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Orizon anuncia venda de créditos de carbono; Trump diz que, se eleito, deve acabar com crédito fiscal para elétricos | Café com ESG, 20/08

Orizon vende 1,1 milhão de toneladas de carbono; Trump e os subsídios para carros elétricos

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Bom dia! Neste relatório diário publicado todas as manhãs pelo time ESG do Research da XP, buscamos trazer as últimas notícias para que você comece o dia bem informado e fique por dentro do tema ESG - do termo em inglês Environmental, Social and Governance ou, em português, ASG - Ambiental, Social e Governança.

Quais tópicos abordamos ao longo do conteúdo? (i) Notícias no Brasil e no mundo acerca do tema ESG; (ii) Performance histórica dos principais índices ESG em diferentes países; (iii) Comparativo da performance do Ibovespa vs. ISE (Índice de Sustentabilidade Empresarial, da B3); e (iv) Lista com os últimos relatórios publicados pelo Research ESG da XP.

Principais tópicos do dia

• O mercado encerrou o pregão de segunda-feira em território positivo, com o IBOV e o ISE subindo 1,36% e 1,97%, respectivamente.

• No Brasil, (i) a Orizon anunciou ontem que assinou contrato de venda de créditos de carbono no valor de 1,1 milhão de toneladas de dióxido de carbono dos ecoparques de João Pessoa e Jaboatão dos Guararapes - segundo a companhia, o comprador foi uma empresa europeia de grande porte que não teve seu nome divulgado; e (ii) a América Latina tem potencial para liderar o fornecimento global de hidrogênio renovável, capturando 25% a 33% da demanda, até 2030, segundo um relatório do Fórum Econômico Mundial publicado na última semana - o documento diz que o cenário de abundantes recursos renováveis como solar, eólica e hidrelétrica, portos estratégicos, além de apoio político posiciona a região para fornecer commodities de baixo carbono competitivas e rivalizar com grandes players como a Austrália (22%–31%) e a África (9%–14%).

• No internacional, o candidato republicano à presidência dos Estados Unidos, Donald Trump, disse na segunda-feira que, se eleito, deve acabar com o crédito fiscal de US$7.500 para a compra de veículos elétricos - durante um evento de campanha, também disse que estaria aberto a nomear o CEO da Tesla, Elon Musk, para um cargo de gabinete ou de consultor.

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Gostou do conteúdo, tem alguma dúvida ou quer nos enviar uma sugestão? Basta deixar um comentário no final do post!

Brasil

Empresas

Orizon vende 1,1 milhão de toneladas em crédito de carbono para companhia europeia

"A Orizon anunciou nesta segunda-feira (19) que assinou contrato de venda de créditos de carbono no valor de 1,1 milhão de toneladas de dióxido de carbono dos ecoparques de João Pessoa e Jaboatão dos Guararapes. Segundo a companhia, o comprador foi uma empresa europeia de grande porte que não teve seu nome divulgado. Os créditos são referentes aos anos de 2022 e 2023, no caso de João Pessoa, e 2022, no caso de Jaboatão dos Guararapes. Do volume total, cerca de 930 mil toneladas de dióxido de carbono estão emitidos e serão entregues imediatamente e o restante, após a conclusão da auditoria que já se encontra em andamento."

Fonte: Valor Econômico; 19/08/2024

Política

Brasil cobra de novo flexibilidade na lei antidesmatamento da UE

"O Brasil amplia cobranças junto à União Europeia (UE) por flexibilidades na lei antidesmatamento que entrará em vigor dentro de cinco meses. Brasília vai agora agir também junto aos principais portos onde desembarcam produtos brasileiros na Europa. A lei da UE visa proibir acesso ao mercado comunitário de seis commodities - carne bovina, soja, café, óleo de palma, madeira e cacau, além de seus derivados - produzidas em zonas desmatadas após o final de 2020. Essa lei atingirá 34% das exportações brasileiras para o mercado europeu, com base em dados de 2023. O potencial de dano é portanto elevado no comércio para a Europa a partir do ano que vem. ‘O governo brasileiro segue cobrando das autoridades europeias os esclarecimentos e a flexibilidade necessários para a compatibilização da lei com a realidade concreta do comércio dos produtos afetados’, afirmou o diretor do Departamento de Política Comercial do Itamaraty, embaixador Fernando Pimentel. A preocupação cresce com a proximidade da implementação da lei e falta de respostas a uma série de questões por parte do Brasil e outros produtores da América Latina, Asia e África. A avaliação é de que o custo reputacional trazido pela lei é muito alto. E agora, o Brasil ampliará o corpo a corpo, que se fará não apenas em Bruxelas, junto à Comissão Europeia, mas também junto a quem especificamente aplicará a lei. É que cada país europeu designa qual órgão vai monitorar a legislação antidesmatamento, e eles são diferentes. Na Itália, serão os Carabiniere, uma força de segurança pública, enquanto na Holanda será a receita Federal local, e em outro país pode ser uma polícia ambiental, por exemplo."

Fonte: Valor Econômico; 19/08/2024

Incentivo a programa de hidrogênio de baixo carbono será ‘cirúrgico”, diz Dubeux

"Objeto de uma lei sancionada no último dia 2, o programa brasileiro para o hidrogênio de baixo carbono é um exemplo da nova política de desenvolvimento que o governo quer implementar. Nela, os incentivos fiscais são pequenos, “cirúrgicos”, limitados no tempo e atrelados a critérios de eficiência.A subvenção será leiloada, privilegiando projetos maduros e menos dependentes da ajuda governamental. Os beneficiados terão, necessariamente, que desenvolver a cadeia produtiva no país. “Temos que ter uma política industrial que não seja simplesmente para proteger um setor que não tem mais capacidade de competir, e sim uma política industrial que impulsione nossa capacidade tecnológica e produtiva nessas áreas que têm potencial de futuro no longo prazo”, disse em entrevista ao Valor o secretário-executivo adjunto do Ministério da Fazenda, Rafael Dubeux, um dos responsáveis pela agenda de transformação ecológica. Ele cita a lei do hidrogênio para afirmar que a agenda da sustentabilidade não está parada no Legislativo. A pauta verde, inclusive, será tema de um pacto entre os três Poderes da República, que deve ser formalizado na quarta-feira (21), em evento no Palácio do Planalto. Há 26 medidas previstas e deve ser criado um comitê gestor conjunto, que acompanhará a implementação de cada uma das ações. O secretário, contudo, preferiu não falar do pacto, já que o lançamento ainda vai acontecer."

Fonte: Valor Econômico; 20/08/2024

Internacional

Empresas

Com hidrogênio verde mais barato, América Latina pode suprir mais de 30% do mercado global

"A América Latina tem potencial para liderar o fornecimento global de hidrogênio renovável, capturando 25% a 33% da demanda, até 2030, projeta relatório do Fórum Econômico Mundial (WEF, em inglês), em parceria com a Accenture, publicado na última semana. Abundantes recursos renováveis como solar, eólica e hidrelétrica, portos estratégicos e apoio político desenham um cenário em que a região estaria apta a fornecer commodities de baixo carbono competitivas e rivalizar com com grandes players como a Austrália (22%–31%) e a África (9%–14%). A estimativa é que o custo nivelado de hidrogênio renovável/verde da região deverá ser particularmente baixo para a produção no sul da Argentina e Chile, noroeste do Brasil e norte da Colômbia e Venezuela já no final da década. Europa e Ásia deverão ser as principais compradoras. “Essas condições favoráveis ​​– de alta capacidade de energia renovável e baixo custo de produção de hidrogênio limpo – podem posicionar a região como um potencial exportador líquido para mercados globais, tanto no médio quanto no longo prazo”, diz o relatório. O estudo identificou 11 potenciais hubs de hidrogênio limpo na América Latina, em países como Chile, Brasil e Panamá. Concorrentes como Estados Unidos e Austrália anunciaram 10 e sete, respectivamente. Embora a análise enxergue a região como provável exportadora líquida de hidrogênio limpo no longo prazo, os países da região têm diferentes estratégias e ambições para desenvolver essa nova economia, com três caminhos: Cita o potencial de exportadores líquidos (Chile e Argentina), descarbonizadores locais (Brasil, Colômbia e México) e atores focados, como Panamá e Uruguai, concentrados no desenvolvimento de hubs de combustíveis verdes para o transporte marítimo."

Fonte: Epbr; 19/08/2024

As empresas não abandonaram a sustentabilidade. Elas apenas estão falando menos sobre isso.

"As empresas estão falando menos sobre sustentabilidade nas chamadas de lucros e nos materiais de marketing, mas estão mencionando-a com quase a mesma frequência de sempre em seus relatórios financeiros e divulgações. Os líderes empresariais têm enfrentado pressões políticas e legais para evitar exagerar nas declarações ecológicas ou parecer priorizar as iniciativas de sustentabilidade em detrimento do lucro. No ano passado, uma análise do Wall Street Journal constatou uma queda acentuada nas menções a “ESG”, “DEI” e outros termos relacionados nas chamadas de lucros das empresas. Mas uma nova análise de centenas de milhares de empresas públicas e privadas complica o quadro. As divulgações financeiras das empresas estão mencionando a sustentabilidade quase tanto quanto antes, com a linha de tendência mostrando um aumento acentuado entre 2019 e 2021 antes de se estabilizar. A aparente desconexão sugere que as empresas não abandonaram totalmente suas metas relacionadas à sustentabilidade - elas apenas estão falando menos sobre elas. “Não vimos nenhuma diminuição real na quantidade e na qualidade dos relatórios sobre sustentabilidade”, disse Julie Gorte, vice-presidente sênior de investimentos sustentáveis da Impax Asset Management. “O que não se vê são as empresas se manifestando e fazendo um grande alarde de marketing sobre isso.” Quase todas as menções a ESG e sustentabilidade - cerca de 97% - estavam relacionadas a divulgações financeiras e relatórios de lucros, de acordo com uma análise de dados feita pela Factiva, a plataforma de pesquisa digital também de propriedade da Dow Jones. Alguns resultados vieram de anúncios corporativos e transcrições de reuniões de diretoria."

Fonte: Wall Street Journal; 19/08/2024

Política

Trump diz que pode acabar com o crédito fiscal para veículos elétricos; está aberto a nomear Elon Musk como conselheiro

"O candidato republicano à presidência dos Estados Unidos, Donald Trump, disse na segunda-feira que, se eleito, consideraria acabar com o crédito fiscal de US$ 7.500 para a compra de veículos elétricos e que estaria aberto a nomear o CEO da Tesla (TSLA.O), Elon Musk, para um cargo de gabinete ou de consultor. “Créditos e incentivos fiscais geralmente não são uma coisa muito boa”, disse Trump à Reuters em uma entrevista após um evento de campanha em York, Pensilvânia, quando perguntado sobre o crédito para veículos elétricos. Perguntado se consideraria a possibilidade de nomear Musk para uma função consultiva ou um cargo no gabinete, Trump disse que sim. “Ele é um cara muito inteligente. Eu certamente o faria, se ele o fizesse, eu certamente o faria. Ele é um cara brilhante”, disse Trump. No mês passado, Musk apoiou publicamente Trump na corrida presidencial dos EUA. A Tesla não respondeu imediatamente a um pedido de comentário. Se eleito, Trump poderia tomar medidas para reverter as regras do Departamento do Tesouro que tornaram mais fácil para as montadoras aproveitarem o crédito de US$ 7.500 ou poderia pedir ao Congresso dos EUA que o revogasse totalmente. Enquanto presidente, Trump tentou revogar o crédito fiscal para veículos elétricos, que foi posteriormente ampliado pelo presidente Joe Biden em 2022. “Não estou tomando nenhuma decisão final sobre isso”, disse Trump sobre o crédito fiscal para VEs. “Sou um grande fã de carros elétricos, mas também sou fã de carros movidos a gasolina, híbridos e qualquer outra coisa que venha a surgir. ” Ele acrescentou que rescindiria as regras do governo Biden que estimularão os fabricantes de automóveis a fabricar mais veículos elétricos e híbridos plug-in para atender a padrões de emissões mais rígidos e disse que vê um “mercado muito menor” para veículos elétricos devido a problemas de custo e alcance da bateria."

Fonte: Reuters; 19/08/2024

Trump se compromete a acabar com a regra de poluição e bloquear a fusão de aço

"O candidato presidencial republicano Donald Trump prometeu na segunda-feira rescindir uma regra do governo Biden que limita a poluição das usinas de energia e reiterou a promessa de bloquear a compra planejada da Nippon Steel (5401.T) (abre nova guia) da U.S. Steel (X.N) (abre nova guia). Nos comentários econômicos mais detalhados que fez na campanha até agora, Trump também reforçou sua promessa de limitar radicalmente o acesso estrangeiro aos mercados domésticos, dizendo que garantiria que a cadeia de suprimentos de produtos essenciais fosse 100% americana se ele vencesse a eleição de 5 de novembro. Ele não detalhou como atingiria essa meta, além de defender medidas amplas, como a imposição de tarifas sobre outras nações. O ex-presidente falou para uma multidão de apoiadores no chão de uma fábrica na cidade operária de York, Pensilvânia. O discurso foi a primeira parada em uma turnê por estados em conflito nesta semana, com o objetivo de desviar os holofotes da Convenção Nacional Democrata em Chicago e diminuir o ímpeto de sua rival, a vice-presidente Kamala Harris. Alguns aliados e assessores pressionaram Trump para que evitasse ataques pessoais a Harris - especialmente quaisquer ataques relacionados a raça e gênero - e, em vez disso, se concentrasse em questões políticas. Em grande parte, ele seguiu esse conselho na segunda-feira. Embora Trump tenha chamado Harris de “comunista” e denegrido suas posições políticas, várias das quais ele deturpou, ele a atacou em termos pessoais apenas uma vez, quando insultou sua risada aos 45 minutos do discurso de uma hora."

Fonte: Reuters; 19/08/2024

EUA apoiarão tratado global que visa reduzir a produção de plástico

"Os EUA apoiarão um tratado global que apela a uma redução na quantidade de plástico produzido todos os anos, de acordo com autoridades norte-americanas, sinalizando uma mudança política à medida que os países correm para chegar a um acordo final para reduzir a poluição cada vez mais considerada prejudicial à saúde humana. O novo apoio à produção mais limitada de plástico por parte de um dos maiores produtores mundiais aumentará a perspectiva de a ONU ser capaz de revelar um tratado histórico para a gestão de resíduos até ao final deste ano, quando deverá ter lugar uma ronda final de negociações. na Coreia do Sul, apenas duas semanas após as eleições presidenciais dos EUA em Novembro. Nas conversações da ONU no início deste ano, os EUA alinharam-se com a China e a Arábia Saudita na resistência à inclusão de controlos da produção de plástico num tratado, apelando, em vez disso, a um enfoque na reciclagem e na reutilização. Mas os países em desenvolvimento da Ásia e de África, onde grandes quantidades de resíduos plásticos acabam muitas vezes em lixeiras, aterros sanitários ou incineradores, juntaram-se a grandes empresas de consumo que são utilizadores significativos de embalagens plásticas, apelando ao ónus do controlo e da limpeza. a serem colocados nos produtores. A indústria petroquímica dos EUA criticou os esforços liderados pela ONU para limitar a produção de plástico. Em Abril, a ExxonMobil, um dos maiores produtores mundiais de plásticos, argumentou que um limite à produção não reduziria a poluição e que as alternativas poderiam ter uma maior pegada de dióxido de carbono."

Fonte: Financial Times; 20/08/2024

Índices ESG e suas performances

(1) O Índice ISE (Índice de Sustentabilidade Empresarial da B3) tem como objetivo ser o indicador do desempenho médio das cotações dos ativos de empresas com reconhecido comprometimento com o desenvolvimento sustentável, práticas e alinhamento estratégico com a sustentabilidade empresarial.
(2) O Índice S&P/B3 Brasil ESG mede a performance de títulos que cumprem critérios de sustentabilidade e é ponderado pelas pontuações ESG da S&P DJI. Ele exclui ações com base na sua participação em certas atividades comerciais, no seu desempenho em comparação com o Pacto Global da ONU e também cias sem pontuação ESG da S&P DJI.
(3) O ICO2 tem como propósito ser um instrumento indutor das discussões sobre mudança do clima no Brasil. A adesão das companhias ao ICO2 demonstra o comprometimento com a transparência de suas emissões e antecipa a visão de como estão se preparando para uma economia de baixo carbono.
(4) O objetivo do IGCT é ser o indicador do desempenho médio das cotações dos ativos de emissão de empresas integrantes do IGC que atendam aos critérios adicionais descritos nesta metodologia.
(5) A série de índices FTSE4Good foi projetada para medir o desempenho de empresas que demonstram fortes práticas ambientais, sociais e de governança (ESG).
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