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Investidores estrangeiros seguem otimistas com Brasil

Na semana passada, nos reunimos com vários gestores de ações nos EUA, incluindo fundos globais, de mercados emergentes, hedge funds e fundos dedicados à América Latina, para discutir as perspectivas do Brasil e a Bolsa brasileira.

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Feedback de reuniões com investidores americanos

Na semana passada, nos reunimos com vários gestores de ações nos EUA, incluindo fundos globais, de mercados emergentes, hedge funds e fundos dedicados à América Latina, para discutir as perspectivas do Brasil e a Bolsa brasileira.

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Em geral, vimos um sentimento otimista com o Brasil, com alguns investidores citando o potencial de um ciclo muito positivo para as ações adiante, semelhante ao que vimos em 2016. Um outro ponto de discussão comum foi em torno dos potenciais aumentos de impostos e impacto sobre as empresas (JCP, ICMS , e outros), mas, em geral, vimos investidores norte-americanos menos preocupados com a política e mais concentrados nos fundamentos.

A posição do Brasil em relação a outros mercados emergentes permanece favorável, uma vez que os investidores estão reduzindo sua exposição à China, não podem investir na Rússia, enquanto outros mercados emergentes estão ou numa posição frágil (como Turquia, Argentina) ou tem valuations esticados (como Índia, México, Coréia do Sul).

O melhor momento para as ações brasileiras desde 2016?

Um investidor experiente nos disse que, na sua opinião, este é um dos melhores momentos para se investir no Brasil desde 2009 e 2016. Tal como aconteceu nesses dois episódios passados, as ações estavam muito baratas e as taxas de juro estavam começando a cair. A diferença desta vez é que o cenário macro local está melhor.

Concordamos com essa visão, mas notamos que o quadro global talvez pareça um pouco mais incerto no futuro, enquanto em 2009 foi pós-crise global e em 2016 foi pós-crise econômica grave no Brasil. Ou seja, havia uma perspectiva de potencial melhora adiante, enquanto agora ainda restam dúvidas de como será o cenário Macro global adiante (hard landing, soft landing ou no landing).

Vimos até investidores lançando fundos específicos para o Brasil, uma tendência que não víamos há muito tempo.

Principais setores e ações debatidos

Vimos os investidores interessados ​​principalmente em nomes e setores sensíveis às taxas de juros. No entanto, os desafios são que alguns setores sensíveis às taxas já tiveram um bom desempenho (Saúde, Educação e Imobiliário), enquanto outros setores que ficaram para trás ficaram pendentes de potenciais aumentos de impostos e/ou lucros fracos (como Varejo e Financeiro). Outros setores sensíveis às taxas de juros incluem Alimentos e Bebidas, Transportes, TMT e Utilidades Públicas (Elétricas e Saneamento).

Nas commodities, vimos a maioria dos investidores interessados ​​em Petrobras e setor de Petróleo, enquanto menos otimistas na VALE e mineração em geral, devido à fraqueza na China. Dito isto, todos estão surpresos ao ver quão fortes os preços do minério de ferro estão e o fato das ações da VALE parecerem precificar níveis mais baixos de preços do minério. Assim, se o preço do minério de ferro permanecer elevado, poderá haver alguma recuperação para a ação no curto prazo.

Riscos incluem cenário Macro global, impostos e taxas de juros

Os principais riscos que vimos investidores norte-americanos discutindo sobre as ações brasileiras incluem:

1) Riscos em torno de impostos mais elevados para as empresas e a incerteza sobre o que será aprovado ou não no Congresso nos próximos meses. A retirada do benefício do JCP (Juros sobre Capital Próprio), bem como os subsídios ao ICMS parecem estar no topo da lista de preocupações;

2) O debate sobre até onde a taxa Selic pode baixar, com alguns citando 8% como alcançável, enquanto outros acreditam que 10% será o mínimo, dados os riscos de que o FED possa manter as taxas mais altas por mais tempo nos EUA e os riscos fiscais internos. Além disso, o aumento dos títulos do Tesouro Americano também foi citado por alguns investidores como uma razão recente para o mau desempenho das ações dos mercados emergentes (Dólar mais forte, fluxos de volta para os mercados desenvolvidos);

3) Riscos relacionados com as perspectivas macro globais, incluindo uma potencial desaceleração mais forte nos EUA (recessão) e o crescimento fraco na China e Europa.

Clique aqui para ler o nosso último Raio XP da Bolsa, com a nossa visão sobre a Bolsa Brasileira

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