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‘Quebra de patentes de vacinas contra covid-19 mais atrapalha do que ajuda’, diz Dimas Covas, diretor do Butantan

Em live exclusiva organizada pelo portal InfoMoney e pela XP, especialistas discutiram panorama da campanha de vacinação no Brasil

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A votação do projeto sobre a quebra de patentes de vacinas e medicamentos contra a covid-19, que estava prevista para esta quarta-feira (7) no Senado e foi adiada para semana que vem, “mais atrapalha do que ajuda” no enfrentamento da crise provocada pelo coronavírus, afirmou Dimas Covas, diretor do Instituto Butantan, em live exclusiva organizada pelo portal InfoMoney e pela XP, como parte da série especial “Super Lives: 1 ano de pandemia”.

“Não basta quebrar a patente das vacinas, hoje não teríamos como incorporá-las do ponto de vista de produção, o que exige mecanismos de transferência de tecnologia”, disse Covas.

Segundo o médico e pesquisador, o mais eficiente seria fazer acordos internacionais que permitiriam o acesso a essas tecnologias, como foi no caso do desenvolvimento da produção das vacinas CoronaVac, pelo Instituto Butantan, e da vacina da Oxford/AstraZeneca, pela Fiocruz.

O Instituto Butantan está na fase de conclusão dos estudos clínicos para o desenvolvimento de uma vacina local, a Butantanvac, que utiliza a mesma tecnologia empregada para a produção da vacina da gripe, que deve ser entregue para a obtenção de autorização da Anvisa. “Nesse caso, estamos falando de uma tecnologia aberta desenvolvida por meio de um consórcio internacional”, disse Covas.

O Butantan prevê uma capacidade de produção entre 50 milhões e 100 milhões de doses da Butantanvac e já trabalha com um cenário de vacinação periódica anual.

Por enquanto, o Butantan espera entregar 46 milhões de doses da vacina CoronaVac, desenvolvida em parceria com a farmacêutica chinesa Sinovac, até o fim deste mês. Segundo Covas, há a previsão de entrega de mais 54 milhões de doses até agosto. “A construção de uma terceira fábrica pela Sinovac deve acelerar a entrega de matéria-prima para a produção da vacina [CoronaVac],” disse Covas.

Esse número se soma a 18 milhões de doses da vacina Oxford/AstraZeneca que devem ser entregues pela Fiocruz neste mês. “Para completarmos a primeira faixa do Programa Nacional de Imunização, que inclui idosos, profissionais da saúde, educação e segurança, precisaremos de 70 a 80 milhões de doses e hoje só temos um quarto disso,” disse Covas.

Estudos em Manaus mostraram que a vacina CoronaVac tem uma eficiência acima de 50% após a primeira dose em relação à variante p1 do vírus, considerada mais contagiosa. “Nova variantes do vírus são esperadas e as vacinas estão funcionando contra essas variantes,” disse Nathalia Pasternak, presidente do Instituto Questão de Ciência, que também esteve no painel.

Com o início de produção de vacinas no Brasil e chegada de novas doses de acordos com mais farmacêuticas como a Pfizer e a Janssen, será factível vacinar toda a população elegível no Brasil até o fim do ano, afirma Covas.

O Brasil alcançou nesta quarta-feira o recorde de 4 mil mortes por covid-19 em 24 horas, o que corresponde a 33% do total de óbitos no mundo e pode chegar a uma média 5 mil óbitos diários, alertou Covas durante fala na Live.

O evento da XP em parceria com a Infomoney traz ao longo da semana entrevistas com empresários, especialistas, integrantes do governo e economistas para debater os impactos da pandemia e as perspectivas para o pós-crise. Veja o restante de programação do evento.

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