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Comentário Internacional: 29 de janeiro de 2020

CENÁRIO GLOBAL O número de casos confirmados de coronavírus atingiu quase 6.000, com 132 mortes (a OMC se pronunciará hoje às 17h). No campo positivo, a extensão do Ano Lunar chinês pode trazer alívio para os mercados, além da Casa Branca negar uma possível suspensão de voos EUA-China e temporada de resultados (31% do S&P […]

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CENÁRIO GLOBAL

O número de casos confirmados de coronavírus atingiu quase 6.000, com 132 mortes (a OMC se pronunciará hoje às 17h). No campo positivo, a extensão do Ano Lunar chinês pode trazer alívio para os mercados, além da Casa Branca negar uma possível suspensão de voos EUA-China e temporada de resultados (31% do S&P 500 reportado) positiva.

Dados Macro: Pronunciamento do Fed as 16h – é esperada manutenção dos juros na faixa atual de 1.5-1.75%. A atenção se volta aos comentários sobre questões estruturais de longo prazo como balanço patrimonial, manutenção do programa de recompra de títulos, e expectativas inflacionárias.

Reino Unido deu sinal verde para a Huawei construir parte de sua rede celular 5G, rejeitando pedidos do governo Trump para boicotar o fornecedor chinês. O Conselho de Segurança Nacional da Grã-Bretanha concluiu que os riscos à segurança da informação poderão ser gerenciados.

EMPRESAS

Temporada de resultados – Hoje: Microsoft, Facebook, AT&T, Boeing, McDonald’s, Paypal e Tesla. Ontem tivemos 8,5% do S&P 500 reportando resultados: Apple (positivo), United Tech (positivo), Xerox (positivo), Starbucks (em linha), eBay (negativo), Pfizer (negativo), 3M (negativo), Advanced Micro Devices (negativo), e Harley-Davidson (negativo). Europa: LVMH (positivo) e SAP (em linha).

Apple: Leitura positiva, com receitas de ~US$ 92bi (+9% A/A) e lucro de US$ 22bi (+11% A/A) no 4T19, ambos acima do consenso. Atenção para o fato de que este tri marca o primeiro aumento de lucro em mais de um ano. Além disso, revisão otimista da empresa para o 1T e 2T20.

Destaque para o aumento nas vendas de iPhones (8% A/A), sobretudo versão 11, Pro e Pro Max, além do crescimento em outras linhas de produtos, como Airpods e Apple Watch, e base de assinantes pagos do Apple TV+. A nova linha de câmeras fotográficas adicionadas aos modelos lançados em setembro e ligeiro corte de US$ 50,00 nos preços apoiaram a aceleração das vendas de iPhones. Porém, isso ainda segue abaixo do pico trimestral de US$ 61bi há dois anos. Este crescimento poderá ser intensificado em 2020-21, com a atualização do modelo SE e implementação da tecnologia 5G. O número de dispositivos ativos da Apple atingiu 1,5bi em 2019 (+7% A/A), sendo 900mi de iPhones, o que ajuda a sustentar a tese de diversificação de receitas através da expansão em serviços e venda de acessórios. Coronavírus: dirigentes do grupo anunciaram que conseguirão administrar potenciais perdas nas vendas durante o Ano Novo Lunar, sendo que China representa 20% das vendas, mas que poderá enfrentar um cenário pior se a produção for interrompida.

Starbucks: Leitura em linha para positivo, com o 1T20 podendo sofrer com o fechamento de mais de 2 mil lojas. Receitas atingiram US$ 7bi (+7% A/A) e lucro US$ 886 (+16% A/A), ambos em linha com o consenso. Destaque para as vendas em mesmas lojas (“SSS”) que cresceram 5%, tanto nos EUA quanto China. Também vale ressaltar o crescimento do programa de fidelidade online e aumento da oferta da linha de cafés-frio em parceiros como McDonald’s e Dunkin Brands.

Ebay: Leitura negativa, dada a preocupação com a queda de GMV (vendas totais antes de descontos e devoluções, que sinaliza o ritmo de crescimento da empresa) que continua para os próximos trimestres. As receitas liquidas atingiram US$ 2,8bi (-2% A/A) e lucro US$ 556mi (-27% A/A), ambos levemente acima do consenso. No campo positivo, a base de clientes ativos atingiu 183mi (+2% A/A), oitavo trimestre consecutivo de ganhos, embora o volume bruto de mercadorias vendidas tenha caído 5% A/A. Outro ponto de destaque foi a conclusão da venda do StubHub para a Viagogo por ~US$ 4bi, seguindo uma estratégia de se desfazer de ativos que não são essenciais para o negócio.

LVMH: Leitura positiva, com resultados recordes em 2019, impulsionados pelo sucesso das marcas Louis Vuitton e Christian Dior. As receitas atingiram € 54bi (+15% A/A) e lucro de € 7bi (+13% A/A), ambos em linha com o consenso. Protestos em Hong Kong foram mitigados pela relevante diversificação geográfica do grupo. Adicionalmente, o presidente anunciou que para o coronavírus impactar de forma mais significativa os resultados do 1T20, teria de perdurar até março. Lembrando que a China representa quase um terço das receitas da indústria, e a LVMH é o maior conglomerado de artigos de luxo do mundo e seus resultados são considerados um dos principais indicadores para a indústria. A última década foi marcada por crescimento ininterrupto e expressivas aquisições como Tiffany e hotéis Belmond em 2019, Dior 2017, Bulgari 2011.

3M: Leitura negativa, menores receitas nos EUA e continuidade do plano de demissões indicando sinais de fraqueza. Setor industrial: Produção doméstica de automóveis mais lenta, menor atividade de perfuração de xisto, suspensão do 737 Max e menor demanda da China pesaram no resultado. Já a linha de produtos que atendem consumidores e setor de saúde mantiveram-se estáveis. As receitas atingiram US$ 8bi (+2% A/A), em linha com o consenso, e lucro de US$ 969bi (-28% A/A) abaixo das expectativas.

COMENTÁRIOS DO MERCADO

O preço do ouro por volta US$ 1.570 está em seu nível mais alto desde abril de 2013, enquanto investidores buscam porto seguro em meio às incertezas recentes.

Apple: índice Preço/Lucro 12m está no pico da década, em 24x

Fonte: Bloomberg; Data: 29/01/2020
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