Com a semana global do Meio Ambiente (5 a 9 de junho), data criada em 1972 durante a Conferência de Estocolmo para o Meio Ambiente Humano, nós aproveitamos para publicar o primeiro relatório temático da série Trilogia ESG, em que fazemos um mergulho no pilar E da sigla ESG, referente à Environmental, ou Ambiental, em português. No segundo e terceiro relatório desta série, traremos os pilares S (Social) e G (Governance), respectivamente.
Por que você deve ler esse relatório? Veja abaixo um resumo dos principais pontos.
O caminho é longo e o tempo é curto. Após a Cúpula dos Líderes sobre Clima, em que metas ambiciosas foram assumidas pelos diferentes países, os holofotes se voltam para as discussões a cerca do combate às mudanças climáticas, frente ao impulso mundial para reduzir as emissões de gases de efeito estufa, e todos os olhos estão voltados para isso.
A temperatura do planeta está aumentando e é preciso agir. A temperatura global tem aumentado de forma constante, estando cerca de 1°C acima dos níveis pré-industriais. Desde a Terceira Revolução Industrial, iniciada em 1950, até 2019, as emissões de CO2 aumentaram 508%, ultrapassando 36 bilhões de toneladas/ano. A China é hoje o país mais poluente do mundo (responsável por 28% desse total), seguido pelos EUA (15%), com o Brasil ocupando o 13° lugar (1,3%).
A pressão pelo combate à mudança climática existe e vem de todos os lados. Embora a trajetória para que as metas de redução de emissões sejam alcançadas ainda não esteja 100% delineada, fato é que muito precisa ser feito, seja por parte dos governos, das empresas e da sociedade como um todo.
Seja parte da solução, não do problema: três empresas bem posicionadas. Como acontece com qualquer tendência em evolução, o interesse está em possuir os inovadores e, consequentemente, melhores posicionados para as novas tendências adiante. O mesmo certamente se aplica para ESG. Tendo isso em mente, selecionamos três nomes que, na nossa visão, são exemplos disso: Aeris (AERI3), Orizon (ORVR3) e Enjoei (ENJU3).
Um mergulho no pilar E. Neste relatório, nós trazemos: (i) uma visão geral dos fatores que fazem parte do pilar E; (ii) um olhar sobre o aumento da temperatura global; (iii) um raio-x das emissões de gases do efeito estufa; (iv) uma análise a cerca da pressão pelo combate às mudanças climáticas pelas diferentes partes interessadas; e (v) uma seleção de três nomes da cobertura da XP que acreditamos estarem bem posicionados para as tendências adiante e as razões pelas quais os vemos como parte da solução, e não do problema.
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Afinal, quais fatores são analisados no pilar E?
Dos dias 5 a 9 de junho comemora-se a semana do Meio Ambiente, data criada em 1972 durante a Conferência de Estocolmo para o Meio Ambiente Humano, promovida pela ONU (Organização das Nações Unidas), afim de discutir os impactos da ação humana na natureza e os riscos para sua sobrevivência.
Quando falamos de meio ambiente, diversos são os tópicos que entram nessa temática e, pensando nas análises ESG para as empresas do universo de cobertura do Research da XP, analisamos a relação das companhias com diversos fatores ambientais, como por exemplo: uso de recursos naturais, emissões de gases de efeito estufa (CO2, gás metano), eficiência energética, poluição, gestão de resíduos e efluentes.
A sigla ESG advém do termo em inglês Environmental, Social and Governance – ou, em português, ASG, referindo-se à Ambiental, Social e Governança. A adoção de princípios ESG na análise de empresas permite-nos trazer para mesa de discussão questões que, além de serem fatores cruciais para o bem da sociedade, manutenção do planeta e construção de um mundo melhor, afetam diretamente os resultados das empresas.
A depender da companhia e o setor no qual está inserida, o pilar E tem maior ou menor relevância. Retomemos, então, o conceito de materialidade: o termo materialidade significa, nada mais nada menos do que o nível de relevância. Dito isso, uma informação é material se a sua omissão ou distorção influencia as decisões das pessoas – de forma semelhante, uma informação é imaterial se sua omissão ou distorção não fizer, ou fizer pouca diferença no processo decisório. Indo para o mundo ESG, definimos algo como material se ele possui uma probabilidade razoável de impactar a condição financeira ou o desempenho operacional de uma empresa.
Quer saber mais sobre ESG? Clique aqui para ler o relatório: “ESG de A a Z: Tudo o que você precisa saber sobre o tema”.
Dentro do pilar E, os diferentes temas – veja a Tabela 1 – também possuem diferentes materialidades a depender da empresa. De forma geral, vemos que a redução das emissões de gases do efeito estufa (GEEs) é hoje um dos principais desafios do mundo, e esse será o foco da próxima seção do relatório. Após a Cúpula dos Líderes sobre Clima, os holofotes se voltaram para as discussões a cerca do combate às mudanças climáticas, frente ao impulso global para reduzir as emissões de gases de efeito estufa, e todos os olhos estão voltados às ações para mitigação do aquecimento global.
A temperatura do planeta está aumentando e a necessidade de ação é clara
A crescente atenção às mudanças climáticas se deve principalmente ao aumento constante na temperatura global nas últimas décadas, que agora está cerca de 1°C acima dos níveis pré-industriais (Figura 1). Diversos são os estudos que mostram que, no cenário em que assume-se políticas inalteradas, o aumento da temperatura global acarretaria grandes custos de longo prazo para a economia de todo o mundo.
O IPCC (abreviação do termo em inglês Intergovernmental Panel on Climate Change, ou Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas) projeta que a temperatura global deva aumentar significativamente na maioria dos cenários de emissão, chegando em até 4°C em 2100 se considerada a premissa de ausência de ações eficientes na mitigação das mudanças climáticas (Figura 2).
RCP (Representative Concentration Pathway): O RCP é uma estimativa de concentração de gases de efeito estufa adotada pelo IPCC (Intergovernmental Panel on Climate Change). Os cenários estimados foram usados para modelagem e pesquisa climática para o quinto Relatório de Avaliação do IPCC (AR5) em 2014. Os caminhos descrevem diferentes futuros climáticos, todos considerados possíveis dependendo do volume de gases de efeito estufa (GEE) emitidos nos próximos anos.
* RCP 2.6 - cenário de mitigação: exige que as emissões de dióxido de carbono (CO2) comecem a diminuir em 2020 e cheguem a zero em 2100, além de exigir que (i) as emissões de metano (CH4) cheguem a aproximadamente metade dos níveis de 2020; e (ii) as emissões de dióxido de enxofre (SO2) diminuem para aproximadamente 10% das de 1980–1990. O RCP 2.6 requer emissões negativas de CO2 (como a absorção de CO2 pelas árvores). Neste cenário o aumento da temperatura global provavelmente se manterá abaixo de 2°C até 2100.
** RCP 8.5 - cenário de altas emissões: combina estimativas a cerca do aumento expressivo da população e de crescimento de renda relativamente lento, com taxas modestas de mudança tecnológica e de intensidade energética, levando a alta demanda de energia e emissões de GEE a longo prazo, considerando a ausência de políticas de mudança climática – ou seja, é um cenário de altas emissões, resultado provável se a sociedade não fizer esforços concertados para reduzir as emissões de gases de efeito estufa.
Raio-x das emissões de gases do efeito estufa
Um olhar histórico
Um amplo consenso emergiu de que as emissões humanas de gases de efeito estufa (GEEs) têm desempenhado um papel importante no aumento das temperaturas globais.
Fato é que, ao olharmos o histórico das emissões anuais de gás carbônico (CO2), desde 1950 – início da Terceira Revolução Industrial – até 2019, vimos um aumento de 508%, saindo de ~6 bilhões de toneladas/ano e ultrapassando o patamar de 36 bilhões de toneladas/ano (Figura 3).
Quando analisamos o dado acumulado, em 1950 as emissões totais de CO2 acumulavam 230 bilhões de toneladas. Já em 2019, esse mesmo número superava 1,6 trilhão de toneladas, um aumento de 618% (Figura 4).
Está claro que tivemos um aumento expressivo de emissões nas últimas décadas, mas, por outro lado, é importante mencionar que quando analisamos a taxa de crescimento de ambos os números (anual e acumulado), pode-se concluir que as emissões globais se estabilizaram nos últimos anos – veja as Figuras 5 e 6 abaixo. Em outras palavras, enquanto na década de 1950 o crescimento médio das emissões era de 5,5% ao ano, em 2010 esse crescimento desacelerou, em 1,5% ao ano. O mesmo se faz válido para o dado acumulado – de 2,9% na década de 1950, para 3,7% em 1975, e estabilizando por volta de 2,4% na última década.
Um olhar por país
Quando olhamos quais são os países que emitem mais carbono, a China encontra-se em primeiro lugar, correspondendo por 28% das emissões globais, seguido pelos Estados Unidos (15%), Índia (7%), Rússia (5%) e Japão (3%). O Brasil encontra-se em 13° lugar, com emissões em 2019 que totalizaram 465 milhões de toneladas. - veja a Figura 7 e 8 abaixo.
Quando olhamos ao longo dos anos, a China foi o país que, de longe, teve o maior crescimento – mais de 12.000% de 1950 até 2019 –, seguido pela Índia, com um aumento de 1.436% no mesmo período. Já no caso dos Estados Unidos e Europa, ainda que ambas as regiões tenham visto um crescimento, foi menos expressivo relativamente, de 108% e 129%, respectivamente (Figura 9 e 10).
O caminho é longo e o tempo é curto; Metas ambiciosas adiante
Embora as emissões globais tenham se estabilizado nos últimos anos, reduções significativas nas emissões de GEEs são necessárias para manter o aumento máximo estipulado da temperatura global em 1,5-2°C até 2050, conforme previsto no Acordo de Paris de 2015 (Anexo).
Nesse sentido, destacamos as metas ambiciosas que foram assumidas neste ano, durante a Cúpula de Líderes sobre o Clima, pelos diferentes países – veja a Tabela 2. O evento, ocorrido no dia 22 de abril deste ano, foi convocado por Joe Biden e contou com a participação dos representantes das principais economias desenvolvidas e em desenvolvimento para discutir a agenda global de combate às mudanças climáticas.
O objetivo do evento foi a preparação para a Conferência da Organização das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas, a COP-26, prevista para o período entre 1º e 12 de novembro em Glasgow, na Escócia. Os representantes se comprometeram com metas mais ambiciosas em relação à redução da emissão de gases de efeito estufa, a fim de cumprir os objetivos do Acordo de Paris.
De forma geral, a Cúpula de Líderes sobre o Clima nos mostrou as principais pautas discutidas mundialmente no que se refere à agenda ambiental, como (i) o consenso acerca da importância da cooperação global para o combate aos efeitos da mudança climática, destacando-se principalmente a redução das emissões de gases de efeito estufa; (ii) que o caminho é longo e o tempo é curto – não será uma trajetória fácil, mas ela é extremamente necessária; e (iii) inovação, transformação e regulação são palavras chave nesse processo.
Clique nos links a seguir para ler os relatórios de feedback completos do evento:
"Cúpula de Líderes sobre o Clima: Cooperação global é uma das três principais mensagens do evento"
"Cúpula de Líderes sobre o Clima: Tecnologia, economia e agenda verde centralizam as discussões no segundo dia do evento"
E o Brasil?
O Brasil, por sua vez, concordou em reduzir as emissões líquidas de gases de efeito estufa em pelo menos 43% até 2030 e alcançar a neutralidade de carbono até 2050. Embora a trajetória para que esses objetivos sejam alcançados ainda não esteja 100% delineada, fato é que muito precisa ser feito, seja por parte do governo, das empresas e da sociedade como um todo.
Em 2019, o Brasil emitiu 465 milhões de toneladas de CO2, representando, portanto, 1,3% das emissões do mundo e levando o país a ser o 13° maior emissor mundial. Contudo, ao analisarmos a evolução desse percentual ao longo do tempo, o crescimento foi expressivo – Figura 11 e 12.
A pressão pelo combate à mudança climática existe e vem de todos os lados
Diversos são os eventos recentes que deixam claro a pressão de outras partes interessadas no combate às mudanças climáticas. A necessidade da transição energética é um dos claros exemplos, com os episódios recentes envolvendo as petrolíferas sendo um retrato disso - nas últimas Assembleias Anuais Gerais dessas companhias vimos mudanças e aprovações que provavelmente guiarão as mesmas em direção a um plano de transição energética acelerada.
Na reunião Anual de Acionistas da ExxonMobil semana passada, por exemplo, os acionistas votaram para mudar o conselho da companhia, selecionando pelo menos 2 dos 4 diretores pelo Engine No 1, um hedge fund que empreendeu uma campanha de procuração na Exxon desde dezembro, dizendo que o petróleo e o foco do grupo em combustíveis fósseis o colocou em "risco existencial". Tal episódio aconteceu no mesmo dia em que um tribunal na Holanda ordenou legalmente que a Royal Dutch Shell garantisse um corte de 45% nas emissões líquidas de carbono zero em 2030 vs. níveis de 2019, após uma campanha legal liderada por ambientalistas.
O que tudo isso nos diz?
Vemos que o foco crescente nas questões ambientais, sociais e de governança pelos investidores, bem como pela sociedade em geral, já tem surtido efeitos no comportamento das companhias, seja porque elas estão de fato alinhadas com os princípios ESG ou simplesmente por reconhecerem que para atrair capital esse é um fator cada vez mais imprescindível. Nos últimos meses o assunto tem entrado cada vez mais na pauta dos investimentos e todos os olhos estão voltados para essas três letras - Figura 13.
Em primeiro lugar, fica claro que o tema ESG, e a consequente incorporação dessas critérios nos investimentos, bem como a transição para uma economia de baixo carbono são conceitos centrais – mainstream – nos dias de hoje. O fato do engajamento por parte dos acionistas estar sendo realizado em ambos os lados sugere que chegar a emissões líquidas zero realmente será um esforço global coordenado.
Na nossa visão, a COVID-19 acelerou a busca pela sustentabilidade ambiental em muitos setores, ao mesmo tempo em que uma série de governos de diferentes países colocou a “energia limpa” no centro dos programas de recuperação pós-pandemia. A tendência é que, cada vez mais, o desempenho ambiental das diferentes companhias seja acompanhado ainda mais de perto pelos investidores, movimento este que já temos observado.
Em segundo lugar, as evidências sugerem que, de todas as direções, existe a pressão crescente para que as empresas sejam mais transparentes sobre as emissões que estão gerando e, de forma mais ampla, sobre o que estão fazendo para garantir que suas operações não causem grandes impactos ao meio ambiente. Não são mais apenas órgãos reguladores exigindo mudanças, mas também acionistas, organizações intergovernamentais, bem como a sociedade em geral. Dito isso, vemos que é mais importante do que nunca que os investidores conheçam as empresas em que investem, visando garantir que não haja surpresas quando houver a exigência de maior divulgação – acreditamos que embora ainda tenha um tempo para isso acontecer, esse é um caminho sem volta. Nesse sentido, os relatórios que temos publicado na grande série Radar ESG devem ajudá-los, como investidores, a entender melhor como cada companhia está posicionada na agenda ESG.
Seja parte da solução, não do problema: Três empresas bem posicionadas
Na nossa visão, o cenário atual, apresentado ao longo deste relatório, implica uma mensagem clara para os investidores: tenha em seu portfólio empresas que estão ajudando a impulsionar essa transição e buscando pela sustentabilidade. Acreditamos que existem companhias bem posicionadas para o futuro adiante, possuindo modelos de negócios que, além levarem a preocupação com os conceitos ESG no DNA, também ajudam outras empresas nessa jornada. Na nossa visão, estas são as companhias que fazem parte da solução, e não do problema, fazendo com que sejam verdadeiras oportunidades olhando para frente.
Como acontece com qualquer tendência em evolução, o interesse está em possuir os inovadores e não os ultrapassados. O mesmo certamente se aplica para ESG. Tendo isso em mente, selecionamos três nomes que, na nossa visão, são exemplos disso, sendo empresas bem posicionadas para surfar as novas tendências adiante: Aeris (AERI3), Orizon (ORVR3) e Enjoei (ENJU3).
Aeris Energy (AERI3)
O modelo de negócio da Aeris – participante do mercado de fabricação de pás para turbinas eólicas no Brasil e no exterior e também prestadora de serviços em parques eólicos espalhados pelas Américas – está aprimorando a agenda ESG, ao permitir que mais pessoas tenham acesso à eletricidade gerada por fontes renováveis com impactos limitados ao Meio Ambiente.
Esse modelo de negócio, juntamente com a crescente demanda de investidores e empresas por soluções sustentáveis - incluindo no setor de energia - é uma combinação poderosa, que nos leva a ver a Aeris muito bem posicionada para se beneficiar das tendências ESG em curso ao redor do mundo, ao mesmo tempo em que atua no sentido de combater as mudanças climáticas.
Em relação à divulgação das métricas ESG da Aeris, notamos que a empresa tem um relatório de sustentabilidade desde 2016, o que vemos como positivo.
Clique aqui para ler o relatório completo com a análise ESG da Aeris Energy: "Radar ESG | Aeris (AERI3): Uma das empresas melhor posicionada para surfar o vento ESG"
Orizon (ORVR3)
Por todo o mundo, o nível de discussão e ambição entre as empresas do segmento de gestão de resíduos em relação à agenda ESG, principalmente no que se refere às mudanças climáticas, tem tido uma progressão notável nos últimos anos. Apesar de o setor estar realmente mudando para um novo modelo, a agenda ambiental, social e de governança (ESG) deve se tornar um ponto focal maior nos próximos anos.
Quando se trata do Brasil, embora haja claramente muito mais a ser feito em relação aos fatores ESG, temos visto uma evolução importante dessa agenda a longo dos últimos meses, e esperamos que essa tendência persista e potencialmente se acelere ainda mais no país nos próximos anos. E, em nossa opinião, a Orizon está muito bem preparada para acompanhar essa tendência no futuro, o que nos leva a ver a empresa como uma das companhias melhor posicionada na agenda ESG dentro da cobertura da XP.
Como uma empresa de tratamento e recuperação de resíduos, com atuação no final da cadeia de valor da gestão de resíduos, vemos a Orizon como uma provedora de soluções chave para as tendências ESG, com o modelo de negócio da empresa baseado na economia circular, estando diretamente envolvida na gestão responsável de resíduos. Para este setor, vemos o fator Ambiental como o mais importante em nossa análise ESG, seguido pelos pilares de Governança e Social, respectivamente.
Clique aqui para ler o relatório completo com a análise ESG da Orizon: "Radar ESG | Orizon (ORVR3): Quando ESG está escrito no DNA"
Enjoei (ENJU3)
É inegável que o comportamento do consumidor está mudando e de forma rápida. Muitos dos itens mais desejáveis dos jovens por uma década ou mais mudaram drasticamente, passando da propriedade para o uso compartilhado, ou da posse do item novo, pelo já usado. Indo além, a importância das gerações mais jovens na condução da agenda ESG é evidente, ao mesmo tempo em que a Covid-19 impulsionou o número de indivíduos que consideram os fatores socioambientais em suas decisões de consumo.
Empresas inovadoras, mesmo em setores mais tradicionais, estão adaptando seus modelos de negócios para contemplar essa nova realidade. Ao nosso ver, essa tendência faz parte de um movimento crescente que busca estimular a sustentabilidade por meio do mercado de segunda mão, ou seja, de produtos usados.
E vemos o Enjoei (ENJU3) bem posicionado para atender a essa demanda e acompanhar essa tendência no futuro, sendo peça-chave na melhoria dos padrões ESG para empresas de vestuário por meio da promoção da moda circular.
Clique aqui para ler o relatório completo com a análise ESG da Enjoei: "Radar ESG | Enjoei (ENJU3): O usado é o novo “novo”?"
Anexo: Acordo de Paris
O Acordo de Paris é um tratado mundial que possui como foco a redução do aquecimento global. O compromisso em vigência foi discutido entre 195 países durante a COP21, tendo sido aprovado em dezembro de 2015 e oficialmente válido a partir de novembro de 2016.
Além do principal objetivo que é a redução das emissões de gases de efeito estufa por parte dos países assinantes, limitando o aumento médio de temperatura global em 2ºC, quando comparado aos níveis pré-industriais, o acordo também elenca outras metas e orientações, como:
(i) Reunir esforços para limitar o aumento de temperatura a 1,5ºC;
(ii) Promover o desenvolvimento tecnológico, transferência de tecnologia e capacitação para adaptação às mudanças climáticas, além de estimular o suporte financeiro por parte dos países desenvolvidos para ampliar as ações que levam ao cumprimento das metas para 2020 dos países menos desenvolvidos;
(iii) Proporcionar a cooperação entre o setor privado, a sociedade civil, instituições financeiras, comunidades e povos indígenas para ampliar e fortalecer ações de mitigação do aquecimento global.
O acordo também estabelece que, de cinco em cinco anos, os signatários devem se reunir para fazer um balanço do que foi feito nos primeiros anos desde a assinatura em prol da redução de emissão de gases do efeito estufa, além de elaborar novas estratégias para mitigar o aquecimento global.
Conforme mencionado anteriormente, em novembro de 2021, os representantes dos países-membros da Organização das Nações Unidas (ONU) se reunirão por 12 dias para estabelecer novas metas e estratégias climáticas na 26ª Conferência das Partes sobre a Mudança Climática (COP26), o terceiro encontro entre os 195 países signatários do Acordo de Paris. Por isso, 2021 é um ano decisivo para o cumprimento do Acordo de Paris e a agenda climática é um assunto cada vez mais urgente.
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