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Economia em Destaque: Sinalização de juros em alta nos EUA afeta mercados

Seu resumo semanal de economia no Brasil e no mundo

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Resumo

No cenário internacional, o destaque foi a divulgação da ata do FOMC, o comitê de política monetária do banco central americano, que surpreendeu os mercados com seu tom mais duro, sinalizando alta de juros mais cedo que o previsto ou em ritmo mais acelerado. Além disso, dados de emprego sinalizaram mercado de trabalho aquecido.

Publicamos o relatório Brasil Macro Mensal de janeiro incluindo projeções para 2023. Na seara de dados econômicos, a produção industrial apresentou a sexta queda mensal consecutiva. No campo político, o ano já inicia com riscos fiscais em alta.

Para semana que vem, os destaques serão a divulgação da inflação ao consumidor (CPI) e ao produtor (PPI) nos EUA e na China, dados de dezembro. No Brasil, contaremos com a divulgação do IPCA de dezembro e das pesquisas do comércio e de serviços de novembro.

Atualizações Covid-19

A variante Ômicron mais branda, assim como o aumento da cobertura vacinal diminuem o risco de internação pela Covid-19. No mundo, o número de novos casos registrados por dia atinge novas máximas, enquanto os óbitos caem, consequência da efetividade da vacinação. 

Os dados oficiais brasileiros de casos, óbitos e vacinação seguem apresentando instabilidade. A prefeitura do Rio de Janeiro cancelou o Carnaval de rua, a exemplo de outras cidades do Brasil, ao ver subir nas últimas semanas o número de casos devido às festas de final de ano. 

Cenário Internacional

Ata do Fed em tom mais duro

A ata da última reunião do Comitê de política monetária (FOMC) do Fed foi publicada esta semana e movimentou os mercados pelo tom mais duro, sinalizando a possibilidade de aumento de juros mais cedo que o esperado pelo mercado ou em um ritmo mais rápido. O documento também trouxe sinais de preocupações com o mercado de trabalho, que dá sinais de aperto. 

Alta de juros nos EUA reduz a atratividade de ativos de risco - como a bolsa - e o fluxo de capitais para países emergentes. Por isso os mercados reagiram mal à sinalização do Fed. 

O tom duro da ata nos levou a mudar nossa visão sobre o início do processo de alta de juros de junho para março e no número de aumentos de taxas em 2022 de dois para três. Os juros dos títulos do governo americano (treasuries) subiram imediatamente após a publicação da ata e os preços das ações e das commodities caíram. 

Mercado de trabalho segue aquecido nos EUA

Os EUA criaram menos postos de trabalho que o esperado em dezembro. Mas a taxa de desemprego caiu, indo de 4,2% em dezembro para 3,9% (consenso: 4,1%) e o rendimento real médio por hora teve alta de 0,6% no mês (consenso: 0,4%) e de 4,7% no ano (consenso: 4,2%). 

Dados semanais de pedidos de seguro-desemprego também seguem perto das mínimas históricas.  O mercado de trabalho americano está ficando cada vez mais apertado à medida que os empregadores enfrentam dificuldades crescentes para o preenchimento de vagas. 

Isso reforça o risco inflacionário, e por consequência a perspectiva de alta de juros. 

Recorde de inflação também na Zona do Euro 

A taxa anual de inflação ao consumidor na zona do euro atingiu 5,0% em dezembro de 2021 (consenso: 4,7%), recorde histórico (se igualando à inflação em doze meses de jul/1991). O número é ligeiramente acima dos 4,9% registrados no mês anterior. A elevação do índice de preços ao consumidor da região deve ampliar as pressões para que o BCE (Banco Central Europeu) aperte sua política monetária, cuja meta explícita de inflação corresponde a 2%.

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Enquanto isso, no Brasil...

Brasil Macro Mensal

Publicamos nosso relatório Brasil Macro Mensal de janeiro. A alta dos juros e as contínuas incertezas fiscais pesam sobre a atividade econômica. Mantivemos a projeção de crescimento nulo para 2022 e esperamos recuperação moderada em 2023 (crescimento de 1,2%). O fiscal segue no centro do debate público, como tema-chave para as eleições e permeado de incertezas. Esperamos deterioração das contas públicas neste ano pela desaceleração econômica e pelo aumento no teto de gastos. Para a política monetária, esperamos elevações adicionais da taxa de juros até 11,5% e início do ciclo de normalização já no final do ano com um corte para 11%. Nossa expectativa é que a inflação responda desacelerando neste ano até fechar 2022 em 5,2% e que em 2023 já fique na meta, em 3,25%.

Pressões por reajustes aumentam risco fiscal

As notícias dos últimos dias vêm mostrando a pressão crescente dos servidores públicos por aumento de salários. Este é um risco importante para as perspectivas fiscais, uma vez que não há espaço previsto para reajustes dentro do teto de gastos em 2022.

Outro tema importante na frente fiscal é a desoneração da folha, sancionada no último dia do ano passado, que não tem medidas de compensação pela perda de receita (e, portanto, descumpre a Lei de Responsabilidade Fiscal). Detalhamos estes temas em um relatório que pode ser acessado aqui.

Produção industrial recua pelo sexto mês seguido

A indústria total recuou 0,2% entre outubro e novembro(expectativa XP: 0,5%; consenso: 0,1%), o que significou a sexta contração consecutiva. A sequência de quedas é em grande parte resultado da falta de insumos de produção geradas pelo impacto da pandemia nas cadeias globais de valor. Em relação a novembro de 2020, o volume produzido contraiu 4,4% (XP: -3,5%; consenso: -4,1%).

Produzimos um relatório com detalhes sobre o último resultado da produção industrial e sobre como isto afeta as perspectivas de atividade econômica da XP, confira aqui.

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O que esperar para semana que vem?

No cenário internacional, destaque para a publicação dos índices de inflação ao produtor e ao consumidor nos EUA e na China, ambos referentes a dezembro. Outras divulgações sobre a economia americana também merecem atenção, tais como a produção industrial e as vendas no varejo referentes ao último mês de 2021, além do "Livro Bege" (relatório sobre as condições econômicas correntes em cada um dos 12 distritos do Federal Reserve).

No cenário doméstico, a publicação do IPCA de dezembro estará no centro das atenções. Além disso, os resultados da Pesquisa Mensal de Serviços (PMS) e da Pesquisa Mensal do Comércio (PMC) referentes a novembro serão úteis para a calibragem das projeções de atividade econômica no final de 2021. No campo político, discussões sobre a desoneração da folha de pagamento de alguns setores e a pressão por aumento das remunerações de servidores públicos devem permanecer no radar.

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