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Mulheres no setor financeiro: as notícias são boas?

Trabalhei na gestão de finanças por mais de 17 anos e, portanto, tenho afinidade com números e cálculos e gostava dos desafios de ser CFO. Além disso, eu e a maioria das mulheres latinas somos “gestoras do lar” e temos as responsabilidades inerentes a essa função – no meu caso, acrescentaria o prazer em mexer […]

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Trabalhei na gestão de finanças por mais de 17 anos e, portanto, tenho afinidade com números e cálculos e gostava dos desafios de ser CFO. Além disso, eu e a maioria das mulheres latinas somos “gestoras do lar” e temos as responsabilidades inerentes a essa função – no meu caso, acrescentaria o prazer em mexer na horta e no jardim: amo tocar na terra e ver sua florada, pois me remete à infância e a tudo de bom que vivi e aprendi com meus pais fazendo parte do meu “profundo eu”.

Mas voltando a falar de mulheres na lideraça, um relatório me chamou atenção recentemente: “Mulheres no Setor Financeiro”, produzido pela consultoria de gestão Oliver Wyman. O estudo mostra que, embora cada vez mais mulheres estejam trabalhando em instituições financeiras, a liderança não está nas mãos delas. Dentre os principais bancos do país, aponta o estudo, elas são apenas 10% dos altos executivos. Onde está o problema?

A baixa representatividade começa calcada em uma herança cultural que associa a brasileira à responsabilidade das atividades domésticas e dos cuidados com a família. Até 1962, por exemplo, a mulher só podia trabalhar com autorização do marido (pasme!). E cabia ao homem a responsabilidade de trazer dinheiro para sustentar a família. A divisão deixou resquícios – o relatório aponta que, ainda hoje, as mulheres gastam 80% mais tempo do que homens cuidando da família.

O que falta, quando falamos de equidade de gênero e diversidade, é boa vontade. É preciso que as empresas tenham programas efetivos para mudar essa realidade e que os C-level estejam engajados e cobrando resultados. Não fazer isso é, no fundo, uma grande burrice.

Essa herança já estabelece pontos de partida diferentes para homens e mulheres, limitando a elas tanto possibilidades de acesso ao mercado de trabalho quanto avanços na carreira. Além disso, quando a mulher começou a ingressar no mercado de trabalho, os cargos eram de menor responsabilidade e com remunerações mais baixas. A diferença persiste até hoje. Mas isso tudo diz respeito a mulheres no mercado de trabalho em geral.

Mais especificamente em relação ao universo financeiro, embora no país mais mulheres tenham ensino superior (59,5%) do que homens (43,5%), elas optam muito menos por cursos de ciência exatas (elas correspondem a 33% dos alunos) e engenharias (26%). Outra vez, a escolha remete “possivelmente à histórica divisão de trabalho e aos vieses e expectativas sobre a mulher”, afirma o documento.

Dentro das instituições financeiras, nos adequamos facilmente a toda e qualquer área e constantemente superamos as expectativas. O que precisamos é de mais oportunidades nas áreas que são predominantemente masculinas. Há muito viés inconsciente dos executivos, que priorizam as promoções de homens.

Além disso, sem modelos femininos, as mulheres se sentem inseguras em relação ao seu potencial e não encontram possibilidade de flexibilidade na jornada de trabalho. A conclusão da consultoria? “É necessário fomentar a ampliação e a disseminação de políticas e iniciativas que atuem nas causas dos problemas de desigualdade e que atuem de forma efetiva na direção de reduzir os desequilíbrios ainda presentes.”

O que falta, quando falamos de equidade de gênero e diversidade, é boa vontade. É preciso que as empresas tenham programas efetivos para mudar essa realidade e que os C-level estejam engajados e cobrando resultados. Não fazer isso é, no fundo, uma grande burrice. Segundo a Oliver Wyman, por não ouvir as mulheres ou adaptar seus produtos para a consumidora, perde-se mais de US$ 700 bilhões por ano em receita.

Resumo da história: a diversidade de gênero deve ser parte da estratégia da empresa porque os talentos podem estar mais próximos do que você imagina. Abra sua mente, deixe o novo e diverso adentrar e celebre as conquistas!

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