XP Summit FIIs reforça interesse de fundos globais no mercado brasileiro

Os fundos imobiliários têm apresentado um crescimento contínuo nos últimos anos, tornando-se uma indústria cada vez mais relevante no mercado de capitais brasileiro e desempenhando um papel de protagonismo nas aquisições e no financiamento do mercado imobiliário.

No entanto, ao compará-los com os Real Estate Investment Trusts (REITs) norte-americanos, considerados os “irmãos mais velhos” dos FIIs, percebemos que a indústria ainda possui um grande potencial de crescimento e consolidação à frente.

Indústria de FIIs em números:

Nos últimos cinco anos, o valor patrimonial da indústria de fundos imobiliários cresceu 149%, acompanhado por um aumento de aproximadamente 370% na base de investidores até setembro de 2024. Esse crescimento também impactou a liquidez da indústria, que evoluiu em aproximadamente 120%. No entanto, a concentração de custódia em investidores pessoas físicas, que representam 75% do total, ainda limita o potencial de liquidez da indústria, dificultando a entrada de investidores institucionais locais e estrangeiros.

Dando sequência ao seu trabalho de institucionalização da indústria em conjunto com parceiros, a XP realizou nesta quarta-feira (12) um encontro com diversos gestores de fundos imobiliários com o intuito de explorar o tema de ampliação da participação da classe em ETFs globais. O XP Summit FIIs – Atraindo Investidores Globais, contou com a participação de players relevantes do mercado de ETFs globais, como a FTSE, além de agências de rating, representadas pela S&P Global. Destacou-se também a apresentação da Hedge Investments, gestora pioneira que teve seu fundo HGBS11 como o primeiro FII a integrar a composição de um ETF de REITs e a receber um rating no Brasil.

O evento reforçou o interesse de fundos passivos globais em aumentar sua exposição ao mercado brasileiro, que está sub-representado em relação à América Latina nos principais índices de real estate. Além disso, forneceu informações aos gestores participantes sobre as razões dessa sub-representação, como a falta de acessibilidade à informação e a classificação atual de alguns fundos.

Acreditamos que a proposta do evento está alinhada com os desafios e as necessidades do mercado de fundos imobiliários. Afinal, a presença de investidores institucionais locais e, principalmente, de players internacionais pode ser um divisor de águas para essa indústria, contribuindo não apenas para a diversificação do passivo e a melhoria da liquidez do mercado, mas também para o aprimoramento das boas práticas e da governança. No final, todos os investidores dessa classe se beneficiariam, com destaque para o pequeno investidor.

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