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FIIs na Semana (25/11/2022): IFIX acumula queda de -4,64% em novembro

Confira o desempenho dos Fundos Imobiliários na semana e um resumo dos principais acontecimentos.

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Cotações

Gráfico de Cotação IFIX


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O IFIX fechou a semana em queda de -0,89%, impulsionado pelos segmentos de Ativos Logísticos e Fundos de Fundos, enquanto o IBOV apresentou uma performance de 0,10%. Os FIIs de papel integrantes do IFIX tiveram desempenho médio de -0,12%, enquanto os FIIs de tijolo tiveram performance média de -1,47% na semana.

Fonte: Economatica
Fonte: Economatica

As perspectivas sobre o rumo da política monetária nos principais países desenvolvidos foram o principal destaque global nesta semana. Na quarta-feira, o Fed (banco central dos EUA) publicou a ata de sua última reunião de política monetária, quando decidiu pelo quarto aumento consecutivo das taxas de juros em 0,75 pontos percentuais. A ação foi justificada pela necessidade de tornar a taxa “suficientemente restritiva” para retornar a inflação para a meta de 2%. Por outro lado, a ata enfatizou que “uma maioria substancial dos participantes julgou que uma desaceleração no ritmo de aumento provavelmente seria apropriada em breve”, o que os agentes de mercado interpretaram como uma possível desaceleração no ritmo de alta de juros na próxima reunião, em dezembro, para um aumento de 0,50 p.p.. Os dados de atividade econômica do país divulgados na semana mostraram direções mistas, com as encomendas de bens duráveis e as vendas de novas casas surpreendendo positivamente, e o índice PMI composto e os pedidos de auxílio-desemprego trazendo leituras negativas, sugerindo que a economia dos EUA estaria em uma desaceleração heterogênea e moderada. Na quinta-feira, foi a vez do Banco Central Europeu (BCE) publicar a ata de sua última reunião, quando também elevou suas taxas de juros em 0,75 p.p.. O documento mostrou que alguns dos votantes defenderam na ocasião um aumento mais moderado, de 0,50 p.p., e os mercados esperam atualmente um novo aumento, agora nesse menor valor, na próxima reunião, em dezembro. Outro destaque foi o novo recorde nos casos diários de COVID-19 na China, e os preços do petróleo apresentaram alta volatilidade na semana com as preocupações sobre as consequências dessa situação sobre a demanda chinesa.

No Brasil, o destaque da semana no campo econômico foi a divulgação do IPCA-15 de novembro, que mostrou um aumento de preços de 0,53% na comparação com o mês anterior. A leitura veio levemente abaixo da expectativa dos economistas da XP, de 0,58%, e do consenso de mercado, de 0,55%, e acumulou uma alta de 5,35% no ano e de 6,18% nos últimos 12 meses. Enquanto o aumento no grupo de preços administrados veio conforme as expectativas, que já consideravam a dissipação dos efeitos das reduções recentes de impostos sobre alguns desses itens, o principal desvio das projeções do mercado veio no grupo de Alimentação no Domicílio, que subiu 0,60% em novembro, contra projeção da XP de 0,87%. No geral, os resultados confirmam a visão de que a economia brasileira segue no caminho de uma desinflação gradual.

No noticiário político, as incertezas e expectativas quanto à Proposta de Emenda Constitucional (PEC) que permitiria despesas acima do teto de gastos em 2023 continuam nos holofotes. O anteprojeto apresentado na última semana, que previa um espaço adicional permanente de R$ 200 bilhões em despesas sem financiamento ou âncora fiscal adicional, recebeu críticas de economistas e políticos pelo risco sobre o nível da dívida pública, e a expectativa dos analistas é de que o valor seja reduzido, e o prazo de validade da medida seja de até quatro anos. No último fim de semana, o senador Alessandro Vieira apresentou uma proposta alternativa que limitaria o aumento de gastos a R$ 70 bilhões, valor necessário para a manutenção do pagamento de R$ 600 por beneficiário no programa Auxílio Brasil. Posteriormente, foi a vez do senador Tasso Jereissati apresentar sua proposta, chamada de PEC da Sustentabilidade Social. O texto inclui um adicional de R$ 80 bilhões na base de cálculo do teto de gastos de forma permanente, mantendo a âncora fiscal vigente até que o novo governo consiga apresentar uma nova proposta para sua revisão. Segundo os cálculos apresentados, o valor adicional contemplaria os compromissos sociais mais urgentes propostos na campanha presidencial e estabilizaria a dívida pública em patamares próximos a 84% do PIB até o ano de 2027.

Por fim, no âmbito dos fundos listados, divulgamos nesta semana dois novos relatórios analisando os FIAgros VGIA11 e RZAG11. O primeiro, gerido pela Valora Investimentos, acaba de realizar sua terceira emissão de cotas e possui em seu portfólio 22 CRAs indexados ao CDI com um spread médio de 5,8% a.a. e duration de 2,2 anos, focados em Cooperativas Agroindustriais e no setor de Insumos Agrícolas. Já o RZAG11 é gerido pela Riza Asset Management, e já completa 12 meses de existência e uma segunda emissão de cotas finalizada em outubro de 2022. O fundo possui 16 CRAs indexados ao CDI em sua carteira, e se encontra em processo de alocação dos novos recursos captados. A taxa média de aquisição atual do portfólio, atualmente associado integralmente a produtores rurais, dos quais 56% ligados à cultura de soja, é de 5,99% a.a., com duration de 2,53 anos. Em termos geográficos, as operações dos devedores têm como destaque os estados da Bahia, Maranhão e Goiás. Clique no ticker de cada fundo acima para acessar os relatórios completos.

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