FIIs e queda de juros: esperar ou investir agora? | Expert Drops

Nesta semana, o Federal Reserve reduziu as taxas de juros dos Estados Unidos em 0,25 pontos percentuais, em linha com o esperado, para a faixa de 3,75% a 4%. O destaque da decisão veio do tom mais duro adotado pelo presidente da instituição, Jerome Powell, que rejeitou a perspectiva de um novo corte em dezembro, indicando a ausência de um consenso sobre o caminho da política monetária americana.

Por aqui, a expectativa do time de economia para a taxa básica de juros brasileira é de cortes apenas a partir de março de 2026. O momento, no entanto, pode mostrar oportunidades nos investimentos. Segundo o head de fundos listados da XP, Marx Gonçalves, antecipar-se à queda da Selic é a melhor estratégia para quem quer investir em FIIs.

Pela temporada de balanços do 3º trimestre, divulgaram seus resultados nesta semana empresas como Ambev, Santander e Mercado Livre. Lá fora, as big techs dominaram os holofotes.

Acompanhe tudo nesta edição da Expert Drops. Toda semana, trazemos recomendações e análises na medida certa para você investir melhor. Conte conosco e até a semana que vem!

Destaques

EUA decidem cortar juros

Em linha com o esperado, o banco central dos EUA cortou a taxa dos Fed Funds em 0,25 p.p. e anunciou, para o início de dezembro, o fim do Quantitative Tightening (processo que diminui o volume de reservas em circulação e, portanto, uma ferramenta de política monetária contracionista). O que não era esperado era a sinalização de que há grande divergência entre membros do FOMC sobre os rumos para a próxima reunião de política monetária, que ocorrerá em dezembro. Segundo Jerome Powell, presidente do Fed, a decisão está em aberto.

ACESSE AQUI

Temporada de resultados do 3º trimestre 2025

No Brasil, diversos balanços importantes foram divulgados nos últimos dias. A AmBev apresentou outro desempenho fraco no 3º trimestre, ainda impactado negativamente pelas condições climáticas adversas e pelo enfraquecimento da indústria. Já o Bradesco reportou resultados sólidos, amplamente em linha com as expectativas, com lucro líquido recorrente de R$ 6,2 bilhões. Veja todas as análises da temporada aqui.

ACESSE AQUI

FIIs em ciclo de queda de juros

Nossa análise mostra que investidores que ingressaram em fundos imobiliários antes do início dos cortes de juros obtiveram retornos significativamente superior, impulsionados pela precificação antecipada dos juros futuros. Em 2025, mesmo com a Selic em 15%, os FIIs seguem em alta, negociando com descontos atrativos e sustentados por fundamentos sólidos, apoiados pela atividade econômica robusta. Apesar da inflação ainda pressionada e da expectativa de cortes apenas a partir de março de 2026, o mercado caminha para um cenário favorável aos fundos imobiliários, reforçando oportunidades para quem se posicionar com antecedência. Confira o relatório completo aqui.

ACESSE AQUI

Como foram os balanços das big techs?

A Meta Platforms – empresa dona de Facebook, Instagram e WhatsApp – reportou resultados bons, com surpresas positivas na receita (+3,3%) e no lucro por ação (7,5%). Os números foram impulsionados pelo bom desempenho de anúncios e pela expansão do uso de AI em suas plataformas. A Microsoft também divulgou bons números, refletindo a expansão de margens operacionais. Veja outros balanços aqui.

ACESSE AQUI

MAIS DESTAQUES DA SEMANA

Nvidia atinge US$ 5 trilhões de valor de mercado

A Nvidia se tornou a primeira companhia a atingir US$ 5 trilhões em valor de mercado, apenas três meses depois de superar a marca dos US$ 4 trilhões. O rali das ações ocorre em meio a anúncios positivos envolvendo acordos estratégicos no campo da inteligência artificial e grande otimismo com o setor. As ações da Nvidia começaram a ganhar tração com o lançamento do ChatGPT em 2022. De lá para cá, NVDA multiplicou o seu preço 12 vezes. Saiba mais aqui.

Varejo: o calor ainda não chegou

Após terem sido um importante fator positivo para a demanda dos varejistas de vestuário no 2º trimestre e um esperado obstáculo para o 3º trimestre, as dinâmicas climáticas devem permanecer no radar dos investidores, já que as temperaturas, especialmente nas regiões Sul e Sudeste, continuam incomumente mais frias. Ainda vemos desafios para as vendas de outubro devido ao frio, enquanto as primeiras previsões para novembro não são animadoras, indicando anormalidades. Saiba mais sobre as empresas de varejo aqui.

Raízen tem rating global rebaixado pela Fitch

A agência de classificação de riscos Fitch rebaixou o rating global da Raízen S.A. e da Raízen Energia S.A. para ‘BBB-‘, ante ‘BBB’. Além disso, os ratings foram colocados em ‘observação negativa’, indicando a expectativa da agência de que as métricas de crédito permanecerão pressionadas no curto prazo, com o risco de não haver eventos significativos de desalavancagem nos próximos meses. Por outro lado, os ratings nacionais de longo prazo foram reafirmados em ‘AAA(bra)’ com perspectiva ‘estável’. Veja mais aqui.

Pagamentos: acelerando o retorno aos acionistas

Revisamos nossas estimativas para Stone (STNE) e PagBank (PAGS), considerando os resultados mais recentes e as premissas macroeconômicas, além de introduzir nosso preço-alvo para o final de 2026 (YE26). Refletimos também os últimos desenvolvimentos de ambas as companhias, que estão passando por uma mudança em seus modelos de negócio, aumentando gradualmente a importância do segmento bancário e de crédito em seus resultados. Confira tudo aqui.

APRENDA A INVESTIR

Quantitative tightening? É um dos mecanismos que um banco central pode acionar para intervir na economia do país. Nesse caso, trata-se de uma ferramenta de retração monetária, ou seja, consiste na retirada de reservas financeiras em circulação no mercado.

VIX? O CBOE Volatility Index, ou Índice de Volatilidade em português, mede a volatilidade esperada para os próximos 30 dias dos ativos na Bolsa dos Estados Unidos. Esse indicador mede as expectativas dos investidores sobre as ações que compõem o S&P 500.

Preço-alvo? Indica o potencial de valorização ou desvalorização de uma ação e serve para definir se uma ação está cara ou barata.