Bom dia! Neste relatório diário publicado todas as manhãs pelo time ESG do Research da XP, buscamos trazer as últimas notícias para que você comece o dia bem informado e fique por dentro do tema ESG - do termo em inglês Environmental, Social and Governance ou, em português, ASG - Ambiental, Social e Governança.
Quais tópicos abordamos ao longo do conteúdo? (i) Notícias no Brasil e no mundo acerca do tema ESG; (ii) Performance histórica dos principais índices ESG em diferentes países; (iii) Comparativo da performance do Ibovespa vs. ISE (Índice de Sustentabilidade Empresarial, da B3); e (iv) Lista com os últimos relatórios publicados pelo Research ESG da XP.
Principais tópicos do dia
• O mercado fechou o pregão de segunda-feira em território positivo, com o IBOV e o ISE avançando 0,2% e 0,7%, respectivamente.
• No Brasil, segundo um estudo da Aurora Energy Research, veículos elétricos, data centers e produção de hidrogênio a partir da eletrólise devem pressionar a demanda por energia elétrica até 2060 e chegar a representar até 16% do consumo no país (vs. 2% atualmente) - de acordo com o estudo, o Brasil enfrenta uma transformação da demanda elétrica impulsionada por tecnologias em rápida evolução.
• No internacional, (i) a Dinamarca, que assumirá a presidência rotativa do Conselho da União Europeia em julho, rejeitou o pedido da Alemanha e da França para que o bloco se desfizesse de uma lei que exige que as empresas monitorem e mitiguem o impacto ambiental em suas cadeias de suprimentos - em contexto, a Dinamarca é um dos países mais ambiciosos do bloco no que diz respeito à adoção de legislação verde; e (ii) o Japão deve melhorar as condições de financiamento para as construtoras interessadas no leilão do parque eólico offshore diante da queda global de projetos, afetada por custos crescentes e atrasos - com isso, o governo mantém a meta de ter 45 gigawatts de capacidade eólica offshore até 2040.
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Brasil
Empresas
Cade aprova aquisição de projetos solares da Raízen Energia pela Pátria
"A Superintendência Geral do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (SG/Cade) autorizou a compra de projetos de energia solar desenvolvidos pela Raízen Energia pela Pátria Infraestrutura. A decisão foi publicada no Diário Oficial da União desta segunda-feira (26/5). A operação envolve a transferência de 29 empresas de propósito específico que detêm usinas de geração distribuída (GD) solar fotovoltaica, originalmente controladas pela Raízen Energia, para a Infraestrutura Brasil Holding 38, subsidiária integral da Pátria Infra Core FIP. Segundo os autos do processo, a aprovação permite ao fundo administrado pela Pátria ingressar no mercado de geração distribuída de energia no país."
Fonte: Eixos; 26/05/2025
Data centers, hidrogênio e carros elétricos podem consumir 16% da energia no Brasil até 2060
"Veículos elétricos, data centers e produção de hidrogênio a partir da eletrólise devem pressionar a demanda por energia elétrica até 2060 e chegar a representar até 16% do consumo no Brasil, aponta estudo da Aurora Energy Research. Atualmente, eles representam 2% do consumo. Segundo o estudo, o Brasil enfrenta uma transformação da demanda elétrica. Antes, ela era impulsionada pelos setores industriais e residenciais; agora, por tecnologias em rápida evolução. Enquanto a demanda de consumidores industriais, comerciais e residenciais deve crescer de forma moderada, esses novos vetores de consumo têm potencial de crescimento mais acelerado e podem demandar cargas flexíveis, dependendo do desenvolvimento regulatório e das condições de mercado. Os veículos elétricos, por exemplo, só representarão cerca de 3% da demanda se compuserem 20% da frota em 2060. Porém, o impacto no sistema elétrico dependerá da forma de recarga. Já os data centers devem contribuir com 4% da demanda total até 2060 de forma inflexível, devido à necessidade de alta disponibilidade e carga base constante. Até o momento, já foram submetidos cerca de 15 gigawatts (GW) em pedidos de conexão para data centers até 2035. Entretanto, a Aurora projetou 4,75 GW de nova capacidade de data centers no Brasil até 2035, considerando as limitações do setor elétrico. Neste ano, a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) rejeitou os primeiros grandes projetos de hidrogênio verde e de data centers, alegando risco de sobrecarga no Sistema Interconectado Nacional (SIN)."
Fonte: Eixos; 26/05/2025
Aterro em Manaus quer colocar Amazônia na rota dos combustíveis sustentáveis
"Os resíduos urbanos que vão para aterros sanitários são matéria-prima para biogás, biometano e até combustível marítimo, e podem colocar a capital do Amazonas, Manaus, no mapa do fornecimento de combustíveis sustentáveis. Construído pela Marquise Ambiental, com investimento de R$ 200 milhões, o Centro de Tratamento e Transformação de Resíduos (CTTR) Amazonas inaugurou em 2024 a primeira célula para disposição de resíduos sólidos, com capacidade de tratar até 1,7 mil toneladas ao dia. A infraestrutura a cerca de 3 km da margem da BR-174 foi planejada nos moldes do negócio operado em parceria com a MDC em Fortaleza, no Ceará, onde as companhias produzem biometano e injetam na rede de distribuição da Cegás, oferecendo a molécula sustentável aos consumidores do estado. “O biometano é o agente de descarbonização do gás de petróleo. Nós não somos concorrentes, somos parte integrante do processo de transição energética do gás”, comenta Hugo Nery, presidente da Marquise Ambiental. Nery participou, na última semana, de um evento promovido pela Associação Brasileira de Resíduos e Meio Ambiente (Abrema), em Manaus, sobre o potencial do biometano na agenda climática da COP30. Na visão do executivo, há um leque de possibilidades de geração de valor a partir do manejo adequado dos resíduos – do biogás ao adubo, alcançando ainda produtos cobiçados como hidrogênio e combustíveis marítimos."
Fonte: Eixos; 26/05/2025
Brasil emite 4 milhões de toneladas de CO₂ em dependência da China na importação de painéis solares
"O Brasil está perdendo uma oportunidade de ouro no setor de energia solar pela dependência chinesa em tecnologia. Enquanto se consolida como potência em energias renováveis, continua importando da China boa parte dos painéis fotovoltaicos e gerando um impacto ambiental maior, além de perder bilhões em valor agregado. É o que aponta um estudo inédito do Instituto E+ Transição Energética: as importações brasileiras de silício, componente essencial dos painéis solares - resultaram na emissão de 4 milhões de toneladas de CO₂ em 2024 -- o mesmo de emissões anuais de quase 880 mil carros e o equivalente a 0,4% do total nacional. A conta ambiental é pesada porque a China, que domina a produção mundial de silício, tem uma matriz elétrica 17 vezes mais poluente que a brasileira. Por outro lado, o Brasil tem tudo para ser protagonista na cadeia do silício solar: reservas abundantes de quartzo (matéria-prima), já produz silício metálico e tem a matriz elétrica mais limpa do mundo para processos industriais intensivos energeticamente. Mesmo assim, exporta silício bruto - de baixo valor - e importa painéis prontos - de alto valor. Edlayan Passos, especialista em Energia do Instituto E+ Transição Energética, explicou à EXAME que seria possível reduzir a dependência chinesa internalizando parte da cadeia de valor. A organização defende uma abordagem chamada “micro-targeting industrial”, desenvolvida em colaboração com a Universidade Johns Hopkins."
Fonte: Exame; 26/05/2025
Atmos defende carro elétrico e gás para a transição energética brasileira
"Há diversas narrativas sobre a transição energética — e muitas acabam vistas como verdades absolutas. A Atmos Capital está tentando diferenciar o fato da versão. Há diversas narrativas sobre a transição energética — e muitas acabam vistas como verdades absolutas. Numa carta a investidores recém-publicada, a gestora do Leblon critica a narrativa do ‘Brasil potência verde’; defende os carros elétricos e os híbridos movidos a etanol como a alternativa mais sustentável para o Brasil; e aponta o gás como o grande vencedor da transição. A carta — que encerra uma trilogia da Atmos sobre o assunto — aborda a “disrupção tecnológica e institucional” no setor de energia. A análise parte de dois vetores de transformação: a revolução dos semicondutores, que levou à queda expressiva de preço dos paineis solares e, combinado à vontade política de incentivar a transição, resultou no crescimento da geração distribuída; e a evolução das baterias de lítio em termos de custo e performance, o que está viabilizando os veículos elétricos. A análise da Atmos mostra que a dinâmica dos EVs, somada à maior eficiência dos híbridos, indica um futuro no qual o share de quilômetros rodados seja cada vez mais elétrico. “É importante lembrar que o EV é mais eficiente do que o carro à combustão mesmo quando alimentado por eletricidade gerada a partir de termelétricas fósseis. (…) No caso do grid brasileiro, com sua maciça penetração de fontes renováveis, a vantagem se amplia”, diz o texto."
Fonte: Brazil Journal; 26/05/2025
"Na Ilha das Cinzas, no arquipélago do Marajó (PA), nasceu um novo capítulo da bioeconomia brasileira. Em uma região marcada pela riqueza natural e desafios logísticos severos, a Associação dos Trabalhadores Agroextrativistas da Ilha das Cinzas (ATAIC), com apoio da Natura e da WEG, inaugurou a primeira agroindústria comunitária em área de várzea da Amazônia — e do país — com autonomia energética baseada em painéis solares e sistema de baterias de lítio. Com a nova estrutura, a cooperativa passa a extrair óleos e manteigas diretamente das sementes de espécies nativas, tais como andiroba, murumuru e ucuuba, em vez de apenas comercializar as amêndoas secas. A expectativa é que a transformação dos insumos aumente significativamente o valor agregado do produto final, elevando em mais de 60% a renda média das mais de 400 famílias associadas. “Este é um modelo de impacto sistêmico: desenvolvemos fornecedores locais, aumentamos a produtividade com menor impacto ambiental e ainda conseguimos manter a floresta em pé”, afirma Ângela Pinhati, diretora de Sustentabilidade da Natura. “A industrialização local diminui custos logísticos e melhora a qualidade do insumo que chega às nossas fábricas.” A infraestrutura energética do projeto é um marco por si só. A WEG, responsável pelo fornecimento e instalação do sistema, implementou uma solução que combina painéis solares com baterias de lítio de alta capacidade, permitindo operação autônoma mesmo em regiões desconectadas da rede elétrica nacional."
Fonte: Valor Econômico; 26/05/2025
Renováveis têm demissões e buscam ressarcimento
"Na Enquanto a questão do ressarcimento dos cortes feitos pelo Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) segue sem resolução, o setor de energias renováveis lida com baixa dos investimentos e demissão em massa. No caso do setor eólico, a crise não dá sinais de retração, com cerca de 11 mil empregos fechados em toda a cadeia. O cenário de baixo investimento se amplia desde 2022, quando houve uma primeira queda no número de projetos contratados, desembocando em desaceleração a partir de 2024. Em 2023, ainda houve recorde de instalação, com 5 gigawatts (GW). No ano seguinte, foram 3,3 GW e, para 2025, estão previstos só 2,8 GW. A desistência de empresas em novos projetos gerou um efeito cascata que temlevado à desindustrialização na cadeia eólica. Segundo o levantamento da Associação Brasileira de Energia Eólica (Abeeólica) com informações divulgadas no mercado, a redução da produção e fechamento de fábricas já causou cerca de 6 mil demissões no segmento de fabricação de pás e 1,5 mil na produção de aerogeradores, entre 2024 e 2025. Entre os fornecedores de componentes, partes e peças variadas, são estimadas outras 3,5 mil demissões no mesmo período. O levantamento da entidade aponta os desligamentos e paralisações das fabricantes de aerogeradores (OEMs) - como Vestas, Nordex-Acciona, WEG, Siemens Gamesa, entre outras."
Fonte: Valor Econômico; 27/05/2025
Política
Itamaraty: governo vê com preocupação UE classificar Brasil como 'risco médio' de desmatamento
"O governo brasileiro recebeu com preocupação a classificação do Brasil como “risco médio” associado a desmatamento publicada neste domingo (25/5) pela Comissão Europeia, informou o Ministério das Relações Exteriores (MRE), em nota. “No que tange especificamente ao processo de classificação de risco tal como figura na lei europeia, prevaleceu a discricionariedade de critérios tanto para avaliação quantitativa quanto qualitativa dos países, com base em recorte temporal retroativo (2015-2020). Em especial, é motivo de estranheza que a grande maioria dos países que ainda detêm e preservam as maiores áreas de floresta tropical nativa do planeta tenham sido classificados em categoria de risco superior à de países que praticam agricultura de clima temperado”, disse o Itamaraty na nota. A classificação, chamado de benchmarking, integra a lei antidesmatamento do bloco, que proíbe a entrada de produtos ligados a desmatamento nos países europeus a partir de 30 dezembro deste ano. De acordo com o risco estabelecido pela Comissão Europeia os países terão maiores ou menores exigências a cumprir no processo de comprovação de que os produtos não estão ligados ao desmatamento. A normativa atinge as cadeias de gado, cacau, café, óleo de palma, borracha, soja e madeira. O Itamaraty afirmou ainda que a lista publicada pela Comissão Europeia, a metodologia e as fontes de dados utilizadas serão examinadas de forma detalhada pelo governo brasileiro."
Fonte: Eixos; 26/05/2025
Alckmin diz que expectativa é assinar até o fim do ano acordo entre Mercosul e UE
"O vice-presidente da República e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC), Geraldo Alckmin (PSB), disse nesta segunda-feira (26/5) que a expectativa é assinar até o fim do ano o acordo entre Mercosul e União Europeia. “Nós temos que ganhar mercado. Primeiro, ampliando o Mercosul. Já além dos quatro membros, entrou o quinto, a Bolívia. Depois, fazendo acordo. O Mercosul tem acordo com o Egito, Israel e Palestina. Foi feito já Mercosul-Cingapura, e agora Mercosul-União Europeia, os 27 países dos mais ricos do mundo. Esperamos, até o final do ano, poder avançar, e já estar assinado o acordo Mercosul-União Europeia”. A declaração chega após a UE classificar o país como “risco padrão” para desmatamento, suscitando críticas do governo brasileiro sobre a metodologia utilizada para o cálculo. Em nota, o Ministério das Relações Exteriores (MRE) contesta regra que usou dados de 2015 a 2020 (gestões Temer e Bolsonaro) para avaliar desmatamento, o que pode barrar exportações de soja e carne à UE a partir de dezembro. De acordo com o risco estabelecido pela Comissão Europeia, os países terão maiores ou menores exigências a cumprir no processo de comprovação de que os produtos não estão ligados ao desmatamento. A normativa atinge as cadeias de gado, cacau, café, óleo de palma, borracha, soja e madeira. O vice-presidente participou da abertura do evento Nova Indústria Brasil, em comemoração ao Dia da Indústria, no Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), no Rio de Janeiro. A conferência é promovida por Brasil 247, TV 247 e Agenda do Poder."
Fonte: Eixos; 26/05/2025
Elmano de Freitas critica Ibama e defende exploração de petróleo na Margem Equatorial
"O governador do Ceará, Elmano de Freitas (PT), criticou o Ibama pelo que chamou de atraso na liberação para estudos com o objetivo de explorar petróleo na Margem Equatorial. “Sou da opinião de que deveríamos estar explorando (o petróleo na Margem Equatorial) há muito tempo. Eu tenho mais de 15 km de distância para o que se chama de foz. É uma riqueza que temos de utilizar enquanto podemos utilizar. Temos uma situação no mundo de mudança de matriz energética e vai rapidamente se acelerar”, disse o governador. “Precisamos explorar e utilizar essa riqueza para o desenvolvimento do país. Grande parte da riqueza pode inclusive financiar a mudança da matriz energética que o país precisa. O que o Ibama concluiu agora podia ter concluído anos atrás. Na minha opinião, perdemos tempo”, completou."
Fonte: Eixos; 26/05/2025
Financiamento de países ricos para nações em desenvolvimento não é caridade, diz diretora da COP30
"O caminho para atingir uma meta coletiva de financiamento climático (NCQG, na sigla em inglês) no patamar de trilhões de dólares demanda atuação coletiva, com um recurso que “não é caridade”, afirmou, nesta segunda-feira (26), a secretária nacional de mudança do clima e diretora-executiva da conferência climática da ONU no Brasil (COP30), Ana Toni. “Tem que ser do interesse de todos, ou, do contrário, não vamos conseguir mobilizar os recursos. Se o recurso não vier para os países em desenvolvimento, não teremos como contribuir para a descarbonização”, disse a secretária durante o II Fórum de Finanças Climáticas e de Natureza, no Rio. Entre a COP29 e a COP30, os Estados-Parte da Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre a Mudança do Clima (UNFCCC) acordaram um valor de US$ 300 bilhões para financiamento climático, mas os países em desenvolvimento consideraram insuficiente. Um parágrafo incluído no texto final pediu um relatório com caminhos para mobilizar US$ 1,3 trilhão até 2035, a ser desenvolvido pela presidência da COP30, junto com a da COP29, do Azerbaijão. Os dois países lideram esse processo em duas frentes: ouvindo os Estados-Parte via UNFCCC e articulando ministros de Finanças, inspirados nas discussões do G20 presidido pelo Brasil, em 2024. “Quando a gente está com a obrigação de trazer o relatório, com instrumentos como reforma dos bancos multilaterais, TFFF [Fundo Florestas Tropicais para Sempre], taxações solidárias e temas que espero que estarão no relatório, quero deixar muito claro que conseguir com que o fluxo de financiamento dos países desenvolvidos chegue para os em desenvolvimento não é doação, não é bondade, não é caridade”, afirmou Ana Toni."
Fonte: Valor Econômico; 26/05/2025
Internacional
Empresas
Investidores interessados em soluções para absorver emissões de carbono
"Empresas de tecnologia, bancos e grupos de navegação estão investindo em um método de remoção de dióxido de carbono que promete acelerar a reação química entre as rochas absorventes e a chuva. O processo geológico natural é acelerado pelo espalhamento de rocha de silicato triturada em terras agrícolas para aumentar a área de superfície da rocha e seu contato com o CO₂, dizem seus promotores. Os materiais alcalinos também podem ser adicionados ao fundo do oceano. A noção está crescendo em popularidade, com os poluidores apostando em uma variedade de tecnologias para atingir as metas “net zero” da forma mais barata possível nas próximas décadas. No mês passado, a Microsoft concordou em comprar 12.000 toneladas dos chamados créditos de carbono brasileiros de “intemperismo de rocha aprimorado” entre 2026 e 2029, da Terradot, sediada em São Francisco, que obtém basalto de pedreiras no sul do Brasil e o transporta para fazendas próximas. O Fundo de Inovação Climática da Microsoft participou de uma rodada de financiamento de US$ 54 milhões para a empresa. O XPrize, apoiado pela Fundação Elon Musk, concedeu recentemente US$ 5 milhões e US$ 50 milhões, respectivamente, a duas empresas que promovem o aumento da resistência às intempéries: A Undo, empresa iniciante sediada em Londres, da qual a Microsoft também se comprometeu a comprar créditos, e a Mati Carbon, que conta com financiamento do JPMorgan e testou a aplicação de pó em campos de arroz. Usando uma tecnologia separada que se baseia em reações químicas semelhantes, a Abu Dhabi National Oil Company apoiou a start-up 44.01 para uma tecnologia piloto que injeta CO₂ dissolvido em rochas encontradas no Emirado de Fujairah."
Fonte: Financial Times; 26/05/2025
Enel da Itália aumentará capacidade de energia verde nos EUA com troca de parques eólicos
"A maior concessionária de serviços públicos da Itália, a Enel assinou um acordo de swap com a americana Gulf Pacific Power, abrangendo alguns ativos de parques eólicos, o que aumentará sua capacidade verde consolidada líquida nos Estados Unidos em 285 megawatts, informou a empresa na segunda-feira. O acordo faz parte da estratégia da Enel de aumentar sua capacidade de geração a partir de fontes renováveis, também por meio da aquisição dos chamados ativos "brownfield", que são projetos já em operação. A capacidade verde consolidada instalada líquida total da Enel nos Estados Unidos totalizou 11.620 MW no primeiro trimestre de 2025. A Enel, por meio de sua subsidiária Enel Green Power North America, pagará à GPP cerca de US$ 50 milhões, sujeito a um mecanismo de ajuste. A empresa não especificou os ativos que serão incluídos no acordo. O acordo, quando concluído, aumentará o lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (EBITDA) ordinário do grupo em aproximadamente US$ 50 milhões."
Fonte: Reuters; 26/05/2025
BYD avança na Europa, queima estoque na China – e já é a terceira global
"As fabricantes chinesas de veículos vão conquistando mercado ao redor do mundo; a BYD, por exemplo, acaba de superar a Tesla na Europa pela primeira vez como a marca de EVs mais vendida. Mas a competição também é acirrada dentro do próprio mercado chinês. Para consolidar sua liderança e queimar estoques de modelos mais antigos, a BYD anunciou na sexta-feira que dará um desconto de até 34% nos preços de 22 modelos até o final de junho.O Seagull, o carro mais vendido na China, agora sai por 55.800 iuanes (cerca de US$ 7.800), uma redução de 20%. Já o sedã híbrido Seal vai ficar 34% mais em conta, saindo por 102.800 iuanes (US$ 14.300). No Brasil, o Seagull ganhou o nome de Dolphin Mini, e é vendido por R$ 120 mil (pouco mais de US$ 20 mil)."
Fonte: Brazil Journal; 26/05/2025
Política
Alemanha pede transparência de fundos com investimento em defesa
"O órgão regulador financeiro da Alemanha está pedindo que gestores de ativos sejam transparentes ao adicionar participações no setor de defesa a fundos comercializados como sustentáveis, em meio a preocupações de que um aumento repentino dessas posições possa incomodar alguns clientes. O guidance segue uma decisão do lobby de investimentos da Alemanha de atualizar os padrões de exclusão, abrindo caminho para um aumento considerável nas alocações de defesa. Os gestores de ativos afirmam que é uma forma de alinhar os objetivos de investimento com a agenda política do bloco, conforme a Europa se adapta a uma guerra cada vez mais arraigada na Ucrânia. A preocupação, no entanto, é que os clientes de investimento que optaram por ativos sustentáveis possam se recusar a ver seu dinheiro destinado a armas de guerra. “Questões que podem ser controversas precisam ser visíveis”, disse Rupert Schaefer, diretor-executivo de estratégia, política e controle da Autoridade Federal de Supervisão Financeira da Alemanha, ou BaFin. “Recomendamos fortemente que as empresas não decepcionem seus clientes com clareza insuficiente”, disse ele em uma entrevista. O setor financeiro europeu está em modo de reinicialização, à medida que gestores de fundos, da Escandinávia à França, buscam maneiras de apoiar ativos de defesa, cuja importância geopolítica aumentou em face da guerra e do agravamento dos laços com os EUA. A mudança também ajudou a impulsionar os retornos das carteiras ESG após anos de baixo desempenho. Fundos que investiram na Rheinmetall, da Alemanha, no início do ano, por exemplo, foram beneficiados por uma valorização de quase 200%."
Fonte: Valor Econômico; 26/05/2025
"A Dinamarca rejeitou os apelos da Alemanha e da França para que se desfizesse de uma lei da UE sobre a cadeia de suprimentos que se tornou um símbolo do dilema do bloco entre atingir suas ambiciosas metas climáticas e ajudar sua indústria em dificuldades. "Não concordamos" em abandonar os planos de exigir que as empresas monitorem, denunciem e tomem medidas contra o trabalho forçado e mitiguem o impacto ambiental de suas operações fora da UE, disse o ministro da Indústria dinamarquês, Morten Bødskov, ao Financial Times. Copenhague ganhará maior influência política em Bruxelas ao assumir a presidência rotativa do Conselho da UE em julho. A Dinamarca é um dos países mais ambiciosos do bloco no que diz respeito à adoção de legislação verde e à pressão para que a UE vá ainda mais além das metas atuais e reduza suas emissões de gases de efeito estufa em 90% até 2040. Os Estados-membros da UE e o Parlamento Europeu estão atualmente negociando o adiamento das regras da cadeia de suprimentos, que são uma parte fundamental da ambiciosa agenda climática e de direitos humanos do bloco. Mas tanto Paris quanto Berlim pediram a revogação total da lei, alegando que os requisitos adicionais de relatórios só prejudicarão ainda mais a competitividade do bloco, em um momento em que muitos setores industriais europeus lutam para acompanhar os concorrentes chineses e americanos. O CEO de um grupo de construção e logística que realiza projetos nos EUA e na África disse anteriormente ao FT que havia começado a monitorar mais de 700 métricas para cumprir a lei da cadeia de suprimentos a um custo de "vários milhões" de euros."
Fonte: Financial Times; 26/05/2025
Japão deve flexibilizar regras de energia eólica offshore frente à hesitação de participantes
"O Japão provavelmente melhorará as condições para que construtoras construam um enorme parque eólico offshore, afirmam fontes do setor, buscando recolocar suas ambições energéticas nos trilhos diante da queda global de projetos, afetada por custos crescentes e atrasos. O governo pretende ter 45 gigawatts de capacidade eólica offshore até 2040, o que é essencial para reduzir a dependência do país de carvão e gás importados para geração de energia, reduzir suas emissões de carbono e reforçar a segurança nacional.Mas seus planos estagnaram após três grandes rodadas de leilões para desenvolver capacidade. A trading Mitsubishi (8058.T), abre uma nova aba, vencedora do primeiro leilão do governo em 2021, alertou em fevereiro que o aumento dos custos a forçou a rever seus planos. A empresa ainda não iniciou a construção de nenhum projeto. O alerta da Mitsubishi, juntamente com a contabilização de mais de US$ 300 milhões em perdas com energia eólica offshore, seguiu a decisão da dinamarquesa Orsted (ORSTED.CO), abre uma nova aba de se retirar do Japão no ano passado, em uma reestruturação global. A Shell também cortou recentemente sua equipe focada na energia eólica offshore do Japão, disseram três fontes do setor, à medida que reduz as operações de baixo carbono. A Shell se recusou a comentar sobre suas operações eólicas offshore, mas disse que "avalia continuamente as oportunidades para otimizar seu portfólio global."
Fonte: Reuters; 27/05/2025
Índices ESG e suas performances


(1) O Índice ISE (Índice de Sustentabilidade Empresarial da B3) tem como objetivo ser o indicador do desempenho médio das cotações dos ativos de empresas com reconhecido comprometimento com o desenvolvimento sustentável, práticas e alinhamento estratégico com a sustentabilidade empresarial.
(2) O Índice S&P/B3 Brasil ESG mede a performance de títulos que cumprem critérios de sustentabilidade e é ponderado pelas pontuações ESG da S&P DJI. Ele exclui ações com base na sua participação em certas atividades comerciais, no seu desempenho em comparação com o Pacto Global da ONU e também cias sem pontuação ESG da S&P DJI.
(3) O ICO2 tem como propósito ser um instrumento indutor das discussões sobre mudança do clima no Brasil. A adesão das companhias ao ICO2 demonstra o comprometimento com a transparência de suas emissões e antecipa a visão de como estão se preparando para uma economia de baixo carbono.
(4) O objetivo do IGCT é ser o indicador do desempenho médio das cotações dos ativos de emissão de empresas integrantes do IGC que atendam aos critérios adicionais descritos nesta metodologia.
(5) A série de índices FTSE4Good foi projetada para medir o desempenho de empresas que demonstram fortes práticas ambientais, sociais e de governança (ESG)..
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