IBOVESPA +0,78% | 141.783 Pontos
CÂMBIO -0,71% | 5,46/USD
O que pode impactar o mercado hoje
Ibovespa
O Ibovespa encerrou a segunda-feira em alta de 0,8%, aos 141.783 pontos, acompanhando o movimento de alívio nos mercados globais (S&P 500, +1,6%; Nasdaq, +2,2%) após o tom mais conciliador do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, em relação à China. Trump afirmou que os EUA querem ajudar o país asiático, não o prejudicar, o que reduziu a percepção de tensões comerciais entre as duas maiores economias do mundo após, na última sexta-feira (10), os EUA anunciarem tarifas adicionais de 100% sobre a China.
Os papéis do setor de Mineração & Siderurgia subiram, impulsionados pela alta nos preços do minério de ferro: Usiminas (USIM5, +6,4%), CSN (CSNA3, +6,3%) e Vale (VALE3, +1,5%) figuraram entre as maiores altas do índice. Por outro lado, GPA (PCAR3, -3,0%) foi o destaque negativo. A companhia aprovou, na sexta-feira, por unanimidade, a eleição do empresário André Coelho Diniz como novo presidente do colegiado da empresa.
Nesta terça-feira, a agenda inclui a divulgação da Pesquisa Mensal de Serviços de agosto no Brasil. No lado micro, a temporada internacional de resultados do 3T25 ganha força com a divulgação dos balanços de grandes nomes do setor financeiro, como BlackRock, Citigroup, Goldman Sachs, JP Morgan e Wells Fargo.
Renda Fixa
As taxas futuras de juros encerraram a sessão de segunda-feira (13) com movimentos mistos ao longo da curva. No Brasil, o mau humor da semana passada foi amenizado por falas mais conciliadoras de Trump e pela menor liquidez devido ao feriado nos EUA. Com isso, as taxas encerraram o dia próximas da estabilidade, com o DI jan/26 em 14,9% (+0,2bps vs. pregão anterior); DI jan/27 em 14,02% (+3,5bps); DI jan/29 em 13,34% (- 0,1bps); DI jan/31 em 13,6% (- 0,4bps). Já nos EUA, o mercado de treasuries permaneceu fechado devido ao feriado de Colombo.
Mercados globais
Nesta terça-feira, os futuros nos EUA operam em baixa (S&P 500: -1,0%; Nasdaq 100: -1,3%), após a China anunciar sanções contra cinco subsidiárias norte-americanas da sul-coreana Hanwha Ocean, restringindo operações de companhias chinesas com o grupo. A medida é vista como retaliação às investigações dos EUA sobre os setores marítimo e de construção naval chineses, elevando o risco de uma nova rodada de tarifas. O foco dos investidores também se volta ao início da temporada de balanços, com os grandes bancos — JPMorgan, Citigroup, Goldman Sachs e Wells Fargo — divulgando resultados nesta manhã. Com a paralisação do governo, o Federal Reserve permanece sem novos indicadores oficiais, já que a divulgação do CPI de setembro foi adiada para 24 de outubro. Jerome Powell discursará hoje na conferência anual da NABE, em meio à expectativa por sinais sobre os próximos passos da política monetária.
Na Europa, as bolsas recuam (Stoxx 600 -0,8%), revertendo o otimismo do início da semana. No setor energético, BP (-1,5%) revisou sua projeção trimestral e anunciou baixa contábil de até US$ 500 milhões. As mineradoras também recuam (-2,2%) com o risco de gargalos na oferta de terras raras, insumo essencial para semicondutores e tecnologias de defesa. O euro recua 0,7%, e a libra cai 0,5% após dados mostrarem alta na taxa de desemprego do Reino Unido para 4,8%.
Na China, as bolsas fecharam em queda (CSI 300: -1,2%; HSI: -1,7%), pressionadas pelas novas medidas de Pequim e pela realização de lucros em tecnologia. No Japão, o Nikkei 225 recuou 2,6%, enquanto o Topix caiu 2,0%, em meio à instabilidade política após o desmoronamento da aliança entre o Partido Liberal Democrata (PLD) e o Komeito, que encerrou um pacto de mais de 25 anos e enfraqueceu Sanae Takaichi antes mesmo de sua confirmação como primeira-ministra.
IFIX
O Índice de Fundos Imobiliários (IFIX) encerrou a segunda-feira em queda de 0,21%, dando continuidade ao movimento da última semana e acumulando perdas de 0,54% em outubro. Os FIIs de Papel foram o destaque negativo da sessão, com recuo médio de 0,30%, enquanto os FIIs de Tijolo registraram variação média de -0,07%. Entre as maiores altas do dia, destacaram-se RBRL11 (+1,7%), PMIS11 (+1,0%) e OUJP11 (+0,9%). Por outro lado, as principais quedas ficaram com MCCI11 (-2,3%), VCJR11 (-1,3%) e VGIP11 (-1,3%).
Economia
Com intuito de desescalar a relação entre Estados Unidos e China, Bessent, secretário do Tesouro dos EUA, disse ontem que Trump e Xi Jinping, presidente chinês, se reunirão na Coreia do Sul, e que isso pode abrir espaço para uma solução e evitar uma nova rodada de sanções comerciais.
Na agenda doméstica, o destaque fica para a divulgação da Pesquisa Mensal de Serviços de agosto. Esperamos avanço de 0,2% contra julho. Na agenda internacional, a China divulgará a inflação ao consumidor de setembro.
Veja todos os detalhes
Economia
Trump e Xi Jinping se reunirão para discutir tarifas
- Após escaladas das tensões comerciais entre China e Estados Unidos, o secretário do Tesouro dos EUA, Bessent, afirmou que há sinais claros de alívio na relação entre os dois países. Ele revelou que o presidente Donald Trump pretende se reunir com o líder chinês, Xi Jinping, antes da entrada em vigor das tarifas anunciadas. Segundo Bessent, “o presidente Trump disse que as tarifas não entrarão em vigor até 1º de novembro. Ele se reunirá com o presidente do Partido, Xi, na Coreia. Acredito que essa reunião ainda será realizada”. A declaração veio após Trump ameaçar impor tarifas de 100% sobre produtos chineses. Apesar do tom duro, Trump também sinalizou que não deseja prejudicar a China, indicando abertura para o diálogo. A expectativa é que o encontro com o presidente chinês possa abrir espaço para uma solução negociada e evitar uma nova rodada de sanções comerciais;
- No Brasil, o Boletim Focus mostrou mais um recuo da mediana das projeções para 2025, de 4,80% para 4,72%. Para 2026 e 2027, as projeções seguem em 4,28% e 3,90%, respectivamente. A Selic continua em 15% para 2025 e em 12,25% para 2026. Por fim, as expectativas para o câmbio em 2025 ficaram em 5,45 reais por dólar, enquanto recuaram para 5,50 reais por dólar em 2026. Para mais informações, leiam o nosso relatório.
- Na agenda doméstica, o destaque fica para a divulgação da Pesquisa Mensal de Serviços de agosto. Esperamos avanço de 0,2% contra julho. Na agenda internacional, a China divulgará a inflação ao consumidor de setembro.
Commodities
Papel e Celulose: Os Preços de celulose continuaram a tendência de alta em Set’25
- Futuros de BHKP a US$ 550/t para Jan’26
- Os preços da celulose continuaram a tendência de alta em set’25, com os preços líquidos chineses de BHKP negociados a um nível de ~ US$ 510-530/t.
- Embora a última indicação de aumento de preço tenha encontrado resistência dos compradores, de acordo com nossas conversas, acreditamos que os tempos de paradas planejadas no 4T25E podem fornecer algum espaço para novos aumentos no curto prazo.
- Dito isso, com o aumento da oferta de cavacos de madeira de baixo custo na China, acreditamos que a aceleração da produção integrada de celulose pode limitar um upside dos preços da celulose no médio prazo (clique aqui para mais detalhes).
- Em relação aos dados recentes sobre o setor, notamos: (i) os volumes de caixas de papelão ondulado totalizaram ~367 kt em set’25 (-1% M/M e +3% A/A), de acordo com os dados preliminares da Empapel, com expectativas sazonalmente mais favoráveis para o 2S25E.
- Finalmente, (iii) os preços líquidos de BHKP na China estão atualmente em US$ 513/t, com os futuros de BHKP em US$ 550/t para Jan’26.
- Clique aqui para acessar o relatório completo.
Empresas
Even (EVEN3): performance de vendas robusta amparada no SP Bay
- A Even divulgou sua prévia operacional do terceiro trimestre de 2025. Os lançamentos (%Co) aumentaram para R$ 1,45 bilhão, impulsionados pelo lançamento do São Paulo Bay. Esse volume ficou significativamente acima dos R$ 42 milhões registrados no terceiro trimestre de 2024 e dos R$ 694 milhões no segundo trimestre de 2025, superando nossas estimativas em 12%;
- Mais importante ainda, as vendas líquidas (%Co) aceleraram para R$ 821 milhões (+232% A/A, +86% T/T), superando nossas estimativas em 59%;
- Esse crescimento foi impulsionado principalmente pelas vendas robustas do São Paulo Bay, com vendas de lançamento atingindo R$ 722 milhões, bem acima dos R$ 12 milhões do 3T24 e dos R$ 218 milhões do 2T25, elevando a VSO de lançamento para 50% no trimestre (ante 31% no 2T25);
- Acreditamos que a Even apresentou dados operacionais sólidos, apoiados pela forte aceitação do projeto da São Paulo Bay, o que pode incentivar uma reação positiva das ações. Além disso, o forte desempenho do projeto pode levar a um maior reconhecimento de receita no trimestre, potencialmente impulsionando os lucros do terceiro trimestre de 2025;
- Clique aqui para acessar o relatório.
Natura (NATU3): prévia do 3T25 | Um trimestre conturbado
- Esperamos que a Natura apresente resultados do 3º trimestre nebulosos, com crescimento da receita pressionado e margens em declínio devido à implementação da Onda 2 e à alavancagem operacional negativa;
- Clique aqui para acessar o relatório completo.
Renda fixa
De Olho na Renda Fixa: principais notícias de crédito privado, mercados e renda fixa
- Fed’s Powell addresses economy pulled between risks to growth, jobs and prices (Reuters);
- Mercado vê emissões do Tesouro acima do adequado em NTN-Bs médias e longas (Valor Econômico);
- Banco ABC Brasil vai recomprar R$ 176,4 milhões em letras financeiras perpétuas (Valor Econômico);
- Clique aqui para acessar o clipping.
Alocação & Fundos
Principais notícias
- Fundos Imobiliários (FIIs): confira as principais notícias
- IFIX começa a semana em queda, pressionado por IPCA e risco fiscal (FIIs);
- FII vende edifício por R$ 300 milhões e reforça aquecimento do mercado de escritórios (MoneyTimes);
- Riza levanta Fiagro de R$ 400 milhões para comprar terras (TheAgriBiz);
- Clique aqui para acessar o relatório.
ESG
Contagem regressiva para a COP30: O que esperar?
- Daqui a um mês, representantes governamentais e líderes da indústria de todo o mundo se reunirão em Belém, Brasil, para a COP30, Conferência da ONU sobre Mudança do Clima. Programada para ocorrer dos dias 10 a 21 de novembro, o Brasil, como país anfitrião, deverá desempenhar um papel mais proeminente na diplomacia climática global, ao mesmo tempo em que deve aproveitar a oportunidade para priorizar sua agenda climática nacional;
- Neste relatório – o primeiro de uma série relacionada à COP-30 –, destacamos três temas-chave que provavelmente dominarão as discussões: (i) validação e ampliação dos compromissos em meio a um cenário climático desafiador; (ii) aceleração da agenda global de descarbonização; e (iii) otimização do uso da terra e maximização da biodiversidade;
- Clique aqui para acessar o relatório completo.
Visando descarbonizar operações, Vale (VALE3) firma parceria para estudar adoção de motor flex com etanol | Café com ESG, 14/10
- O mercado fechou o pregão de segunda-feira em território positivo, com o IBOV e o ISE avançado 0,78% e 0,47%, respectivamente;
- No Brasil, (i) a Vale informou ontem que firmou uma parceria com a fabricante de locomotivas Wabtec Corporation para desenvolver estudos sobre um motor flex (dual fuel), capaz de utilizar tanto diesel quanto uma mistura de diesel e etanol – em nota, a Vale destaca que o acordo faz parte de uma série de iniciativas conjuntas com a Wabtec para o avanço do programa de descarbonização das operações ferroviárias da mineradora; e (ii) a reunião preparativa para a COP30, também conhecida como pré-COP, começou ontem em Brasília com delegações de 66 países além da UE participando presencialmente – nas prioridades brasileiras, destaque para os biocombustíveis, com Geraldo Alckmin afirmando que o Brasil já tem resultados concretos para a transição energética, mencionando o programa Mover e a lei do Combustível do Futuro como pilares da transição energética e reindustrialização verde do país;
- No internacional, segundo o Relatório de Avaliação da Declaração sobre Florestas de 2025, o mundo está ficando muito atrás da meta global de reverter o desmatamento até 2030, com as perdas sendo impulsionadas pela expansão agrícola e pelos incêndios florestais – segundo o estudo, o mundo perdeu 8,1 milhões de hectares de floresta em 2024, colocando o planeta 63% atrás da meta estabelecida por mais de 140 países na Declaração dos Líderes de Glasgow sobre Florestas e Uso da Terra, de 2021;
- Clique aqui para acessar o relatório completo.

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