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Musk vs. Biden, tapering acelerado e 3ª dose da Pfizer – 🌎Mundo em 60s

O que você precisa saber dos mercados globais nesta semana

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Bolsas: Após a venda generalizada da semana passada, mercados globais voltaram a se recuperar na semana, com destaque para o Nasdaq 100 (+3,5%), China (+3,1%), que se benificou dos recentes estímulos monetários propostos pelo seu banco central, e petróleo (+7,7%) após redução das preocupações sobre a gravidade da variante Ômicron, bem como previsão agressiva do J.P. Morgan de US$ 125/barril possivelmente em 2022 e até US$ 150/barril em 2023, dada a incapacidade da OPEP+ de satisfazer a crescente demanda energética mesmo que aumente sua produção.

Setores: Nos EUA, todos os setores registram alta na semana e no ano, puxado por empresas de tecnologia (+5,4%), bem como por três setores mais bem posicionados para se proteger de um cenário de inflação persistente, como o de bens de consumo (+3,6%), materiais básicos (+3,4%) e saúde (+3%).


As 5 histórias da semana

1. 3ª dose vs. Ômicron

A Pfizer (PFIZ34) e a BioNTech (B1NTX34) afirmaram que a 3ª dose de sua vacina deve ser necessária para a neutralização da variante Ômicron, de acordo com estudos laboratoriais em fase inicial. Os pesquisadores das companhias observaram que, em pacientes inoculados com apenas 2 doses da vacina, houve uma redução de 25x no nº de anticorpos que neutralizam a nova variante. No entanto, a 3ª dose, de reforço, possui a capacidade de restaurar a proteção para níveis similares aos observados logo nos primeiros dias após a aplicação da 2ª dose.

Para o CEO da BioNTech, está claro que a vacina deveria ser administrada em 3 doses inoculadas até mesmo num período mais curto do que o padrão atual, garantindo proteção por mais alguns meses até que a empresa consiga desenvolver, até março, uma nova tecnologia focada na Ômicron. Olhando para frente: 1) Ainda é incerto o tempo de proteção após a 3ª dose, 2) Aumenta a probabilidade de doses anuais ou semestrais das vacinas, 3) Governos deverão voltar a adotar mais políticas de estímulos à vacinação e 4) Empresas expostas ao turismo internacional seguem com baixa visibilidade de demanda para os próximos trimestres, em função das restrições nas fronteiras.

2. Musk vs. Biden

Em conferência remota, o CEO da Tesla (TSLA34) foi contra o plano da administração Biden que amplificará os gastos governamentais americanos e inclusive promove subsídios para montadoras de veículos elétricos, que tornaria os carros da empresa até US$ 7,500 mais baratos por meio de créditos via impostos federais. Apesar de potencialmente beneficiar a sua empresa, Musk criticou o plano por amplificar a insustentabilidade dos gastos federais.

O desentendimento entre os líderes se intensificou em agosto, quando o atual presidente americano recebeu na Casa Branca a General Motors (GMCO34), a Ford (FDMO34) e a Chrysler para anunciar seu plano de eletrificação da frota automotiva americana. A Tesla, maior produtora e vendedora de EVs do planeta, não foi convidada e assumidamente possui "boa relação" com o governo chinês. A aposta de Musk na China vem em linha com suas estimativas recentes de que o país eventualmente terá um PIB 2x ou 3x o dos Estados Unidos, uma vez que "bastaria um PIB per capita 50% menor que o dos EUA para que a economia chinesa se torne 2x o tamanho da americana".

3. China injeta estímulos monetários

Em meio à preocupações com a desaceleração do crescimento e ao recente calote da Evergrande em uma parte de sua dívida de US$ 300bi, o PBOC (Banco Central da China) anunciou uma injeção de liquidez via redução das reservas bancárias em -0,5%, o que resultaria em uma liberação de US$ 188bi na economia. A autoridade ainda reforçou que o país possui uma gama de ferramentas que poderia utilizar.

Para o UBS, o movimento reitera a postura pragmática do PBOC na contenção de riscos econômicos sistêmicos e sinaliza claramente a intenção do governo em afrouxar a política monetária. Além disso, as casas de análise Morgan Stanley e UBS antecipam mais medidas para aliviar as pressões das construtoras e incorporadoras chinesas e esperam "uma modesta recuperação na expansão dos créditos para estes setores nos próximos meses".

4. Revisamos a nossa previsão para o ritmo do tapering

Em seu mais recente relatório de estratégia, Alberto Bernal, nosso Estrategista Macro Global, ressaltou que o último dado de inflação americana veio em seu ritmo mais elevado desde 1982 e que isto deve estimular o Federal Reserve a adotar um tom menos estimulativo e mais contracionista em termos de tapering e de elevação das taxas de juros.

Dos pontos mais importantes, a visão da XP é que: 1) apesar do atual choque inflacionário, os anos de 2022 e 2023 devem se provar períodos de material redução do ritmo da inflação americana, com os estimados +3,4% a/a em 2022 e +2,9% a/a em 2023; 2) ao menos 75% da inflação atual está ligada com os gargalos nas cadeias produtivas provenientes da COVID-19 e que o Fed não seria capaz de endereçar estas ineficiencias via política monetária; 3) a persistência da inflação em 2021 nos fez aumentar nossa expectativa para o ritmo do tapering, antes uma redução esperada de -US$ 20bi/mês para -US$ 30bi/mês a partir de janeiro (dos atuais -US$ 15bi) e 4) Esperamos duas altas de juros em 2022, finalizando o ano entre 1,75% e 2%, abaixo dos 2,5% indicados pelo Fed.

5. Goldman Sachs corta estimativas do PIB americano para 2022

Para analistas do banco, a variante Ômicron do coronavírus pode exercer uma desaceleração modesta do crescimento e reduziu sua previsão de crescimento de +4,2% em 2021 e +3,3% em 2022 para +3,8% e +2,9% (vs. +5,3% e +3,8% da XP, que ainda desconsidera impactos da nova cepa).

Apesar dos impactos econômicos, os economistas alertam que muitas perguntas ainda permanecem sem resposta, mas acreditam que mesmo com maior transmissibilidade, é provável que a imunidade contra casos severos da doença seja pouco reduzida. Em linha com o que comentamos no 1º tópico, o banco vê riscos mistos: de um lado pode exacerbar a escassez de oferta e atrasar a retomada da força de trabalho, trazendo mais persistência para a alta inflação; de outro, pode continuar impactando setores mais sensíveis como o de turismo.

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