fechar em alta na segunda-feira, impulsionado por nomes como Broadcom e Microsoft. Investidores aguardam a decisão do Federal Reserve nesta quarta-feira, com apostas de 89% para um corte de 25 bps, segundo o FedWatch.
Na Europa, as bolsas operam estáveis (Stoxx 600: 0,0%), enquanto investidores globais aguardam a decisão do Fed e monitoram a sequência de reuniões de bancos centrais na região. O Swiss National Bank divulga sua decisão nesta quinta-feira, seguido pelo Banco da Inglaterra e o Banco Central Europeu em 18 de dezembro. Ações de energia eólica, como Vestas e Orsted, avançaram após uma decisão judicial nos EUA derrubar a proibição de novos projetos de energia eólica no país. Investidores acompanham também a estreia da Magnum Ice Cream Company, spin-off da Unilever, listada em Amsterdã.
Na China, os mercados fecharam em queda (CSI 300: -0,5%; HSI: -1,3%), refletindo a cautela global antes da decisão do Fed, com quedas acentuadas em Hong Kong. No Japão, ganhos no setor de tecnologia limitaram as perdas do índice. A exceção veio da Índia, onde o RBI decidiu manter os juros em 3,60%. Além disso, investidores monitoram a desaceleração recente do mercado de semicondutores e o impacto do acordo entre Trump e Nvidia, que também impulsionou os futuros dos EUA.
IFIX
O Índice de Fundos Imobiliários (IFIX) encerrou a segunda-feira em alta de 0,20%, impulsionado principalmente pelos fundos de recebíveis, que avançaram 0,32%, enquanto os fundos de tijolos subiram 0,13%. Com isso, o IFIX acumula ganhos de 0,47% no mês e 18,01% no ano. Entre as maiores altas do dia, destacaram-se KMIP11 (+1,7%), BLMG11 (+1,6%) e KFOF11 (+1,4%). Já as principais quedas foram registradas por DEVA11 (-2,8%), PCIP11 (-2,0%) e HCTR11 (-1,9%).
Economia
Preços do petróleo recuaram significativamente após aumento da produção no Iraque. Em mais uma tentativa, Ucrânia está elaborando uma versão revisada de seu plano de paz para apresentar à Casa Branca. Por fim, na política brasileira, Tarcísio manifestou apoio à candidatura de Flavio Bolsonaro. Na agenda internacional, destaque para a divulgação do relatório JOLTS, que mostra a abertura de vagas de empregos nos Estados Unidos. Além disso, temos a inflação ao consumidor e produtor na China e inflação ao produtor no Japão.
Veja todos os detalhes
Economia
Tarcísio manifesta apoio à candidatura de Flavio Bolsonaro
- Os preços do petróleo recuaram cerca de 2% nesta segunda-feira, refletindo a combinação de fatores como a restauração da produção em um importante campo petrolífero no Iraque, que elevou temores de excesso de oferta, e a continuidade das negociações de paz entre Rússia e Ucrânia. Além disso, investidores permanecem atentos às decisões do Federal Reserve, que podem influenciar a demanda global. O Brent – referência para precificação do petróleo – fechou próximo de US$ 62,50 (-2,0%), após atingir recentemente máximas de duas semanas, em meio a riscos geopolíticos e incertezas sobre política monetária nos EUA;
- A Ucrânia prepara uma versão revisada de seu plano de paz para apresentar à Casa Branca, buscando evitar concessões territoriais à Rússia. O presidente Volodymyr Zelensky reafirmou que não tem “direito legal ou moral” de ceder território, conforme a Constituição e o direito internacional. A iniciativa ocorre após negociações intensas com os EUA não resultarem em acordo e diante da pressão para incluir concessões no plano original. Líderes europeus reforçam apoio a Kyiv em reuniões com Zelensky para garantir uma paz “justa e duradoura” com garantias de segurança;
- No Brasil, o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), manifestou apoio à pré-candidatura do senador Flávio Bolsonaro (PL‑RJ) à Presidência em 2026. Ele reafirmou sua lealdade inegociável a Jair Bolsonaro e afirmou que “o Flávio vai contar com a gente” e terá “uma grande responsabilidade” para conduzir projetos importantes no futuro do Brasil. Ao mesmo tempo, Tarcísio destacou que outros nomes da direita — como Romeu Zema, Ronaldo Caiado e Ratinho Jr. — também colocaram seus nomes à disposição para a disputa;
- As projeções para a Taxa Selic voltam a subir em 2026. De acordo com o Boletim Focus, a mediana das projeções para a Selic no fim do ano que vem subiu de 12,00% para 12,25%. Para 2025, permaneceu em 15,00%. Outro destaque foi o aumento das projeções de crescimento para o PIB neste ano, de 2,16% para 2,25%, após a divulgação do PIB do terceiro trimestre. Para mais informações, leia nosso relatório aqui;
- Na agenda internacional, destaque para a divulgação do relatório JOLTS, que mostra a abertura de vagas de empregos nos Estados Unidos. Além disso, temos a inflação ao consumidor e produtor na China e inflação ao produtor no Japão.
Empresas
Rodovias: Reconhecimento de reequilíbrios nas concessões de São Paulo; positivo
- MOTV e ECOR anunciaram que a ARTESP reconheceu desequilíbrios econômico-financeiros em algumas de suas concessões no estado de São Paulo, devido a impactos relacionados à pandemia de Covid-19;
- Estimamos os seguintes valores de reequilíbrio incremental em termos de VPL:
- Aproximadamente R$875 milhões para MOTV, uma surpresa positiva em relação à nossa estimativa de R$300 milhões;
- Aproximadamente R$250 milhões para ECOR, ligeiramente abaixo da nossa estimativa de R$310 milhões;
- Vemos esses anúncios como um reforço à agenda regulatória positiva para rodovias pedagiadas no Brasil, apoiando nossa visão de que as empresas listadas têm conseguido extrair valor relevante de seus portfólios existentes;
- Clique aqui para acessar o relatório.
Rodovias: Analisando Fernão Dias; o último leilão de 2025
- Fernão Dias é o próximo leilão de rodovia no Brasil, agendado para 11 de dezembro;
- Trata-se de um reequilíbrio de concessão federal por 15 anos para uma rodovia pedagiada brownfield de 570 km, conectando as cidades de São Paulo e Belo Horizonte. Esperamos competição no leilão, impulsionada por:
- Economia atrativa (TIR de 11,41% vs. 9,21%-12,33% em leilões recentes);
- Riscos de tráfego limitados, dado seu perfil bem estabelecido;
- Potencial de rápida desalavancagem, apesar de sua maior escala (R$9,5 bilhões vs. R$4,4-10,8 bilhões em projetos anteriores);
- Mudanças nas regras de licitação. Para operadores listados, acreditamos que a Motiva pode ter maior interesse devido a (i) alinhamento com seu foco estratégico, (ii) sinergias potenciais com concessões já existentes e (iii) balanço mais flexível;
- As propostas estão programadas para serem entregues em 8 de dezembro (segunda-feira);
- Clique aqui para acessar o relatório.
Lojas Renner (LREN3): Feedback do Investor Day 2025
- Lojas Renner realizou seu Investor Day 2025 para apresentar uma atualização estratégica. Os principais destaques foram:
- (i) a empresa está entrando em um novo ciclo de crescimento, com os executivos confiantes nos motores de crescimento futuros;
- (ii) alavancagem operacional e ganhos de eficiência para impulsionar a expansão das margens;
- (iii) a distribuição de lucros continua sendo um foco, com o os juros sobre capital próprio como a principal opção, complementada por dividendos e/ou recompra de ações;
- (iv) a Realize está focada em operações “on-us” e na melhoria de sua proposta de valor; e
- (v) novos conceitos são uma opcionalidade de crescimento.
- Embora sejamos cautelosos com o quarto trimestre devido a ventos contrários climáticos e riscos de canibalização da Black Friday, vemos a LREN como uma empresa de alta qualidade, com execução sólida e perspectivas positivas pela frente. Somos otimistas quanto à dinâmica de consumo em 2026 e esperamos que isso ajude a destravar os ganhos do centro de distribuição. Mantemos nossa recomendação de COMPRA;
- Clique aqui para acessar o relatório completo.
Perspectiva para os biocombustíveis no Brasil frente à Lei do Combustível do Futuro
- Na semana passada, nós do time de Research ESG da XP, em conjunto com a equipe de Agronegócio e Alimentos & Bebidas, nos reunimos com o Sr. Daniel Furlan Amaral, Diretor da Associação Brasileira das Indústrias de Óleos Vegetais (ABIOVE). Com a Lei do Combustível do Futuro em vigor, o Brasil entra em uma nova fase de expansão dos biocombustíveis impulsionada por políticas públicas;
- Nesse contexto, a discussão concentrou-se na capacidade do setor para atender às metas mais altas de mistura de biodiesel, nas tendências atuais de aquisições e consolidação na indústria, e nos principais desafios regulatórios e da cadeia de suprimentos adiante;
- Clique aqui para acessar o relatório completo.
Aura Minerals (AURA33): Destacando as oportunidades de crescimento de volume
Feedback do Investor Day 2025 da Aura
- A Aura Minerals realizou seu Investor Day 2025, oferecendo uma perspectiva atualizada para seus principais ativos e projetos.
- Dentro dos tópicos principais, a empresa divulgou o estudo de viabilidade atualizado para a Era Dorada, confirmando fundamentos robustos e sugerindo potencial de upside em nossas estimativas (estimamos ~US$200 milhões de NPV extra se assumirmos as métricas operacionais atualizadas da Aura para o projeto na nossa curva de preço do ouro).
- Além disso, o guidance de longo prazo foi elevado para >600koz, impulsionada pela inclusão de novos ativos/projetos, como a aquisição do MSG, o estudo de viabilidade atualizado da Era Dorada e o Matupá, ao mesmo tempo em que enfatizava múltiplas oportunidades dentro do portfólio existente.
- No campo de fusões e aquisições, a gestão reiterou sua preferência por transações dentro das Américas que visem ativos de ouro ou cobre com risco geológico mínimo.
- Por fim, mantemos nossa visão positiva sobre as ações da Aura, apoiada por uma perspectiva construtiva sobre os preços do ouro, uma forte história bottom-up com múltiplos catalisadores em níveis de valuation atrativos, conforme destacado em nossa atualização recente.
- Clique aqui para acessar o relatório completo.
Renda fixa
De Olho na Renda Fixa: principais notícias de crédito privado, mercados e renda fixa
- Exportações da China batem recorde e passam de US$ 1 trilhão (Valor Econômico);
- Sem necessidade de capital de giro e dívida zero, empresa tem muita saúde financeira (Valor Econômico) ;
- Sócios de adquiridas da Ambipar acusam empresa de raspar o caixa (Pipeline);
- Fitch Afirma Ratings ‘BB-’/‘AA(bra)’ da Unidas e Revisa Perspectiva para Positiva (Fitch);
- Clique aqui para acessar o clipping.
Alocação & Fundos
Principais notícias
- Fundos Imobiliários (FIIs): confira as principais notícias
- IFIX reverte queda e registra terceira máxima histórica desde o início do mês (FIIs);
- HGLG11 rumo aos R$ 10 bi: expansão ou transferência de risco? (SiiLA);
- BTLG11 conclui compra de dois ativos logísticos no raio 30 km de SP por R$ 385.9 milhões (SiiLA);
- Clique aqui para acessar o relatório completo.
ESG
Governo publica decreto que cria comitê técnico consultivo para o mercado de carbono | Café com ESG, 09/12
- O mercado fechou o pregão de segunda-feira em território levemente positivo, com o IBOV e o ISE avançando 0,52% e 0,43%, respectivamente;
- No Brasil, (i) o presidente Lula determinou que quatro ministérios entreguem em 60 dias uma proposta com diretrizes para a elaboração de um mapa do caminho para a saída do Brasil dos combustíveis fósseis – a ideia do mapa foi a principal proposta do presidente Lula durante a Cúpula dos Líderes Climáticos, na COP30, em Belém, em novembro; e (ii) o governo publicou, nesta segunda-feira, o decreto que cria o Comitê Técnico Consultivo Permanente do Sistema Brasileiro de Comércio de Emissões de Gases de Efeito Estufa (SBCE), no Diário Oficial da União – o objetivo do comitê é discutir matérias relacionadas à implementação e ao funcionamento do SBCE, além de apresentar subsídios e recomendações para o aprimoramento do sistema;
- Do lado das empresas, a Petrobras estuda participar do primeiro leilão de baterias do país, previsto para abril de 2026, com entrega dos empreendimentos em 2028 – o gerente de Gestão Integrada da Transição Energética da Petrobras, Carlos Alberto Marçal, afirmou que a companhia vê no certame a porta de entrada para atuar no segmento de baterias;
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