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Petrobras (PETR4), Vale (VALE3), mudanças no Novo Mercado da B3 e mais destaques | Café com ESG, 24/07

JBS estuda expansão da iniciativa para o Brasil; Empresários e líderes do setor público do G20 querem inovação para financiamento verde

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Bom dia! Neste relatório diário publicado todas as manhãs pelo time ESG do Research da XP, buscamos trazer as últimas notícias para que você comece o dia bem informado e fique por dentro do tema ESG - do termo em inglês Environmental, Social and Governance ou, em português, ASG - Ambiental, Social e Governança.

Quais tópicos abordamos ao longo do conteúdo? (i) Notícias no Brasil e no mundo acerca do tema ESG; (ii) Performance histórica dos principais índices ESG em diferentes países; (iii) Comparativo da performance do Ibovespa vs. ISE (Índice de Sustentabilidade Empresarial, da B3); e (iv) Lista com os últimos relatórios publicados pelo Research ESG da XP.

Principais tópicos do dia

• O mercado encerrou o pregão de terça-feira em território negativo, com o IBOV e o ISE recuando 0,99% e 1,25%, respectivamente.

• Do lado das empresas, (i) a Petrobras passou a considerar em seus cálculos os incentivos aprovados no marco do hidrogênio de baixo carbono (PL 2308/2023) para viabilizar projetos de produção de hidrogênio, segundo o diretor executivo de Transição Energética da estatal, Maurício Tolmasquim – com previsão de créditos fiscais de R$ 18,3 bilhões entre 2028 e 2032, o marco legal foi aprovado na Câmara dos Deputados este mês e aguarda sanção presidencial; e (ii) a Vale avalia a formação de clusters para viabilizar a fabricação de produtos da cadeia siderúrgica de baixo carbono, como “hot briquetted iron” (HBI, também conhecido em português como ferro-esponja) – o desenvolvimento de hubs de baixo carbono da indústria siderúrgica no Brasil deve ocorrer a partir do uso do hidrogênio, segundo a diretora de Energia e Descarbonização da mineradora, Ludmilla Nascimento.

• Diante de avanços na regulação, as mudanças propostas pela B3 para o Novo Mercado devem promover uma melhora na governança corporativa e garantir a matriz da diversidade, ao aumentar o percentual de integrantes independentes e limitar a atuação em diferentes conselhos, de acordo com especialistas do IBGC – uma das propostas da B3 é aumentar o percentual de conselheiros independentes dos atuais 20% para 30%, e limitar ao máximo de dez anos consecutivos o prazo para que um membro seja considerado independente.

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Brasil

Empresas

Biodiesel: A solução efetiva para a descarbonização do transporte de carga no Brasil

"A Revolução Industrial trouxe invenções que transformaram os transportes. A máquina a vapor e os vários tipos de motores a combustão, os motores elétricos, as turbinas e tantos outros engenhos permitiram o progresso e a evolução da sociedade. Ao longo dessa jornada uma máquina se difundiu amplamente: o motor de ciclo diesel. Este motor, que pode trabalhar em dois ou quatro tempos, foi inicialmente usado como uma alternativa mais eficiente aos motores a vapor estacionários e adotados em navios e submarinos. Rapidamente seu uso se expandiu para locomotivas, ônibus, caminhões, equipamentos pesados, máquinas agrícolas e sistemas estacionários de geração de energia elétrica. Em 1893 Rudolf Diesel publicou uma patente explorando os efeitos da explosão que ocorre ao injetar óleo misturado com oxigênio em um recipiente. Diesel apresentou seu motor na feira internacional de Paris usando óleo de amendoim. Na virada para o século XX, como hoje, um período de grandes transformações tecnológicas aconteceu e entre elas estava o surgimento do motor diesel. Embora projetado para funcionar com óleo vegetal, foi o produto oleoso da primeira fase de refino do petróleo bruto que se denominou de “óleo diesel”, em homenagem ao inventor da máquina termomecânica. No entanto, isso não significa que todos os motores de “ciclo diesel” devam trabalhar exclusivamente com o óleo diesel refinado do petróleo. Desde que a pressão no sistema de injeção seja regulada, um motor pode funcionar com qualquer tipo de óleo, seja de origem fóssil, vegetal ou animal. Hoje sabemos que a dependência de combustíveis fósseis para a propulsão da mobilidade tem contribuído significativamente para a emissão de Gases de Efeito Estufa (GEE), afetando o clima global."

Fonte: Epbr; 23/07/2024

Vale: hubs industriais de baixo carbono devem ser desenvolvidos a partir do hidrogênio no Brasil

"O desenvolvimento de hubs de baixo carbono da indústria siderúrgica no Brasil deve ocorrer a partir do uso do hidrogênio, afirma a diretora de Energia e Descarbonização da Vale, Ludmilla Nascimento. A mineradora avalia a formação de clusters para viabilizar a fabricação de produtos da cadeia siderúrgica de baixo carbono, como “hot briquetted iron” (HBI, também conhecido em português como ferro-esponja). A Vale vai entrar nesses projetos com a construção e operação de plantas de briquete, que vão alimentar reatores de produção de HBI e outros produtos metálicos das empresas parceiras. “O Brasil não vai começar com gás natural, vai começar já com hidrogênio, é uma possibilidade pela competitividade da energia. A ideia é justamente criar esses hubs para produzir esse produto de baixo ou quase zero carbono e exportar como um adensamento”, disse a diretora a jornalistas no Fórum Brasil-União Europeia no Rio de Janeiro, nesta terça-feira (23/7). Além do Brasil, também são considerados projetos nos Estados Unidos e no Oriente Médio. A companhia já assinou 50 memorandos de entendimento para levar as iniciativas adiante em diversos países. “A gente imagina que esses projetos vão avançar nos próximos seis meses a um ano”, disse Nascimento. As negociações mais adiantadas são para projetos na Arábia Saudita, Emirados Árabes Unidos e Omã. Esses primeiros hubs, no entanto, devem começar com o uso do gás natural, que depois deve ser substituído por fontes renováveis. A rota convencional de produção de aço utiliza minério de ferro e coque com base em carvão. Nesse modelo, a emissão é de 2 toneladas de carbono para cada tonelada de aço produzido."

Fonte: Epbr; 23/07/2024

Petrobras inclui incentivos do marco do hidrogênio em cálculos de viabilidade de projetos, diz Tolmasquim

"Os cálculos da Petrobras para viabilizar projetos de produção de hidrogênio passaram a considerar os incentivos aprovados no marco do hidrogênio de baixo carbono (PL 2308/2023), segundo o diretor executivo de Transição Energética da estatal, Maurício Tolmasquim. Com previsão de créditos fiscais de R$ 18,3 bilhões entre 2028 e 2032, o marco legal foi aprovado na Câmara dos Deputados este mês e aguarda sanção presidencial. “Estamos fazendo contas com os novos apoios e incentivos”, disse Tolmasquim a jornalistas no Fórum Brasil-União Europeia no Rio de Janeiro, nesta terça-feira (23/7). O executivo destacou que o projeto de lei aprovado foi positivo, sobretudo por não incluir subsídios que poderiam onerar a conta de energia dos consumidores. “O Brasil tem uma competitividade maior [na produção de hidrogênio], porque tem um potencial de energia elétrica mais barata, mas a gente precisava de um certo apoio”, reconheceu. Ele lembrou que cerca de 70% do custo final do hidrogênio vem da eletricidade usada na produção. A Petrobras ainda avalia a rota que vai escolher para entrar nesse mercado, mas o diretor ressaltou que a autoprodução de energia elétrica é “bastante interessante”. Na autoprodução, os consumidores do mercado livre de energia têm isenção de encargos ao entrarem como sócios nos projetos de geração. Tolmasquim afirmou ainda que a ampliação do limite de emissões para que o hidrogênio brasileiro seja considerado de baixo carbono não deve afetar os projetos da Petrobras. Durante a votação do projeto de lei no Senado, o teto de emissões para que o hidrogênio seja considerado de baixo carbono subiu de 4 kgCO2eq por kg para 7 kgCO2eq/kgH2."

Fonte: Epbr; 23/07/2024

Maior percentual de conselheiros independentes no Novo Mercado melhora governança, dizem especialistas

"As alterações propostas para as regras de conselhos de administração de empresas listadas no Novo Mercado da B3 devem melhorar a governança corporativa e garantir a matriz da diversidade, ao aumentar o percentual de integrantes independentes e limitar a atuação em diferentes conselhos, dizem especialistas participantes em evento do Instituto Brasileiro de Governança Corporativa (IBGC). Uma das propostas da B3 é aumentar o percentual de conselheiros independentes dos atuais 20% para 30%, e limitar ao máximo de dez anos consecutivos o prazo para que um membro seja considerado independente. Após esse período, o conselheiro poderá continuar no cargo, mas não como independente. Para tanto, ele teria que ficar afastado do colegiado por dois anos. Segundo Fernando de Andrade Mota, superintendente de desenvolvimento de mercado para emissores da B3, a definição de 30% de conselheiros independentes é apenas um primeiro passo, na medida em que revisões no Novo Mercado são constantes, sendo esta sétima já realizada e um aumento escalonado deste percentual para 40% ou mais pode ser incluído em alterações futuras. Ele afirma que a definição do critério pela B3, ao invés de deixar a cargo de cada empresa, é mais eficiente, com pouca negociação, reduz custo de transação e crava padrão, assim como tudo no Novo Mercado, além de contribuir para a uniformidade no mercado brasileiro e dar mais garantias ao investidor estrangeiro. “A razão das revisões é manter o Novo Mercado como vanguarda de governança no Brasil”, diz Mota."

Fonte: Valor Econômico; 23/07/2024

Vale nomeia Shaun Usmar como novo diretor-presidente da Vale Base Metals

"A Vale anunciou nesta terça-feira (23) a nomeação de Shaun Usmar como novo diretor-presidente da unidade Vale Base Metals. O executivo ficará sediado em Toronto, no Canadá, e assume a posição no quarto trimestre. Atualmente, Usmar comanda a mineradora canadense Triple Flag Precious Metal e tem passagens por BHP, Barrick Gold Corporation e Xstrata. A unidade, responsável pelos negócios de cobre e níquel da Vale, estava sem um CEO desde março, quando Deshnee Naidoo deixou o cargo."

Fonte: Valor Econômico; 23/07/2024

BP Bunge integra fórum nacional sobre SAF para discutir agenda de descarbonização

"A BP Bunge Bioenergia anunciou nesta terça-feira, 23, que integra o Conexão SAF, fórum liderado pela Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), em parceria com a Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP). O objetivo do grupo de trabalho, segundo a companhia, é unir atores públicos e privados para a identificação e elaboração de propostas e soluções que permitam ao setor de aviação brasileiro realizar a sua descarbonização por meio do uso do combustível sustentável de aviação (SAF). O grupo também tem como escopo de atuação discutir o cenário infralegal e regulamentar necessário para viabilizar a produção, distribuição e uso do SAF. Dada a complexidade da cadeia produtiva e a necessidade de regras rigorosas para garantir a qualidade e segurança do combustível na aviação, o grupo envolve todos os elos dessa cadeia, desde o produtor de matéria-prima até as companhias aéreas. Representando a BP Bunge no primeiro encontro do grupo de trabalho, o gerente de novos negócios e inovação da companhia, Saulo Delgado, enfatizou que o Brasil possui um potencial que vai além da exportação de matéria-prima para a produção de SAF. “O Brasil tem todas as condições para se tornar um produtor local deste novo combustível sustentável de aviação, eliminando a necessidade de exportar etanol e importar o SAF produzido a partir dele. No entanto, para que isso aconteça, é essencial a implementação de políticas e incentivos, assim como ocorre nos Estados Unidos e no Japão – dois países que estão na vanguarda do desenvolvimento dessa indústria”, afirma Delgado."

Fonte: Nova Cana; 23/07/2024

Política

Brasil pode liderar projetos de preservação de florestas no mundo, com Arco da Restauração na Amazônia, diz BNDES

"Implementar ações para reduzir o volume de emissões dos gases causadores do aquecimento global não é mais suficiente para conter os impactos das mudanças climáticas. É com essa tônica que Tereza Campello, diretora socioambiental do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), detalhou a importância da criação do projeto Arco da Restauração na Amazônia, uma iniciativa que pode posicionar o país como líder na preservação de florestas no mundo. Segundo a diretora, o Arco da Restauração tem como objetivo proteger a área da Floresta Amazônica que vai do Acre ao Pará. Para ela, a primeira fase do projeto prevê restaurar 6 milhões de hectares até 2030. Ela lembrou que o custo é R$ 51 bilhões, ou US$ 10 bilhões. A segunda fase prevê investimentos de mais R$ 153 bilhões, com participação de recursos do Fundo Clima para restaurar outros 18 milhões de hectares até 2050. A previsão é que o Arco da Restauração gere até 10 milhões de empregos na Amazônia. Assim, o projeto prevê reflorestar ao todo 24 milhões de hectares até 2050. O Arco da Restauração é um dos pilares para a 30ª Conferência da ONU sobre Mudanças Climáticas (COP30), que acontece em novembro de 2025 no Pará. — Precisamos de apoio e recursos. Serão 1,65 bilhão de toneladas de carbono que serão removidas da atmosfera em 30 anos. Queremos reconstruir essa área, que tem agricultura familiar, assentamento, setor privado, terras indígenas e áreas de conservação. Se a gente conseguir reunir todo mundo, vamos conseguir capturar carbono. Não há tecnologia em escala no mundo para capturar carbono. Essa é a tecnologia barata e possível para ser usada. Queremos fazer essa entrega e liderar a reconstrução de florestas no mundo. Ela participou do seminário “States of the Future”, evento paralelo do G20, que é organizado em parceria entre o BNDES e os Ministérios da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos, das Relações Exteriores e do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, no Centro do Rio."

Fonte: O Globo; 23/07/2024

Ministro dos Transportes se diz preparado para enfrentar novos eventos climáticos extremos

"Para o ministro Renan Filho, o Ministério dos Transportes está preparado para atuar e reagir aos eventos climáticos extremos, como no caso das enchentes do Rio Grande do Sul. “O desafio de enfrentar uma crise climática é multidisciplinar. Nosso ministério certamente está preparado. O grande problema não é a infraestrutura, a gente já reconstruiu a maior parte das estradas danificadas”, conta. O ministro esteve presente no evento “Brasil Rumo à COP30”, realizado pela Editora Globo em parceria com a companhia de infraestrutura CCR, que debateu as mudanças necessárias nas cidades e na economia na adaptação para receber eventos extremos do clima. Em entrevista à EXAME, Renan Filho afirmou que dos 125 pontos de interrupção no Rio Grande do Sul, apenas um segue fechado, e que conta com uma rota alternativa. “Ainda tem outros ministérios com problemas, como o do Empreendedorismo e Empresas de Pequeno Porte. Muitos trabalhadores de carteira assinada podem perder seus empregos porque o empresário já não consegue mais pagar seu salário. Conter as mudanças climáticas significa ajudar a economia de maneira geral, e o Ministério dos Transportes tem as condições de dar as respostas necessárias”, explica. Durante seu painel, que abriu o evento, Renan Filho apontou que a estratégia da sua gestão é seguir acima da faixa de investimentos feitos pelo Ministério da Infraestrutura durante o último governo, do ex-presidente Jair Bolsonaro. A expectativa de investimentos da pasta é de R$ 18 bilhões até o fim deste ano. “A retomada de investimentos já traz resultados na área de transportes. A quantidade de rodovias consideradas ótimas quase dobrou, saindo de 12% e chegando em 23% em junho de 2024”, conta."

Fonte: Exame; 23/07/2024

Políticas climáticas deixaram de ser restritas a um nicho, dizem especialistas

"As políticas climáticas e ambientais deixaram de ser restritas a um nicho, na visão de Carolina Grottera, diretora de Programa da secretaria-executiva do Ministério da Fazenda. Grottera afirmou que, depois de um ano e meio de governo, é possível perceber que as iniciativas de transição ecológica, lideradas pela equipe dela, têm sido bem recebidas pelos agentes interessados. “Pela primeira vez temos um plano de componente ambiental e climática forte liderado pelo Ministério da Fazenda. Antes, eram capitaneadas pelos ministérios do Meio Ambiente e da Agricultura, por exemplo. Agora foram trazidas ao centro do governo. Isso tem acontecido mundo afora frente ao desafio das mudanças climáticas e desigualdade crescentes”, disse Grottera no terceiro evento de uma série de encontros sobre o G20 que Valor, O Globo e rádio CBN realizarão em 2024. Para a diretora, o plano de transformação ecológica não tem objetivos estritamente ambientais, mas existem objetivos de trazer uma nova relação da forma como se produz e se consome, para a partir disso atingir as metas do Acordo de Paris e de neutralidade climática em 2050. "O plano tem outros objetivos como geração de emprego e renda e maior qualidade de vida, justiça social e climática, além da redução de desigualdade. O plano é dividido em seis eixos: finanças sustentáveis, adensamento tecnológico, bioeconomia e sistemas agroalimentares, transição energética, economia circular e nova infraestrutura verde. Ao lado de Grottera no painel, Morgan Doyle, representante do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) no Brasil, destacou a liderança do Brasil como celeiro de soluções globais nesse cenário."

Fonte: Valor Econômico; 23/07/2024

Internacional

Empresas

O papel das “carbon majors” tropicais na solução da crise climática

"Desde que o Carbon Majors Project cunhou o termo “carbon majors” em 2013, os esforços globais de descarbonização têm focado nas empresas responsáveis por emissões de gases de efeito estufa (GEE) relacionadas à produção e queima de combustíveis fosseis. Essa é uma visão que considera o perfil de emissões diretas do Norte Global, que representa de fato uma parcela significativa das emissões mundiais cumulativas e históricas. No entanto, isso acaba por desprezar o enorme volume de emissões “indiretas”, associadas à cadeia de fornecimento de insumos para o Norte Global, que vêm da produção de alimentos da América Latina. As emissões de GEE da região são predominantemente do setor de uso da terra e atividades vinculadas ao desmatamento, e as empresas locais que direta ou indiretamente contribuem para tais emissões são as nossas “carbon majors”. O Carbon Majors Project, iniciado pelo cientista Richard Heede do Climate Accountability Institute, em 2013, buscou identificar e quantificar as principais responsáveis historicamente pelas emissões de gases de efeito estufa (GEE). O resultado foi uma lista de 90 empresas responsáveis por 63% das emissões globais de 1988 a 2010. Em 2017, o CDP (então Carbon Disclosure Project) estabeleceu uma parceria com o projeto e ampliou essa base de dados para as 100 maiores emissoras de GEE até 2015, lançando o relatório Carbon Majors Report 2017. O documento teve grande repercussão, sobretudo considerando o crescente momentum de engajamento do setor privado com ações voluntárias de descarbonização, a partir de iniciativas como o Task Force on Climate-Related Financial Disclosures (TCFD) e o Principles for Responsible Investment (PRI)."

Fonte: Valor Econômico; 23/07/2024

ADM anuncia meta de terras agrícolas regenerativas para 2025 em novo relatório de agricultura sustentável

"A ADM divulgou seu segundo relatório anual, apresentando os avanços globais na adoção e promoção de práticas de agricultura regenerativa. A empresa de nutrição diz que fez a transição de mais de 2,8 milhões de acres de terra para a agricultura regenerativa em 2023, em colaboração com 28.000 produtores. Ela estabeleceu uma meta de 3,5 milhões de acres em 2024 e 5 milhões de acres em 2025. O último relatório destaca que os acres de agricultura regenerativa da ADM reduziram sua pegada de Escopo 3 em 310.000 toneladas métricas de dióxido de carbono equivalente. Além disso, o relatório compartilha estatísticas individuais de seu programa no Reino Unido, onde os produtores de canola que usam práticas regenerativas em 4.200 acres de terra reduziram o uso de nitrogênio em 40%. A empresa define a agricultura regenerativa como uma “abordagem agrícola baseada em resultados que protege e melhora a saúde do solo, a biodiversidade, o clima e os recursos hídricos, ao mesmo tempo em que apoia o desenvolvimento de negócios agrícolas”. “Os consumidores estão exigindo produtos de origem mais sustentável, e os agricultores sabem que melhorar a saúde do solo e a biodiversidade, ser mais eficiente com os insumos e melhorar a intensidade de carbono é bom para seus negócios e fundamental para seu futuro”, diz Greg Morris, presidente do negócio de Serviços Agrícolas e Sementes Oleaginosas da ADM. “Acreditamos que é fundamental compartilhar nosso progresso nessa área, mostrar nossos dados e sermos específicos em relação às nossas metas para que as partes interessadas possam ver o que significa nosso compromisso e como ele se traduz em progresso real. Continuamos a acelerar em direção a 5 milhões de acres regenerativos em 2025”."

Fonte: Food Ingredients; 23/07/2024

EIT Food, Foodvalley e FIH Europe lançam iniciativa de agricultura regenerativa Navarra 360º no valor de 3 milhões de euros

"O projeto Navarra 360º concederá a 80 agricultores de Navarra, no norte da Espanha, um investimento de € 3 milhões (US$ 3,3 milhões) do EIT Food, Foodvalley e Food Innovation Hub (FIH) Europe para apoiar seu sistema de rotação de culturas. O projeto tem como objetivo estimular práticas sustentáveis na província espanhola. “A abordagem de paisagem na região de Navarra apoiará os agricultores na implementação da agricultura regenerativa. Ela avaliará o impacto das práticas regenerativas nos indicadores de carbono, solo, biodiversidade, água, sociais e econômicos ao longo de três anos”, disse Melissa Comellas, gerente de programa regional do Navarra 360º, ao Nutrition Insight. “O projeto Navarra 360º faz parte do portfólio de Inovação Regenerativa, uma colaboração de ecossistema, estabelecida como uma Iniciativa do Food Innovation Hub Europe do Fórum Econômico Mundial”, continua ela. “O projeto será realizado pela EIT Food e pela Foodvalley NL. A EIT Food atuará como coordenadora geral do projeto, enquanto a FoodValley NL apoiará a implementação e a divulgação dos resultados.” O objetivo do projeto é reduzir o uso de produtos fitossanitários em 20% e a fertilização mineral em 49%, e será realizado até 2026. Espera-se que a implementação sirva de base para o projeto e a entrega de outros projetos paisagísticos em outras partes da Europa. O objetivo do projeto é reduzir o uso de produtos fitossanitários em 20% e a fertilização mineral em 49%, e será realizado até 2026. Ao destacar as principais metas do projeto, Comellas afirma: “Para cada categoria, foram definidos indicadores em conjunto com os agricultores para garantir que a coleta de dados seja eficiente e consistente.”"

Fonte: Food Ingredients; 23/07/2024

O mundo bate o recorde de dia mais quente pelo segundo dia consecutivo

"A segunda-feira, 22 de julho, foi novamente o dia mais quente já registrado, de acordo com dados preliminares de uma agência de monitoramento da União Europeia, ultrapassando um pouco o domingo, 21 de julho, que acabara de conquistar o título. A média global da temperatura do ar na superfície subiu para 17,15 graus Celsius - 0,06 graus a mais do que o recorde marginal de domingo, de acordo com o Serviço de Mudança Climática Copernicus, que vem monitorando esses padrões desde 1940. A última vez que o recorde foi estabelecido por quatro dias consecutivos foi no início de julho de 2023. Antes disso, o dia mais quente havia sido em agosto de 2016. “A segunda-feira passada pode ter estabelecido um novo recorde de temperatura média global absoluta mais quente de todos os tempos - ou seja, de dezenas de milhares de anos atrás”, disse o cientista climático Karsten Haustein, da Universidade de Leipzig, na Alemanha. Nos últimos dias, cidades do Japão, Indonésia e China registraram recordes de calor. Os países do Golfo também sofreram com índices de calor - levando em conta a umidade - superiores a 60 graus Celsius. Enquanto isso, as temperaturas em partes da Europa ultrapassaram os 45 graus Celsius. A mudança climática, impulsionada pela queima de combustíveis fósseis, está por trás do recorde, segundo os cientistas. Mas, diferentemente do ano passado, quando a mudança climática se combinou com o padrão climático El Niño para dar início a um novo recorde diário, esse não é o caso em julho. Haustein disse que era “notável” que o recorde tivesse sido batido agora que o mundo estava em território neutro e não sentia mais o impacto do El Niño."

Fonte: Reuters; 24/07/2024

Política

Analistas preveem aumento do preço do carbono na UE, mas dizem que a oferta pode aumentar

"Os analistas aumentaram suas previsões de preço para as permissões de carbono da União Europeia para 2024 a 2026, mas disseram que havia um risco de queda devido a possíveis aumentos na oferta se a Comissão Europeia precisasse levantar dinheiro por meio da venda de permissões. As permissões da União Europeia (EUAs) estão previstas, em média, em 67,25 euros por tonelada métrica este ano e 76,75 euros em 2025, segundo uma pesquisa da Reuters com nove analistas, um aumento de 5,1% e 3,7%, respectivamente, em relação às previsões feitas em abril. A previsão de preço médio para 2026 foi de 93,46 euros por tonelada, 1,1% acima da previsão de abril, de 100,13 euros por tonelada. Os analistas reduziram drasticamente suas previsões em abril, depois que os dados mostraram que um aumento no uso de energia renovável levou a uma queda recorde nas emissões cobertas pelo mercado de carbono da Europa no ano passado. O Sistema de Comércio de Emissões (ETS) da UE força os fabricantes, as empresas de energia e as companhias aéreas a pagarem por cada tonelada de dióxido de carbono que emitem, devolvendo as permissões de carbono como parte dos esforços da Europa para atingir suas metas climáticas. Para ajudar a afastar o bloco dos combustíveis russos após a invasão da Ucrânia pela Rússia e para atingir suas metas climáticas, a Comissão Europeia lançou seu plano REPowerEU, abre uma nova aba que inclui a arrecadação de 20 bilhões de euros por meio do leilão de EUAs nos próximos anos. O momento e o tamanho dessas vendas terão um impacto significativo sobre os preços, disseram os analistas."

Fonte: Reuters; 23/07/2024

Os EUA têm como alvo o óxido nitroso na nova fase da luta contra o clima

"Na terça-feira, o governo Biden anunciou que tentará reduzir as emissões de gases de efeito estufa industriais dos EUA, como o óxido nitroso, ao entrar em uma nova fase na estratégia nacional de combate às mudanças climáticas sob o acordo de Paris. O foco nos gases industriais segue as medidas dos EUA para reduzir as emissões de metano, que resultaram em uma campanha internacional para que outros países também fizessem grandes cortes, bem como reduções domésticas. Assim como o metano, o óxido nitroso tem vida curta, mas é uma fonte potente de aquecimento global, de modo que os EUA esperam que seu direcionamento produza ganhos rápidos e baratos na luta contra as mudanças climáticas. “A maior parte da discussão sobre a mudança climática se concentra no dióxido de carbono, mas superpoluentes como o metano e o óxido nitroso causam metade da mudança climática que estamos vivenciando hoje”, disse John Podesta, Assessor Sênior do Presidente para Política Climática Internacional. A Casa Branca deu início ao esforço com um evento na terça-feira e anúncios de empresas industriais, incluindo a Ascend Performance Materials, que estão adotando ações voluntárias para reduzir as emissões de óxido nitroso, disseram as autoridades. As emissões de óxido nitroso são provenientes de diversas fontes, incluindo a produção de alguns fertilizantes e materiais sintéticos, como o náilon. Um funcionário do Departamento de Estado disse à Reuters que pode custar apenas US$ 10 por tonelada métrica para reduzir as emissões de óxido nitroso por meio de projetos implementados no mercado voluntário de compensação de carbono."

Fonte: Reuters; 23/07/2024

Países de baixa e média renda precisam de US$ 2 tri para transição energética e atingir Objetivos de Desenvolvimento Sustentável

"Para fazer a transição energética e atingir os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS), estabelecidos pela Organização das Nações Unidas (ONU), os países de baixa e média renda precisam de US$ 2 trilhões, segundo Jeffrey Sachs, professor da Universidade de Columbia, nos EUA. Para ter acesso a esse recursos será preciso uma reforma da arquitetura financeira mundial, explicou o professor no painel "Desafios de Sustentabilidade no século XXI", durante o States of The Future, evento paralelo do G20 no Brasil, nesta terça-feira no Rio. O principal problema é que o dinheiro vai para os países ricos e não para os pobres. A classificação de risco dos emergentes fica abaixo do grau de investimento (selo atribuído aos credores com mais chance de cumprir seus compromissos). O Fundo Monetário Internacional (FMI) e o Banco Mundial não querem resolver esse problema, porque eles já estão inundados de problemas - afirmou Sachs, que preside UN Sustainable Development Solutions Network. Na avaliação do professor, o Brasil tem muita chance de liderar esse processo de mudança durante o G20: "Precisamos que o G20 fale da arquitetura financeira global para fazer chegar financiamento de longo prazo a esses países.""

Fonte: O Globo; 23/07/2024

Eleição americana esquenta e pode também aquecer - ainda mais - o planeta

"A eleição presidencial dos Estados Unidos de 2024 será fundamental para o rumo da agenda internacional do clima. Além da sua muito relevante participação histórica nas emissões de gases de efeito estufa, o país norte-americano é atualmente o maior emissor desses gases responsáveis pelo aquecimento global. Nos mais de 30 anos de discussões multilaterais formais sobre mudanças climáticas, desde 1992, quando a Convenção-Quadro da ONU sobre mudança do clima (UNFCCC) foi adotada, a posição dos Estados Unidos variou de maneira relevante. O país tornou-se parte da UNFCCC no governo do republicano George H. Bush, mas nunca ratificou o Protocolo de Kyoto, tratado barrado pelo Senado, no início dos anos 2000, durante o governo do também republicano George W. Bush. Contudo, o democrata Barack Obama adotou postura proativa e fundamental para a adoção do Acordo de Paris, em 2015, atualmente o principal tratado internacional multilateral sobre o clima. Com postura abertamente negacionista sobre as mudanças climáticas, Donald Trump foi eleito em 2016, ano em que o Acordo de Paris entrou em vigor, prometendo retirar os Estados Unidos do tratado - o que não se efetivou devido a uma cláusula do Acordo que o impedia de concluir a retirada antes de 2020. Com a eleição de Joe Biden, o país norte-americano manteve-se no tratado e anunciou planos relativamente ambiciosos de redução de emissões de gases de efeito estufa e transição energética. Esse ano, a eleição americana coloca a agenda climática mais uma vez sob os holofotes. Com poucos anos restando para se atingir as metas de 2030, com eventos climáticos extremos cada vez mais intensos e frequentes e com o aumento da pressão pela aceleração das ações climáticas, o clima é tema necessariamente central da política."

Fonte: Valor Econômico; 23/07/2024

Comissão rejeita inclusão de fósseis na estratégia europeia para o hidrogênio

"A Comissão Europeia rejeitou a recomendação do Tribunal de Contas Europeu (TCE) de reformular sua estratégia do hidrogênio, e decidiu manter as metas anteriormente estipuladas, sem a inclusão do hidrogênio de baixo carbono – que deve ter sua definição publicada pelo bloco ainda este ano. “As metas aspiracionais de produção e importação de hidrogênio renovável propostas no plano REPowerEU foram estabelecidas com o objetivo de acabar com a dependência da União Europeia (UE) dos combustíveis fósseis russos o mais rápido possível e enfrentar a crise climática”, disse a Comissão em comunicado oficial. “Uma revisão para baixo das metas teria implicações adicionais para o clima de certeza dos investidores”, completou. O TCE, que audita as ações adotadas pela Comissão, publicou na semana passada um documento que afirmava ser “excessivamente ambiciosa” a meta da UE de produzir e importar 20 milhões de toneladas de hidrogênio renovável até 2030. Na definição europeia, é considerado renovável o hidrogênio produzido por meio de eletrólise, com eletricidade renovável, excluindo o uso de fonte nuclear. “A Comissão definiu metas irrealistas para a produção e importação de hidrogênio e a UE não está em um bom caminho para alcançá-las”, diz o documento do TCE. Segundo o relatório, a demanda que se espera estimular não atingirá nem mesmo 10 milhões de toneladas até 2030. Por isso, os auditores pediram uma revisão das metas e a inclusão do hidrogênio de baixo carbono – que abrange nuclear e fontes fósseis com captura de carbono – dentro da meta de produção e importação. “A política industrial da UE sobre hidrogênio renovável precisa de uma verificação da realidade”, disse Stef Blok, membro do TCE responsável pela auditoria."

Fonte: Epbr; 23/07/2024

Índices ESG e suas performances

(1) O Índice ISE (Índice de Sustentabilidade Empresarial da B3) tem como objetivo ser o indicador do desempenho médio das cotações dos ativos de empresas com reconhecido comprometimento com o desenvolvimento sustentável, práticas e alinhamento estratégico com a sustentabilidade empresarial.
(2) O Índice S&P/B3 Brasil ESG mede a performance de títulos que cumprem critérios de sustentabilidade e é ponderado pelas pontuações ESG da S&P DJI. Ele exclui ações com base na sua participação em certas atividades comerciais, no seu desempenho em comparação com o Pacto Global da ONU e também cias sem pontuação ESG da S&P DJI.
(3) O ICO2 tem como propósito ser um instrumento indutor das discussões sobre mudança do clima no Brasil. A adesão das companhias ao ICO2 demonstra o comprometimento com a transparência de suas emissões e antecipa a visão de como estão se preparando para uma economia de baixo carbono.
(4) O objetivo do IGCT é ser o indicador do desempenho médio das cotações dos ativos de emissão de empresas integrantes do IGC que atendam aos critérios adicionais descritos nesta metodologia.
(5) A série de índices FTSE4Good foi projetada para medir o desempenho de empresas que demonstram fortes práticas ambientais, sociais e de governança (ESG).
(6)
O Índice MSCI ACWI, que representa o desempenho de todo o conjunto de ações de grande e médio porte do mundo, em 23 mercados desenvolvidos e 26 emergentes.


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