IBOVESPA +0,04% | 138.025 Pontos
CÂMBIO – 0,22% | 5,41/USD
O que pode impactar o mercado hoje
Ibovespa
O Ibovespa encerrou a segunda-feira praticamente estável, em leve alta de 0,04%, aos 138.025 pontos, em um dia de agenda econômica mais esvaziada e após ter avançado 2,6% na sessão de sexta-feira.
O principal destaque positivo do dia foi Pão de Açucar (PCAR3, +9,0%), após aumento de participação da família Diniz na companhia. Na ponta negativa, Rumo (RAIL3, -3,1%) recuou após um banco de investimentos cortar a estimativa de preço-alvo para o papel.
Nesta terça-feira, a agenda econômica inclui a divulgação do IPCA-15 referente a agosto no Brasil.
Renda Fixa
As taxas futuras de juros encerraram a sessão de segunda-feira com fechamento da curva nos vértices mais longos, acompanhando o movimento dos Treasuries nos EUA. No Brasil, a queda nas expectativas de inflação para os próximos anos, conforme o Boletim Focus, reforçou a confiança do mercado em novos cortes da Selic. Já nos EUA, o ajuste das expectativas após o discurso de Jerome Powell em Jackson Hole, apesar do tom cauteloso, foi interpretado como sinalização para possível afrouxamento monetário já em setembro. Com isso, os rendimentos das Treasuries de dois anos terminaram o dia em 3,70% (-5,41bps vs. pregão anterior), enquanto os de dez anos em 4,26% (-5,74bps). Na curva local, o DI jan/26 encerrou em 14,89% (-1,2bps); DI jan/27 em 13,9% (-5,6bps); DI jan/29 em 13,19% (-7,8bps); DI jan/31 em 13,55% (-7,5bps).
Mercados globais
Nesta terça-feira, os futuros nos EUA recuam (S&P 500: -0,1%; Nasdaq 100: -0,1%) após Donald Trump anunciar a remoção da governadora Lisa Cook do Federal Reserve, movimento sem precedentes que deve ser contestado judicialmente. O episódio amplia a pressão do presidente sobre a independência do banco central, enquanto investidores aguardam o balanço da Nvidia amanhã e novos dados econômicos. Ontem, o S&P 500 -0,4% e o Nasdaq -0,2%, interrompendo a sequência positiva da semana passada.
Na Europa, os mercados operam em queda (Stoxx 600: -0,7%), pressionados sobretudo pela França (CAC 40: -1,8%), após o primeiro-ministro François Bayrou convocar um voto de confiança para 8 de setembro sobre seu plano fiscal. A proposta prevê EUR 44 bi em cortes de gastos para reduzir o déficit de 5,8% do PIB em 2024, incluindo congelamento de benefícios sociais e impostos. A incerteza política aumenta a volatilidade, enquanto investidores também reagem ao episódio envolvendo a remoção de Lisa Cook no Fed.
Na China, os mercados recuaram (HSI: -1,2%; CSI 300: -0,4%), interrompendo a sequência de quatro altas. A queda refletiu o aumento da retórica de Trump, que ameaçou impor tarifas de até 200% caso Pequim não exporte ímãs de terras-raras para os EUA. O movimento negativo foi acompanhado por perdas no Japão (Nikkei: -1,0%) e Coreia do Sul (Kospi: -1,0%).
IFIX
O Índice de Fundos Imobiliários (IFIX) iniciou a semana praticamente estável, com leve alta de 0,07%. Na agenda local, o destaque foi a divulgação do Boletim Focus, que apontou queda nas expectativas de inflação para os próximos anos, reforçando a confiança do mercado no início de cortes da Selic em um futuro próximo.
No desempenho setorial, os fundos de papel foram o principal destaque do pregão, com avanço médio de 0,20%, enquanto os fundos de tijolo registraram alta média de 0,11%. Entre as maiores valorizações individuais do dia, destacaram-se URPR11 (3,4%), PATL11 (2,6%) e PORD11 (2,5%). Já entre as principais quedas, figuraram LIFE11 (-1,6%), HSML11 (-1,4%) e DEVA11 (-1,3%).
Economia
Conforme divulgado ontem no Boletim Focus do Banco Central, a mediana das projeções para a inflação de 2025 recuou de 4,95% para 4,86%, a 13ª semana consecutiva de queda. Para 2026, a mediana caiu pela sexta semana seguida, de 4,40% para 4,33%. Ademais, em relação a 2027, a projeção declinou para 3,97%, o primeiro movimento baixista após 26 semanas de estabilidade em 4,00%. A desaceleração da atividade econômica – embora gradual –, a dinâmica mais benigna da inflação corrente, a queda das expectativas inflacionárias e a acomodação da taxa de câmbio em níveis mais apreciados sustentam nosso cenário de flexibilização da política monetária a partir de janeiro de 2026. Projetamos que a taxa Selic recuará dos atuais 15,00% para 12,00% até o segundo semestre do ano que vem.
Hoje, a divulgação do IPCA-15 de agosto – prévia da inflação mensal – estará no centro das atenções. Estimamos recuo de 0,24% em comparação a julho, com destaque ao efeito do bônus de Itaipu (isto é, decréscimo na tarifa de energia elétrica). Com isso, a inflação acumulada em 12 meses deve cair de 5,30% para 4,84%. Ainda na agenda doméstica, o Banco Central publicará as estatísticas do setor externo referentes a julho. Esperamos déficit em conta corrente de US$ 5,3 bilhões e ingressos líquidos de Investimento Direto no País (IDP) de US$ 7,0 bilhões.
No cenário internacional, o Presidente Donald Trump decidiu remover Lisa Cook do seu cargo de Diretora do Federal Reserve (Fed, o banco central dos EUA), com efeito imediato. Trump alega que Cook, indicada pelo ex-Presidente Joe Biden em 2022, cometeu fraude hipotecária ao supostamente nomear duas propriedades diferentes como sua residência principal ao mesmo tempo. A demissão pode desencadear um impasse judicial, com acionamento da Suprema Corte. O movimento aumenta as preocupações sobre a independência do Fed sob o governo Trump, já que o Presidente tem criticado repetidamente o banco central por não cortar as taxas de juros.
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Economia
Boletim Focus mostra queda adicional nas expectativas de inflação; presidente Donald Trump demite diretora do Fed, com efeito imediato
- Expectativas de IPCA mais baixas entre 2025 e 2027. Conforme divulgado ontem no Boletim Focus do Banco Central, a mediana das projeções para a inflação de 2025 recuou de 4,95% para 4,86%, a 13ª semana consecutiva de queda. Esse movimento reflete, em grande medida, a apreciação da taxa de câmbio e a dinâmica benigna dos preços ao atacado, tanto para alimentos quanto para bens industrializados. Para 2026, a mediana caiu pela sexta semana seguida, de 4,40% para 4,33%. Ademais, em relação a 2027, a projeção declinou para 3,97%, o primeiro movimento baixista após 26 semanas de estabilidade em 4,00%. As previsões de mercado para o crescimento real do PIB recuaram ligeiramente, atingindo 2,18% para 2025 e 1,86% para 2026 (antes: 2,21% e 1,87%). A desaceleração da atividade econômica – embora gradual –, a dinâmica mais benigna da inflação corrente, a queda das expectativas inflacionárias e a acomodação da taxa de câmbio em níveis mais apreciados sustentam nosso cenário de flexibilização da política monetária a partir de janeiro de 2026. Projetamos que a taxa Selic recuará dos atuais 15,00% para 12,00% até o 2º semestre do ano que vem, enquanto a mediana das previsões do Boletim Focus aponta para 12,50%;
- Hoje, a divulgação do IPCA-15 de agosto – prévia da inflação mensal – estará no centro das atenções. Estimamos queda de 0,24% em comparação a julho, com destaque ao efeito do bônus de Itaipu (isto é, decréscimo na tarifa de energia elétrica). Com isso, a inflação acumulada em 12 meses deve recuar de 5,30% para 4,84%. Enquanto isso, o mercado espera declínio de 0,20% no mês passado, levando a uma inflação anual de 4,89%. Projetamos alta de 4,8% para o IPCA de 2025. Ainda na agenda doméstica, o Banco Central publicará as estatísticas do setor externo referentes a julho. Esperamos déficit em conta corrente de US$ 5,3 bilhões e ingressos líquidos de Investimento Direto no País de US$ 7,0 bilhões (mercado: -US$ 5,5 bilhões e US$ 5,0 bilhões);
- No cenário internacional, o Presidente Donald Trump decidiu remover Lisa Cook do seu cargo de Diretora do Federal Reserve (Fed, o banco central dos EUA), com efeito imediato. Trump alega que Cook, indicada pelo ex-Presidente Joe Biden em 2022, cometeu fraude hipotecária ao supostamente nomear duas propriedades diferentes como sua residência principal ao mesmo tempo. A demissão pode desencadear um impasse judicial, com acionamento da Suprema Corte. Diretores do Fed normalmente cumprem mandatos de 14 anos. O movimento aumenta as preocupações sobre a independência da autoridade monetária sob o governo Trump, já que o Presidente tem criticado repetidamente o banco central por não cortar as taxas de juros. Há algumas semanas, Adriana Kugler renunciou de forma abrupta, dando a Trump um assento do Fed para preencher. Ele nomeou Stephen Miran, um dos principais assessores econômicos da Casa Branca, como o substituto de Kugler. Na última sexta-feira, em discurso no Simpósio de Política Econômica de Jackson Hole, o Presidente do Fed, Jerome Powell, sugeriu que as condições atuais “podem justificar” redução de juros em meio à condução cautelosa da instituição. Acreditamos que o banco central reduzirá sua taxa de referência em 0,50 p.p. até o final de 2025 (com dois cortes de 0,25 p.p.);
- Na agenda internacional, destaque para a divulgação de indicadores de atividade econômica nos EUA: encomendas de bens duráveis (exp: -3,8% m/m) e de bens de capital (exp: 0,2% m/m) em julho; confiança do consumidor – Conference Board – de agosto (exp: 96,5); e sondagens de serviços do Fed Philadelphia e Fed Dallas também referentes ao mês corrente.
Commodities
Mineração e Siderurgia: desempenho de demanda relativamente melhor para aços longos vs. planos em Jul’25
Insights do Aço Brasil
- Para Jul’25, observamos uma demanda resiliente de aço no Brasil, com um desempenho relativamente melhor do aço longo vs. aços planos.
- (i) Para planos, a demanda permaneceu sólida (+2% A/A, -9% M/M), embora a alta penetração das importações (26,1% em Jul’25, e que esperamos permanecer elevada nos próximos meses) tenha limitado uma melhora nas vendas domésticas (-4% A/A e -5% M/M).
- (ii) Para longos, a demanda permaneceu robusta (+2% A/A, +5% M/M), com a penetração das importações voltando para ~14,3% (de 16,9% em Jun’25), enquanto os volumes de exportação aumentaram significativamente (+66% A/A, +146% M/M).
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Empresas
Usiminas (USIM5): ambiente operacional desafiador ofuscando riscos de upside
Reiterando a recomendação neutra e apresentando um preço-alvo para 2026 de R$5,00/ação
- Estamos atualizando nossas estimativas para a Usiminas e reiterando nossa recomendação Neutra, ao mesmo tempo em que introduzimos um preço-alvo para 2026 de R$ 5,00/ação (+20% vs. preços atuais).
- A Usiminas tem apresentado desempenho inferior ao das ações brasileiras (USIM5 -21% no acumulado do ano vs. +15% para o IBOV), com o fraco desempenho das ações refletindo uma combinação de
- (i) desempenho de custo abaixo das expectativas,
- (ii) um ambiente de mercado pressionado para aços planos no Brasil, com
- (iii) taxas de juros mais altas sugerindo enfraquecimento da demanda por aço nos próximos meses.
- Além disso, dados seus elevados compromissos de capex nos próximos anos, não vemos seu múltiplo EV/EBITDA 2026E de 3,0x como necessariamente barato, principalmente quando consideramos os níveis de conversão de EBITDA para caixa abaixo do ideal.
- Por fim, embora não seja nosso cenário-base, vemos a potencial implementação de medidas antidumping no Brasil e uma nova aceleração das políticas “anti-involution” na China como riscos de upside para a Usiminas.
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Principais notícias dos setores
Nestas publicações diárias, trazemos as principais notícias nacionais e internacionais dos setores: Financeiro, Varejo (e-commerce, supermercados, lojas de roupa, farmácias, etc.), Agro, Alimentos e Bebidas, Energia (óleo & gás e elétricas) e Saúde.
- Entrega XP: Notícias diárias do setor de varejo
- Varejo XP: H&M chega ao Brasil
- A H&M entrou oficialmente no Brasil, com sua primeira loja conceito no Iguatemi SP e plataforma de e-commerce;
- Aproveitamos para visitar a loja, que segue o design das novas lojas conceito da Zara e da C&A, com amplas áreas e expositores organizados;
- Os primeiros feedbacks indicam forte aceitação, especialmente para itens de moda, enquanto a marca mantém as operações online e offline separadas neste momento;
- Em termos de preços, a H&M está posicionada abaixo da Zara (-40%), mas acima das lojas de departamento (+30%), em linha com as expectativas iniciais;
- Embora não esperemos impacto material nos resultados de curto prazo de outros varejistas, acreditamos que seja um risco a ser monitorado, já que a H&M reforçou seu compromisso com a expansão na região, com a produção local como alavanca chave para sustentar a competitividade;
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Renda fixa
De Olho na Renda Fixa: principais notícias de crédito privado, mercados e renda fixa
- Donald Trump says he is firing Federal Reserve governor Lisa Cook ‘effective immediately’ (Financial Times);
- B3 conclui primeira operação de CPR pública para pessoa física (Globo Rural);
- Raízen é importante na estratégia da Shell, diz CEO (Valor Econômico);
- Ratings da Braskem na escala global rebaixados para ‘BB-’ por forte aumento na alavancagem e queima de caixa e colocados em CreditWatch negativo (S&P Global);
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Estratégia
XP Short Scout: monitor de short selling no Brasil
- Atualizamos os dados de short selling dos ativos brasileiros com os dados de fechamento de 22 de agosto de 2025.
- O short interest (SI)mediano no Ibovespa manteve-se estável em 6,9%, enquanto as posições em aberto aumentaram para R$ 123,0 bilhões (+1,5%).
- Destacamos um aumento expressivo na taxa de aluguel do Grupo Casas Bahia (BHIA3), que agora está em 134,8%, depois de subir 126,8 pontos percentuais nas últimas duas semanas. O SI, entretanto, caiu ligeiramente para 28,6% (-1,2 p.p.).
- A taxa de aluguel da Natura (NATU3) continuou subindo e chegou 26,9% (+19,5 p.p.). O SI da ação está 2 desvios padrão acima da média de 1 ano. Porto Seguro (PSSA3) também apresentou aumento de 4,3 p.p. no SI, agora em 8,4%. As duas ações serão impactadas pelo rebalanceamento dos índices MSCI, que será implementado em 27 de agosto.
- Outras ações para ficar de olho: CBAV3, DIRR3, EMBR3, GGBR4, MGLU3, MRFG3, PCAR3, RAIL3, RAIZ4, TOTS3, VIVT3, ZAMP3.
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Alocação & Fundos
Principais notícias
- Fundos Imobiliários (FIIs): confira as principais notícias
- Fim dos paraísos fiscais para imóveis comerciais: reforma tributária elimina incentivos regionais e muda a lógica da logística no Brasil;
- Log prepara novos galpões em seis capitais do Nordeste;
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ESG
IBP apresentará ao governo proposta de diretrizes para mercado de carbono no Brasil | Café com ESG, 26/08
- O mercado fechou o pregão de segunda-feira em território misto, com o IBOV (+0,04%) e o ISE andando de lado.
- No Brasil, (i) o Instituto Brasileiro de Petróleo, Gás e Biocombustíveis (IBP) vai apresentar ao governo até meados de outubro uma proposta de diretrizes para o mercado de carbono no Brasil – essa contribuição servirá para auxiliar o governo na regulamentação da lei, informou o presidente do IBP, Roberto Ardenghy; e (ii) a Americanas, em recuperação judicial, aprovou ontem a eleição de Fernando Dias Soares para o cargo de diretor-presidente da companhia, com mandato que se inicia em 1° de outubro de 2025 – Soares dará continuidade ao plano estratégico da companhia com “foco em crescimento, baseado em produtividade e rentabilidade, para atender todos os stakeholders”.
- No internacional, os principais fabricantes de painéis solares da China ampliaram seus prejuízos no primeiro semestre deste ano devido à produção excedente, enquanto os players da indústria enfrentam uma pressão crescente para reduzir a produção em meio às tensões comerciais com os Estados Unidos – essa tendência se manteve desde o ano passado, quando sete principais fabricantes registraram, pela primeira vez, um prejuízo líquido combinado em 2024, frente à uma oferta resultante de novos investimentos em produção que superou a demanda.
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