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Paradoxo Omaha: gerindo ações globais diretamente do Brasil

O texto de hoje conta como o time de gestão da WHG investe em ações globais, diretamente do Brasil.

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Por trás de uma sigla de três letras: WHG, existe uma gestora global composta por um time de pessoas com larga experiência em gestão de ativos por todo o globo.

Quando a gente pensa em investimentos no exterior, tendemos sempre a achar que todos os gestores que investem em ativos fora do Brasil, necessariamente precisam estar no país alvo de investimento. Quem investe nos EUA, precisa morar e fazer a gestão de recursos nos EUA, por exemplo.

Porém, após ouvir Andrew Reider, CIO da gestora, junto com Daniel Gewehr, gestor das estratégias de ações, que me contaram um pouco da filosofia de investimento da WHG, rapidamente entendi porque os investimentos globais se aplicam para todos.

Como tudo começou

Daniel trabalha há 20 anos no mercado de ações, e como todo novo analista que ingressa no mercado, começou com a inocência de que os investimentos em renda variável iriam somente subir. “Imagine eu que entrei 1 mês e meio antes do evento do 11 de setembro”. Passado o susto inicial, Daniel começou a cobertura de Small Caps, e como na época eram empresas que muitos analistas não cobriam, passou a participar de várias ofertas relevantes na Bolsa. Antes de ingressar na WHG, Daniel trabalhava como estrategista do Santander & responsável pelo research da instituição.

O envolvimento de Gewehr com os investimentos globais começou junto com o início de sua carreira. Enquanto analisava ações no familly office da família Gerdau, eis que surge uma tese de demografia, mais especificamente do setor de saúde, que o fez alocar pela primeira vez em ativos fora do Brasil.

“Na WHG, nossa maneira de olhar investimentos tem dois diferenciais: desde a análise bottom-up da empresa, até o a parte de construção de portfólio, que é mais estratégica”, afirma Daniel.

Já Andrew, tinha um pé no mundo global desde o nascimento; o CIO, que é americano e brasileiro, e que se graduou em Economia pela Universidade de Harvard, começou sua carreira na Moon Capital, uma gestora com foco em análise bottom-up, onde cobria mercados emergentes e tecnologia. Depois, a mudança de casa o levou para a cobertura de Europa e o setor de industrials. Quando voltou ao Brasil, com a intenção de colocar em prática tudo o que aprendeu após um longo período fora das terras brasileiras, Andrew iniciou o processo de diversificação internacional da Verde, de Luis Stuhlberger, que sempre foi reconhecida como uma casa macro.

Quando saiu da Verde e foi trabalhar em um familly office, Andrew já havia recolhido experiências diversas no que diz respeito a filosofias de investimento, que o ajudaram a formar os grandes pilares de análise do time de gestão da WHG.

O processo de análise

Dá para investir global do Brasil? Essa foi a minha primeira pergunta quando comecei o processo de analisar a gestora.

“Ninguém vai pra Omaha a não ser que vá ver o evento do Warren Buffet. Existe uma vantagem de não estar no centro financeiro desde que você tenha relacionamentos com bancos e corretoras,” Andrew me responde. “Mas isso só acontece quando existe a construção de relacionamentos com players importantes do mercado internacional, o que fez com que tivéssemos um dos analistas alocado em Nova Iorque para que pudéssemos acompanhar alguns movimentos mais de perto”, complementa Daniel.

Mas além do investimento global, a grande bagagem de todos os membros do time de gestão, trouxe à WHG o status de não terem necessariamente a obrigação de se prenderem a uma determinada filosofia de investimentos. De fato, enquanto conversava com a dupla, entendi o porquê de se auto intitularem de “agnósticos”.

“O brasileiro tinha um viés muito forte a value investing…até o Covid. Depois, o mundo se rendeu a growth, e no Brasil muita gente falou que era bolha. O investidor estrangeiro, que acaba olhando o tema de maneira global, se antecipa sobre o tema, o que vira uma vantagem quando você deixa de olhar somente no Brasil”, afirma a dupla.

Com isso nasceram os três pilares da gestora: a análise micro, que diz respeito às empresas; a análise macro, que diz respeito ao cenário macroeconômico, e o temático, que diz respeito a grandes tendências globais.

O processo de investimento dos fundos passa por reuniões semanais onde são discutidos os cenários e os cases das empresas, além de contarem com uma base de dados de fatores, construída pelo time de análise e que contam com dados de mais de 3 mil empresas.

Para Andrew, analisar empresas brasileiras e empresas fora do Brasil é um tendência que tem ficado cada vez mais integrada. “Quando voltei para o Brasil, para o brasileiro olhar para empresas lá fora era algo incomum, quase como alienígena. Hoje em dia esse acompanhamento tem valor para empresas dado que os IPOs e os múltiplos das companhias têm reagido a movimentos internacionais, num processo de convergência de cobertura.”

Além da análise global, Daniel me explica que a cobertura de ações não é setorial, é por estilo – “Existem analistas que cobrem a vertical de tecnologia e crescimento, analistas focados em “bond like”, que são empresas do setor elétrico e rodovias, além de analistas dedicados aos setores mais cíclicos da economia,  como os de commodities até o setor industrial, em um verdadeiro olhar sobre a cadeia de produção de ativos.”

Como investir nos fundos?

A gestora conta com duas estratégias principais: um fundo long biased global, com cerca de 40 posições, e que é voltado para investidores qualificados, que é o fundo de retorno absoluto da gestora – Primeiro e Único fundo long biased global da plataforma XP até o momento.

A segunda estratégia, é um fundo long only, mais concentrado, com 15 a 25 nomes, e que reúne as melhores ideias do time de gestão. Este fundo também é voltado para investidores qualificados e têm a possibilidade de ter exposição ao dólar ou não.

Embora os fundos invistam no exterior, a alocação em dólar deve ser vista como algo apartado do processo de gestão dos fundos – Como me disse Andrew, o investimento nos produtos não é um play cambial, no que diz respeito a ser um veículo somente usado para exposição à moeda estrangeira, mas sim, uma alocação de quanto um investidor deseja ter em investimentos em ações dentro do seu portfólio.

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