Copom corta Selic para 10,75%, saiba como investir | Super Quarta

Nesta quarta (20), O Comitê de Política Monetária do Banco Central (Copom) cortou a taxa de juros brasileira em 0,5 p.p.. Com isso, a Selic chega ao patamar de 10,75% ao ano. Nos Estados Unidos, o Federal Reserve (Fed), banco central norte-americano, manteve a taxa de juros pela quinta reunião consecutiva. Confira a análise dos nossos especialistas sobre as decisões monetárias de cada país e saiba como investir com a nova Selic.

No comentário pós-decisão, o Copom segue afirmando que o cenário global exige cautela por parte dos países emergentes, devido a alta volatilidade do mercado externo.

Já em relação ao mercado doméstico, o Comitê esclarece que “o conjunto dos indicadores de atividade econômica segue consistente com o cenário de desaceleração da economia antecipado pelo Copom”.

Segundo o time de economia da XP, o anúncio do Copom expressa cautela em relação a política monetária, em especial, uma preocupação com a desaceleração da queda dos índices de inflação no Brasil. Leia o relatório completo:

Copom: Mesmo cenário base, mas aumento das incertezas

Ainda existem oportunidades na Renda Fixa com a queda da Selic?

No curto prazo, o mercado deve precificar com mais intensidade os ativos, devido a política monetária mais restritiva do Banco Central. Mas o time de Renda Fixa da XP reforça que o ciclo de cortes já era algo esperado pelo mercado e que ainda há oportunidade de entrada em títulos públicos, os quais apresentam boa rentabilidade, dado o baixo risco.

Cenário de juros baixos também é benéfico para empresas, o que deve gerar boas oportunidades dentro do crédito privado. Saiba mais em:

Selic cai para 10,75% ao ano: como ficam os rendimentos em Renda Fixa?

Fundos Imobiliários são uma boa alternativa em cenário de queda de juros?

De acordo com a head de fundos listados, Maria Violatti, o IFIX tem um movimento oposto ao da Selic, ou seja, em situações de queda da taxa de juros, os fundos imobiliários tendem a se valorizar. “Já vimos isso desde o ano passado, diversos fundos que negociavam com descontos expressivos, já diminuíram e estão até negociando com ágio, mas ainda existem oportunidade”, afirma.

Ela ainda reforça que os fundos de tijolos, por serem ativos do mundo real, são os maiores beneficiários dos ciclos de corte, mas ainda é necessário ter atenção ao portifólio, especialmente no segmento de lajes corporativas. Confira mais detalhes na live:

Juros mais baixos tendem a beneficiar a Bolsa

Juros mais baixos tendem a ser positivos para empresas e ativos de risco de forma geral. Afinal, significa que o custo de capital para as empresas fica mais barato, ou seja, que a empresa tende a pagar menos para financiar suas atividades. Ao mesmo tempo, ciclos de corte na Selic também reduzem a taxa de desconto utilizada pelos analistas do mercado para avaliar uma empresa, aumentando seu valor justo (que é de onde vem o preço-alvo de uma ação).

Confira o potencial de valorização da Bolsa:

Copom corta Selic para 10,75%: O que esperar para o Ibovespa?

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