Bom dia! Neste relatório diário publicado todas as manhãs pelo time ESG do Research da XP, buscamos trazer as últimas notícias para que você comece o dia bem informado e fique por dentro do tema ESG - do termo em inglês Environmental, Social and Governance ou, em português, ASG - Ambiental, Social e Governança.
Quais tópicos abordamos ao longo do conteúdo? (i) Notícias no Brasil e no mundo acerca do tema ESG; (ii) Performance histórica dos principais índices ESG em diferentes países; (iii) Comparativo da performance do Ibovespa vs. ISE (Índice de Sustentabilidade Empresarial, da B3); e (iv) Lista com os últimos relatórios publicados pelo Research ESG da XP.
Principais tópicos do dia
• O mercado encerrou o pregão de terça-feira em território misto, com o IBOV recuando 0,2%, enquanto o ISE avançou 0,4%.
• No Brasil, (i) o presidente Lula assinou ontem o decreto que regulamenta o Programa Mobilidade Verde (Mover), estabelecendo incentivos aos fabricantes e importadores de veículos que cumprirem determinadas metas de eficiência energética - a expectativa do governo é que sejam aplicados R$ 3,8 bilhões de incentivos dentro do programa ainda este ano; e (ii) o ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, prometeu ao setor de energia eólica que o governo federal deve anunciar, nos próximos dias, uma solução para o problema dos cortes de geração (“curtailment”) que vêm afetando usinas eólicas e solares em todo o país - o ministro confirmou que o governo deve garantir o ressarcimento das perdas retroativas dos geradores que tiveram sua produção interrompida por ordens do Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS).
• No internacional, a Comissão Europeia anunciou medidas para reduzir a carga burocrática na implementação da lei antidesmatamento, que entrará em vigor no fim do ano - segundo Bruxelas, o pacote de simplificação adotado resultará numa redução estimada de 30% dos custos e encargos administrativos para as empresas demonstrarem que seus produtos são livres de desmatamento.
Gostaria de receber os relatórios ESG por e-mail? Clique aqui.
Gostou do conteúdo, tem alguma dúvida ou quer nos enviar uma sugestão? Basta deixar um comentário no final do post!
Brasil
Empresas
Empresas de energia renovável valorizaram 25% mais que as fósseis, aponta PwC
"As empresas de energia que agregaram fontes renováveis no seu portfólio valorizaram 25% mais que as de matriz energética fóssil nos últimos quatro anos no Brasil, afirma estudo da Strategy &, consultoria estratégica da PwC. Além disso, companhias de energia, de modo geral, valorizaram cerca de 20% no período. A pesquisa foi realizada com mais de 3 mil indústrias no mundo, dos setores de energia, óleo e gás, saneamento e distribuição. No Brasil, 72% das participantes são do setor elétrico, enquanto a média global é de 43%. Segundo o sócio e líder para a indústria de energia e serviços de utilidade pública da PwC Brasil, Adriano Correia, há uma mudança no mercado em relação às renováveis. Se antes o custo era uma preocupação, hoje os ativos de energia limpa passaram a valorizar os negócios. Atualmente, elas crescem em eficiência, retorno e expansão de plantas no país. “Esta valorização das empresas de renováveis é importante não só para o portfólio, mas para o planeta”, comenta. De acordo com o levantamento, os avanços tecnológicos tornam as fontes renováveis mais acessíveis e confiáveis. Além disso, fatores como a transição energética, a regulação do carbono e os recentes conflitos internacionais têm provocado instabilidade nos preços dos combustíveis fósseis. Ainda assim, mesmo com as empresas de geração renovável desempenhando melhor em quesitos como maior múltiplo, retorno médio e estabilidades dos resultados, as de fontes fósseis cresceram mais no período devido à segurança no abastecimento global."
Fonte: Eixos; 15/04/2025
Vale e UFMG firmam parceria para desenvolver soluções em mineração circular
"A Vale e a Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) firmaram uma parceria estratégica nesta terça-feira (15) para o desenvolvimento de soluções inovadoras em mineração circular. Esta indústria contribui com até 7% das emissões globais e representa um impacto ambiental significativo, visto seu potencial de contaminação de água, solo e ar e altos risco às comunidades do entorno. Já a abordagem da circularidade contrasta com o modelo linear tradicional de "extrair, usar e descartar", criando um sistema onde os materiais são mantidos em uso pelo maior tempo possível, reduzindo a necessidade de novas extrações e minimizando os passivos ambientais. Além disso, investe em tecnologias mais limpas e eficientes para ajudar na descarbonização do setor. O objetivo da parceria é promover práticas mais sustentáveis na produção de minério de ferro, por meio da transformação de rejeitos e resíduos da mineração em novos negócios, gerando valor para a sociedade e impactos positivos. Batizada de "Collab Mineração Circular", a iniciativa contará com um investimento inicial de R$ 6 milhões da Vale e se concentrará na incubação e aceleração das soluções para reaproveitar rejeitos, estéreis e outros resíduos da atividade. Gustavo Pimenta, presidente da Vale, disse que a ideia é alcançar 10% da produção de minério de ferro de fontes circulares até 2030. Segundo o executivo, a colaboração com a UFMG permitirá ampliar a aplicação de boas práticas e fomentar a participação de empreendedores locais."
Fonte: Exame; 15/04/2025
"As companhias aéreas são duplamente afetadas pelas mudanças climáticas. Por um lado, elas sofrem pressão por descarbonizar suas operações - sozinho, o setor de aviação representa cerca de 2% a 3% das emissões de gases de efeito estufa (GEE) no mundo. Além disso, os eventos extremos trazem custos extras, enquanto a imprevisibilidade sobre o que poderão enfrentar daqui a alguns anos leva à necessidade de um mapeamento - e atenção - mais detalhado de riscos possíveis. “Nós temos um olhar de futuro, para 2050, ou seja, tudo o que queremos fazer para ter uma aviação melhor, e também uma visão mais curto prazista das questões de mudanças climáticas que já estão acontecendo”, comentou Celso Ferrer, presidente da companhia aérea Gol, em coletiva de imprensa nesta terça-feira (15) no centro de manutenção da Gol em Belo Horizonte, Minas Gerais. A resposta veio ao questionamento feito pelo Prática ESG sobre como a companhia está incorporando as mudanças climáticas na sua análise de risco e adaptando as operações. “São duas coisas diferentes. No longo prazo, se as coisas continuarem sendo feitas da mesma maneira por muitos anos, a mudança climática terá consequência. E, no caso dos eventos climáticos de alta magnitude e falta de previsibilidade [sobre o clima], já é uma questão atual”, completa. Eduardo Calderon, diretor do Centro de Controle Operacional e Engenharia da Gol, conta que a empresa decidiu contratar uma meteorologista para ajudar a aumentar a previsibilidade das mudanças do clima e eventos extremos no dia a dia."
Fonte: Valor Econômico; 16/04/2025
Política
Brasil vai propor coalizão para mercados de carbono na COP30
"O governo brasileiro planeja levar à 30ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudança do Clima (COP30), marcada para novembro, em Belém (PA), uma proposta de integração entre mercados de carbono do Brasil, União Europeia, China e Califórnia, além de atrair outros países. Segundo o secretário-executivo adjunto do Ministério da Fazenda (MF), Rafael Dubeux, a proposta já está em discussão entre os países interessados e fugirá dos trâmites de negociações tradicionais. “Não pretendemos levar a proposta como uma negociação tradicional da conferência, porque exigiria a unanimidade dos países participantes para a aprovação. A ideia é formar uma coalizão dos países que estão dispostos a essa integração”, explicou durante um evento em São Paulo na sexta-feira passada (11/4). De acordo com a Fazenda, esse seria um primeiro passo, deixando aberta a possibilidade para ingresso de outros países, mas sem depender deles para começar. A visão é que esses participantes iniciais já seriam suficientes para uma cobertura significativa da economia global com as compensações de carbono, podendo atrair outros países em busca de acesso a um novo mercado de baixo carbono, para evitar barreiras ambientais alfandegárias. Sancionada pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) em dezembro de 2024, a lei 15.042/2024, que institui o Sistema Brasileiro de Comércio de Emissões de Gases de Efeito Estufa (SBCE), está entre as prioridades do Plano de Transformação Ecológica da Fazenda para os próximos dois anos."
Fonte: Eixos; 15/04/2025
Estoques de biodiesel podem ser problema no LRCAP, afirma diretor-geral da Aneel
"Os estoques de biodiesel necessários para abastecer usinas termelétricas são uma dificuldade na elaboração das novas regras do leilão de reserva de capacidade (LRCAP). O diagnóstico é do diretor-geral da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), Sandoval Feitosa. Feitosa entende que a decisão de rever as portarias foi acertada e disse ver questões importantes a serem definidas. “Tem a discussão sobre as usinas a biodiesel, que o ministério está avaliando. Temos uma grande dificuldade de manter estoques de biodiesel na grande quantidade que estava se antecipando no leilão. Então são diretrizes que o ministério terá competência e condições de avaliar”, afirmou nesta terça-feira (15/4). A Associação Brasileira dos Importadores de Combustíveis (Abicom) divulgou uma nota na segunda-feira (14/4) afirmando que o leilão de reserva de capacidade pode causar alta nos preços do diesel nos postos de combustíveis. A associação calcula que o Brasil não teria capacidade instalada suficiente para produzir o montante necessário de biodiesel. A participação de térmicas a biocombustíveis estava prevista nas diretrizes iniciais do certame. Devido à judicialização, o Ministério de Minas e Energia (MME) revogou as portarias e trabalha em novas regras para viabilizar o leilão. A primeira decisão judicial que provocou mudanças no LRCAP ocorreu por conta da alteração no preço do custo variável unitário (CVU) de usinas a biodiesel. Uma liminar garantiu a alteração das regras a favor dos geradores. Em conversa com jornalistas, o diretor-geral da Aneel relembrou a edição anterior do LRCAP, quando houve ações judiciais questionando o teto do CVU das usinas."
Fonte: Eixos; 15/04/2025
Mover: Lula assina decreto que regulamenta incentivos à produção de veículos verdes
"O presidente Lula (PT) assinou, nesta terça (15/4), o decreto que regulamenta o Programa Mobilidade Verde (Mover), estabelecendo incentivos aos fabricantes e importadores de veículos no Brasil, que cumprirem metas e parâmetros para eficiência energética, reciclabilidade e segurança dos veículos, a partir de junho de 2025. A expectativa do governo é que ainda este ano sejam aplicados R$ 3,8 bilhões de incentivos dentro do programa. A indústria vinha cobrando a regulamentação da lei sancionada em junho de 2024, sob o risco de rever investimentos anunciados no último ano. Impulsionado pelo Mover e pela Nova Indústria Brasil (NIB), o setor automotivo já anunciou R$ 130 bilhões em investimentos, incluindo ampliação de fábricas e desenvolvimento de novas tecnologias. Apenas a Nissan investiu R$ 2,8 bilhões na expansão de seu complexo industrial em Resende. Durante a cerimônia de assinatura, na fábrica da Nissan, em Resende, Rio de Janeiro, Lula defendeu que é preciso garantir previsibilidade econômica e segurança jurídica para estimular investimentos. “O que aconteceu no Brasil é exatamente isso, o dinheiro começou a circular, as pessoas começaram a se informar melhor e as pessoas começaram a ganhar um pouco mais”, afirmou. Entre as metas estabelecidas pelo Mover, está a redução média de 12% no consumo de energia dos veículos em relação aos modelos de 2022, até 2031. Para o ciclo “poço à roda” — que considera as emissões do processo de produção e consumo do combustível — a meta é reduzir em 50% as emissões de CO2 até 2030, tomando como base os níveis de 2011."
Fonte: Eixos; 15/04/2025
Governo promete solução para perdas com cortes na geração de energia renovável, diz Abeeólica
"O ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, prometeu ao setor de energia eólica que o governo federal deve anunciar, nos próximos dias, uma solução para o problema dos cortes de geração (o chamado “curtailment”) que vêm afetando usinas eólicas e solares em todo o país, especialmente na região Nordeste. A informação foi dada nesta terça-feira (15) pela presidente da Abeeólica, Elbia Gannoum, durante conversa com jornalistas após o Encontro de Líderes de Negócios, em São Paulo. A assessoria do ministro confirmou a conversa. Segundo Elbia, o ministro confirmou que o governo prepara uma medida que deve garantir o ressarcimento das perdas retroativas dos geradores que tiveram sua produção interrompida por ordens do Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS). As perdas do setor já ultrapassam R$ 2 bilhões, de acordo com estimativas da Abeeólica. “O ministro confirmou que o Ministério de Minas e Energia (MME) vai apresentar uma solução estrutural, que envolve o ressarcimento do passado, presente e futuro e a redução dos riscos futuros para os geradores”, afirmou a dirigente. O formato dessa solução ainda está em estudo, mas deve ser formalizado por meio de uma portaria ou resolução do MME. A proposta prevê a convocação dos geradores para um processo de repactuação, em que será discutido o modelo de compensação das perdas. A preocupação do setor é que uma solução chegue antes do início da chamada “safra dos ventos”, período entre julho e setembro, quando a geração eólica no Nordeste atinge o pico."
Fonte: Valor Econômico; 15/04/2025
Internacional
Empresas
EUA terão sua primeira bolsa de valores verde – apesar de Trump
"Uma bolsa de valores dedicada a investimentos sustentáveis está perto de abrir suas portas nos Estados Unidos. A Green Impact Exchange (GIX) recebeu autorização para atuar como uma bolsa de valores nacional da SEC (Securities and Exchange Commission), órgão regulador do mercado de capitais americano. A nova bolsa espera começar a operar no início do próximo ano. Se isso acontecer, vai estrear em meio a uma onda de retrocessos da agenda no país, que se tornou um tsunami desde a posse do atual presidente Donald Trump. Apenas na semana passada, US$ 5,7 bilhões foram retirados de fundos negociados em bolsa (ETFs) com foco em ESG, o maior volume em mais de um ano, segundo dados compilados pela Bloomberg. Cerca de US$ 9 bilhões foram sacados de fundos de ações sustentáveis no mês passado, segundo analistas do Barclays. A GIX foi fundada em 2022 pelos ex-executivos da Bolsa de Nova York (Nyse) Daniel Labovitz e Charles Dolan. “Não estamos vendo evidências de desaceleração no cenário atual e, pelo contrário, estamos vendo sinais de que ela continuará a crescer”, disse Labovitz. Eles esperam que a demanda global cresça à medida que os investidores considerem as implicações financeiras das mudanças climáticas. “Risco climático é risco empresarial. É simples assim. Investidores e empresas americanas continuam buscando a sustentabilidade porque faz sentido financeiro e competitivo”, disse Dolan, presidente e cofundador da GIX, em comunicado. “Mercados públicos como a GIX têm um papel fundamental na conexão de investidores sustentáveis com empresas que entendem isso.”"
Fonte: Capital Reset; 15/04/2025
Porto de Roterdã testa abastecimento de navio com amônia
"O Porto de Roterdã, na Holanda, anunciou na segunda (14/4) que realizou com sucesso um piloto de abastecimento de amônia entre embarcações, no dia 12 de abril. A operação foi conduzida pelas empresas Trammo, OCI e James Fisher Fendercare, e ocorreu no terminal da Maasvlakte 2. “A introdução e ampliação do uso da amônia como combustível naval também é viável porque a indústria já possui infraestrutura para produção, armazenamento, transporte e distribuição de amônia globalmente”, afirma o porto em nota. Durante o teste, foram transferidos 800 metros cúbicos de amônia líquida, resfriada a -33°C, entre dois navios atracados. A operação durou cerca de duas horas e meia e, segundo os organizadores, “foi realizada com segurança e sem liberação de amônia no porto”. O teste validou o marco regulatório de segurança para esse tipo de abastecimento e demonstrou a viabilidade técnica da operação ship-to-ship. A OCI, dona e operadora do terminal de amônia, forneceu o combustível, enquanto a Trammo operou os dois navios-tanque e a James Fisher Fendercare forneceu os equipamentos e conhecimento técnico para garantir uma transferência segura. A amônia verde é considerada uma das alternativas promissoras para descarbonizar o setor marítimo. Embora o piloto tenha usado amônia cinza — produzida a partir de fontes fósseis —, suas propriedades químicas são idênticas às da obtida a partir de fontes renováveis."
Fonte: Eixos; 15/04/2025
Microsoft assina grande acordo de remoção de carbono apoiando projeto da AtmosClear na Louisiana
"A Microsoft anunciou na terça-feira que assinou um contrato para um projeto na Louisiana que removerá 6,75 milhões de toneladas métricas de dióxido de carbono ao longo de 15 anos, o que, segundo a empresa, representa o maior projeto permanente de remoção de carbono do mundo até o momento. As emissões de gases de efeito estufa da gigante da tecnologia foram 29,1% maiores do que os níveis de 2020 no ano passado, em meio à crescente demanda por energia para aplicações de inteligência artificial, com emissões anuais de gases de efeito estufa reportadas em 17,2 milhões de toneladas no final de 2023. O projeto de captura e armazenamento de carbono de bioenergia, desenvolvido pela empresa AtmosClear, está localizado no Porto de Greater Baton Rouge e utilizará materiais como bagaço de cana-de-açúcar e aparas de floresta para gerar energia, capturando as emissões de carbono associadas e armazenando-as no subsolo. O acordo está alinhado com a meta da Microsoft de se tornar negativa em carbono até 2030. O anúncio ocorre em meio à incerteza sobre o futuro dos projetos de remoção e sequestro de carbono nos EUA, que foram incentivados nos últimos anos por um crédito fiscal federal de US$ 85 por tonelada, conhecido como 45Q. O governo Trump está tentando reverter vários incentivos de descarbonização implementados durante a administração do ex-presidente Joe Biden nas próximas negociações orçamentárias. As empresas não comentaram se o projeto prosseguiria caso o crédito fiscal fosse reduzido ou revogado pelo governo Trump."
Fonte: Reuters; 15/04/2025
Política
Trump isenta dezenas de usinas de carvão dos limites de mercúrio e tóxicos no ar
"O governo Trump isentou 47 empresas das regulamentações para reduzir o mercúrio e os poluentes tóxicos do ar em suas usinas elétricas movidas a carvão por um período de dois anos, de acordo com uma lista de instalações publicada pela Agência de Proteção Ambiental (EPA) na terça-feira. Essa lista de isenções é a mais recente medida do governo para utilizar ordens executivas ou emergenciais a fim de proteger imediatamente as instalações poluidoras da conformidade com os padrões de ar e água reforçados pela administração Biden, enquanto a EPA inicia um processo mais longo para reverter essas regras. O Padrão de Mercúrio e Tóxicos do Ar da era Biden ainda está em vigor, após a Suprema Corte, em outubro, ter se recusado a suspender as regras, mesmo com um desafio legal apresentado por um grupo de estados, em sua maioria republicanos, e grupos do setor que buscavam a suspensão. No entanto, o presidente Donald Trump emitiu uma proclamação na semana passada detalhando que certas fontes estacionárias sujeitas ao MATS (Mercury and Air Toxics Standards) estão isentas de conformidade, em uma tentativa de revitalizar o setor de carvão e prolongar a vida útil de usinas de energia a carvão antigas. As usinas a carvão geram menos de 20% da eletricidade dos EUA, uma queda de 50% em relação a 2000, segundo a Administração de Informações sobre Energia, à medida que o fracking e outras técnicas de perfuração aumentaram a produção de gás natural. O crescimento da energia solar e eólica também reduziu o uso de carvão."
Fonte: Reuters; 15/04/2025
UE simplifica implementação da lei antidesmate
"A Comissão Europeia anunciou medidas para reduzir a carga burocrática na implementação de sua legislação antidesmatamento, que entrará em vigor no fim do ano. Visa reduzir custos para as empresas, e terá certamente impacto positivo no fluxo de vendas brasileiras. A flexibilização reflete também o novo contexto geopolítico. A lei antidesmate visa interditar acesso ao mercado comunitário de sete commodities – soja, carne bovina, café, madeira, óleo de palma, borracha e cacau, e alguns de seus produtos derivados como couro, chocolate, pneus ou móveis– produzidas em zonas desmatadas após o final de 2020. Exportadores terão que apresentar provas documentais de que sua produção não envolveu desmatamento insustentável antes de poderem comercializar seus produtos nos 27 países membros da UE. Agora, a Comissão Europeia, sob pressão de seus importadores, adotou um pacote de simplificação que, segundo Bruxelas, resultará numa redução estimada em 30% dos custos e encargos administrativos para as empresas demonstrarem que seus produtos são livres de desmatamento. São medidas para diminuir a quantidade de vezes em que os operadores precisam apresentar os elementos de prova relativos à inexistência de desmatamento associado aos produtos. Diz que isso garantirá uma implementação simples, justa e econômica ‘dessa peça fundamental da legislação’."
Fonte: Valor Econômico; 16/04/2025
Trump lança investigação sobre minerais críticos visando possíveis novas tarifas
"Hoje, o presidente dos EUA, Donald Trump, assinou uma ordem executiva que lança uma investigação sobre os riscos para a segurança nacional apresentados pela dependência do país de minerais críticos processados importados e seus produtos derivados. A Ordem instrui o Secretário de Comércio americano, Howard Lutnick, a iniciar uma investigação para avaliar o impacto das importações desses materiais sobre a segurança e a resiliência dos EUA. Segundo a Casa Branca, a investigação julgará as vulnerabilidades nas cadeias de suprimentos, o impacto econômico das distorções do mercado externo e as possíveis soluções comerciais para garantir um suprimento doméstico seguro e sustentável de materiais essenciais. Se Lutnick concluir que as importações de minerais críticos ameaçam prejudicar a segurança nacional e Trump decidir impor tarifas, qualquer tarifa resultante imposta tomaria o lugar da taxa tarifária recíproca atual, de acordo com a ordem emitida de 2 de abril pelo presidente."
Fonte: InfoMoney; 16/04/2025
Índices ESG e suas performances


(1) O Índice ISE (Índice de Sustentabilidade Empresarial da B3) tem como objetivo ser o indicador do desempenho médio das cotações dos ativos de empresas com reconhecido comprometimento com o desenvolvimento sustentável, práticas e alinhamento estratégico com a sustentabilidade empresarial.
(2) O Índice S&P/B3 Brasil ESG mede a performance de títulos que cumprem critérios de sustentabilidade e é ponderado pelas pontuações ESG da S&P DJI. Ele exclui ações com base na sua participação em certas atividades comerciais, no seu desempenho em comparação com o Pacto Global da ONU e também cias sem pontuação ESG da S&P DJI.
(3) O ICO2 tem como propósito ser um instrumento indutor das discussões sobre mudança do clima no Brasil. A adesão das companhias ao ICO2 demonstra o comprometimento com a transparência de suas emissões e antecipa a visão de como estão se preparando para uma economia de baixo carbono.
(4) O objetivo do IGCT é ser o indicador do desempenho médio das cotações dos ativos de emissão de empresas integrantes do IGC que atendam aos critérios adicionais descritos nesta metodologia.
(5) A série de índices FTSE4Good foi projetada para medir o desempenho de empresas que demonstram fortes práticas ambientais, sociais e de governança (ESG)..
Ainda não tem conta na XP? Clique aqui e abra a sua!