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Coronavírus x Fundos: Saiba os impactos da epidemia nas estratégias dos gestores

Como os gestores tem equilibrado as carteiras diante do surto que assola o mundo? Veja o vídeo para entender

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Especialistas da XP detalham a situação dos Fundos Multimercados, de Ações e FIIs diante do COVID-19

Na última semana de fevereiro, durante o feriado do Carnaval, as preocupações com relação ao coronavírus se intensificaram e houve um aumento de aversão a risco ao redor do planeta, com impacto negativo para os ativos de risco, conforme analisado pela equipe de Research da XP.

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No mundo da indústria de fundos, os produtos Multimercados e de Renda Variável – aqueles com maior nível de risco – também sofreram bastante hoje de forma geral (com raras exceções), após retomadas as negociações na Bolsa brasileira (que estava fechada por conta do Carnaval).

Nesse contexto, fizemos ao longo do dia 26/02, quarta-feira, uma consulta aos principais gestores do mercado local a fim de entender suas diferentes opiniões, atitudes e posicionamento atual.

Abaixo, apresentamos os resultados agregados das conversas com os gestores de fundos Multimercados.

Confira aqui consulta realizada com gestores de renda variável.

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Gestores mantêm postura cautelosa em relação às alocações dos fundos

Com a propagação do coronavírus, que movimentos foram ou serão feitos no portfólio no curto prazo?

A maioria dos gestores ou adotou uma postura cautelosa e reduziu as posições mais otimistas dos portfólios ou adicionou proteções (hedge) às carteiras atuais, até que o cenário fique mais claro.

Esse movimento está relacionado a um ponto característico dos fundos Multimercados: a flexibilidade para navegar em diferentes ambientes de mercado, seja otimista ou pessimista, podendo adicionar posições que equilibrem e protejam o portfólio, conforme varie a opinião do gestor quanto à direção dos mercados.

Em relação ao coronavírus e os mercados globais, o grande vetor de incerteza são as possíveis medidas adotadas pelas autoridades mundiais a fim de conter a propagação do vírus, com possíveis efeitos de contração de atividade econômica no mundo.

Nesse ambiente, os gestores têm adicionado às carteiras dos fundos, como proteções mais comuns, posição vendida em índice global de ações (como o S&P 500) e a compra de dólar contra outras moedas (incluindo contra o real), conforme gráfico abaixo:

Expectativa de impacto levemente negativo para a economia local

Como a propagação do coronavírus deve afetar as perspectivas de crescimento do PIB no Brasil em 2020?

Quanto aos efeitos econômicos do coronavírus na economia brasileira, a opinião predominante é que o impacto no PIB em 2020 será levemente negativo. Por outro lado, a segunda opinião mais comum é que os efeitos são imprevisíveis, por enquanto, e trazem preocupação. Um dos setores que mais poderia sofrer é o de empresas exportadoras de matérias-primas industriais e energéticas, devido principalmente à menor demanda da China.

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Bolsa brasileira deve ser levemente impactada, mas continua atrativa

Como a propagação do coronavírus deve afetar as perspectivas de valorização da Bolsa no Brasil em 2020?

Apesar da queda expressiva da Bolsa hoje, os gestores esperam impacto reduzido quando avaliado o ano de 2020 fechado. Vale lembrar que a compra de Ibovespa é, até o momento, uma posição bastante comum entre os gestores Multimercados de estratégia Macro, e a valorização esperada para as ações brasileiras tem um componente bastante relevante do patamar atual de juros baixos e recuperação do PIB. Dessa forma, ainda que a atividade brasileira venha a ser impactada negativamente, os juros devem continuar em níveis reduzidos, de forma que se mantenha esse vetor positivo a favor das ações.

Vale lembrar que os fundos Multimercados são veículos de investimento bastante flexíveis, em geral, permitindo que seus gestores possam se aproveitar tanto de mercados em alta quanto de mercados em baixa para lucrar – daí deriva uma das grandes vantagens de se ter esse tipo de fundo na carteira. Ainda assim, os eventuais ajustes em suas carteiras não são feitos do dia para a noite e, durante essa transição, os mesmos podem apresentar períodos de grandes oscilações. Quanto mais volátil o fundo, maior a janela de observação para se obter bons resultados (tipicamente, no mínimo 24 meses).

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