XP Expert

José Galló fala em fase do pânico, e Pedro Parente vê falta de liderança durante pandemia

Presidente do Conselho de Administração da Renner e ex-presidente da Petrobras participaram de live com o CEO do Hospital Sírio Libanês, Paulo ChapChap, e o político e economista Paulo Hartung

Compartilhar:

  • Compartilhar no Facebook
  • Compartilhar no X
  • Compartilhar no Whatsapp
  • Compartilhar no LinkedIn
  • Compartilhar via E-mail

Como gerir uma crise? Das menores, onde se aprendem grandes lições, àquelas sem precedentes, como a que o Brasil e o mundo inteiro vive atualmente?

No que forcar, o quê priorizar, onde gastar energia e investimentos? Como tratar o bem que, provavelmente, encontrará as soluções para o problema: o ser humano.

Diante de tantos questionamentos, e no mar de volatilidade que mergulhou o mercado financeiro, o engenheiro, ex-presidente da Petrobras e ex-ministro das gestões FHC, Pedro Parente, o presidente do Conselho de Administração da Renner, José Galló, o CEO do Hospital Sírio Libanês, Paulo ChapChap, e o político e economista Paulo Hartung, debateram nesta noite (25) os desafios da gestão de crises.

Eles discutiram estratégias e alternativas para o Brasil sair da quarentena e iniciar sua trajetória de retomada da normalidade.

As 4 fases da pandemia

Na visão de José Galló, a pandemia do coronavírus no Brasil passará por 4 etapas distintas em que as pessoas precisam saber como agir em cada uma delas.

“A primeira é a fase do pânico, as pessoas estão assustadas e descontroladas. Normalmente, deveria surgir o grande líder, que tira esse pânico do povo. E não o que semeia o pânico. E quando você vê que não tem alguém que gera a tranquilidade, há o vácuo de autoridade. E temos isso nesse momento no Brasil”, afirmou.

Na opinião dele, a “fase do pânico” em relação ao coronavírus que o Brasil vive deve terminar em abril.

Depois, viria a fase da realidade, em que as pessoas se dão conta de que o pânico não pode persistir. “Empresas estão parando e lojas fechando. Depois do pânico começa a organização das ideias, com medidas mais práticas”.

Depois disso, chega a fase da solidariedade, quando então as pessoas se perguntam sobre qual é a sua contribuição para a crise. No fechamento do ciclo, chegaria então a solução da crise.

“Temos uma crise econômica, mas por enquanto ela é de saúde. Precisamos resolver isso. Se não formos sérios nisso, pagaremos a conta mais adiante.”

Desafios claros

O CEO do Hospital Sírio Libanês, Paulo ChapChap, listou quatro desafios que, para ele, “são claros”: sanitário, econômico, social e logístico.

“Temos uma população significativa morando em favelas e isso é uma particularidade do Brasil, com pessoas vivendo muito próximas umas das outras. Não existe isolamento domiciliar numa camada grande da sociedade brasileira”, afirmou.

Sobre a crise sanitária, ChapChap demonstrou preocupação: “sem dúvida teremos um desafio muito grande. O potencial é de uma crise muito grave com o esgotamento do sistema de saúde público e privado. Fazer o isolamento no começo é necessário, e aí vamos estudar a evolução dos casos”.

Questionado sobre a a validade da quarentena, foi claro: “É uma crise muito grave, principalmente no curto prazo. Com alta mortalidade, sobretudo nas camadas mais baixas da sociedade e isso justifica o isolamento social. Claro que a quarentena precisa ser inteligente e não pode parar o país inteiro.”

ChapChap defendeu um grande isolamento horizontal para proteger as pessoas que estão em situação de risco, deixando livres os serviços essenciais.

Vácuo de liderança

A ausência de liderança na gestão de crise do coronavírus no Brasil foi ponto de concordância entre todos os participantes.

“O que está faltando agora é um processo de gestão. Naquela época era uma liderança com gestão terminativa. Tinha poder de decisão na hora”, exemplificou Pedro Parente, lembrando da “crise do apagão”.

Aquela crise exigia a ação de diversas áreas do governo. Um grau de articulação muito grande, como esta atual. E demandava respostas prontas, além de recursos financeiros. A diferença é que tinha gestão e liderança.

“Se o Paulo Guedes vinha liderando, agora ele deveria colocar energia na liderança dessa crise como um todo. Mas não está acontecendo”, disse Paulo Hartung.

XPInc CTA

Se você ainda não tem conta na XP Investimentos, abra a sua!

XP Expert

Avaliação

O quão foi útil este conteúdo pra você?


Newsletter
Newsletter

Gostaria de receber nossos conteúdos por e-mail?

Cadastre-se e receba grátis nossos relatórios e recomendações de investimentos

A XP Investimentos CCTVM S/A, inscrita sob o CNPJ: 02.332.886/0001-04, é uma instituição financeira autorizada a funcionar pelo Banco Central do Brasil.Toda comunicação através de rede mundial de computadores está sujeita a interrupções ou atrasos, podendo impedir ou prejudicar o envio de ordens ou a recepção de informações atualizadas. A XP Investimentos exime-se de responsabilidade por danos sofridos por seus clientes, por força de falha de serviços disponibilizados por terceiros. A XP Investimentos CCTVM S/A é instituição autorizada a funcionar pelo Banco Central do Brasil.


Este site usa cookies e dados pessoais de acordo com a nossa Política de Cookies (gerencie suas preferências de cookies) e a nossa Política de Privacidade.