Bom dia! Neste relatório diário publicado todas as manhãs pelo time ESG do Research da XP, buscamos trazer as últimas notícias para que você comece o dia bem informado e fique por dentro do tema ESG – do termo em inglês Environmental, Social and Governance ou, em português, ASG – Ambiental, Social e Governança.
Quais tópicos abordamos ao longo do conteúdo? (i) Notícias no Brasil e no mundo acerca do tema ESG; (ii) Performance histórica dos principais índices ESG em diferentes países; (iii) Comparativo da performance do Ibovespa vs. ISE (Índice de Sustentabilidade Empresarial, da B3); e (iv) Lista com os últimos relatórios publicados pelo Research ESG da XP.
Principais tópicos do dia
• O mercado fechou a semana passada em alta, com o IBOV subindo 3,02% e o ISE avançando 2,69%. No pregão de sexta-feira, o Ibovespa e o ISE registraram leve alta de 0,47% e 0,30%, respectivamente.
• No Brasil, (i) o ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, afirmou que está buscando de forma “acelerada” um acordo com o deputado Arnaldo Jardim, relator da proposta, sobre o projeto de lei que institui a Política Nacional de Minerais Críticos e Estratégicos – dentre os pontos essenciais estão: a definição de critérios para classificação dos minerais; instrumentos de fomento, desde os regulatórios até os fiscais e financeiros; e a criação do Conselho de Minerais Críticos e Estratégicos (CMCE); e (ii) em discurso de abertura da 2° sessão temática da Cúpula, o presidente Lula propôs que o mundo encontre formas de direcionar parte dos lucros com exploração de petróleo para transição energética, voltando a defender que o mundo reduza a dependência de combustíveis fósseis.
• No internacional, às vésperas do início da COP30, o número de Contribuições Nacionalmente Determinadas (NDCs) apresentadas por países signatários do Acordo de Paris chegou a 106, segundo dados disponibilizados pela ONU neste sábado – a apresentação da atualização das NDCs a cada cinco anos é um dever dos 195 signatários do Acordo de Paris, ou seja, a conferência começará hoje sem quase metade dos países com metas climáticas atualizadas.
Gostaria de receber os relatórios ESG por e-mail? Clique aqui.
Gostou do conteúdo, tem alguma dúvida ou quer nos enviar uma sugestão? Basta deixar um comentário no final do post!
Brasil
Política
Negociações sobre PL dos minerais críticos avançam de forma acelerada, diz Silveira
“O ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, afirmou, nesta sexta-feira (7), que está buscando de forma “acelerada” um acordo com o deputado Arnaldo Jardim (Cidadania-SP) sobre o projeto de lei que institui a Política Nacional de Minerais Críticos e Estratégicos. Jardim é o relator da proposta. “A pacificação [do entendimento sobre o texto] está avançando no meu ritmo… acelerado”, disse o ministro a jornalistas, durante a Cúpula do Clima de Belém. “Arnaldo Jardim faz um belo trabalho”, completou. Na semana passada, Silveira teve reunião com o parlamentar para alinhar os pontos essenciais sobre a nova política pública. Entre eles, estão a definição de critérios para classificação dos minerais críticos; instrumentos de fomento, desde os regulatórios até os fiscais e financeiros; e a criação do Conselho de Minerais Críticos e Estratégicos (CMCE), responsável por formular diretrizes para o desenvolvimento da cadeia produtiva desses minerais e acompanhar a implementação da política pública. Em outras ocasiões, Silveira comentou que, caso não haja acordo com o Congresso, o governo pode apresentar um texto próprio sobre o tema. O projeto relatado por Jardim é de autoria de deputados federais.”
Fonte: Valor Econômico; 07/11/2025
“O ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, disse que os setores de mineração e de petróleo vão financiar a formação de um novo fundo nacional voltado para a transição energética. O fundo será levado por Silveira e pela ministra do Meio Ambiente e Mudança do Clima, Marina Silva, para análise pelo Conselho Nacional de Política Energética (CNPE). O Valor apurou que a proposta deve ser encaminhada ao CNPE na reunião prevista para dezembro. Inicialmente, o conselho deve estudar as origens de recursos do fundo, via grupo de trabalho. Esse grupo vai estudar quem será o administrador do fundo de transição energética — que pode ser, por exemplo, o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e e Social (BNDES). A União arrecada recursos do pré-sal de várias formas. Um dos caminhos é o Fundo Social do Pré-Sal, composto com a arrecadação das receitas do pré-sal, cujas áreas são licitadas pelo regime de partilha de produção. Outra fonte de arrecadação são os leilões de concessão de áreas de petróleo, por meio dos bônus de assinatura. O governo também levanta receita com a venda do óleo-lucro, que é a parte que corresponde à União nos contratos de partilha de produção, administrados pela estatal Pré-Sal Petróleo (PPSA).”
Fonte: Valor Econômico; 08/11/2025
Lula defende direcionar parte dos lucros com exploração de petróleo para transição energética
“O presidente Luiz Inácio Lula da Silva propôs nesta sexta-feira (7) que o mundo encontre formas de direcionar parte dos lucros com exploração de petróleo para transição energética. Ele também disse que há espaço para explorar mecanismos inovadores de troca de dívida por financiamento de mitigação climática. Lula discursou na abertura da segunda sessão temática da Cúpula, que tem como tema “Transição Energética”. O discurso teve duração de cerca de oito minutos e o presidente voltou a defender que o mundo reduza a dependência de combustíveis fósseis. “Há espaço para explorar mecanismos inovadores de troca de dívida por financiamento de mitigação climática e transição energética. Direcionar parte dos lucros com a exploração de petróleo para a transição energética permanece um caminho válido para os países em desenvolvimento”, afirmou o petista. “O mundo precisa de um mapa do caminho claro para acabar com essa dependência dos combustíveis fósseis. É tempo de diversificar nossas matrizes energéticas, ampliar as fontes renováveis e acelerar a produção e o uso de combustíveis sustentáveis”, completou.”
Fonte: Valor Econômico; 07/11/2025
Internacional
Política
“Às vésperas do início da COP30, o número de Contribuições Nacionalmente Determinadas (NDCs) apresentadas por países signatários do Acordo de Paris chegou a 106, segundo dados disponibilizados pela Organização das Nações Unidas (ONU) neste sábado. No dia anterior, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) ressaltou a importância da entrega de metas climáticas ambiciosas para que se limite o aquecimento global a 1,5ºC. A apresentação da atualização das NDCs a cada cinco anos é um dever dos 195 signatários do Acordo de Paris, com objetivo de intensificar a redução de emissões e promover a adaptação climática. Ou seja, a conferência começará na segunda-feira sem quase metade das metas climáticas. — Podemos avançar rumo ao futuro sem abrir mão de reivindicar daqueles que mais se beneficiaram historicamente das emissões que façam jus a suas responsabilidades. Estão na América Latina, na Ásia e na África as regiões que correm o risco de se tornarem inabitáveis. Estão no Caribe e no Pacífico as ilhas que podem desaparecer. Omitir-se é sentenciar novamente aqueles que já são os condenados da Terra — lamentou o presidente na sexta-feira. O secretário-geral das Nações Unidas, António Guterres, afirmou que as NDCs têm sido uma espécie de “termômetro” da ambição climática dos países. Entretanto, ressaltou que elas não estão sendo suficientes nesta primeira década do Acordo de Paris. Guterres entende que, para chegar à meta de 1,5ºC, seria necessário a redução de 60% dos gases do efeito estufa do mundo até 2035.”
Fonte: Globo; 08/11/2025
EPA dos EUA aprova 14 isenções de biocombustíveis para pequenas refinarias
“A Agência de Proteção Ambiental dos Estados Unidos (EPA) anunciou na sexta-feira que aprovou 14 pedidos de pequenas refinarias para isenções totais ou parciais das exigências de mistura de biocombustíveis do país. A decisão gerou críticas de um importante grupo comercial de biocombustíveis dos EUA. Essas aprovações encerram o grande acúmulo de solicitações que se formou durante o governo do ex-presidente Joe Biden. A EPA já havia aprovado 140 petições, total ou parcialmente, neste ano, e negado apenas 28, restando agora apenas algumas solicitações de anos anteriores em análise. Segundo o Padrão de Combustíveis Renováveis, as refinarias devem misturar bilhões de galões de etanol e outros biocombustíveis ao suprimento nacional de combustíveis anualmente. No entanto, refinarias pequenas podem solicitar isenções se provarem que essas exigências causariam dificuldades financeiras significativas. Na decisão de sexta-feira: 2 solicitações receberam isenção total (100%) 12 solicitações receberam isenção parcial (50%). A Associação de Combustíveis Renováveis (RFA) criticou as isenções, alegando que elas prejudicam os agricultores. “Hoje, a EPA criou ainda mais incerteza e confusão nos mercados de combustíveis renováveis e agrícolas, que já estão sob imensa pressão devido às colheitas recordes de milho e soja neste outono”, disse Geoff Cooper, presidente e CEO da RFA.”
Fonte: Reuters; 07/11/2025
China trabalha na criação de nova licença para terras raras
“A China começou a elaborar um novo licenciamento para exportação de terras raras. A medida poderá acelerar os embarques, mas é improvável que represente uma revogação completa das restrições, como esperava Washington, segundo fontes do setor. O Ministério do Comércio informou a alguns exportadores de terras raras que, no futuro, poderão solicitar novas licenças simplificadas. Em reuniões com o setor, foram detalhados os documentos que serão exigidos, disseram duas fontes. As restrições às exportações tornaram-se a fonte mais poderosa de influência de Pequim em sua disputa comercial com Washington, já que a China produz mais de 90% das terras raras processadas e dos ímãs de terras raras do mundo — essenciais em produtos que vão desde automóveis até mísseis. Após o acordo alcançado entre os presidentes, Donald Trump, e Xi Jinping, a China anunciou na semana passada que suspenderia por um ano as restrições impostas em outubro. No entanto, o Ministério do Comércio chinês não comentou publicamente sobre o conjunto mais amplo de controles introduzido em abril, que abalou as cadeias globais de suprimentos. A Casa Branca afirmou no sábado que a China concordou em introduzir licenças gerais e descreveu essas autorizações como o fim de fato dos controles de exportação de terras raras do país.”
Fonte: Valor Econômico; 07/11/2025
BID anuncia parceria de US$ 800 milhões para a Amazônia e América Central
“O Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) anunciou nesta sexta-feira, 7, uma parceria que resultará em mais US$ 800 milhões em linhas de crédito para projetos de energia limpa na Amazônia e na América Central. Os recursos serão obtidos com o Impact Fund Denmark, da Dinamarca, a Agência Norueguesa de Cooperação para o Desenvolvimento (Norad) e a Agência Sueca de Cooperação Internacional para o Desenvolvimento (Norad) e a Agência Sueca de Cooperação Internacional para o Desenvolvimento (Sida). As entidades assinaram uma carta de intenções para estabelecer a parceria. Segundo comunicado do BID, a nova parceria apoiará projetos que expandam o acesso à energia, modernizem as redes de transmissão e distribuição, promovam sistemas de eletricidade limpa, estimulem o transporte sustentável, ampliem soluções de cozinha limpa, aumentem a capacidade de armazenamento de energia e fortaleçam setores emergentes de tecnologias limpas. “A região amazônica — onde a Noruega tem sido o principal parceiro na conservação das florestas tropicais nos últimos 15 anos — é uma área extremamente carente de energia. Esta garantia vai enfrentar esse desafio ao viabilizar cerca de US$ 800 milhões em investimentos em energia renovável, com efeitos positivos significativos para as pessoas, o meio ambiente e o desenvolvimento econômico”, afirmou Jonas Gahr Støre, primeiro-ministro da Noruega.”
Fonte: Exame; 07/11/2025
Bilionário australiano faz primeiro aporte filantrópico no TFFF
“A Minderoo Foundation, do bilionário australiano Andrew Forrest, anunciou um investimento de US$ 10 milhões no Fundo Florestas Tropicais para Sempre (TFFF, na sigla em inglês). É o primeiro dinheiro de filantropia captado pelo fundo, que conta até o momento com compromissos de US$ 5,5 bilhões, somando os aportes anunciados por Brasil, Noruega, França e Indonésia. Países Baixos e Portugal prometeram recursos para a operacionalização do mecanismo. Foi o único aporte financeiro no TFFF divulgado no segundo dia da Cúpula dos Líderes, nesta sexta-feira (7). O primeiro-ministro da Alemanha, Friedrich Merz, disse que o país está comprometido a apoiar a iniciativa do governo brasileiro – sem declarar valores. “Faremos uma análise detalhada sobre o fundo. E participaremos dessa iniciativa com uma quantia considerável. Não há absolutamente nenhuma divergência sobre isso dentro da coalizão de governo. O fato de ainda não apresentarmos valores concretos tem simplesmente motivos práticos: precisamos representá-los no orçamento”, disse Merz em entrevista coletiva após reunir-se com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva.”
Fonte: Capital Reset; 07/11/2025
UE deve proteger indústria automobilística contra rivais chineses, diz comissário
“A União Europeia precisa defender sua indústria automobilística da concorrência chinesa, incluindo uma reavaliação da meta de 2035 para veículos novos com emissão zero, afirmou o chefe da indústria do bloco em entrevista publicada nesta sexta-feira. Stephane Sejourne disse que a UE também deve diversificar suas exportações e estabelecer novas regras para proteger a produção na Europa. “Temos que ser menos ingênuos e voltar aos padrões das principais economias do mundo. Somos o único continente que não tem pensamento estratégico sobre política industrial”, disse o ex-ministro francês ao jornal italiano La Stampa. Ele alertou: “Se não intervirmos, em dez anos os carros produzidos e vendidos na Europa cairão de 13 milhões para nove milhões.”. “Precisamos mostrar flexibilidade em relação à meta de eliminar completamente os carros com motor de combustão interna até 2035”, acrescentou. A UE deve revisar essa meta até o fim do ano, em resposta aos apelos das montadoras de que uma transição total para veículos elétricos não é mais viável. Sejourne afirmou que as montadoras europeias devem buscar novos mercados e enfrentar menos burocracia. Nesta semana, ele disse que a Comissão Europeia pretende anunciar a criação de uma nova categoria de carros elétricos pequenos e acessíveis para enfrentar a concorrência chinesa e revitalizar o mercado interno, como parte de uma estratégia mais ampla a ser apresentada em 10 de dezembro.”
Fonte: Reuters; 07/11/2025
Índices ESG e suas performances


(1) O Índice ISE (Índice de Sustentabilidade Empresarial da B3) tem como objetivo ser o indicador do desempenho médio das cotações dos ativos de empresas com reconhecido comprometimento com o desenvolvimento sustentável, práticas e alinhamento estratégico com a sustentabilidade empresarial.
(2) O Índice S&P/B3 Brasil ESG mede a performance de títulos que cumprem critérios de sustentabilidade e é ponderado pelas pontuações ESG da S&P DJI. Ele exclui ações com base na sua participação em certas atividades comerciais, no seu desempenho em comparação com o Pacto Global da ONU e também cias sem pontuação ESG da S&P DJI.
(3) O ICO2 tem como propósito ser um instrumento indutor das discussões sobre mudança do clima no Brasil. A adesão das companhias ao ICO2 demonstra o comprometimento com a transparência de suas emissões e antecipa a visão de como estão se preparando para uma economia de baixo carbono.
(4) O objetivo do IGCT é ser o indicador do desempenho médio das cotações dos ativos de emissão de empresas integrantes do IGC que atendam aos critérios adicionais descritos nesta metodologia.
(5) A série de índices FTSE4Good foi projetada para medir o desempenho de empresas que demonstram fortes práticas ambientais, sociais e de governança (ESG)..
Ainda não tem conta na XP? Clique aqui e abra a sua!
