XP Expert

Economia em Destaque: Câmbio a 4,75. E pode cair mais

Seu resumo semanal de economia no Brasil e no Mundo

Compartilhar:

  • Compartilhar no Facebook
  • Compartilhar no X
  • Compartilhar no Whatsapp
  • Compartilhar no LinkedIn
  • Compartilhar via E-mail
Onde Investir em 2025 banner

Resumo

No cenário internacional, a guerra na Ucrânia continua sendo o foco, impactando os mercados. As expectativas para as próximas altas de juros do Fed também tem sido alvo de grande debate entre analistas, em meio à expectativa de estagflação global.

No Brasil, novas sinalizações do Copom, com a divulgação da ata da última reunião e do relatório trimestral de inflação foram destaques, assim como a acelerada da prévia da inflação de março, desonerações para combustíveis ainda no radar e a forte apreciação do câmbio na semana.

Atualizações Covid-19

No Brasil, as médias móveis de sete dias de novos casos e de óbitos caíram para 35,7 mil e 272, respectivamente. Ao todo, 82,9% da população brasileira já está vacinada com ao menos a primeira dose de imunizante contra a doença; 75,3% já tomou dose única ou duas doses e 35,5% já teve o reforço da vacinação.

Cenário Internacional

Expectativas de maiores elevações de juros nos EUA

Um número crescente de analistas de mercado está projetando um aumento do ritmo do aperto monetário do Fed (banco central americano). O presidente do Fed, Jerome Powell, já sinalizou a intenção de aumentar a taxa básica de juros em todas as reuniões do Fed deste ano, mas os analistas estão começando a acreditar que o ritmo pode ser de 0,50 p.p. por reunião, ao invés de 0,25 p.p. A inflação ao consumidor (CPI) está próxima de 8% em doze meses, quase quatro vezes acima da meta de longo prazo do Fed. Números recentes de emprego já sugerem que o mercado de trabalho americano está superaquecido. 

Os juros dos títulos do Tesouro dos EUA de 2 anos estão sendo negociados no nível mais alto desde meados de 2019.

Discussões diplomáticas na Ucrânia segue sem avanços claros

Líderes americanos e europeus reuniram-se em Bruxelas para discutir a guerra na Ucrânia. O presidente dos EUA, Joe Biden, enfatizou que a Otan e seus aliados europeus estão unidos em seu apoio à Ucrânia e disse que a Rússia deveria ser expulsa do G20. O presidente da Ucrânia, Zelensky, no entanto, pede mais ajuda ao alertar que a Rússia está se reagrupando para um novo ataque a Kiev. 

Um dos principais efeitos da guerra é sobre os custos e o fornecimento de energia. EUA e Europa anunciaram um acordo para aumentar a oferta de gás dos EUA para a Europa, reduzindo sua dependência da Rússia. Ainda assim, o preço do petróleo e do gás natural fecharam a semana em níveis elevados.

Os desequilíbrios causados pela guerra na Ucrânia aumentam os riscos de um cenário de estagflação, ou seja, de crescimento baixo e inflação alta. Entenda melhor o que isto significa e como a estagflação impacta a economia clicando aqui.

Enquanto isso, no Brasil

Taxa de câmbio no menor nível desde a pandemia. E pode cair mais. 

O real atingiu nessa semana o menor nível desde o início da pandemia, chegando à mínima de 4,75 reais por dólar. Em nossa visão, a valorização se deve à alta das commodities, à nossa posição relativa do Brasil entre os emergentes (especialmente em relação aos próximos ao conflito) e aos juros que já se encontram em patamar alto e devem subir até os 12,75% a.a.

Prévia da inflação de março vem mais alta que o esperado

O IPCA-15, ou a prévia da inflação de março avançou 0,95% no mês (expectativa XP: 0,81% consenso: 0,85%). A surpresa veio concentrada nos itens de higiene pessoal, combustíveis e alimentação no domicílio. O repasse da alta de combustíveis pela Petrobras para os consumidores foi mais alto e mais rápido que o esperado, antecipando alta que tínhamos projetado adiante. 

Copom sinaliza que alta de juros está próxima ao fim

Nesta semana foi divulgada a ata da última reunião do Copom, o Comitê de Política Monetária do banco central. O comitê apontou o cenário mais desafiador devido à guerra na Ucrânia, que pode prolongar as pressões inflacionárias. 

Mesmo assim, o documento apresentada estimativas que indicam que a taxa juros  Selic a 12,75% seria suficiente para levar a inflação à meta em 2023 (estamos hoje em 11,75%). 

O relatório trimestral de inflação, também publicado nesta semana pelo Banco Central do Brasil, reforçou essa sinalização.

Ministério da Economia indica que as contas públicas estão melhorando por conta da arrecadação forte

O relatório bimestral da Secretaria de Tesouro e Orçamento trouxe atualizações nas projeções do governo, prevendo alta na receita (devido a inflação e petróleo em alta), que deve compensar boa parte das desonerações de IPI e PIS/Cofins. Do lado da despesa, o relatório trouxe alguns novos gastos com créditos extraordinários (alguns remanescentes do ano passado). A projeção para o déficit público caiu 10 bilhões.

É possível conferir mais detalhes sobre a nossa expectativa para o cenário fiscal aqui.

Novos cortes de impostos no horizonte 

A pauta da desoneração de tributos sobre a gasolina ainda não saiu do radar. A medida, à qual o ministério da Economia se opõe, pode chegar a custar 27 bilhões por ano. Por outro lado, o Confaz definiu nesta semana a alíquota de ICMS sobre o diesel após a mudança no regime do regime do imposto. A alíquota, fixada em 1,006 reais/litro, representa elevação na carga da maior parte dos estados. A medida foi tomada para reduzir a perda de arrecadação dos estados, que poderão determinar um subsídio estadual para reduzir a carga tributária.

O Ministro Paulo Guedes disse ainda que o governo prepara uma redução adicional do IPI. O imposto já foi reduzido em 25% para todos os setores (exceto tabaco) este mês. O Ministro indicou um corte adicional de 8% (estimamos impacto adicional de R$ 6 bilhões), o que faria com que o total dos cortes chegasse a 33%.

O que esperar para semana que vem?

Foco segue a dinâmica da guerra na Ucrânia, e seu impacto sobre preços de commodities. 

No calendário de dados econômicos, os destaques internacionais serão dados de inflação de fevereiro nos EUA e dados de emprego de março (payroll). Na Zona do Euro, será divulgada a prévia da inflação ao consumidor e na China, serão publicados indicadores de atividade de março.

No cenário doméstico, seguiremos acompanhado de perto a discussão das desonerações tributárias. Entre os dados, teremos divulgações da taxa de desemprego (PNAD Contínua) de fevereiro e a inflação medida pelo IGP-M de março.

XPInc CTA

Se você ainda não tem conta na XP Investimentos, abra a sua!

XP Expert

Avaliação

O quão foi útil este conteúdo pra você?


Newsletter
Newsletter

Gostaria de receber nossos conteúdos por e-mail?

Cadastre-se e receba grátis nossos relatórios e recomendações de investimentos

Disclaimer:

Este relatório foi preparado pela XP Investimentos CCTVM S.A. (“XP Investimentos”) e não deve ser considerado um relatório de análise para os fins do artigo 1º na Resolução CVM 20/2021. Este relatório tem como objetivo único fornecer informações macroeconômicas e análises políticas, e não constitui e nem deve ser interpretado como sendo uma oferta de compra/venda ou como uma solicitação de uma oferta de compra/venda de qualquer instrumento financeiro, ou de participação em uma determinada estratégia de negócios em qualquer jurisdição. As informações contidas neste relatório foram consideradas razoáveis na data em que ele foi divulgado e foram obtidas de fontes públicas consideradas confiáveis. A XP Investimentos não dá nenhuma segurança ou garantia, seja de forma expressa ou implícita, sobre a integridade, confiabilidade ou exatidão dessas informações. Este relatório também não tem a intenção de ser uma relação completa ou resumida dos mercados ou desdobramentos nele abordados. As opiniões, estimativas e projeções expressas neste relatório refletem a opinião atual do responsável pelo conteúdo deste relatório na data de sua divulgação e estão, portanto, sujeitas a alterações sem aviso prévio. A XP Investimentos não tem obrigação de atualizar, modificar ou alterar este relatório e de informar o leitor. O responsável pela elaboração deste relatório certifica que as opiniões expressas nele refletem, de forma precisa, única e exclusiva, suas visões e opiniões pessoais, e foram produzidas de forma independente e autônoma, inclusive em relação a XP Investimentos. Este relatório é destinado à circulação exclusiva para a rede de relacionamento da XP Investimentos, incluindo agentes autônomos da XP e clientes da XP, podendo também ser divulgado no site da XP. Fica proibida a sua reprodução ou redistribuição para qualquer pessoa, no todo ou em parte, qualquer que seja o propósito, sem o prévio consentimento expresso da XP Investimentos. A XP Investimentos não se responsabiliza por decisões de investimentos que venham a ser tomadas com base nas informações divulgadas e se exime de qualquer responsabilidade por quaisquer prejuízos, diretos ou indiretos, que venham a decorrer da utilização deste material ou seu conteúdo. A Ouvidoria da XP Investimentos tem a missão de servir de canal de contato sempre que os clientes que não se sentirem satisfeitos com as soluções dadas pela empresa aos seus problemas. O contato pode ser realizado por meio do telefone: 0800 722 3710. Para maiores informações sobre produtos, tabelas de custos operacionais e política de cobrança, favor acessar o nosso site: www.xpi.com.br.

A XP Investimentos CCTVM S/A, inscrita sob o CNPJ: 02.332.886/0001-04, é uma instituição financeira autorizada a funcionar pelo Banco Central do Brasil.Toda comunicação através de rede mundial de computadores está sujeita a interrupções ou atrasos, podendo impedir ou prejudicar o envio de ordens ou a recepção de informações atualizadas. A XP Investimentos exime-se de responsabilidade por danos sofridos por seus clientes, por força de falha de serviços disponibilizados por terceiros. A XP Investimentos CCTVM S/A é instituição autorizada a funcionar pelo Banco Central do Brasil.


Este site usa cookies e dados pessoais de acordo com a nossa Política de Cookies (gerencie suas preferências de cookies) e a nossa Política de Privacidade.