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Conheça os fundos de ações disponíveis para diversificar seu FGTS

Conheça os FMPs existentes para diversificar a gestão em ações do seu FGTS e a importância da diversificação e gestão ativa.

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O Fundo Mútuo de Privatização (FMP) é mais uma alternativa (entre as poucas existentes) para utilizar, investir e diversificar seus recursos do FGTS. Criado pela primeira vez em 2000, o FMP inicialmente tinha como objetivo possibilitar a utilização do saldo do FGTS das pessoas físicas na aquisição da parcela acionária da União em algumas empresas listadas na bolsa de valores que passaram pelo processo de privatização.  

Em junho de 2022, a possibilidade de investir até 50% do saldo do FGTS no FMP da Eletrobrás ficou disponível por tempo limitado, abrindo mais uma janela de oportunidade para aqueles que desejam utilizar os recursos do FGTS para investir em ações de empresas estatais em processo de privatização.  

As outras oportunidades para realizar esse investimento surgiram anteriormente durante o processo de privatização da Petrobras (em 2000) e da Vale do Rio Doce (em 2002), atualmente Vale.

Dando um passo adiante na evolução das alternativas de gestão dos recursos do FGTS surgiram os FMPs Carteira Livre que, diferente do FMP Eletrobras, por exemplo, não investe apenas na ação de uma única empresa, mas sim em uma carteira diversificada de ações. Vale dizer que apenas investidores que aderiram às ofertas anteriores dos FMPs da Petrobras, Vale e Eletrobras tem a possibilidade de utilizar esses recursos para buscar retornos superiores e ainda mais eficiência na gestão dos seus recursos do FGTS através da migração para os FMPs de Carteira Livre.

Neste relatório apresentaremos não só os já conhecidos FMPs da XP Asset que existem para diversificar a gestão em ações do seu FGTS, mas também o FMP Carteira Livre da Encore Asset Management, que chega para complementar a grade de alternativas aos FMPs mono ativo, reforçando a importância da diversificação e gestão ativa mesmo quando tratamos dos recursos do seu FGTS. 

Diversificação: o único almoço grátis

Para começar é importante reforçar que não é por acaso que a temática diversificação surja com tanta frequência quando falamos da alocação de recursos, muito menos quando a temática é um recurso de longo prazo como o FGTS.

Em nosso primeiro estudo sobre o assunto, mostramos que compensou ter investido na diversificação dos recursos do FGTS nas opções que até então estavam disponíveis no mercado.

Quando a nova modalidade FMP Carteira Livre disponível pela primeira vez, trouxemos novo estudo, abordando os efeitos da diversificação da carteira dos FMPs e seus potenciais reflexos nos resultados obtidos, com o primeiro lançamento disponível para essa modalidade: O XP Investor FIA. Ambos os estudos mostraram a importância da diversificação, com o segundo, acrescentando mais um componente nessa análise: a gestão ativa no mercado acionário.

Se compararmos os retornos obtidos pelo FMP Eletrobrás, que é um FMP mono ativo, versus o desempenho do fundo Encore Ações e XP Investor FIA, que possuem carteira diversificada e gestão ativa, desde o lançamento do FMP Eletrobrás (em junho de 2022), podemos ter uma boa ideia sobre o risco de concentração em um único ativo.

Enquanto o Ibovespa, principal índice do mercado acionário apresentou um retorno de 16,7% no período, vemos o FMP Eletrobras com uma performance negativa de 11,6%. Um ano é um prazo muito curto para definir o sucesso ou não de uma alocação, entretanto, é muito relevante se atentar a um fator: a importância de não ficar exposto a um único tipo de risco/alocação dentro da carteira de investimentos.

Falando especificamente da performance do FMP Eletrobras, a ação foi muito impactada pelos riscos políticos, e apesar das perspectivas construtivas para o papel, uma ação direta de inconstitucionalidade (ADI) relacionada a privatização está tramitando no STF e pressionando o preço do ativo no curto prazo.

Nessa linha, investir em apenas uma ação carrega o risco de concentração. Ao colocar todo o capital em um único ativo, você se expõe às flutuações e instabilidades específicas daquela empresa ou setor. Eventuais problemas financeiros, gerenciais, regulatórios ou de mercado que afetem a empresa podem levar a perdas significativas no investimento.

Diversificando sua carteira com várias ações ou outros ativos, você distribui o risco e tem uma melhor chance de proteger seu capital contra eventos adversos inesperados. Em resumo, apostar tudo em uma única ação pode resultar em grandes retornos, mas também em grandes perdas.

Essa diversificação pode ser alcançada de forma simplificada, através da exposição a ações de forma pulverizada via fundos de ações, que fazem a seleção dos ativos e pulverização da carteira de forma profissional.

Investindo seu FGTS com a Encore

Fundada em 2020, a gestora é formada por profissionais de investimentos inseridos em uma cultura de debate, transparência e processos robustos. Um dos grandes diferenciais da Encore é uma ter uma estrutura horizontal, sem ter a figura de um gestor responsável pela palavra final nas decisões de investimentos. A ideia é que as decisões sejam tomadas de maneira colegiada, onde todos tem voz. Por isso, foi montado um time com pessoas “gente boa”, segundo a própria gestora, com backgrounds pessoais e profissionais distintos, que enriquecem o processo de debate.

Ao enxergar mais, a Encore acredita ser possível tomar decisões melhores, por isso a gestão dos fundos de ações é feita a partir de um processo de investimento fundamentalista, que busca encontrar as melhores oportunidades de investimentos, e com uso de tecnologia, que fornece análises de dados alternativos para geração de vantagens competitivas.

Buscando trazer mais uma alternativa para o investidor que deseja diversificação nos recursos do FGTS, a Encore lançou no mês de julho o Encore Fundo Mútuo de Privatização FGTS Carteira Livre, que replica a carteira do fundo Encore Ações FIA, estratégia long only da Encore.

O fundo opera apenas comprado e busca superar o Ibovespa através de uma análise do tipo “híbrida”, ou seja, que combina análise de fundamentos de empresas com ferramentas quantitativas.

Sua carteira tem em média de 15 a 20 posições e em relação ao tamanho médio das posições, ela varia de acordo com o grau de convicção. Para entender a diversificação da estratégia a nível setorial, “abrimos” a carteira do fundo desde junho de 2022 (data de lançamento do último FMP disponível, o da Eletrobras), até a última carteira pública da estratégia:

Como resultado, é perceptível a pulverização da carteira em relação aos setores alocados, de forma que o setor de Energia e Tecnologia da Informação possuem maior presença na carteira no período analisado. A maior exposição a um mesmo setor nessa janela foi de 26%.

O FMP Carteira Livre da Encore está disponível para todos os investidores que possuem recursos alocados em FMPs, possui aplicação mínima de R$ 200,00 e taxa de administração de 2,0% ao ano.

Para liquidação dos recursos em caso de resgate, os investidores terão 6 dias úteis entre o pedido de resgate e a cotização. Daí em diante segue as regras adotadas para todos os FMPs, pois os recursos voltam ao saldo do FGTS e só podem ser acessados pelo investidor em condições especificas previstas por lei,como dispensa de trabalho sem justa causa, aposentadoria pela previdência social, entre outros já abordados anteriormente.

Investindo seu FGTS com a XP Asset

O núcleo de Renda Variável da XP Asset se destaca pelo seu histórico, estrutura e expertise em gestão. Com uma equipe de gestão formada por 10 analistas, 1 trader e Marcos Peixoto como gestor principal, buscam analisar as mais de 350 empresas listadas na bolsa de valores para construir carteiras que sejam (i) um portfólio concentrado e agnóstico, com (ii) posições de longo prazo e (iii) táticas, através de (iv) critérios de seleção que busca através da alta convicção, oportunidades com liquidez adequada, alinhada ao timing de mercado e gestão de risco através da delimitação de limites de posição.

A partir de uma análise do tipo fundamentalista, o time de gestão visa montar uma carteira com negócios de qualidade, que apresentem boas perspectivas de crescimento, com múltiplos atrativos e/ou com potencial revisão de lucros para cima no horizonte a frente. Vale pontuar que todo processo de gestão é feito de forma matricial, a partir da principal estratégia: XP Investor.

Em relação a diversificação setorial, apresentamos o mesmo exercício realizado para o fundo de ações da Encore, abrindo a carteira do fundo desde junho de 2022 para entender as movimentações realizadas e exposições por setores.

E mais uma vez, vemos uma diversificação relevante na estratégia principal da XP Asset, com predominância do setor de energia, bancos e varejo, de forma que a maior alocação setorial encontrada no período analisado foi de 29%. 

Visando oferecer ao investidor opções de diversificação para os FMPs, duas opções de FMPs foram disponibilizadas:

XP Investor Carteira Livre FMP: Segue a filosofia de gestão adotada no fundo XP Investor FIA. O fundo opera apenas comprado e busca superar o Ibovespa através de uma análise do tipo fundamentalista. Sua carteira tem em média de 15 a 20 posições, em relação ao tamanho de posição, esta varia de acordo com a convicção.  Uma posição pequena no portfólio de Renda Variável da XP Asset tem de 3% a 5% do total, posições médias entre 5% e 8% e posições grandes, entre 10% e 15%. A exposição máxima a um único ativo é de até 20%.

Com uma característica agnóstica em relação a setores, o fundo não possui restrição de exposição. Características como boa governança, saúde financeira e valuation são decisivos na tomada de decisão, além do processo de investimento mencionado anteriormente.

XP Balanceado Carteira Livre FMP: uma opção mais conservadora ao XP Investor Carteira Livre FMP, sua estrutura foi montada visando alocar 51% do portfólio de acordo com a carteira do XP Investor FIA e 49% em ativos de Renda Fixa. Opção para investidores que buscam reduzir a volatilidade do portfólio sem abrir mão da parcela de gestão ativa em ações.

Como se posicionar nesse cenário?

A evolução dos Fundos Mútuos de Privatização (FMPs) para uma abordagem mais diversificada, por meio da alocação em diversas ações, oferece uma maneira de mitigar riscos e buscar retornos consistentes ao longo do tempo. Acreditamos que pode ser uma estratégia vantajosa para otimizar a alocação dos recursos do FGTS.

A importância da diversificação não pode ser subestimada nesse contexto. A distribuição de recursos entre diferentes setores e empresas ajuda a reduzir a exposição a riscos específicos e a aproveitar oportunidades variadas no mercado. A diversificação é uma abordagem que visa equilibrar o portfólio, minimizando os impactos de eventuais quedas de uma única empresa ou setor.

No entanto, é fundamental lembrar que todos os investimentos carregam riscos, e a decisão de investir deve ser tomada considerando o perfil do investidor, seus objetivos financeiros e sua tolerância ao risco. A pesquisa e a compreensão das estratégias dos fundos, bem como a avaliação das gestoras por trás deles, são passos importantes antes de investir.

Em resumo, a decisão de investir em fundos de ações, como os FMPs Carteira Livre, deve ser tomada através de uma avaliação global da sua carteira de investimentos. Seja qual for a escolha, a diversificação continua a ser um princípio fundamental na busca por retornos consistentes e gerenciamento de riscos em um mercado de investimentos volátil.

Por fim, em termos de alocação, estamos positivos para alocação de recursos na bolsa brasileira, visto que em termos relativos globais o Brasil (i) continua bem posicionado frente aos seus pares emergentes do ponto de vista econômico; (ii) ainda tem valuation atrativo, com o Preço/Lucro projetado em 8,5x; e (iii) pode se beneficiar de fluxos estrangeiros que desistam da posição em China devido a reabertura comercial mais lenta e suave do país asiático.

Riscos existem, mas os principais parecem estar mais controlados ou postergados: descontrole fiscal, recessão global e maiores impactos por conta da reforma tributária que, se por um lado pode afetar negativamente no micro pontualmente alguns setores, por outro lado, no macro, pode impactar positivamente a produtividade e o crescimento do Brasil. Dito isso, vemos espaço para o Brasil seguir indo bem no curto/médio prazo, tanto em termos absolutos, quanto no relativo global. Confira nossas perspectivas de alocação por classes.

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