Radar ESG | LOG Commercial Properties (LOGG3): Oportunidades em empreendimentos verdes

Como mencionamos no nosso relatório de início de cobertura de ESG em Research na XP, definir a materialidade dos fatores ESG a nível setorial permanece um trabalho ainda em progresso. Similar ao que foi dito em nossa análise de ESG para Shoppings, vemos o pilar de Governança como o fator mais importante na análise ESG da LOG (LOGG3), enquanto o pilar do Meio Ambiente está altamente relacionado ao progresso na adoção de edifícios verdes e, na frente Social, ao trabalho comunitário nos arredores de seus ativos. Abaixo destacamos os tópicos ESG mais comuns associados à empresa.

Meio Ambiente

A empresa é associada ao Conselho de Construção Verde (da sigla em inglês GBC, Green Building Council), uma entidade supranacional que regula e promove a criação de Conselhos Nacionais como forma de fomentar tecnologias, iniciativas e operações sustentáveis no setor de construção. No entanto, ainda faltam na companhia programas sólidos para tirar proveito de oportunidades de edifícios verdes nos seus armazéns e shoppings, atrás de seus pares na obtenção da certificação de edifícios verdes para a maioria do seu portfólio. Por outro lado, a LOG tem sólidas iniciativas em energia, resíduos e saneamento.

Social

A LOG iniciou suas atividades sociais em 2019 com o desenvolvimento do projeto LOG Social, sujo objetivo é a transformação social das comunidades nos arredores de seus condomínios por meio da educação e trabalho social. Durante a pandemia do COVID-19, a empresa doou mais de 3,5 toneladas de alimentos para as comunidades em seu entorno. Em uma parceria com a MRV e o Banco Inter, a LOG doou mais de R$10 milhões para hospitais em Minas Gerais para compra de equipamentos, como cama hospitalares e ventiladores pulmonares.

Governança

Como mencionado acima, a companhia é listada no Novo Mercado, atendendo a todos os requisitos de mais alto nível de governança corporativa na B3. O conselho de diretores da LOG é composto por 7 membros, com 3 membros independentes. Assim, o conselho carece de uma maioria independente, além de um presidente independente, o que pode prejudicar a capacidade do conselho de agir como um contrapeso à gestão. Em relação à Diversidade, o conselho de diretores carece de diversidade à medida que possui apenas uma mulher no cargo, Sra. Júnia Galvão.

A aquisição da gestora da LOG pelo fundo imobiliário LGCP pode ser considerado como um conflito de interesse pelos investidores. Contudo, para diminuir tal conflito, a aquisição deve ser previamente aprovada por 1) no mínimo 25% das ações em circulação do fundo e 2) pelo menos a maioria da Assembleia Geral Extraordinária (AGE). Além disso, a empresa fornece um relatório de avaliação sobre os ativos a serem adquiridos de um consultor independente (por exemplo, Colliers International).

Em relação à divulgação das métricas ESG da LOG, vemos espaço para melhorias para dar mais transparência aos investidores e ao mercado no geral.

Estamos iniciamos cobertura de LOG Commercial Properties (LOGG3) com a recomendação Neutra e preço-alvo de R$40,4/ação – clique no link abaixo para ler o relatório completo!

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