Permitindo que as Empresas consigam se adaptar às mudanças do mercado e criar valor a longo prazo, os investimentos desempenham um papel fundamental no impulsionamento do crescimento, na promoção da inovação e na melhoria da competitividade.
O cenário macroeconômico dos últimos 3 anos, caracterizado por oscilações nos mercados e incertezas políticas e econômicas, tem trazido desafios crescentes na gestão de recursos financeiros.
Nesse contexto, paras as empresas, ter uma gestão de caixa eficiente e uma estratégia de investimento robusta, tornam-se ferramentas fundamentais para garantir a sustentabilidade e o crescimento das organizações. Dessa forma, os fundos de investimento surgem como ferramentas poderosas, oferecendo oportunidades para diversificar, maximizar retornos e gerenciar riscos.
Com uma variedade de tipos de fundos disponíveis e a assistência da plataforma XP Empresas, as organizações têm à sua disposição recursos para navegar no complexo universo financeiro.
Neste relatório, buscamos explorar a relevância dos fundos de investimento para empresas, destacando seus benefícios, tipos e quais são as vantagens de trazer a gestão especializada para o patrimônio das empresas.
1 – A Gestão de Caixa nas Empresas
Para começar, é importante falar sobre um pilar relevante na administração financeira de uma empresa: o caixa.
O caixa se refere aos recursos financeiros disponíveis para movimentação de recursos, seja de entrada ou saída. Enquanto Gestão de caixa, se refere à administração e monitoramento das entradas e saídas de dinheiro de uma empresa, sendo uma ferramenta vital para garantir a saúde financeira e a sustentabilidade de um negócio.
E quando estamos falando de pequenas e médias empresas (PMEs), essas tendem a enfrentam desafios específicos, como (i) recursos limitados decorrente de orçamentos mais restritos, (ii) número limitado de clientes ou fornecedores e dificuldade no (iii) acesso ao crédito.
Outros desafios podem surgir a depender do nicho de mercado, ou sazonalidade setorial, que pode resultar flutuações significativas na demanda e, consequentemente, em entradas de caixa inconsistentes ao longo do ano. Além disso, nem todos os proprietários de PMEs têm formação em gestão financeira. Isso pode resultar em falta de planejamento, uso ineficaz de recursos e decisões financeiras menos informadas.
E no cenário econômico atual, a efetiva gestão de caixa assume uma relevância ainda maior devido a vários fatores:
1) Aumento da volatilidade dos mercados: em tempos de incertezas, como oscilações políticas e econômicas, e, mais recentemente, os desdobramentos da pandemia, a previsibilidade das receitas pode ser desafiadora. Uma gestão de caixa eficiente permite que as empresas estejam preparadas para enfrentar variações abruptas, sejam elas decorrentes de crises ou até mesmo no surgimento de boas oportunidades de negócios que demandarão investimentos.
2) Acesso ao Crédito: uma gestão de caixa sólida pode facilitar o acesso ao crédito. Instituições financeiras avaliam a saúde financeira de uma empresa ao decidir sobre empréstimos e financiamentos. Com um controle rigoroso de caixa, as empresas demonstram responsabilidade financeira, o que pode resultar em melhores condições de crédito.
3) Tomada de Decisão: a gestão eficaz do caixa oferece insights claros sobre a posição financeira da empresa, permitindo decisões mais informadas sobre investimentos, expansões, contratações ou cortes de gastos.
2 – Gestão ativa no Capital de Giro
Fundos de investimento são uma modalidade de aplicação financeira que reúne os recursos de um conjunto de investidores, chamados cotistas. Estes recursos são administrados por gestores profissionais, que os investem em uma variedade de ativos financeiros, de acordo com a estratégia e o objetivo definidos no regulamento do fundo.
Dessa forma, entre as principais vantagens dos fundos de investimentos, temos a (i) diversificação, através do acesso a uma carteira com diferentes ativos, (ii) gestão especializada, com profissionais dedicados a gestão da carteira de investimentos, (iii) liquidez, promovida pela agilidade na aplicação e no resgate de cotas, além da (iv) diluição de custos, já que o investimento coletivo permite a pulverização dos custos de operação.
A apuração do imposto de renda é feita de maneira simplificada, já que as cotas resgatadas dos fundos de investimentos são liquidas de taxas e de impostos.
Quem trata do desenvolvimento, regulamentação e fiscalização dos Fundos de Investimentos é a Comissão de Valores Mobiliários, enquanto os parâmetros de composição das carteiras de fundos seguindo cada perfil são determinados pela Anbima (Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais). É esta mesma entidade que vai fiscalizar a qualidade das informações, visando a transparência e a clareza para os investidores.
A parcela do patrimônio destinada ao caixa de curto prazo de uma empresa, não deveria (i) ter prazo de resgate maior que D+0 ou no máximo D+1; e (ii) ter custos elevados. Normalmente os fundos de investimentos são boas opções para destinação do caixa de uma empresa, sendo os fundos de Renda Fixa de baixo risco os mais indicados para essa alocação.
De acordo com a Instrução CVM 555, o fundo de investimento pode apresentar 4 classificações, a depender da composição de sua carteira: Renda Fixa, Multimercados, Ações e Cambial. Para saber no detalhe mais sobre esses tipos, clique nesse link. Como estamos falando da alocação de uma alocação de baixo risco, abordaremos com mais detalhes 3 diferentes tipos de fundos de Renda Fixa de baixo risco.
- Referenciado DI Soberano: investem no mínimo 95% do seu patrimônio em Títulos Públicos atrelados à Selic, oferecendo liquidez e segurança como componente principal da alocação. Esses títulos são pós-fixados e sua rentabilidade é expressa em Selic + um percentual e com pagamento de juros e principal apenas no vencimento. A LFT tem risco soberano e um mercado com bastante liquidez, permitindo a venda do ativo a qualquer momento via mercado secundário.
- Crédito Liquidez: são fundos de crédito que investem majoritariamente em ativos baixa e média classificação de risco de crédito, entre debêntures, emissões bancárias, ativos estruturados e bonds, além de títulos públicos. Possuem prazo de pagamento de resgates (cotização + liquidação) entre 0 e 1 dia.
- Grau de Investimento (high grade): investem em ativos de baixa e média classificação de risco de crédito, como letras financeiras, CDBs e FIDCs. Usualmente, os fundos apresentam prazo de resgate variando entre 1 e 30 dias.
E para entender melhor como os fundos de investimentos e a gestão ativa do caixa pode trazer melhorias operacionais para as empresas, e trabalhar a favor do negócio, montamos uma simulação com diferentes tipos de fundos de investimentos. Confira a seguir.
3- Seu caixa pode render mais com Fundos
Para responder se vale a pena ou não investir o caixa da sua Empresa em Fundos de Investimentos montamos um exercício simples de simulação.
Vamos comparar cinco empresas hipotéticas A, B, C, D e E. Digamos que todas mantem em caixa os recursos necessários para provisões trabalhistas, legais e operacionais, sendo esse valor constante de R$ 1.000.000,00.
Os resultados do estudo foram tirados do Quantum Axis, com base no retorno obtido nos últimos 12 meses por cinco tipos de investimentos:
Empresa A: deixou seu caixa depositado na poupança.
Empresa B: deixou seu caixa depositado em um CDB com rentabilidade pós fixada de 95% do CDI
Empresa C: deixou seu caixa depositado em um CDB com rentabilidade pós fixada de 100% do CDI
Empresa D: deixou seu caixa depositado no fundo XP Bancos, que investe majoritariamente em títulos bancários de baixo risco e títulos públicos. O fundo não possui crédito privado.
Empresa E: deixou seu caixa depositado no fundo Atena Tapyr, fundo de renda fixa crédito privado com liquidez diária e baixa volatilidade. A carteira é composta majoritariamente por títulos de dívida pública e privada do tipo high grade.
Simulamos no gráfico abaixo a evolução do caixa dessas cinco empresas ao longo de 12 meses.
O resultado mostra que o custo de oportunidade em 12 meses pode chegar a R$ 56.845,44, com base na diferença do valor acumulado entre a Empresa A que deixou na poupança, e da Empresa E que aplicou no XP Bancos.
Vale pontuar que a diferença entre o resultado de cada empresa é exponencial, efeito do popular: “juros sobre juros”, ou juros compostos. Desta forma, essa pequena diferença de 56.845,44 mil reais do primeiro ano, irá trazer rendimentos durante os próximos anos, motivo pelo qual a diferença cresce exponencialmente.
Além disso vale pontuar que existe uma melhoria operacional ainda maior para empresas que conseguem fazer um escalonamento de liquidez em seu caixa, ou seja, separando a parcela de curtíssimo prazo, da parcela do caixa mais estruturada. Dessa forma, a Empresa pode optar por investir uma parcela do seu caixa em ativos líquidos e de baixo risco, e a outra parcela em fundos com maior prazo de liquidez, sendo possível aumentar o potencial de retorno da carteira.
Por fim, observando o efeito de uma alocação assertiva que pode gerar melhores retornos para a carteira, somada ao poder dos juros compostos, podemos concluir que: o tempo é dinheiro, e o melhor momento para começar a procurar melhoria operacional para esse caixa, é agora.
4 – O prazo é mais curto? O IOF pode deixar de ser um problema
As operações compromissadas podem ser uma boa alternativa para ampliar a diversificação e potencializar o retorno da carteira de investimentos. Ainda mais quando falamos daquela parcela do caixa que terá resgate inferior ao prazo de isenção de IOF (30 dias).
As operações compromissadas só podem ser emitidas por instituições financeiras autorizadas pelo Banco Central para este tipo de operação (como a XP). A instituição autorizada poderá negociar as compromissadas com pessoas físicas, jurídicas, ou uma outra instituição financeira.
Além disso, por haver um título de renda fixa como lastro (garantia) da operação, e com condições de prazo e retorno previamente combinados, pode-se considerar como um investimento de baixo risco.
As compromissadas têm alíquota de IOF zerada, o que faz com que o produto seja uma excelente opção para aplicações de curtíssimo prazo, já que outros produtos concorrentes com liquidez diária, como CDBs, contas remuneradas e até mesmo os Fundos DI, possuem incidência de imposto de renda.
Para responder se vale a pena ou não investir o caixa de curtíssimo prazo da sua Empresa em Compromissadas montamos outro um exercício simples de simulação, comparando uma Compromissada com rentabilidade de 50% do CDI, com um CDB 100% do CDI, e a conhecida Conta Remunerada, que fixamos um valor de 15% do CDI (taxa que pode ser inferior a depender da instituição). Em relação ao prazo consideramos uma aplicação de até 10 dias úteis (15 dias corridos).
O resultado mostra que mesmo com uma rentabilidade de 50% do CDI, as operações compromissadas superam o CDB e a Conta Remunerada em termos de remuneração.
O valor de investimento mínimo é de R$ 1.000,00, e qualquer cliente PJ pode acessar o produto através do assessor de investimentos. As Compromissadas possuem liquidez diária e prazo de liquidação de até 10 dias úteis (15 dias corridos) no prazo em questão.
Os grandes bancos oferecem compromissadas com lastro de terceiros (mesma modalidade da Compromissada XP) desde 2016, porém poucos clientes têm acesso ao produto. A XP foi pioneira em trazer o produto para o público PJ.
5 – Como a XP pode te ajudar na seleção dos Fundos
O time de Análise de Fundos XP preparou uma lista mensal de fundos, pautados por critérios como histórico e confiabilidade da gestora, desempenho e capacidade de adicionar retornos consistentes e diversificação aos seus investimentos.
O Top 20 XP Empresas nasce para auxiliar no direcionamento do caixa das empresas e promover cada vez mais uma melhoria operacional na gestão dos recursos de Empresas.
Além disso, nosso time de alocação prepara mensalmente carteiras sugeridas para perfis específicos de pessoas jurídicas, que atendem a necessidade da empresa independente da sua política de investimentos. Estes perfis contemplam desde empresas que precisam de altíssima liquidez e buscam baixo risco para destinar seu caixa da reserva de curto prazo até as que que possuem projeção de caixa que possibilita maior flexibilidade de alocação com maior risco para buscar retornos mais representativos.
Além dos ganhos financeiros, a pessoa jurídica pode se beneficiar da assessoria profissional, que reduz o trabalho de seu próprio departamento financeiro operacionalizando aportes e resgates.
Procure seu assessor de investimentos para auxiliar na construção do portfólio da sua empresa.