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Brasil recebe classificação de risco padrão para desmatamento pela UE | Café com ESG, 23/05

UE classifica Brasil com risco padrão para desmatamento; Acelen avança em SAF a partir de macaúba

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Bom dia! Neste relatório diário publicado todas as manhãs pelo time ESG do Research da XP, buscamos trazer as últimas notícias para que você comece o dia bem informado e fique por dentro do tema ESG - do termo em inglês Environmental, Social and Governance ou, em português, ASG - Ambiental, Social e Governança.

Quais tópicos abordamos ao longo do conteúdo? (i) Notícias no Brasil e no mundo acerca do tema ESG; (ii) Performance histórica dos principais índices ESG em diferentes países; (iii) Comparativo da performance do Ibovespa vs. ISE (Índice de Sustentabilidade Empresarial, da B3); e (iv) Lista com os últimos relatórios publicados pelo Research ESG da XP.

Principais tópicos do dia

• O mercado fechou o pregão de quinta-feira em território misto, com o IBOV recuando 0,44%, enquanto o ISE fechou no zero a zero.

• Na política, (i) o Senado dos EUA votou ontem para suspender o plano da Califórnia de acabar com a venda de veículos movidos apenas a gasolina até 2035, que foi adotado por outros 11 estados, representando um terço do mercado automotivo do país - a decisão final agora segue para o presidente Donald Trump; (ii) a Comissão Europeia publicou ontem a primeira lista de classificação de risco dos países para o desmatamento, com o Brasil classificando em risco padrão - de acordo com o documento, a classificação define o grau de verificações de conformidade que as autoridades dos Estados-Membros devem prever para cada país, sendo 1% para risco baixo, 3% para padrão e 9% para alto.

• Do lado das empresas, a Acelen começou a plantar macaúba em Cachoeira, no Recôncavo Baiano, para a produção de combustível sustentável de aviação (SAF) e diesel renovável (HVO) - o plano é iniciar a produção de SAF e diesel renovável com óleo vegetal e gordura animal não comestível em 2027, e a produção de combustíveis do óleo de macaúba a partir de 2030.

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Brasil

Empresas

Ibama e Petrobras vão se reunir para definir data do simulado na Foz do Amazonas

"Equipes do Ibama e da Petrobras vão se reunir para definir, em comum acordo, a data do simulado de exploração de petróleo na Bacia da Foz do Amazonas, disse nesta quinta-feira o presidente do órgão ambiental, Rodrigo Agostinho. Ele comentou, durante evento no Rio de Janeiro, que ainda não sabe se será possível fazer o simulado na Foz do Amazonas até o fim de junho, como quer a Petrobras. A Petrobras afirmou ao Ibama nesta semana que a limpeza da sonda NS-42, que integrará o simulado de vazamento de petróleo na região, estará concluída até o final de maio. A empresa informou ainda, em carta ao Ibama, que o equipamento chegará ao local até o final de junho. A simulação, segundo a Petrobras, é o último passo antes da concessão da licença para a exploração da região considerada nova fronteira petrolífera, mas com questões ambientais sensíveis."

Fonte: InfoMoney; 22/05/2025

Uberaba atrai segundo projeto de hidrogênio verde para fertilizantes

"A empresa H2Brazil anunciou, nesta quinta (22/5), a assinatura de acordos para desenvolver dois grandes projetos de hidrogênio verde no Brasil — um deles na Zona de Processamento de Exportação (ZPE) de Uberaba, em Minas Gerais, e o outro no Porto do Açu, no Rio de Janeiro. A planta em Minas Gerais terá capacidade de até 820 MW até 2030, para produção de fertilizantes nitrogenados a partir de hidrogênio verde, com investimento estimado de R$ 7,8 bilhões (€1,24 bilhão), segundo o acordo firmado durante evento do setor de hidrogênio, na Holanda. Para Pedro Caçorino, CEO da companhia, a escolha do Brasil, e de Uberaba, se deve à abundância de fontes renováveis e a uma matriz elétrica já considerada 100% verde. “Com recursos hidroelétricos, solares e eólicos excepcionais e uma rede elétrica reconhecida internacionalmente como 100% verde, podemos produzir hidrogênio verde e seus derivados, como a amônia, a preços competitivos em nível global”, disse. Além do projeto da H2Brazil, o Uberaba também é sede de outra iniciativa. A futura planta da Atlas Agro, pretende produzir amônia verde a partir do hidrogênio. A região é considerada estratégica por estar próxima à atividade agrícola e ter uma logística de transporte rodoviário bem estabelecida, permitindo fácil escoamento da produção. Além de ter grande oferta de energia renovável e abundância de água — matérias-primas do hidrogênio produzido via eletrólise. Segundo a COO da H2Brazil, Nathália Ervedosa, a viabilidade do projeto envolveu parcerias firmadas com o Governo de Minas Gerais, a Invest Minas, a Prefeitura de Uberaba e a CEMIG."

Fonte: Eixos; 22/05/2025

Acelen Renováveis começa a plantar macaúba na Bahia para produção de biocombustíveis

"A Acelen Renováveis começou a plantar macaúba em Cachoeira, no Recôncavo Baiano, para a produção de combustível sustentável de aviação (SAF) e diesel renovável (HVO). A empresa plantará, aproximadamente, 200 hectares (ha) da palmeira na fazenda-modelo Campinas. Ao todo, serão cultivados 1500 ha na região, que receberá mais de 800 mil mudas. Em 2023, a Acelen assinou um Memorando de Entendimento com o governo da Bahia para produção de combustíveis renováveis. A empresa desenvolve projetos na Bahia e em Minas Gerais. Segundo o COO da Acelen Renováveis, Marcelo Cordaro, a escolha de Cachoeira para o plantio foi motivada pela legislação e pelas condições agronômicas do terreno, além da proximidade com São Francisco do Conde, onde será construída uma biorrefinaria para produção de 1 bilhão de litros de combustíveis por ano. “Nosso compromisso com a região é forte e já mostramos o impacto positivo da nossa chegada há três anos com a Refinaria de Mataripe. Agora, é a vez da Acelen Renováveis participar e apoiar o desenvolvimento de Cachoeira”, disse, em nota, o executivo. O projeto deve gerar cerca de 200 postos de trabalho na fazenda-modelo. O plano é iniciar a produção de SAF e diesel renovável com óleo vegetal e gordura animal não comestível em 2027. Já a produção de combustíveis do óleo de macaúba deve ocorrer a partir de 2030. Em fevereiro, a companhia anunciou a primeira extração de óleo em fluxo contínuo em escala industrial de macaúba no Acelen Agripark, centro de inovação tecnológica agroindustrial da companhia que está em construção na cidade de Montes Claros, em Minas Gerais."

Fonte: Eixos; 22/05/2025

Brasil está na vanguarda do SAF

"O Brasil está muito bem posicionado para liderar globalmente a produção de combustíveis sustentáveis voltados à aviação (SAF), afirmou Joe Ryan, diretor da Crux Alliance, durante o “Summit Valor Brazil-USA”. No painel sobre sustentabilidade, mediado por Maria Luíza Filgueiras, editora do Pipeline, Ryan destacou que o Brasil dispõe de todos os elementos para se tornar competitivo no desenvolvimento de biocombustíveis e avançar muito em mercados como China e Europa. Luciana Costa, diretora de infraestrutura, transição energética e mudança climática do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), reforçou que o Brasil já vem liderando a agenda de transição energética. Com a mesma percepção de Ryan, Costa afirmou que o país atingiu um patamar com condições muito favoráveis para assumir o protagonismo na produção de biocombustíveis para aviação. Os investimentos brasileiros em energia renovável combinados à matriz energética limpa foram destacados por Maria Carreño, diretora sênior de clima da organização internacional CLASP. Em sua avaliação, o Brasil desponta em uma posição invejável em relação ao resto do mundo. Essa condição, acrescentou ela, reforça a importância de o país continuar a priorizar a agenda da eficiência energética por meio de programas federais."

Fonte: Valor Econômico; 23/05/2025

Política

Proposta sobre florestas deverá ser uma das 'principais entregas' do Brasil na COP30, diz Haddad

"O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou nesta quinta-feira (22) que a proposta em elaboração pelo governo federal para a preservação de florestas tropicais deverá ser uma das “principais entregas” do Brasil na Conferência das Nações Unidas sobre as Mudanças Climáticas (COP) 30. O evento será realizado em novembro em Belém (PA). “Estamos trabalhando para que essa seja uma das principais entregas do Brasil na COP-30, ao valorizar as florestas tropicais como ativos para o desenvolvimento econômico e social”, disse no II Diálogo Brasil-África sobre Segurança Alimentar, Combate à Fome e Desenvolvimento Rural, realizado no Palácio do Itamaraty, em Brasília. Haddad também destacou que o crescimento populacional da África entre 2020 e 2050 deverá representar mais de 60% da expansão da população mundial no período, “com mais de 10 milhões de jovens ingressando anualmente no mercado de trabalho”. “Além disso, [o continente] possui 60% das terras aráveis disponíveis globalmente”, afirmou. De acordo com ele, para que esse “potencial” seja aproveitado pela África, serão “necessários investimentos em energia, infraestrutura e soluções digitais, áreas nas quais o Brasil tem avançado muito nos últimos anos”. O ministro ainda destacou a postura do Brasil na presidência do G20 no ano passado, período em que “reafirmamos nosso compromisso com uma governança financeira internacional mais justa”."

Fonte: Valor Econômico; 22/05/2025

BNDES assina liberação de R$ 11,2 bilhões do Fundo Clima

"O presidente do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Aloizio Mercadante, defendeu nesta quinta-feira o que considera uma posição firme do Brasil adotada pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva na área ambiental. Ao participar de evento sobre o Dia Nacional de Biodiversidade, no Rio, ele assinou acordo com o Ministério de Meio Ambiente (MMA) para a liberação de R$ 11,2 bilhões do Fundo Clima para ações ambientais, que tinha sido anunciado em abril. Em sua fala, Mercadante destacou o avanço do negacionismo sobre as mudanças climáticas e disse esperar que a COP30 seja um momento de mudança nesse processo. “Estamos vivendo um momento em que o negacionismo volta com muita força. Os maiores poluidores, que são os Estados Unidos, estão saindo do Acordo de Paris. […] O Brasil tem que ter posição firme, como tem tido o presidente Lula. Temos que liderar a agenda ambiental, fazer da COP30 momento de mudança nesse processo”, afirmou ele, em evento no Jardim Botânico do Rio de Janeiro ao lado da ministra do Meio Ambiente e Mudança do Clima, Marina Silva. No evento, houve a assinatura formal do acordo para liberação de R$ 11,2 bilhões para o Plano Anual de Aplicação de Recursos para 2025, que prevê investimentos em projetos de mitigação e adaptação que contribuam para proteger a população dos efeitos da emergência climática em todo o país."

Fonte: Valor Econômico; 22/05/2025

Flexibilização destrói ‘coluna vertebral’ da proteção ambiental no Brasil, diz Marina Silva

"A ministra do Meio Ambiente e Mudança do Clima, Marina Silva, afirmou, nesta quinta-feira (22), que o Projeto de Lei que flexibiliza o processo de licenciamento ambiental, aprovado no Senado, na quarta (21), representa a destruição de um arcabouço existente há mais de 40 anos no país. “Desde 1981, o Brasil tem uma Lei de licenciamento ambiental que é a coluna vertebral da proteção ambiental. Infelizmente, o que foi aprovado ontem no Senado foi uma demolição disso”, disse Marina. Recebida de pé e sob aplausos, a ministra falou em uma aula magistral na PUC-Rio sobre biodiversidade. “Pela lei que foi aprovada ontem, estou em luto, mas, pelo que encontro aqui, estou em luta”, disse. “No Dia da Biodiversidade [celebrado hoje], saber que podemos fazer esse encontro de saberes é algo que tira um pouco desse luto do meu coração”, afirmou Marina. O evento faz parte do Congresso das Universidades Ibero-americanas, preparatório para COP30, que celebra os 10 anos da "Laudato Si'”, encíclica do falecido papa Francisco, que trata do cuidado com o meio ambiente e com as pessoas. Em um discurso com referências religiosas, Marina afirmou que cada espécie da biodiversidade que entra na lista de extinção é um “louvor a menos para o Criador”, e que a ciência precisa enfrentar o “armagedom ambiental”. “Estamos vivendo um momento tão difícil que só os paradoxos podem nos ajudar. É muito bom saber que os senhores estão aqui trazendo a ciência, essa superfície de sustentação”, disse Marina."

Fonte: Valor Econômico; 22/05/2025

Busca por US$ 1,3 tri mobiliza esforços por solução até COP30

"Nó histórico das negociações climáticas, o financiamento não está na pauta oficial da COP30, em novembro, mas, por mais contraditório que pareça, é o que a conferência climática da ONU em Belém precisa enfrentar. A dificuldade é da magnitude da urgência climática: de onde virá o dinheiro. É necessário mobilizar, no mínimo, US$ 1,3 trilhão ao ano para que o mundo se descarbonize até 2035 e o aquecimento possa ser limitado a 1,5°C o quanto antes. A resposta virá de um documento assinado em conjunto pelos presidentes da COP29, do Azerbaijão, e da COP30. Dito assim, parece pouco. Longe disso. O “Baku to Belem Roadmap to 1,3T” (ou o Mapa do caminho de Baku a Belém para US$ 1,3 trilhão) está mobilizando um grande esforço do governo brasileiro que busca debater o tema e encontrar soluções globais com economistas, ministros das finanças e presidentes de bancos centrais, diretores e especialistas do Banco Mundial, do Banco Interamericano de Desenvolvimento, do Fundo Monetário Internacional, de instituições europeias, chinesas e indianas, dirigentes de fundações filantrópicas e seguradoras, CEOs de empresas e organizações de classe. “Estamos gerando um grande ecossistema e com muita capilaridade”, diz Tatiana Rosito, embaixadora e secretária de Assuntos Internacionais do Ministério da Fazenda. A economista é uma das arquitetas desta grande costura financeira - uma das peças-chave do mutirão global pelo clima convocado pelo presidente da COP30, o embaixador André Corrêa do Lago."

Fonte: Valor Econômico; 23/05/2025

Internacional

Empresas

Marcas de moda enfrentam crescente pressão da UE para reduzir o desperdício de têxteis

"“Quanto é demais?”, pergunta Lars Fogh Mortensen, especialista em economia circular da Agência Europeia do Meio Ambiente, em um vídeo explicativo publicado nas mídias sociais. Uma pilha de roupas é atirada em Mortensen para ilustrar como o consumo de roupas, calçados e outros têxteis na UE atingiu um recorde. A AEA informou em março que o cidadão médio da UE comprou 19 kg de têxteis em 2022, em comparação com 17 kg em 2019. Embora a UE tenha embarcado em uma ambiciosa estratégia de têxteis sustentáveis e circulares em 2022, especialistas em clima alertam que a transição para longe da moda rápida é muito lenta, pois as marcas lutam para equilibrar o crescimento e reduzir sua pegada de carbono para cumprir as metas climáticas da UE para 2030. O plano de ação de economia circular da UE, adotado em 2020 como um dos principais blocos de construção do Acordo Verde Europeu, visa reduzir a pressão sobre os recursos naturais e criar crescimento e empregos sustentáveis. Isso significa uma mudança de modelos lineares - nos quais criamos produtos que se tornam resíduos - para modelos circulares, nos quais os materiais nunca se tornam resíduos porque são mantidos no ciclo de produção, causando menos danos à natureza."

Fonte: Financial Times; 22/05/2025

PepsiCo está postergando suas metas climáticas. A empresa quer falar sobre isso

"Como as empresas estão enfrentando reações negativas por desfazerem discretamente suas promessas ambientais, a PepsiCo está tentando uma nova abordagem. A gigante das bebidas e dos salgadinhos, que fabrica desde o refrigerante Mountain Dew até as batatas fritas Lays, citou esta semana uma série de razões pelas quais não cumprirá algumas de suas metas de sustentabilidade. Ela apontou alguns fatores externos, como a falta de progresso na reciclagem e na infraestrutura de carregamento de veículos elétricos, bem como na modernização da rede elétrica. A PepsiCo também citou fatores internos, como o crescimento do negócio. A PepsiCo disse na quinta-feira que adiou em uma década sua meta de atingir emissões líquidas zero de 2040 para 2050, bem como alguns atrasos nas metas de embalagens plásticas, para citar algumas das mudanças. A empresa também fez algumas novas promessas, por exemplo, aumentou sua meta de agricultura regenerativa, práticas agrícolas destinadas a aumentar a biodiversidade e muito mais, e agora pretende adotar essas práticas em 10 milhões de acres até 2030, em vez de sua meta anterior de 7 milhões de acres. Jim Andrew, diretor de sustentabilidade, disse que a capacidade da PepsiCo de progredir no ritmo que gostaria “depende muito, muito mesmo, da mudança dos sistemas ao nosso redor”. Ele acrescentou que o “mundo era um lugar muito diferente” quando a empresa estava trabalhando nessas metas em 2020, em meio a um cenário político e regulatório completamente diferente."

Fonte: The Wall Street Journal; 22/05/2025

Ações do setor de energia solar despencam depois que a lei tributária de Trump avança na Câmara dos EUA

"As ações das empresas de energia solar dos EUA caíram drasticamente na quinta-feira, depois que a Câmara dos Deputados aprovou o projeto de lei do presidente Donald Trump sobre impostos e gastos, que pode acabar com vários subsídios à energia verde que apoiaram o setor de energia renovável. A Sunrun liderou a derrota do mercado, com as ações caindo quase 41% nas negociações do início da manhã, a SolarEdge Technologies caiu quase 26%, a Enphase Energy caiu 17,7% e a Complete Solaria caiu mais de 15%. As ações da Maxeon Solar caíram 9%, as do Emeren Group caíram 5,2%, as da JinkoSolar caíram 4,7%, enquanto as da First Solar e da Canadian Solar caíram 5,4% e 6,4%, respectivamente. O pacote orçamentário de Trump - que ele chama de “um grande e belo projeto de lei” - eliminaria o financiamento estabelecido pela Lei de Redução da Inflação do governo Biden e revogaria os subsídios destinados a reduzir a poluição do ar, as emissões de gases de efeito estufa ou a compra de veículos elétricos pesados. O projeto de lei removeria o crédito fiscal federal de 30% para contribuintes que instalam sistemas solares em telhados, o que representa um desafio significativo para o setor. Embora o setor já estivesse prevendo a eliminação gradual dos créditos fiscais para energia eólica e solar, a nova versão do projeto de lei acelera esse cronograma, disse à Reuters o analista Pavel Molchanov, da Raymond James. De acordo com o novo cronograma proposto, os projetos de energia solar ou eólica devem começar a ser construídos em até 60 dias após a promulgação do projeto de lei e terminar a construção até o final de 2028."

Fonte: Reuters; 22/05/2025

União Europeia classifica Brasil como país de risco padrão para desmatamento

"A Comissão Europeia publicou nesta quinta-feira (22/5) a primeira lista de classificação de risco dos países para o desmatamento. O Brasil ficou classificado em risco padrão, junto com nações como Indonésia, Malásia, México e Argentina, entre outras. Em risco considerado alto ficaram quatro países: Rússia, Coreia do Norte, Belarus e Mianmar. Em nota, a comissão destacou que a lista “é um marco importante antes da entrada em vigor da legislação em 30 de dezembro de 2025 para grandes empresas e 30 de junho de 2026 para micro e pequenas empresas”. O levantamento levou em conta sete commodities incluídas no Regulamento da União Europeia sobre Desmatamento (EUDR, na sigla em inglês), entre elas gado, cacau, café, dendê (óleo de palma), borracha, soja e madeira. “Essas commodities foram selecionadas com base em uma avaliação de efeito detalhado que as identificou como os principais impulsionadores do desmatamento devido à expansão agrícola”, disse em comunicado. De acordo com o documento, a classificação define o grau de verificações de conformidade que as autoridades dos Estados-Membros devem prever para cada país, sendo 1% para risco baixo, 3% para padrão e 9% para alto. Com isso, a obtenção de produtos de países de baixo risco implica obrigações simplificadas, sem a necessidade de avaliar e mitigar riscos. Já países identificados como de alto risco estão sujeitos a sanções do Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU) ou do Conselho da UE sobre importações ou exportações de commodities e produtos relevantes, segundo a Comissão."

Fonte: Eixos; 22/05/2025

Senado dos EUA vota para bloquear as regras para veículos elétricos da Califórnia 2035

"O Senado dos EUA votou na quinta-feira para barrar o plano histórico da Califórnia de acabar com a venda de veículos movidos apenas a gasolina até 2035, que foi adotado por outros 11 estados, representando um terço do mercado automotivo dos EUA. A votação envia ao presidente Donald Trump a medida para revogar uma isenção concedida pela Agência de Proteção Ambiental dos EUA sob o comando do ex-presidente Joe Biden em dezembro, permitindo que a Califórnia exija que pelo menos 80% dos veículos sejam elétricos até 2035. A votação é uma vitória para a General Motors, Toyota e outras montadoras que fizeram lobby pesado contra as regras e um golpe para a Califórnia e grupos ambientais que dizem que as exigências são essenciais para garantir veículos mais limpos e reduzir a poluição. A Califórnia anunciou pela primeira vez um plano em 2020 para exigir que, até 2035, pelo menos 80% dos carros novos vendidos sejam elétricos e até 20% de modelos híbridos plug-in. "Essa votação no Senado é ilegal", disse o governador da Califórnia, Gavin Newsom, acrescentando que a ação do Senado custaria aos contribuintes da Califórnia cerca de US$ 45 bilhões em custos adicionais de saúde. "Vamos lutar contra esse ataque inconstitucional à Califórnia no tribunal". Desde 1970, a Califórnia recebeu mais de 100 isenções de acordo com a Lei do Ar Limpo. Os republicanos do Senado rejeitaram o conselho do parlamentar para seguir em frente."

Fonte: Reuters; 22/05/2025

UE pede a 44 produtores de óleo e gás que forneçam novas soluções de armazenamento de CO2

"A Comissão Europeia disse na quinta-feira que pediu a 44 empresas de petróleo e gás que contribuíssem para a meta coletiva da UE de armazenar pelo menos 50 milhões de toneladas de CO2 por ano até 2030, como parte do objetivo do bloco de alcançar a neutralidade climática. As empresas são obrigadas a participar da meta da UE proporcionalmente à sua participação na produção de petróleo bruto e gás natural da União entre 2020 e 2023, informou a Comissão em um comunicado. "Depois de extrair hidrocarbonetos e contribuir para as emissões de gases de efeito estufa, (o setor europeu de petróleo e gás) agora contribuirá para armazenar CO2 e ajudar a mitigar a mudança climática", disse Kurt Vandenberghe, chefe da diretoria geral da Comissão para ação climática. "Combinando seu know-how industrial com processos de licenciamento mais rápidos e apoio financeiro robusto - inclusive do Fundo de Inovação com recursos do ETS - podemos fazer um progresso substancial no avanço da descarbonização e modernização industrial na Europa", acrescentou."

Fonte: Reuters; 22/05/2025

EUA dão vitória à China ao eliminar incentivos fiscais para energia verde, diz arquiteto da IRA

"A eliminação do programa de créditos fiscais de energia e tecnologia verde da era Biden nos EUA prejudicaria os principais estados republicanos, aumentaria os preços para os consumidores, afetaria os empregos e “daria uma vitória” à China, alertou um dos principais arquitetos da Lei de Redução da Inflação (IRA). A Câmara dos Deputados aprovou por pouco um projeto de lei orçamentária abrangente na quinta-feira, que inclui planos para acabar com os créditos tributários de energia limpa antes do esperado, minando um dos pilares do programa de assinatura lançado pelo ex-presidente Joe Biden. John Podesta, ex-conselheiro de Biden para clima e energia limpa, que supervisionou o desenvolvimento do plano de créditos e incentivos verdes de 2022, declarou ao Financial Times Climate and Impact Summit que o governo Trump havia “jogado a toalha” em relação à transformação dos EUA em um centro importante de tecnologia e manufatura limpas. “Em um momento em que vimos investimentos recordes no setor e na manufatura, a combinação de tarifas, a alta estrutura de endividamento que o Senado promulgou e a reversão da Lei de Redução da Inflação estão, essencialmente, descartando uma mão muito, muito forte e essencial”, disse ele. Podesta argumentou que o IRA ajudou a impulsionar o investimento em muitos estados governados por republicanos, citando exemplos de fabricação de veículos elétricos e baterias, de Georgia a Michigan. Ele mencionou uma pesquisa que indica que US$ 862 bilhões em investimentos em energia limpa foram anunciados nos EUA desde a aprovação do IRA."

Fonte: Financial Times; 23/05/2025

Índices ESG e suas performances

(1) O Índice ISE (Índice de Sustentabilidade Empresarial da B3) tem como objetivo ser o indicador do desempenho médio das cotações dos ativos de empresas com reconhecido comprometimento com o desenvolvimento sustentável, práticas e alinhamento estratégico com a sustentabilidade empresarial.
(2) O Índice S&P/B3 Brasil ESG mede a performance de títulos que cumprem critérios de sustentabilidade e é ponderado pelas pontuações ESG da S&P DJI. Ele exclui ações com base na sua participação em certas atividades comerciais, no seu desempenho em comparação com o Pacto Global da ONU e também cias sem pontuação ESG da S&P DJI.
(3) O ICO2 tem como propósito ser um instrumento indutor das discussões sobre mudança do clima no Brasil. A adesão das companhias ao ICO2 demonstra o comprometimento com a transparência de suas emissões e antecipa a visão de como estão se preparando para uma economia de baixo carbono.
(4) O objetivo do IGCT é ser o indicador do desempenho médio das cotações dos ativos de emissão de empresas integrantes do IGC que atendam aos critérios adicionais descritos nesta metodologia.
(5) A série de índices FTSE4Good foi projetada para medir o desempenho de empresas que demonstram fortes práticas ambientais, sociais e de governança (ESG).
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