IBOVESPA +1,23% | 122.899 Pontos
CÂMBIO -0,87% | 5,25/USD
O que pode impactar o mercado hoje
Ibovespa
O Ibovespa fechou em alta, aos 122,899 pontos (+1,2%), após seis pregões consecutivos de quedas. O dia foi marcado pela recuperação dos preços do minério de ferro e do Brent, o que impulsionou a Vale (VALE3, 1,4%) e a Petrobras (PETR3, -0,0%; PETR4, +0,5%).
Os principais destaques positivos da sessão foram MRV (MRVE3, +5,9%) e Cogna (COGN3, +5,0%), impulsionadas pela descompressão dos juros futuros. Já o destaque negativo foi Braskem (BRKM5, 4,1%), após a Fitch divulgar expectativas de que os spreads petroquímicos continuem em baixa.
Para o pregão desta sexta-feira, teremos o relatório de emprego, referente ao mês de maio, dos EUA. Além disso, no Brasil, teremos a divulgação do IGP-DI, referente ao mês de maio.
Renda Fixa
Os juros futuros encerraram a sessão de quinta-feira com leve fechamento por toda a extensão da curva, influenciado pela calmaria vinda da economia global. Por aqui, discursos dos membros do Banco Central, Roberto Campos Neto e Gabriel Galípolo, sinalizaram para um entendimento da autarquia em relação à importância da unanimidade das decisões, o que foi visto como positivo pelo mercado.
Internacionalmente, o corte de juros pelo Banco Central Europeu (BCE), juntamente com dados de empregos sugerindo queda da pressão salarial nos EUA, ajudaram a diminuir a precificação de risco nas curvas de juros globais. Na maior economia do mundo, os rendimentos das Treasuries – títulos soberanos americanos – de 2 anos fecharam estáveis em 4,72% (0,0bps) e as de 10 anos em 4,28% (-1,0bps). DI jan/25 fechou em 10,455% (queda de 0,9bps vs. pregão anterior); DI jan/26 em 10,87% (queda de 6bps); DI jan/27 em 11,19% (queda de 6bps); DI jan/29 em 11,6% (queda de 6bps).
Mercados globais
Nesta sexta-feira, os futuros nos Estados Unidos abrem sem direção definida (S&P 500: -0,02%; Nasdaq 100: 0,08%). O mercado aguarda dados de criação de empregos, divulgados hoje, que poderão dar pistas sobre os próximos passos da política monetária, à medida que a economia americana dá sinais de desaceleração.
Na Europa, as bolsas operam em queda (Stoxx 600: -0,3%), perdendo fôlego após a concretização do corte de juros pelo BCE na reunião de ontem, já amplamente esperado. Os mercados da região também seguem atentos para os resultados das eleições para o parlamento europeu.
Na China, as bolsas fecharam negativas (CSI 300: -0,5%; HSI: -0,6%) após dados de comércio revelarem exportações e importações acima das expectativas do mercado.
Economia
O Banco Central Europeu reduziu suas três taxas de juros de referência em 0,25 p.p., iniciando o ciclo de flexibilização monetária. O BCE havia subido juros pela última vez em setembro de 2023, mantendo as taxas durante cinco reuniões consecutivas. As taxas de refinanciamento, empréstimo e depósito recuaram para 4,25%, 4,50% e 3,75%, respectivamente. O banco central não se comprometeu com qualquer trajetória futura para as taxas de juros. Prevemos redução em 0,25 p.p. nas reuniões de setembro (pulando julho) e dezembro (pulando outubro). Os próximos cortes de juros dependerão, em grande parte, da inflação de serviços, dinâmica dos salários e política monetária do Fed.
Hoje, atenções voltadas ao principal relatório sobre o mercado de trabalho dos EUA (Nonfarm Payroll). A mediana das estimativas de mercado indica criação líquida de 180 mil empregos em maio. Além disso, as projeções apontam para estabilidade da taxa de desemprego em 3,9%, e aumento de 0,3% no rendimento médio por hora trabalhada. O mercado de trabalho americano permanece apertado, embora os dados mais recentes tenham apresentado sinais de desaceleração.
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Economia
BCE iniciou o ciclo de corte de juros; dados do mercado de trabalho dos EUA no centro das atenções
- Conforme amplamente esperado, o Banco Central Europeu (BCE) reduziu suas três taxas de juros de referência em 0,25 p.p., iniciando o ciclo de flexibilização monetária. O BCE havia subido juros pela última vez em setembro de 2023, mantendo as taxas durante cinco reuniões consecutivas. A decisão anunciada ontem foi quase unânime, com apenas um membro votando contra a diminuição de juros. As taxas de refinanciamento, empréstimo e depósito recuaram para 4,25%, 4,50% e 3,75%, respectivamente. No comunicado que acompanhou a decisão, o BCE manteve a abordagem “dependente de dados” e de avaliação “reunião a reunião”. Na conferência de imprensa, a Presidente do BCE, Christine Lagarde, destacou os avanços no processo de desinflação como justificativa à decisão de afrouxamento monetário. O banco central não se comprometeu com qualquer trajetória futura para as taxas de juros. Prevemos redução em 0,25 p.p. nas reuniões de setembro (pulando julho) e dezembro (pulando outubro). Os próximos cortes de juros dependerão, em grande parte, da inflação de serviços, dinâmica dos salários e política monetária do Fed;
- Hoje, atenções voltadas ao principal relatório sobre o mercado de trabalho dos EUA (Nonfarm Payroll). A mediana das estimativas de mercado indica criação líquida de 180 mil empregos em maio, contra 175 mil em abril. Além disso, as projeções apontam para estabilidade da taxa de desemprego em 3,9%, e aumento de 0,3% no rendimento médio por hora trabalhada. O mercado de trabalho americano permanece apertado, embora os dados mais recentes tenham apresentado sinais de desaceleração. Neste sentido, os pedidos iniciais de seguro-desemprego nos EUA totalizaram 229 mil na semana encerrada em 01/06, aumento de 8 mil em relação à publicação anterior (dados com ajuste sazonal). O consenso de mercado indicava 220 mil solicitações. Ademais, o custo unitário do trabalho cresceu 4,0% no 1º trimestre deste ano (taxa anualizada), segundo revisão divulgada ontem pelo Departamento de Trabalho dos EUA. Este resultado veio abaixo da primeira leitura (4,7%) e da mediana das previsões de mercado (4,9%);
- No Brasil, o Diretor de Política Monetária do Banco Central, Gabriel Galípolo, reconheceu ontem que o processo de desancoragem das expectativas inflacionárias, que se intensificou desde maio, coloca a autoridade em posição mais complicada para a condução da política monetária adiante. Segundo Galípolo, “não cabe ao BC explicar as razões. A nossa função é reagir, ainda que não se consiga estabelecer de maneira clara e objetiva os motivos”. O dirigente reforçou que a função do Copom é colocar a taxa de juros em patamar restritivo o suficiente para provocar a convergência da inflação à meta. Além disso, Galípolo afirmou: “há sempre uma avaliação entre as nove pessoas do Copom. Vejo muito valor no consenso. Não só agora, mas em qualquer momento. É mais difícil errar em nove pessoas do que errar sozinho”. Os principais ativos domésticos tiveram alívio na quinta-feira, com apreciação cambial (de R$/US$ 5,30 para R$/US$ 5,25), alta do Ibovespa (1,2%) e recuo nas taxas de juros.
Empresas
Papel e Celulose: As restrições de fornecimento de celulose permaneceram em destaque; Futuros para Jul’24 a US$730/t
- Nesta semana, observamos:
- As perspectivas do mercado em maio’24 mostraram que as restrições de oferta de celulose permaneceram em destaque.
- Nesta semana, a SECEX indicou um aumento contínuo nas exportações brasileiras de celulose (+8% A/A e estável M/M).
- Os futuros chineses da BHKP estão atualmente em US$ 730/t para Jul’24 (estável S/S) e em linha com os preços spot da BHKP na China, e por fim, (iv) a Suzano está sendo negociada a 4,8x EV/EBITDA a termo quando excluído Cerrado, um desconto de 31% quando comparado à sua média histórica de 7,0x e -6% de desconto em relação aos players do mercado de celulose.
- Clique aqui para acessar o relatório completo.
Varejo XP: Analisando o posicionamento inicial da Temu
- A Temu lançou oficialmente suas operações no Brasil ontem, com seu site e aplicativo agora em português, preços cotados em reais e formas de pagamento já permitindo PIX;
- Como esperado, a Temu estreou com descontos agressivos, chegando a até 90% para produtos selecionados, enquanto cupons de R$15-50 de desconto também estão disponíveis para compras acima de R$ 175;
- Fizemos uma rápida comparação de preços e notamos que, embora a Temu tenha os descontos mais agressivos, seus preços nos 4 SKUs mapeados (vestuário, cozinha e eletrônicos) não são necessariamente os mais baixos, com Shopee e Shein sendo os líderes de preço em alguns produtos;
- Nossas buscas apontam que as entregas das plataformas serão tratadas principalmente pelos Correios, com prazos de entrega variando de 15 a 30 dias, vs. 8 a 21 dias para a Shopee;
- Na nossa opinião, o lançamento oficial da Temu no país deve aumentar a concorrência, sendo um risco mais direto para os marketplaces, enquanto as varejistas de vestuário de média/baixa renda também podem ser afetados, já que o site conta com uma categoria de vestuário mais atrativa;
- No entanto, acreditamos que o imposto de importação recentemente aprovado sobre compras internacionais abaixo de US$ 50 deve reduzir a competitividade dos preços nas plataformas internacionais, mas ainda estará longe de fechar a lacuna da carga tributária dos players locais;
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Novos pedidos de E2 da Embraer reforçam ambiente de demanda saudável
- Este é o nosso Resumo Semanal de Bens de Capital, onde discutimos temas fundamentais para o setor. Nesta semana, destacamos:
- uma visão geral sobre o recente anúncio da Embraer de 20 novos pedidos de E2 da Mexicana de Aviación, que reforçam o sólido ambiente de demanda por aviação comercial (mantemos nossa recomendação Neutra por motivos de valuation, no entanto);
- sinais potencialmente desacelerados para a demanda do mercado de reposição automotiva, com as visitas às oficinas desacelerando este ano (média -8% A/A); e
- discussões recentes em torno da MP 1.227 sobre créditos tributários de PIS/Cofins, com leitura inicial neutra a ligeiramente negativa para as empresas de Bens de Capital em nossa cobertura (potencialmente impactadas pelo fim da compensação cruzada e possível postergação da utilização de tais créditos; embora uma visão mais clara das implicações para nossa cobertura permaneça limitada).
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Principais notícias dos setores
Nestas publicações diárias, trazemos as principais notícias nacionais e internacionais dos setores: Financeiro, Varejo (e-commerce, supermercados, lojas de roupa, farmácias, etc.), Agro, Alimentos e Bebidas e Energia (óleo & gás e elétricas).
- Notícias Diárias do Setor Financeiro
- Crédito concedido pelas cooperativas tende a não sofrer retração durante crise, diz Campos (Valor);
- Índices de concentração no sistema financeiro melhoraram, diz Gomes, do BC (Valor);
- Poupança é desafio no momento, principalmente financiamento imobiliário, diz Aquino, do BC (Valor);
- Clique aqui para acessar o relatório completo.
- Entrega XP: Notícias diárias do setor de varejo
- Coalizão com 27 frentes parlamentares pede a Pacheco devolução de MP que compensa desoneração (Estadão);
- Os primeiros passos logísticos da Temu em sua chegada ao Brasil (O Globo);
- Com a ‘taxa da blusinha’, prejuízo do varejo pode cair de 57% para 7% (Diário do Comércio);
- Clique aqui para acessar o relatório.
- Saúde: XP Daily | Sua dose diária de notícias
- Planos de saúde: líderes da Câmara se dividem sobre cobertura sem internação e cobram ANS (O Globo);
- Planos de saúde: Usuários da Golden Cross passarão a ser atendidos na rede da Amil a partir de julho (O Globo);
- Para reduzir custos, operadoras defendem plano de saúde ambulatorial sem internação de emergência (Valor Econômico);
- Clique aqui para acessar o relatório.
- XP Daily: As principais notícias do setor Imobiliário
- Galípolo: espera por inflação mais alta coloca política monetária em ponto delicado (Infomoney);
- Ao manter Selic elevada, BC gera novo problema (Valor Investe);
- Poupança é desafio no momento, principalmente financiamento imobiliário, diz Aquino, do BC (Valor);
- Clique aqui para acessar o relatório completo.
- Radar Energia XP: Notícias diárias do setor de energia
- O ‘erro de conta’ que pode matar a privatização da Sabesp (Brazil Journal);
- Orizon, de aterros sanitários, faz aquisições para crescer em energia a partir de biogás (O Globo);
- Valor de R$ 10 bi a R$ 15 bi parece ser o piso da oferta da Sabesp, diz presidente da B3 (Estadão);
- Clique aqui para acessar o relatório.
Estratégia
Sentimento de cautela em relação à Bolsa aumenta | Gráfico da semana
- Em nossa Pesquisa com Investidores Institucionais de maio (veja aqui), notamos um deterioração no sentimento destes investidores em relação à Bolsa. Mas por quê?;
- Apesar de uma leve melhora no cenário macro externo, com dados de mercado de trabalhando nos EUA mostrando desaquecimento e dados de inflação vindo um pouco melhores do que esperado, alguns riscos domésticos têm pesado nos ativos brasileiros:
- Riscos fiscais, como os impactos da MP do crédito de PIS/Cofins (leia aqui nossa análise);
- Riscos de política monetária, com um Copom adotando um tom mais duro (o nosso time de Macro revisou a taxa terminal da Selic para 10,50%) e;
- Aumento da interferência do governo em algumas empresas relevantes da Bolsa.
- Clique aqui para acessar o relatório completo.
Renda fixa
De Olho na Renda Fixa: principais notícias de crédito privado, mercados e renda fixa
- Treasury yields rise ahead of May jobs report (CNBC);
- Campos e Galípolo mostram preocupação com expectativas (Valor Econômico);
- A situação da Starbucks às vésperas da mudança de dono no país (Pipeline);
- Ratings ‘BB’ da BRF reafirmados; rating na Escala Nacional Brasil elevado de ‘brAA+’ para ‘brAAA’ por alavancagem mais baixa (S&P Global);
- Clique aqui para acessar o clipping.
Alocação & Fundos
Principais notícias
- Fundos Imobiliários (FIIs): confira as principais notícias
- Juros altos por mais tempo derrubam retorno dos fundos imobiliários de ʽtijoloʼ (Valor Investe);
- Justiça encerra ação da Hectare contra a Suno (InfoMoney);
- Fundo imobiliário anuncia oferta de até R$ 625 milhões; veja qual FII e quem pode participar (FIIs);
- Clique aqui para acessar o relatório.
- Relatório Mensal de Alocação: Jun/2024
- Trouxemos uma atualização da nossa leitura do cenário macroeconômico atual e os retornos dos principais mercados globais e do Brasil;
- No cenário, analisamos as expectativas para os próximos movimentos da política monetária nos EUA, à luz dos dados recentes do mercado de trabalho, além de comentarmos a última reunião do Copom e os desafios a serem enfrentados pela autoridade monetária brasileira;
- Detalhamos nossas perspectivas atualizadas por classe de ativo, levando em conta o cenário macroeconômico atual, e, por fim, apresentamos nossas carteiras recomendadas para três políticas de investimento: conservadora, moderada e sofisticada;
- No Apêndice, vale destacar que trouxemos o detalhamento das bandas de alocação por carteira e por classe de ativo;
- Acesse aqui o conteúdo completo.
ESG
Programa Cidades Verdes Resilientes no Brasil; H2V em alta na Europa e mais destaques dessa sexta-feira | Café com ESG, 07/06
- O mercado encerrou o pregão de quinta-feira em território positivo, com o IBOV e o ISE subindo 1,22% e 1,45%, respectivamente.
- No Brasil, o presidente Lula criou, por decreto, o Programa Cidades Verdes Resilientes (PCVR), com o objetivo de aumentar a qualidade ambiental e a resiliência das cidades brasileiras diante dos impactos causados pela mudança do clima – o programa será executado prioritariamente nos territórios mais vulneráveis das cidades, com vistas a reduzir as desigualdades sociais e os riscos climáticos.
- No internacional, (i) a Comissão Europeia anunciou nesta semana um mecanismo piloto que visa conectar produtores (tanto europeus quanto estrangeiros) e potenciais consumidores de hidrogênio, com início previsto para 2025 – a iniciativa espera acelerar investimentos ao fornecer uma visão mais clara da situação do mercado, facilitando contatos entre as duas pontas; e (ii) um grupo de investidores institucionais, incluindo BNP Paribas Asset Management e Robeco, se juntaram para pedir que as empresas forneçam informações mais detalhadas sobre os impactos de suas operações nos oceanos do mundo, destacando lacunas de dados em setores que vão da mineração em alto mar ao transporte marítimo e petróleo e gás.
- Clique aqui para acessar o relatório e começar o dia bem informado com as principais notícias ao redor do Brasil e do mundo quando o tema é ESG.
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