Bolsa ainda tem potencial de alta, diz Verde Asset. Confira os melhores momentos do 1º dia da Jornada do Investidor

Apesar da incerteza no cenário macroeconômico local, com o avanço lento no combate à pandemia e preocupação com a política fiscal, a perspectiva para a bolsa de valores brasileira é positiva e o preço das ações ainda tem espaço para subir. Essa é a visão do estrategista-chefe da renomada gestora Verde Asset Management, Luiz Parreiras, e de Ary Zanetta, da Brasil Capital, que conversaram com o estrategista-chefe da XP, Fernando Ferreira, e com a analista da XP Asset Management, Nathália de Sá, durante o painel  do primeiro dia do evento Jornada do Investidor, by fundos DNA.

Parreiras, que ao lado de Luis Stuhlberger, é responsável pelas estratégias de gestão da Verde Asset Management, uma das mais renomadas gestoras do Brasil com R$ 53 bilhões de ativos sob gestão em março, afirma que o mundo vive uma retomada cíclica, que está sendo mais acelerada em lugares onde a vacinação está avançando mais rapidamente. A bolsa de valores deve refletir esse movimento nos próximos 12 meses. “Estamos razoavelmente animados com as ações nesses preços e vemos espaço para a bolsa performar bem”, diz Parreiras, que é responsável pela gestão do fundo  multimercado Verde AM Scena Advisory FIC FIM, que acumula alta de 43,12% desde seu início em abril de 2017 até março de 2021, contra alta de 23,72% do CDI. 

Os fundos da Verde estão com posição comprada (apostando na alta) em bolsa, mas buscam proteção com a posição comprada em dólar.

Zanetta, da Brasil Capital, concorda com esse cenário positivo para a bolsa neste ano. “A bolsa não é o PIB. O preço da ação é reflexo do múltiplo. Se a companhia está crescendo e lucrando, o preço da ação vai subir”, afirma o gestor.

A gestora tem como foco ações de empresas com boa gestão, que possam multiplicar o valor ao longo do tempo. “Toda crise gera uma seleção natural das empresas e a crise da Covid-19 acelerou o ‘darwinismo’ empresarial. As companhias que sobreviveram à crise entraram em 2021 mais fortes”, afirma.

O gestor da Brasil Capital destaca que as crises podem ser uma boa oportunidade de comprar ações de empresas boas a um preço barato.

A Brasil Capital tem focado em empresas grandes, que conseguiram ganhar market share na crise como Suzano, Magazine Luiza, Natura, Cosan e Unidas, diz Zanetta. O fundo de ações Brasil Capital 30 FIC FIA acumula alta de 243,23% desde seu início, em agosto de 2012, a março de 2021, contra 100,71% do Ibovespa.

O risco para esse cenário, segundo os gestores, é uma piora no cenário macroeconômico local diante da incerteza com a política fiscal e as eleições em 2022, que poderia aumentar a aversão a risco e provocar a alta das taxas de juros e do dólar frente ao real.

Se a taxa Selic, hoje em 2,75%, for para 10%, a bolsa vai sofrer, afirma Parreiras. “O Banco Central está subindo a taxa básica de juros mais rápido do que eu esperava, mas não vamos para uma taxa de juros real como tínhamos no passado”, diz Parreiras.

Hoje, segundo o estrategista-chefe da Verde, o mercado exige um prêmio maior nos juros futuros para financiar o governo diante da incerteza sobre a política fiscal. “Temos posições pequenas em juros em função da incerteza no cenário fiscal”, afirma Parreiras.

Em cenários de maior incerteza, a Brasil Capital prefere se concentrar em ações de empresas de maior liquidez, com boa gestão e de preferência com receitas em dólar e que sejam previsíveis, como Suzano e Cosan.

O estrategista-chefe da XP, Fernando Ferreira, lembra que o cenário global  – com  taxas de juros baixas, forte recuperação econômica e alta liquidez com a continuação dos programas de estímulo ­- é positivo para mercados emergentes e que os investidores estrangeiros voltaram a olhar Brasil. “O lado positivo é que os ativos brasileiros estão muito para trás, estamos entre as piores performances de 2021,” diz Ferreira, que vê um espaço para valorização da bolsa brasileira, com as empresas reportando bons resultados e o consenso de mercado revisando para cima suas projeções.

Em cenários de incerteza, a analista da XP Asset lembra que os investidores podem acabar se assustando e saindo em momentos errados da bolsa e que, por isso, é importante buscar uma gestão profissional.

A família de fundos DNA da XP oferece sete fundos de acordo com o perfil do investidor. Saiba mais neste link.

Além de evitar erros, como sair da bolsa em momentos inapropriados, a família Selection permite ao investidor acessar fundos renomados do mercado como o Verde AM Scena Advisory FIC FIM e o próprio fundo Verde, que hoje estão fechados para captação.

Há ainda uma opção de fundo voltado para Previdência, como o Verde AM Scena Advisory XP Seg FIC FIM,  disponível na plataforma da XP.

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