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Economia em Destaque: Inflação pior nos EUA e Europa, e melhor no Brasil

Seu resumo semanal de economia no Brasil e no mundo

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Resumo

No cenário internacional, o destaque foi a inflação nos EUA e na Zona do Euro. Nos Estados Unidos, a inflação medida pelo deflator de gastos em consumo pessoal ficou acima do esperado, enquanto na Zona do Euro a inflação bateu um novo recorde e ultrapassou a marca de 10% em 12 meses.

No Brasil, o destaque foi a divulgação da ata do Copom, da prévia da inflação de setembro e de dados de mercado de trabalho de agosto.

Cenário internacional

Inflação medida pelo deflator do consumo fica acima do esperado nos EUA

A inflação medida pelo deflator do consumo (PCE Deflator, na sigla em inglês) subiu 0,4% no mês (contra 0,3% do consenso) e caiu de 6,4% para 6,2% no acumulado em 12 meses. O PCE Deflator é a medida de inflação favorita do Fed, o banco central americano.

Apesar da melhora em 12 meses, a inflação continua elevada e o mercado de trabalho segue aquecido. O resultado reforça a sinalização dos membros do Fed de que os juros seguirão aumentando, ainda que a um ritmo menor.

O próximo indicador chave neste sentido serão os dados do mercado de trabalho referentes a setembro, que serão divulgados na próxima sexta feira.

Inflação da Zona do Euro bate os 10%

A inflação na zona do euro aumentou em 1,2% em setembro, acima das expectativas do mercado de 0,9%, levando taxa de variação anual de 9,1% em agosto para 10,0% em setembro, um novo recorde. No geral, a inflação mostrou uma pressão contínua se espalhando por todos os setores e países. Esse número pressionará o Banco Central Europeu a seguir aumentando as taxas de juros, mesmo com o risco de recessão gerado pela crise energética gerada pela guerra na Ucrânia. Confira aqui mais detalhes.

Atividade econômica na China dá sinais de melhora

Na China, dados oficiais mostraram que a atividade manufatureira cresceu inesperadamente em setembro, quebrando dois meses consecutivos de declínio, mas uma pesquisa privada separada da Caixin pintou um quadro muito diferente, já que o PMI industrial do país encolheu para 48,1 em setembro, de 49,5 no mês anterior. Ainda nesta semana, o Banco Mundial revisou para baixo sua previsão de crescimento da China para 2,8%, em comparação com 8,1% no ano passado, e de sua previsão em abril entre 4 e 5% para este ano.

Reino Unido enfrenta turbulências devido ao pacote fiscal anunciado na semana passada

O Banco da Inglaterra (BoE) teve que retomar seu programa de compra de títulos públicos para evitar um colapso no setor de fundos de pensão do Reino Unido. O banco central alertou para um “risco material para a estabilidade financeira do Reino Unido”. Economistas alertam que a injeção de bilhões de libras de dinheiro novo na economia pode re-alimentar a inflação. Ainda assim, os mercados melhoraram no país após o anúncio.

Enquanto isso, no Brasil...

Ata do Copom reforça tom duro do comunicado

A ata da última reunião do Comitê de Política Monetária do Banco Central (Copom) reforçou o tom duro do comunicado que acompanhou a decisão de juros na semana passada, destacando uma série de condições para que a taxa de juros não volte a subir nos próximos meses. Entre eles, a redução da inflação de serviços e estabilização das projeções de inflação para 2024 em torno da meta de 3%.

Acreditamos que a desinflação global em 2023 ajudará o Copom a trazer a inflação doméstica para a trajetória de metas até 2024, abrindo espaço para queda de juros no segundo semestre do ano que vem.

Mas, para isso, entendemos ser fundamental que a política fiscal siga ancorada em uma trajetória sustentável da dívida pública brasileira.    

Prévia da inflação de setembro registra deflação acima do esperado

O IPCA-15 de setembro (prévia da inflação mensal) recuou 0,37% em comparação a agosto, surpreendendo para baixo nossa estimativa e o consenso de mercado (ambos em -0,20%). Com isso, o índice acumula alta de 4,63% no ano e de 7,96% nos últimos 12 meses (ante 9,60% na leitura anterior). A inflação de serviços também mostrou alguma acomodação, o que é uma boa notícia dada sua usual persistência. Ainda assim, segue rodando perto de 10%.

Após surpresas baixistas no período recente, a equipe econômica da XP revisou a projeção para o IPCA de 2022 de 6,1% para 5,6%. Confira aqui mais detalhes.

Dados indicam continuidade da tendência de melhora no mercado de trabalho

Nesta semana foram divulgados dados do mercado de trabalho em agosto (Caged e PNAD-C), que indicaram continuidade da tendência de melhora dos últimos meses, ainda que a um ritmo menor. A taxa de desemprego recuou para 8,9% no trimestre móvel encerrado em agosto (contra 9,1% em julho). A retomada do emprego apresenta perfil disseminado entre setores e tipos de ocupação. Isto posto, observamos alguns sinais de perda de fôlego nos últimos meses, em linha com nosso cenário para a atividade econômica doméstica. Nossa projeção para a taxa de desemprego no final de 2022 é de 8,5%.

O que esperar para a semana que vem?

Para a semana que vem, o destaque internacional será a política monetária, com discursos de dirigentes do Fed e dados de emprego de setembro, que influenciam a tomada de decisão de juros.

No Brasil, o destaque será a repercussão das eleições, e possíveis sinalizações sobre a política econômica. O tema fiscal permanece o de maior atenção nos mercados.  Entre os dados econômicos, destaque para as vendas no varejo e a produção industrial de agosto.

Fonte: Bloomberg, XP.
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