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🌎 RADAR GLOBAL: Apple é dividida

Panorama diário, análises de cenário internacional e ações globais

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MACRO

Mercados globais amanhecem em leve alta (EUA +0,2% e Europa +0,3%), e o S&P 500 caminha para fechar o mês com mais de 7% de alta. Na Ásia, fechamento foi misto com China (-0,6%) regulando exportação das empresas de tecnologia, enquanto Buffett aposta em corretoras no Japão (+1,1%).

Coronavírus: A Johnson & Johnson iniciará os testes fase 2 de sua vacina na Espanha, Alemanha e Holanda. O experimento durará dois meses e contará com a participação de 550 voluntários.

Indicadores – China: Indicador de atividade industrial às 22:45h.

EMPRESAS

Apple: Quando seis é melhor que meia dúzia. Ações da Apple serão divididas por 4 no pregão de hoje (quem tinha 1 papel, agora terá 4, cada um com ¼ de seu valor cada). O stock split (desdobramento de ações) torna os papéis mais acessíveis para transações, gerando mais liquidez. Este será o 5º desdobramento da Apple desde 1987, resultando em um split agregado de 1/224, ou seja, se a companhia não houvesse feito as divisões, uma ação custaria US$ 28.000 hoje – praticamente inegociável.

A decisão parece acertada, dado que a pessoa física está muito mais presente no mercado acionário. Em 2020, o varejo representou 25% da atividade de mercado nos EUA, contra 10% em 2019. O histórico também é favorável: desdobramentos passados resultaram nas ações batendo o S&P 500 em 2% nos 3 meses após o evento. Na mesma linha, o split de 1/5 da Tesla tornará ainda mais acessível o papel que captou mais de 400 mil sócios e teve valorização de 400% em 2020.

ANÁLISES

Japão: O primeiro ministro japonês Shinzo Abe anunciou que renunciará ao cargo por problemas de saúde; o premiê continuará na posição até a eleição de seu sucessor, o que deve ocorrer em setembro. Abe assumiu o cargo com uma economia deflacionária, prometendo levar o Japão à uma nova era de crescimento. Sua administração será lembrada por: 1) Flexibilização monetária: O Banco Central Japonês lançou um programa para recompra de títulos públicos, injetando US$ 4,8 trilhões na economia ao longo dos últimos 7 anos. Além disso, visando estimular investimentos, estabeleceu taxas de juros negativas em 2016 (-0,1%);  2) Política fiscal expansionista: ao reduzir a carga tributária e aumentar de investimentos em obras públicas (US$ 94 bi), Abe reduziu o desemprego para 2,4% em 2019 (menor nível em 27 anos).

Apesar do controle deflacionário, Abe deixa o cargo com a inflação ainda abaixo da meta de 2% (0,48% em 2019) e crescimento não muito expressivo do PIB (+0,7% em 2019). Dado o atual contexto pandêmico, no qual a economia global pede por estímulos, é provável que o próximo primeiro ministro mantenha política econômica acomodativa. Porém, impactos de longo prazo deste experimento ainda são desconhecidos no mundo.

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