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Economia em Destaque: Inflação ao consumidor atinge novo recorde nos EUA

Seu resumo semanal de economia no Brasil e no mundo

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Resumo

Os destaques internacionais da semana foi a inflação ao consumidor nos Estados Unidos, que atingiu recorde em 41 anos e a reunião do Comitê de Política Monetária do Banco Central Europeu, que manteve a taxa de juros.

No cenário doméstico, o destaque foram os dados de atividade econômica e a fala do presidente do BC, Roberto Campos Neto, sinalizando que a alta de juros pode continuar por mais tempo. A greve dos servidores do BC continua e afeta divulgação de dados econômicos.

Atualizações Covid-19

No Brasil, as médias móveis de sete dias de novos casos e de óbitos caíram para 20,3 mil e 132, respectivamente. Ao todo, 83,4% da população brasileira já está vacinada com ao menos a primeira dose de imunizante contra a doença; 76,7% já tomou dose única ou duas doses e 39,6% já teve o reforço da vacinação.

Cenário internacional

Guerra na Ucrânia continua, temores sobre a oferta de energia russa elevam provocam alta em commodities energéticas

A guerra na Ucrânia continua, e o tom das potências ocidentais vem escalando. Suécia e Finlândia sinalizaram seguir no caminho da adesão à OTAN, o que alarma Moscou.

A guerra tem impacto direto nos preços das commodities, principalmente de energia (petróleo, gás natural) e agrícolas – a região do conflito é uma importante produtora de grãos e fertilizantes.

Inflação ao consumidor anualizada nos Estados Unidos renova recorde e é a mais alta desde 1981

A inflação CPI dos EUA atingiu 8,5% no acumulado em 12 meses até o mês de março. No mês, a inflação teve alta de 1,2%, puxado pelos aumentos de alimentos e combustíveis. O número reflete tanto os desequilíbrios de oferta e demanda gerados pela pandemia, como a forte alta recente dos custos de produção, consequência da guerra na Ucrânia.

Neste ambiente, projetamos que o banco central americano eleve sua taxa básica de juros em 0,50p.p. em maio, e continue subindo até pelo menos meados do ano que vem. A sinalização de política monetária mais apertada nos EUA aumenta o risco de recessão no país, e tende a gerar mais volatilidade nos mercados financeiros globais.

BCE mantém taxa de juros, com o mercado de olho nas eleições da França

Conforme o esperado, o Banco Central Europeu (BCE) manteve a taxa básica de juros. Na região, a inflação alcançou recorde de 7,5% em doze meses. Na comunicação após a decisão, não foi dada uma sinalização clara de quando devem começar as altas. A região é altamente dependente de commodities energéticas russas, e dados de inflação de março ainda não foram divulgados.

Mercados europeus passaram por turbulências esta semana na expectativa da reunião do BCE e das eleições na França. O atual presidente, Macron, disputará o segundo turno com a candidata de extrema-direita Marine Le Pen. As pesquisas apontam pequena vantagem do incumbente, mas caso Le Pen seja eleita, poderia resultar em mudança de direções políticas do bloco europeu.

Lockdown na China gera protestos e é ameaça para inflação global

A cidade de Xangai permanece sob lockdown após aumento dos casos de Covid-19 na região, que atingem sucessivamente recordes diários desde o início da pandemia. Os números, ainda que menores do que os registrados em outras partes do mundo, é significativo para a China que adora uma política de Covid zero.

As mediadas restritivas representam risco inflacionário para o mundo, pois tende a intensificar os problemas nas cadeias globais de produção.

Nesta semana, a insatisfação da população sob lockdown repercutiu, com vídeos de protestos vindos de prédios de Xangai e postagens em redes sociais chinesas.

Como andam nossos vizinhos? Publicamos nossa avaliação mensal da América Latina

Nesta semana publicamos o relatório mensal sobre economia na América Latina. Na Argentina, o principal tema é o acordo com o FMI; no México, a reforma no setor de energia segue sendo destaque, assim como a inflação que chegou no nível máximo dos últimos 21 anos; na Colômbia, as eleições de maio são a principal temática. Já no Chile, o mercado segue atento ao começo do governo Boric, por lá, a inflação vem tento do lado da oferta quanto da demanda.

De um modo geral, os mercados da América Latina vem bem no ano, com moedas e bolsas se valorizando. Muito disso ocorre em decorrência da alta de juros na região, a guerra na Ucrânia também ajudou a favorecer a América Latina entre os mercados emergentes.

Enquanto isso, no Brasil...

Revisão de cenário: Inflação alta deve levar Selic a 13,75%

Após surpresas na inflação de março, divulgada na semana passada, o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto declarou que o Copom estaria ‘reavaliando o cenário de riscos’ e deixou a porta aberta para ir além de seu cenário de alta de juros até 12,75% parando em maio.

Com isto, revisamos as projeções para o final de 2022: Selic a 13,75%, IPCA a 7,4%. Revisamos também o nosso cenário de atividade econômica, agora com projeção de crescimento para 2022 de 0,8% e 0,5% para 2023.

Atividade Econômica: Setor de serviços decepciona e varejo surpreende positivamente em fevereiro

As receitas reais do setor de serviços contraíram 0,2% em fevereiro, resultado muito abaixo das expectativas (XP: 0,9%; consenso: 0,7%). Este resultado veio após o tombo de 1,8% registrado em janeiro. Apensar so início de ano mais fraco, o nível de atividade segue elevado frente ao ano passado (alta de 7,4% frente ao fevereiro de 2021) por conta da reabertura da economia.

Já as vendas do comércio varejista ampliado saltaram 2,0% entre janeiro e fevereiro, acima do esperado. Em nossa avaliação, os dados refletiram a melhoria no quadro de Covid-19, a retomada do emprego e as maiores transferências de renda do governo (Auxílio Brasil).

Governo decide por reajuste de 5% a servidores

Foi anunciado reajuste de 5% para todos os servidores do poder executivo. Avaliamos que o reajuste anunciado contempla apenas os servidores do Poder Executivo, tanto para civis quanto para militares, o que em nossas contas produziria um aumento da ordem de R$ 6,5 bilhões nos seis meses finais deste ano. No entanto, é pouco provável que os demais órgãos e poderes não acompanhem este aumento, levando a um impacto final da ordem de R$ 8 bilhões em 2022 e que pode chegar a 16,3 bilhões em 2023.

A grande dificuldade em termos fiscais será encontrar um espaço no teto de gastos neste ano, em especial pelas restrições legais e políticas. O governo havia reservado apenas R$ 1,7 bilhões para reajustes salariais, então será necessário encontrar um espaço adicional de pouco menos de 5 bilhões no orçamento. Além disso, restrições de legislação também são um entrave, uma vez que em ano eleitoral há mais rigidez para promover reajustes.

O que esperar para semana que vem?

Entre os dados econômicos, as principais divulgações serão a inflação ao produtor e ao consumidor na Zona do Euro referentes ao mês de março, que deve capturar mais efeitos da guerra. Também são esperados dados de atividade econômica de fevereiro da Europa, a prévia de abril do PMI de países desenvolvidos e a publicação do Livro Bege pelo Fed, que trata de perspectivas de política monetária nos EUA. Dados de atividade na China também ficam no radar do mercado.

No Brasil, permanece a incerteza quanto à divulgação da pesquisa Focus, dos dados fiscais e de atividade pelo Banco Central, já que a greve dos servidores continua. Na próxima semana, o TCU deverá julgar a desestatização da Eletrobras.

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