IBOVESPA +0,47% | 154.064 Pontos
CÂMBIO -0,32% | 5,33/USD
O que pode impactar o mercado hoje
Ibovespa
O Ibovespa encerrou a semana com uma alta sólida de 3,0% em reais e 3,9% em dólares. O índice acumula agora 13 pregões consecutivos de valorização, ultrapassando a marca dos 150 mil pontos e renovando suas máximas históricas.
O destaque positivo da semana foi Rede D’Or (RDOR3, +9,2%), após a divulgação dos resultados do 3T25, que vieram acima das expectativas do mercado.
Na ponta negativa, Minerva (BEEF3, -14,9%) recuou, apesar de apresentar números fortes no trimestre (veja mais detalhes aqui), refletindo potencialmente o tom mais cauteloso da administração durante a teleconferência de resultados, além de um movimento técnico de realização de lucros.
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Renda Fixa
No comparativo semanal, os juros futuros encerraram com movimento de leve abertura ao longo da curva, com exceção dos vencimentos de 2029. O movimento foi reflexo do tom duro da reunião do Copom sobre a necessidade de manter os juros em patamares elevados. As taxas de juro real tiveram fechamento, com os rendimentos das NTN-Bs com vencimento em 2030 terminando em 7,97% a.a. (vs.8,05% na semana anterior). O DI jan/26 encerrou em 14,9% (+0,3bps no comparativo semanal); DI jan/27 em 13,86% (+1,5bps); DI jan/29 em 13,06% (- 1bp); DI jan/31 em 13,37% (+1bp); DI jan/35 em 13,6% (+4,5bps). Nos EUA, rendimentos das Treasuries de dois anos terminaram o dia em 3,55% (+0,42bps vs. pregão anterior); enquanto os de dez anos em 4,10% (+0,29bps).
Mercados globais
Nesta segunda-feira, os futuros nos EUA sobem (S&P 500: +1,0%; Nasdaq 100: +1,5%) após o Senado dar um passo decisivo rumo a um acordo bipartidário para encerrar a paralisação histórica do governo americano. O projeto em debate prevê reabertura até janeiro e reversão parcial das demissões em massa no setor público, após oito senadores democratas se juntarem à oposição para garantir o mínimo de 60 votos necessário à aprovação. O otimismo com o avanço das negociações impulsiona os mercados, após uma semana marcada por temores sobre valuations elevados em IA e a pior performance do Nasdaq (-3%) desde abril. Investidores aguardam ainda os balanços da Walt Disney na quinta-feira e monitoram o impacto econômico da paralisação, que já impediu a divulgação de indicadores como CPI e PPI.
Na Europa, as bolsas operam em alta (Stoxx 600: +1,4%) com o alívio em relação à crise fiscal americana e a recuperação das ações de tecnologia (+2,2%). Diageo dispara após anunciar Dave Lewis como novo CEO, revertendo parte das perdas recentes após corte de guidance. Novo Nordisk avança ao firmar parceria com a indiana Emcure para vender o medicamento Wegovy, enquanto Camurus e Zealand Pharma sobem com resultados positivos em tratamentos para obesidade. A perspectiva de fim do shutdown e os sinais de estabilização da inflação na China elevam o apetite por risco global.
Na China, os mercados fecharam em alta (HSI: +1,5%; CSI 300: +0,2%), liderados pelo forte rali na Coreia do Sul, onde o Kospi saltou 3%, impulsionado por bancos, seguradoras e o avanço de Samsung e SK Hynix. O Nikkei 225 subiu 1,3% e o Topix 0,6%, após ata do Banco do Japão sinalizar que as condições para elevar juros “quase foram atendidas”. A inflação chinesa acima do esperado (CPI: +0,2% A/A) e o alívio nas commodities reforçaram o otimismo regional. O sentimento positivo na Ásia reflete o alívio global com o iminente acordo para encerrar o shutdown americano e expectativas de retomada gradual dos dados econômicos nos EUA.
IFIX
O IFIX encerrou a semana em alta de 0,08%, renovando sua máxima histórica aos 3.597 pontos. Entre os principais tipos de fundos, o destaque ficou com os fundos de tijolos que registraram alta de 0,42%, enquanto os fundos de papel apresentaram variação de -0,17%. O principal destaque da semana foi a decisão do Copom, que manteve a taxa básica de juros em 15% ao ano, em linha com as expectativas do mercado.
Economia
Nos Estados Unidos, o Senado registrou avanço significativo nas negociações para encerrar a mais longa paralisação do governo da história, ao aprovar, por 60 votos a 40, uma proposta que garante financiamento até 30 de janeiro de 2026.
No Brasil, publicamos o relatório Brasil Macro Mensal de novembro. Reduzimos sutilmente nossa projeção para o IPCA de 2025, de 4,6% para 4,5%. Para 2026, nossa projeção recuou de 4,5% para 4,2%. Mantemos a visão de que o BCB iniciará um ciclo gradual de flexibilização monetária no 1º trimestre de 2026, levando a taxa Selic para 12,00% até o final do ano.
Na agenda internacional desta semana, indicadores dos Estados Unidos deve seguir esvaziada, ainda refletindo os efeitos da paralisação do governo. Enquanto isso, declarações de dirigentes do Fed deverão movimentar os ativos financeiros. Na China, serão divulgados os indicadores de atividade econômica de outubro (quinta-feira), incluindo produção industrial, vendas no varejo, investimentos em ativos fixos e taxa de desemprego. No Brasil, o destaque será a divulgação da ata do Copom (terça-feira), que trará um detalhamento sobre a reunião em que decidiu pela manutenção da taxa Selic em 15,00%. No mesmo dia, o IBGE divulgará o IPCA de outubro, que deve trazer sinais adicionais de alívio. Em relação à atividade econômica, destaque para a publicação das receitas do setor de serviços (quarta-feira) e vendas no varejo (quinta-feira), ambas referentes a setembro.
Veja todos os detalhes
Economia
Estados Unidos avançam nas tratativas para pôr fim ao shutdown
- Nos Estados Unidos, o Senado registrou avanço significativo nas negociações para encerrar a mais longa paralisação do governo da história, ao aprovar, por 60 votos a 40, uma proposta que garante financiamento até 30 de janeiro de 2026, com o apoio de oito senadores democratas. O projeto ainda precisará ser votado pela Câmara e, posteriormente, sancionado pelo presidente Donald Trump. A medida reduziu parte das incertezas fiscais e trouxe alívio aos mercados, com os futuros das bolsas norte-americanas em alta na manhã de segunda-feira.
- A COP30, conferência da ONU sobre mudanças climáticas, começa hoje em Belém, no Pará. O evento marca os 30 anos do tratado climático firmado em 1992 e ocorre em um contexto de crescente preocupação global com o avanço das mudanças climáticas, já que as reduções nas emissões globais de carbono permanecem insuficientes para conter o aquecimento nas próximas décadas. A escolha da cidade, situada na Amazônia, reforça o simbolismo ambiental do encontro. A conferência deve ser marcada por tensões políticas, sobretudo após a decisão do governo dos Estados Unidos de não enviar representantes de alto escalão e de manter a intenção de retirar o país do acordo climático.
- No Brasil, publicamos o relatório Brasil Macro Mensal de novembro. A desaceleração da economia está mais evidente, refletindo os efeitos da política monetária restritiva. A inflação continua em queda, beneficiada pela valorização do real, recuo nos preços da gasolina, condições climáticas favoráveis e robusta produção de alimentos. Reduzimos sutilmente nossa projeção para o IPCA de 2025, de 4,6% para 4,5%. Para 2026, nossa projeção recuou de 4,5% para 4,2%. Mantemos a visão de que o BCB iniciará um ciclo gradual de flexibilização monetária no 1º trimestre de 2026, levando a taxa Selic para 12,00% até o final do ano. A política monetária deve seguir restritiva, dado que a política fiscal provavelmente permanecerá expansionista. Para mais informações, leia o relatório “Copom persistente em meio a otimismo global arriscado”.
- Na agenda internacional desta semana, indicadores dos Estados Unidos deve seguir esvaziada, ainda refletindo os efeitos da paralisação do governo, embora as negociações para seu encerramento tenham avançado. Enquanto isso, declarações de dirigentes do Fed deverão movimentar os ativos financeiros. Na China, serão divulgados os indicadores de atividade econômica de outubro (5ª-feira), incluindo produção industrial, vendas no varejo, investimentos em ativos fixos e taxa de desemprego.
- No Brasil, o destaque será a divulgação da ata do Copom (3ª-feira), que trará um detalhamento sobre a reunião em que decidiu pela manutenção da taxa Selic em 15,00%. No mesmo dia, o IBGE divulgará o IPCA de outubro, que deve trazer sinais adicionais de alívio. Em relação à atividade econômica, destaque para a publicação das receitas do setor de serviços (4ª-feira) e vendas no varejo (5ª-feira), ambas referentes a setembro.
Empresas
M. Dias Branco (MDIA3) | Revisão de Resultados do 3T25: a volatilidade deve se traduzir em um de-rating?
- Os resultados da MDIA foram mais fracos do que o esperado e devem levar a revisões negativas de lucro à frente, enquanto questionamos se a alta volatilidade de margem pode se traduzir em um de-rating do papel, o que poderia agravar ainda mais a fraca performance que esperamos na sessão de negociação de amanhã.
- Os volumes vieram em linha com nossas estimativas, mas os preços médios caíram 4% T/T, o que acreditamos ser devido a um mix mais fraco, com crescimento de receita — e provavelmente volumes — em farinha e óleos vegetais superando os produtos core. A participação das categorias de menor valor na receita aumentou 70bps T/T, enquanto os produtos core caíram 50bps T/T. Mesmo com uma maior participação de produtos de menor preço no mix de receita, o custo da matéria-prima por kg caiu menos do que esperávamos, ficando 1,8% acima do XPe, o que pode estar ligado a uma estratégia de manter estoques mais altos, algo que buscaremos esclarecer na teleconferência de resultados de amanhã.
- Esses fatores levaram a um desvio de 173bps na margem bruta e um desvio de 8% no lucro bruto. Em termos absolutos, as despesas de SG&A ficaram em linha com nossas estimativas, mas a menor diluição de custos levou a um desvio de 17% no EBITDA, que atingiu BRL 318mn (-8% T/T e -14% vs. consenso).
- Link: https://conteudos.xpi.com.br/acoes/relatorios/m-dias-branco-mdia3-revisao-de-resultados-do-3t25-a-volatilidade-deve-se-traduzir-em-uma-reducao-da-classificacao-de-risco/
Guararapes (GUAR3): Possível venda do Midway Mall
- A Guararapes (GUAR3) anunciou na noite de sexta-feira (7 de novembro) que submeteu uma possível venda total do Midway Mall para análise e aprovação do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (CADE), após a assinatura de um Memorando de Entendimento (MOU) não vinculante com um grupo de investidores liderado pela Capitânia Investimentos;
- Segundo notícias locais, o valuation do ativo foi fixado em R$ 1,6 bilhão, com pagamento parcelado;
- Caso o negócio e o valuation indicados sejam confirmados, estimamos que o valuation da GUAR poderia chegar a cerca de 8 vezes o P/L (Preço/Lucro) projetado para 2026 (ante 9,7 vezes atualmente), além de abrir espaço para um dividend yield extraordinário de até 20-30%;
- Conforme antecipado em nossa atualização sobre a GUAR, se confirmado, enxergamos isso como um movimento positivo, pois desbloquearia valor para a empresa e permitiria que ela focasse em seu negócio principal;
- Reiteramos nossa recomendação de COMPRA;
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Renda fixa
De Olho na Renda Fixa: principais notícias de crédito privado, mercados e renda fixa
- Fed já está a postos para voltar a comprar ativos (Valor Econômico)
- Tesouro confirma captação de US$ 2,25 bilhões com títulos sustentáveis (Valor Econômico)
- Não há interesse em aumentar participação na Braskem, pois empresa seria estatizada, diz Petrobras (Valor Econômico)
- Moody’s Ratings withdraws Banco Modal’s ratings (Moody´s Global)
- Clique aqui para acessar o clipping.
Alocação & Fundos
Principais notícias
- Fundos Imobiliários (FIIs): confira as principais notícias
- FIIs renascem em 2025, mas preços seguem para trás; XP vê espaço para capturar ganhos (InfoMoney);
- Fundos imobiliários valorizam 15% em 2025 e abrem portas para investidores; saiba mais (A Tribuna);
- MXRF11 se destaca entre altas e puxa IFIX para nova máxima histórica (Suno);
- Clique aqui para acessar o relatório.
ESG
Governo acelera negociações sobre PL de minerais críticos | Café com ESG, 10/11
- O mercado fechou a semana passada em alta, com o IBOV subindo 3,02% e o ISE avançando 2,69%. No pregão de sexta-feira, o Ibovespa e o ISE registraram leve alta de 0,47% e 0,30%, respectivamente;
- No Brasil, (i) o ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, afirmou que está buscando de forma “acelerada” um acordo com o deputado Arnaldo Jardim, relator da proposta, sobre o projeto de lei que institui a Política Nacional de Minerais Críticos e Estratégicos – dentre os pontos essenciais estão: a definição de critérios para classificação dos minerais; instrumentos de fomento, desde os regulatórios até os fiscais e financeiros; e a criação do Conselho de Minerais Críticos e Estratégicos (CMCE); e (ii) em discurso de abertura da 2° sessão temática da Cúpula, o presidente Lula propôs que o mundo encontre formas de direcionar parte dos lucros com exploração de petróleo para transição energética, voltando a defender que o mundo reduza a dependência de combustíveis fósseis;
- No internacional, às vésperas do início da COP30, o número de Contribuições Nacionalmente Determinadas (NDCs) apresentadas por países signatários do Acordo de Paris chegou a 106, segundo dados disponibilizados pela ONU neste sábado – a apresentação da atualização das NDCs a cada cinco anos é um dever dos 195 signatários do Acordo de Paris, ou seja, a conferência começará hoje sem quase metade dos países com metas climáticas atualizadas;
- Clique aqui para acessar o relatório completo.

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