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Governo posterga suspensão de importações de biodiesel até agosto | Café com ESG, 26/02

Troca de independentes no Conselho de Administração da Vale; Suspensão da importação de biodiesel é mantida

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Bom dia! Neste relatório diário publicado todas as manhãs pelo time ESG do Research da XP, buscamos trazer as últimas notícias para que você comece o dia bem informado e fique por dentro do tema ESG - do termo em inglês Environmental, Social and Governance ou, em português, ASG - Ambiental, Social e Governança.

Quais tópicos abordamos ao longo do conteúdo? (i) Notícias no Brasil e no mundo acerca do tema ESG; (ii) Performance histórica dos principais índices ESG em diferentes países; (iii) Comparativo da performance do Ibovespa vs. ISE (Índice de Sustentabilidade Empresarial, da B3); e (iv) Lista com os últimos relatórios publicados pelo Research ESG da XP.

Principais tópicos do dia

• O mercado encerrou o pregão de terça-feira em território positivo, com o IBOV e o ISE avançando 0,5% e 0,7%, respectivamente.

• Do lado das empresas, (i) a Vibra Energia afirmou ontem que seus resultados no segmento de diesel estão sendo prejudicados pela concorrência desleal de empresas que não estão realizando a mistura obrigatória de 14% de biodiesel - segundo Augusto Ribeiro Júnior, vice-presidente executivo de Finanças, o descumprimento por parte de algumas distribuidoras tem impactado negativamente as margens da companhia, em um cenário em que o biocombustível está mais caro que o diesel; e (ii) a Vale divulgou na noite de segunda-feira a lista de candidatos para seu novo conselho de administração, confirmando a saída e a respectiva substituição de mais três conselheiros independentes (o australiano Douglas Upton, o executivo Luis Henrique Guimarães, ligado à Cosan, e o ex-governador do Espírito Santo, Paulo Hartung) - a eleição dos novos nomes ocorrerá em Assembleia Geral Ordinária (AGO) no dia 30 de abril.

• Na política, o governo federal prorrogou por 180 dias o prazo do grupo de trabalho responsável por avaliar os impactos da importação de biodiesel e do Selo Biocombustível Social na mistura do diesel vendido no Brasil - com isso, fica suspensa a possibilidade de importação do biocombustível até agosto deste ano.

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Brasil

Empresas

Vibra (VBBR3) sofre no mercado de diesel com fraudadores da mistura de biodiesel

"A Vibra Energia (VBBR3), maior distribuidora de combustíveis do Brasil, afirmou nesta terça-feira que seus resultados no segmento de diesel estão sendo prejudicados pela concorrência desleal de empresas que não estão fazendo a mistura obrigatória de 14% de biodiesel. Segundo o vice-presidente executivo de Finanças, Augusto Ribeiro Júnior, a “não mistura do biodiesel” por parte de algumas distribuidoras prejudicou as margens da companhia, numa conjuntura em que o biocombustível está mais caro que o diesel. O CEO da Vibra, Ernesto Pousada, acrescentou que o problema, que afetou os resultados do quarto trimestre, continuou nos primeiros meses do ano. “Já começamos a atuar, é problema recente. A ANP já fez autuações e estamos atuando em várias frentes”, disse Pousada em teleconferência para comentar os resultados trimestrais. Um estudo recente do Instituto Combustível Legal (ICL) indicou que o ganho dos fraudadores com a não mistura foi estimado em R$0,37 por litro, em mercados como Paraná e São Paulo, onde as vendas suspeitas somaram cerca de 14% e 4% dos volumes de diesel em relação ao total, respectivamente. No período analisado, de novembro a dezembro, o volume vendido de diesel suspeito de irregularidade na mistura no Paraná e São Paulo somou aproximadamente 200 milhões de litros, estimou o diretor do ICL Carlo Faccio. Na semana passada, a Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) divulgou nota afirmando que autuou e interditou cautelarmente três distribuidoras de combustíveis, e apontou que fraudes no cumprimento da obrigatoriedade da mistura constavam da investigação."

Fonte: InfoMoney; 25/02/2025

Títulos verdes têm novas regras a partir de março; veja o que muda para o investidor

"O investidor de olho em aliar aplicações a princípios de sustentabilidade deve ficar atento a partir do próximo mês. No dia 24 de março, começam a valer as novas regras da Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais (Anbima) para a estruturação de ofertas de títulos de renda fixa sustentáveis. As diretrizes foram incorporadas ao Código de Ofertas Públicas da entidade e estabelecem critérios mais rígidos para garantir transparência e credibilidade nessas emissões. Além disso, o código recebeu atualizações para melhorar a clareza sobre a remuneração dos coordenadores e sobre securitização. Mas, na prática, o que isso significa para investidores e empresas que emitem esses títulos? Veja a seguir os principais pontos da mudança. O mercado de finanças sustentáveis tem ganhado cada vez mais espaço, com empresas captando recursos por meio de debêntures verdes, sociais e sustentáveis, além de CRIs e CRAs (Certificados de Recebíveis Imobiliários e do Agronegócio) com foco em impacto ambiental ou social positivo. Até agora, os critérios para classificar um título como sustentável eram apenas sugestões, descritas no Guia para Ofertas de Títulos Sustentáveis, publicado pela Anbima em 2022. Com as novas regras, a adesão deixa de ser voluntária e passa a ser supervisionada."

Fonte: InfoMoney; 25/02/2025

Petrobras capta R$ 6,5 bi com BB em dívida ‘verde’

" A Petrobras levantou R$ 6,5 bilhões com o Banco do Brasil, por meio da contratação de duas Notas de Crédito à Exportação (NCE), e atrelou as operações a indicadores sustentáveis definidos no plano estratégico da companhia. A emissão, anunciada na semana passada, contou com um desconto na taxa de juros – um “greenium”, ou prêmio verde pelo impacto positivo associado ao crédito. As NCEs foram divididas em duas: uma de R$ 3,5 bilhões e outra de R$ 3 bilhões, com prazo de sete anos, até 2032. A taxa da emissão, concluída na noite da última quinta-feira (20), não foi divulgada. Operações de bonds atrelados à sustentabilidade (SLBs, na sigla em inglês) costumam incluir verificações periódicas durante o prazo do título. Caso as metas não sejam cumpridas, é acionado o mecanismo conhecido como “step up”, em que a taxa é elevada. No caso das NCEs da Petrobras, caso a petroleira não avance nas metas, a operação pode ser reclassificada como “marrom” – ou seja, sem atributos verdes – e o desconto deixa de existir, diz Henrique Vasconcellos, gerente-executivo responsável por negócios e finanças sustentáveis do Banco do Brasil. “Fizemos uma análise dos quase 20 KPIs [indicadores-chave de desempenho] de sustentabilidade no plano da Petrobras. A partir dela, criamos uma cesta dos indicadores cujo desempenho vamos avaliar anualmente”, afirma o executivo. A Petrobras assume compromissos de descarbonização e proteção da biodiversidade em paralelo à pressão da petroleira e do governo para que o Ibama conceda uma licença para que se estude a exploração da Bacia da Foz do Amazonas, na Margem Equatorial."

Fonte: Capital Reset; 25/02/2025

Infraestrutura de transmissão preocupa indústria de hidrogênio verde

"A preocupação com o descasamento entre o cronograma de expansão e adequação das linhas de transmissão de energia e os subsídios previstos no Programa de Desenvolvimento do Hidrogênio de Baixo Carbono (PHBC) é uma das principais pautas da Associação Brasileira do Hidrogênio Verde (Abihv) para 2025. Em entrevista à agência eixos, a presidente da entidade, Fernanda Delgado, explica que o acesso à rede é essencial para viabilizar os projetos do setor e evitar gargalos que possam comprometer a transição energética do Brasil. “Sem conexão, não tem transição e hidrogênio verde. O estrangulamento das conexões é um ponto crítico, e estamos acompanhando de perto os estudos e planejamentos junto à EPE, ONS, Aneel e Ministério de Minas e Energia”, afirma a presidente da Abihv. O PHBC prevê subsídios entre 2028 e 2032, mas o cronograma atual para expansão das redes de transmissão colocaria os primeiros leilões para 2026 e as obras só a partir de 2032. Isso, na avaliação de Delgado, gera um desalinhamento tanto com o próprio PHBC, quanto com as metas do Ministério de Minas e Energia (MME), no Plano Nacional de Hidrogênio (PNH2), que espera ter projetos estruturantes até 2030 e hubs de hidrogênio consolidados até 2035. Na semana passada, a Abihv e a Associação Brasileira de Energia Eólica e Novas Tecnologias (Abeeólica) enviaram uma carta ao MME solicitando a antecipação do cronograma de entrega do Plano de Outorgas de Transmissão de Energia Elétrica (Potee)."

Fonte: Eixos; 25/02/2025

Lista da Vale para conselho traz troca de independentes

"A lista de candidatos da Vale para o novo conselho de administração da mineradora, a ser eleito em Assembleia Geral Ordinária (AGO) em 30 de abril, divulgada na noite de segunda-feira (24), confirmou a saída e a respectiva substituição de mais três conselheiros independentes. O australiano Douglas Upton, o executivo Luis Henrique Guimarães, ligado à Cosan, de Rubens Ometto, e o ex-governador do Espírito Santo, Paulo Hartung, vão deixar o colegiado. Para suas cadeiras, entram nomes com experiência nos setores de mineração e óleo e gás. Desde 2024, cinco dos oito conselheiros considerados independentes da Vale, ou 62% do total, pediram para sair. Fontes próximas à empresa dizem que todas as saídas foram motivadas por decisões pessoais e negam que evidenciem discordância sobre os rumos da companhia. No ano passado, a Vale passou por uma conturbada troca de presidente, processo marcado por pressões do governo e do presidente Luiz Inácio Lula da Silva sobre a empresa. Lula tentou fazer o ex-ministro Guido Mantega como CEO, mas acabou desistindo. Gustavo Pimenta, atual CEO e então vice-presidente financeiro da mineradora, acabou sendo escolhido como presidente no lugar de Eduardo Bartolomeo. Desde então, a Vale se aproximou mais do governo, com medidas de interesse do Planalto como o pagamento antecipado de R$ 4 bilhões, em dezembro, para renovar concessões ferroviárias, tema estratégico para a companhia. Este mês, Lula esteve em Carajás, no Pará, onde estão as principais reservas da empresa, para o anúncio de investimentos."

Fonte: Valor Econômico; 26/02/2025

Governo prorroga suspensão das importações de biodiesel

"O governo federal prorrogou por 180 dias o prazo do grupo de trabalho responsável por avaliar os impactos da importação de biodiesel e do Selo Biocombustível Social na mistura do diesel vendido no Brasil. Com isso, fica suspensa a possibilidade de importação do biocombustível até agosto deste ano. Se até lá a decisão for mantida, serão praticamente dois anos da proibição. O MME já havia prorrogado o prazo até março deste ano. A importação seria possível por uma reforma iniciada no governo de Jair Bolsonaro (PL), com alterações nas regras de comercialização. Em novembro de 2023, já no governo Lula (PT), a Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) regulamentou a abertura para o mercado externo. Logo na sequência, em dezembro de 2023, o CNPE suspendeu o aval à importação e criou o grupo de trabalho para avaliar os impactos da medida. Atendeu os produtores nacionais de biodiesel, que mantiveram a reserva do mercado para si, a partir da mistura obrigatória no diesel. Com a regulamentação da ANP, seria possível importar até 20% da demanda cativa por biodiesel no Brasil. Com a mistura em 14%, as distribuidoras tiveram uma meta de contratação de 1,1 bilhão de litros de biodiesel no primeiro bimestre deste ano. Os 80% restantes são assegurados pelo Selo Biocombustível Social, que determina que a maior parte da produção de biodiesel deve beneficiar a agricultura familiar. Os critérios foram ampliados ano passado, dado que mais de 70% da produção é feita com óleo de soja, cultura de grandes produtores."

Fonte: Eixos; 25/02/2025

Aneel aprova consulta sobre leilão de reserva de capacidade, previsto para junho de 2025

"A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) aprovou nesta terça-feira (25/2) consulta pública de 47 dias sobre o leilão de reserva de capacidade, previsto para junho de 2025. As contribuições serão recebidas entre 27 de fevereiro a 14 de abril de 2025. O relator, diretor Ricardo Tili, apresentou a sugestão de inserção de uma nova cláusula editalícia para a habilitação das empresas. Pela proposta, os concorrentes terão que apresentar autodeclaração atestando que os ativos utilizados para atendimento previsto em contrato não foram comprometidos com nenhuma outorga de concessão ou autorização, até a data de cadastramento do projeto junto à Empresa de Pesquisa Energética (EPE). Ou seja, até 14 de fevereiro de 2025. O certame vai contratar potência proveniente de empreendimentos de geração, novos e existentes. O leilão de reserva de capacidade, na forma de potência, será o segundo realizado. O primeiro, nesta modalidade, foi em 2021. Com mudanças no clima a operação do sistema elétrico exige mais fontes para atender, com segurança operativa, as cinco regiões do país nas horas de maior consumo e de menor geração das fontes renováveis."

Fonte: Eixos; 25/02/2025

Decisão do Ibama sobre Margem Equatorial será técnica, afirma Marina

"A ministra do Meio Ambiente e Mudança do Clima, Marina Silva, assegurou nesta terça-feira (25) que o resultado do licenciamento ambiental do projeto de exploração de petróleo na bacia da Foz do Rio Amazonas, na Margem Equatorial, virá do rigor da análise técnica do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama). “A decisão que for tomada, vai ser uma decisão técnica. Se for ‘sim’, é técnica; se for 'não', é técnica. Quem vai decidir vão ser os técnicos do Ibama, com certeza”, disse a ministra, depois de participar do evento “Adaptação como Prioridade para a COP30”. Questionada se tem atuado para garantir trâmite normal de análise no órgão ambiental, a despeito das pressões exercidas para agilizar a emissão da licença do projeto, Marina disse que esse não é um papel que lhe cabe, mas ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). “Quem faz isso acontecer é o presidente Lula, que viabiliza o respeito às instituições públicas, à Avisa, ao Ibama, ao ICMBio”, ressaltou Marina, antes de comentar sobre caráter técnico da análise do licenciamento do bloco exploratório da Petrobras localizado no litoral do Amapá. Desde o início do governo, a ministra do Meio Ambiente e Mudança do Clima tem tentado blindar o Ibama de pressões de outras alas do governo — como o Ministério de Minas e Energia —, da própria Petrobras e de parlamentares que representam Estados da região Norte."

Fonte: Valor Econômico; 25/02/2025

Marina defende fim do combustível fóssil e manda recado a “juízes do negacionismo climático”

"A ministra do Meio Ambiente e Mudança do Clima, voltou a defender o fim do consumo de combustíveis fósseis como parte importante do esforço de promover a transição energética no enfrentamento das mudanças climáticas. Para a ministra, é preciso “triplicar” a oferta de energia por fontes renováveis e “duplicar” a eficiência energética. Ao discursar no evento “Adaptação como Prioridade para a COP30”, a ministra fez referência ao trecho de canção de carnaval escrita pelo pernambucano Capiba para dizer que, apesar de haver resistência às medidas realmente capazes de conter o aquecimento global, a agenda climática vai se impor. “Queria tomar emprestado essa frase [da canção] para dizer: queiram ou não queiram os juízes do negacionismo climático, a questão da emergência climática está instalada na realidade do mundo e do nosso país”, disse Marina. A ministra explicou que a música mencionada era cantada por Eduardo Campos, ex-governador de Pernambuco, morto em acidente de avião, em 2014. Na ocasião, o político pernambucano disputava a eleição para presidente da República, em chapa formada com Marina, como vice. “Dificilmente, nós vamos estar devidamente adaptados se nós não mudarmos o modelo insustentável de desenvolvimento que contribuiu para tudo que está acontecendo”, disse ela, no evento realizado pelo instituto Talanoa. Ela discursou para a plateia formada por autoridades públicas, especialistas e representantes do setor privado e da sociedade civil tanto do Brasil quanto de outros países."

Fonte: Valor Econômico; 25/02/2025

Cenário global dificulta fortalecimento do multilateralismo no combate à crise climática, diz CEO da COP30

"CEO da COP30 e secretária nacional de mudanças climáticas do Brasil, Ana Toni afirmou, nesta terça-feira (25), que, com o cenário internacional que se desenha, está cada vez mais difícil fortalecer o multilateralismo para ações de combate à crise climática. “Não tenho nenhuma dúvida que o cenário internacional é extremamente difícil. Os Estados Unidos, as eleições que estão acontecendo e os outros governos. Logicamente, então, o cenário internacional para fortalecer o multilateralismo está cada vez mais difícil”, disse ela, no evento “Adaptação como Prioridade para a COP 30”, em Brasília. Apesar das dificuldades, Ana Toni destacou que a adaptação climática não é “uma escolha, mas, sim, uma necessidade”. Além disso, ressaltou que a COP30 será uma oportunidade para o Brasil apresentar seus projetos ambientais e auxiliar outros países na estruturação de estratégias para atração de financiamento climático. Entre os projetos brasileiros, ela citou os planos climáticos setoriais de adaptação, ações que integram o Plano Clima do Brasil. No total, são 16 planos, que são divididos entre os seguintes setores: agricultura e pecuária; agricultura familiar; biodiversidade; cidades e mobilidade; gestão de riscos e desastres; indústria; energia; transportes; igualdade racial e combate ao racismo; povos e comunidades tradicionais; povos indígenas; recursos hídricos; saúde; segurança alimentar e nutricional; oceano e zona costeira; e turismo."

Fonte: Valor Econômico; 25/02/2025

Internacional

Empresas

Airbus fecha acordo para financiar estudos de combustível sustentável de aviação na América Latina

"A Airbus e a Organização de Aviação Civil Internacional (OACI) firmaram um acordo pioneiro para a realização de estudos de viabilidade de combustíveis sustentáveis para aviação, os chamados SAF, na Argentina, Panamá e Peru. O anúncio aconteceu na segunda-feira (24) em São Paulo, durante a 18ª Reunião das Autoridades de Aviação Civil da Região Sul-Americana. Com a iniciativa, a Airbus passa a ser a primeira empresa do setor aeroespacial a financiar um estudo deste tipo, dentro de um projeto da OACI voltado para a capacitação de países no desenvolvimento e implementação de SAF. O investimento será feito por meio do Fundo Ambiental Voluntário da organização, mas valores não foram divulgados. Uma alternativa sustentável aos combustíveis fósseis, o SAF pode reduzir as emissões de carbono em até 80% ao longo de seu ciclo de vida em relação à querosene tradicional. No entanto, há desafios de custo e fabricação para ser adotado em escala pelas companhias aéreas. A Airbus destaca que este é peça-chave para atingir a meta de neutralidade de carbono na aviação até 2050. Atualmente, o setor representa cerca de 2,5% das emissões globais de gases de efeito estufa, segundo a Agência Internacional de Energia. Para a ampliação da produção global, a Airbus vem colaborando com cias aéreas, aeroportos, fornecedores e autoridades para fortalecer esse mercado. O momento é considerado promissor, com avanços regulatórios recentes na América Latina. Brasil, Colômbia e Chile, por exemplo, já trabalham em estruturas normativas para sua viabilização."

Fonte: Exame; 25/02/2025

Shell prevê aumento de 60% na demanda global de GNL até 2040, com a Ásia liderando o crescimento

"Estima-se que a demanda global por gás natural liquefeito (GNL) aumente em cerca de 60% até 2040, impulsionada em grande parte pelo crescimento econômico na Ásia, pelo impacto da inteligência artificial e pelos esforços para reduzir as emissões nas indústrias pesadas e no transporte, conforme relatado pela Shell em seu relatório anual na terça-feira. A demanda por gás natural continua a crescer globalmente à medida que o mundo faz a transição para combustíveis mais limpos. A indústria prevê que a demanda de GNL atinja entre 630 milhões e 718 milhões de toneladas métricas por ano até 2040, de acordo com a perspectiva anual de GNL da Shell para 2025. A última projeção do maior comerciante de GNL do mundo é superior à previsão do ano passado, que estimava a demanda global de GNL em 2040 entre 625 milhões e 685 milhões de toneladas por ano. “As previsões atualizadas mostram que o mundo precisará de mais gás para geração de energia, aquecimento, resfriamento, indústria e transporte para cumprir as metas de desenvolvimento e descarbonização”, afirmou Tom Summers, vice-presidente sênior de marketing e comércio de GNL da Shell. A China, o maior importador de GNL do mundo, e a Índia estão aumentando a capacidade de importação de GNL e a infraestrutura relacionada ao gás para atender à crescente demanda, acrescentou a Shell. Prevê-se que as importações de gás natural na China aumentem este ano, à medida que os planos de estímulo econômico elevam a demanda industrial, embora as tensões comerciais com os EUA possam limitar esse crescimento."

Fonte: Reuters; 25/02/2025

BofA elimina metas de diversidade para contratação e entrevista de candidatos

"O Bank of America abandonou algumas de suas iniciativas de diversidade à medida que navega em um novo clima de negócios sob o comando do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump. O segundo maior credor dos EUA retirou as referências às suas metas de contratação de diversidade e uma regra que exigia que os gerentes de contratação considerassem um grupo diversificado de candidatos, de acordo com um registro anual divulgado na terça-feira. As mudanças se afastam das políticas estabelecidas na declaração de procuração do banco no ano passado. “Avaliamos e ajustamos nossos programas à luz de novas leis, decisões judiciais e, mais recentemente, ordens executivas do novo governo”, afirmou um porta-voz do banco. “Nosso objetivo tem sido e continua sendo oferecer oportunidades a todos os nossos clientes, acionistas, colegas de equipe e às comunidades que atendemos.” Várias empresas suavizaram sua posição em relação à diversidade, equidade e inclusão nas últimas semanas após a posse de Trump. O novo governo tomou medidas para reverter os programas de DEI no governo federal e no setor privado. O Citigroup abandonou a exigência de ter uma lista diversificada de candidatos para as entrevistas de emprego, enquanto o Goldman Sachs encerrou sua política de abrir o capital apenas para empresas que tenham pelo menos dois membros diversificados em seus conselhos. “Sempre fomos um banco de oportunidades… temos uma empresa muito diversificada em termos de representação de estratos econômicos, todas as raças e todas as etnias”, disse o CEO do Bank of America, Brian Moynihan, em uma conferência na terça-feira."

Fonte: Reuters; 25/02/2025

Empresas são incentivadas a contribuir com o novo fundo da ONU para ajudar a proteger a natureza

"As empresas que utilizam a codificação genética do mundo natural para criar produtos que vão de medicamentos para perda de peso a cosméticos enfrentaram novos apelos na terça-feira para ajudar a financiar sua proteção, com o lançamento de um fundo dedicado durante uma conferência da ONU em Roma. Os países estão participando do evento COP16 esta semana em uma nova tentativa de gerar o financiamento necessário para deter a destruição de ecossistemas e espécies, com muitos defendendo um papel maior para o setor privado. O chamado “Fundo Cali”, nomeado em homenagem à cidade colombiana que sediou o início da conferência no ano passado, é o primeiro esforço da Convenção das Nações Unidas sobre Diversidade Biológica para se envolver diretamente na captação de recursos da comunidade empresarial. “A corrida para acessar a mina de ouro de dados genéticos não deve deixar para trás as comunidades que protegem esses recursos genéticos, e é aí que o Fundo Cali se torna um verdadeiro divisor de águas”, disse Elizabeth Mrema, vice-diretora executiva do Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (PNUMA), em uma coletiva de imprensa em Roma. Pelo menos metade dos recursos do fundo será destinada a povos indígenas e comunidades locais, e as empresas serão incentivadas a contribuir com uma parte de seus lucros ou receitas. Nenhuma empresa ainda assumiu compromissos firmes, mas a secretaria informou que está em discussões avançadas com empresas de várias jurisdições, incluindo os Estados Unidos."

Fonte: Reuters; 25/02/2025

Finanças pautam nova rodada da COP16 da Biodiversidade em Roma

"A 16ª edição da Conferência das Nações Unidas sobre Biodiversidade (COP16) foi retomada, nesta terça-feira (25), na sede da Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura (FAO), em Roma, na Itália, para nova rodada de negociações globais. No centro do debate – que prossegue até o dia 27 – está o financiamento para conservação e uso sustentável da diversidade de vida no planeta. O primeiro encontro, ocorrido em Cali, entre os dias 20 de outubro e 1º de novembro de 2024, terminou sem que os mais de 190 países presentes alcançassem acordo sobre o valor e a forma de financiamento das ações globais de biodiversidade. A maior parte países, inclusive o Brasil, não chegaram a apresentar nova proposta de Estratégias e Planos de Ação Nacional para a Biodiversidade (NBSAP na sigla em inglês), alinhadas ao Marco Global de Kunming-Montreal (GBF na sigla em em inglês). Por outro lado, a convenção avançou na construção de consenso para um acordo histórico sobre compartilhamento de benefícios do uso de informações genéticas de todo o mundo, além dos países concordarem com a criação do Fundo Cali, com a destinação 1% do lucro ou 0,1% da sua receita de comércios que fazem uso desse patrimônio global dos recursos naturais, como farmácias e indústrias. Segundo secretária nacional de Biodiversidade do Ministério do Meio Ambiente, Rita Mesquita, embora a primeira rodada tenha avançado em ações significativas, inclusive com a participação ativa do Brasil, como na criação de um órgão oficial na estrutura da COP integrado por populações tradicionais, a temática financeira ainda precisa de mais debate."

Fonte: InfoMoney; 25/02/2025

Bancos centrais devem ficar longe da política climática, diz Wunsch, do BCE

"Os banqueiros centrais devem ser cautelosos ao fazer campanhas sobre as mudanças climáticas e, em vez disso, devem se ater ao seu papel de supervisão, afirmou um dos principais analistas de taxas de juros da Europa, após o Federal Reserve se retirar de uma rede de políticas climáticas de alto nível. A independência dos bancos centrais é um “privilégio exorbitante”, e os formuladores de políticas monetárias devem evitar se desviar de sua missão principal de estabilidade e supervisão de preços, disse Pierre Wunsch, membro do conselho do Banco Central Europeu, ao The Wall Street Journal. “Não devemos ser ativistas”, afirmou ele. “Nosso papel deve continuar sendo entender como o clima afeta a economia, sem tentar conduzir a agenda política.” Wunsch, que também é governador do Banco Nacional da Bélgica, destacou que os banqueiros centrais precisam compreender o impacto das mudanças climáticas sobre a inflação e o crescimento. Eles também devem considerar o custo da transição e os riscos de crédito associados, acrescentou. “Além disso, há o risco de interferir na formulação de políticas”, disse Wunsch. “Às vezes, fico um pouco preocupado com o fato de que o que estamos tentando fazer é corrigir o fracasso da política.” No mês passado, o Fed se retirou da Network for Greening the Financial System (NGFS). Criada em 2017 como um grupo de bancos centrais e outras instituições financeiras, a NGFS é em grande parte europeia, mas também inclui o Banco Popular da China e a autoridade monetária de Cingapura. “A mudança climática é uma fonte de mudanças estruturais que afetam o sistema financeiro”, de acordo com a declaração de missão da rede."

Fonte: The Wall Street Journal; 25/02/2025

Kansas pede à EPA dos EUA um atraso de um ano para expandir as vendas de E15 no estado, diz a EPA

"A Agência de Proteção Ambiental dos Estados Unidos recebeu uma solicitação do Kansas para adiar em um ano a implementação de uma medida que expandiria as vendas de uma mistura de gasolina com maior teor de etanol no estado, informou a agência à Reuters na terça-feira. O pedido ocorre após a EPA anunciar na semana passada que manteria a data de implementação de 28 de abril para um pedido de oito governadores do Meio-Oeste, permitindo a venda durante todo o ano de gasolina contendo 15% de etanol, uma mistura conhecida como E15. A EPA acrescentou que consideraria a possibilidade de conceder atrasos de um ano para os estados que buscassem tempo adicional para a conformidade, algo que já foi solicitado por Ohio."

Fonte: Reuters; 25/02/2025

UE manterá metas climáticas, mas flexibilizará regras para empresas, diz chefe verde

"A União Europeia (UE) manterá suas metas climáticas de liderança mundial, conforme prometeu o czar da competitividade econômica do bloco, mesmo enquanto se prepara para suavizar algumas das políticas ambientais a fim de atender às necessidades da indústria em dificuldades. O Acordo Verde da UE, um conjunto ambicioso de políticas voltadas para a descarbonização da economia, foi lançado em 2019, mas desde então tem enfrentado críticas de empresas europeias que reclamam dos altos preços da energia e da regulamentação excessiva. As capitais também manifestam preocupação com o crescimento econômico estagnado, enquanto a retórica de Donald Trump em relação às metas climáticas dos EUA intensificou os apelos para que o bloco reavalie sua abordagem. “A realidade global evoluiu, e talvez precisemos considerar até que ponto as diretrizes estabelecidas necessitam de atualização”, afirmou a vice-presidente da Comissão Europeia, Teresa Ribera, em entrevista ao Financial Times. “Precisamos garantir que exista uma narrativa de crescimento e prosperidade”, acrescentou a comissária responsável pela transição verde e pela concorrência, ressaltando que essa é “uma linha tênue que precisamos equilibrar”."

Fonte: Financial Times; 26/02/2025

Índices ESG e suas performances

(1) O Índice ISE (Índice de Sustentabilidade Empresarial da B3) tem como objetivo ser o indicador do desempenho médio das cotações dos ativos de empresas com reconhecido comprometimento com o desenvolvimento sustentável, práticas e alinhamento estratégico com a sustentabilidade empresarial.
(2) O Índice S&P/B3 Brasil ESG mede a performance de títulos que cumprem critérios de sustentabilidade e é ponderado pelas pontuações ESG da S&P DJI. Ele exclui ações com base na sua participação em certas atividades comerciais, no seu desempenho em comparação com o Pacto Global da ONU e também cias sem pontuação ESG da S&P DJI.
(3) O ICO2 tem como propósito ser um instrumento indutor das discussões sobre mudança do clima no Brasil. A adesão das companhias ao ICO2 demonstra o comprometimento com a transparência de suas emissões e antecipa a visão de como estão se preparando para uma economia de baixo carbono.
(4) O objetivo do IGCT é ser o indicador do desempenho médio das cotações dos ativos de emissão de empresas integrantes do IGC que atendam aos critérios adicionais descritos nesta metodologia.
(5) A série de índices FTSE4Good foi projetada para medir o desempenho de empresas que demonstram fortes práticas ambientais, sociais e de governança (ESG).
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