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O Fed aumentou as taxas em 25 bps em julho, e achamos que foi a última do ciclo

O Fed (banco central dos EUA) aumentou a taxa de juros de referência para 5,5% na reunião de julho mas sinalizou que a possibilidade de altas adicionais não pode ser descartada. No entanto, acreditamos que a alta de julho foi a última do ciclo.

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Conforme amplamente esperado, o Fed (banco central dos Estados Unidos) aumentou as taxas de juros de referência em 0,25 pontos percentuais em sua reunião de julho, elevando o limite superior da taxa dos Fed Funds para 5,5%. A comunicação por escrito permaneceu praticamente inalterada em relação ao da última reunião. O comitê de política monetária (FOMC) manteve as portas abertas para as próximas decisões ao dizer: “O Comitê continuará avaliando informações adicionais e suas implicações para a política monetária”.

Na coletiva de imprensa, achamos que a declaração do presidente Powell foi um tanto mais leve. Especificamente, ele afirmou que o balanço de riscos entre aumentos excessivos e insuficientes está se tornando mais equilibrado, enquanto declarações anteriores sugeriam que os riscos estavam inclinados para cima. Powell também reconheceu a leitura positiva dos dados de inflação referentes a junho (CPI, sigla em inglês) e que o mercado de trabalho está ficando “mais equilibrado”. No entanto, mais dados nesta direção serão necessários antes de uma mudança de postura para a política monetária. Além disso, Powell destacou os efeitos defasados da política monetária ao dizer que “os efeitos totais de nosso aperto ainda não foram sentidos”.

Em nossa opinião, o tom de Powell sugere que manter as taxas elevadas por mais tempo será mais importante do que aumentos adicionais. Avaliamos também que os comentários mais duros (por exemplo, possibilidade de aumentos adicionais adiante) parecem ser uma tentativa de evitar que os mercados precifiquem cortes de juros muito cedo.

Acreditamos que a decisão de hoje marcou o fim do ciclo de aperto monetário. Apesar de o Fed ter deixado as portas abertas em meio à sua retórica de “dependência de dados”, acreditamos que as próximas divulgações não justificarão aumentos adicionais à frente. Ressaltamos que houve melhoras consideráveis ​​na dinâmica da inflação. Apesar da medida dos núcleos do CPI (índice de inflação ao consumidor que exclui itens mais voláteis), permanecer acima da meta em 4,8%, a maior parte de sua contribuição é explicada pela categoria de moradia, que está consideravelmente defasada, e o Fed não está muito preocupado com isso. Enquanto isso, o núcleo da inflação de bens caiu abaixo da meta (1,3% a/a), e a categoria de serviços ex-moradia caiu consideravelmente para 3,2% em junho. Portanto, do ponto de vista de preços, a política monetária provavelmente já é suficientemente restritiva.

As últimas surpresas baixistas nos dados de preços representam notícias muito positivas: o Fed provavelmente não aumentará as taxas de juros na reunião de setembro e estará mais convencido de que o ciclo de aperto já chegou ao fim na reunião de novembro. Se a inflação continuar na mesma dinâmica do segundo trimestre (ou seja, se condições não se deteriorarem novamente), o Fed deve declarar o fim do ciclo de alta de juros. Este continua sendo nosso cenário base. Dito isso, a inflação ainda está acima da meta, o mercado de trabalho continua apertado e as incertezas ainda não se dissiparam totalmente, o que significa que os juros devem permanecer restritivos por mais tempo. Projetamos que o Fed começará a cortar as taxas na terceira reunião de 2024, ainda que de forma gradual, encerrando o ano com o limite superior da taxa dos Fed Funds em 4,0%.

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