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Sentimento em relação à Bolsa brasileira continua cauteloso; leve recuperação no interesse em ativos internacionais: Pesquisa com assessores XP

Confira os destaques da edição de março da Pesquisa XP de Sentimento com os assessores de investimento da XP e de escritórios autônomos filiados à XP Investimentos.

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Nos últimos dias, realizamos uma nova edição da nossa pesquisa com os assessores da XP e assessores de investimento de escritórios autônomos filiados à XP Investimentos. Temos como objetivo obter a visão dos assessores e, principalmente, dos seus clientes sobre a Bolsa brasileira. Nesta edição, obtivemos 224 respostas únicas.

Alocação em Renda Variável continua em baixa, mesmo com a alta recente. O percentual dos assessores que disseram que seus clientes visam diminuir a alocação em Renda Variável diminuiu em -4p.p. M/M atingindo um patamar de 28%, semelhante ao mês de fevereiro, antes do inicio do conflito entre Rússia e Ucrânia. Enquanto isso, os investidores interessados em manter seus investimentos em nessa classe de ativos ficou em 62%, +6p.p. M/M, e 10% dos clientes pretendem aumentar seus investimentos na classe de ativos, -2p.p M/M.

Interesse em Renda Fixa ainda em alta. Além de Renda Variável, as classes de ativos que os assessores e seus clientes se mostraram mais interessados foram: 1) Tesouro Direto e Renda Fixa (75%, -4p.p. M/M); 2) Fundos de Renda Fixa (61%, +1p.p. M/M); 3) Fundos Imobiliários (52%, +5p.p. M/M); 4) Fundos Multimercado (49%, +13p.p. M/M ); 5) Investimentos Internacionais (44%, +6p.p. M/M); 6) Criptoativos (29%, +3p.p M/M); 7) Fundos de Renda Variável (12%, -4p.p. M/M); e 8) Ouro (10%, +2p.p. M/M).

Perspectivas quanto ao Ibovespa continuam otimistas. Segundo a pesquisa desse mês, 42% dos assessores acreditam que o Ibovespa ficará entre os 120.000 e 130.000 pontos ao final de 2022, um aumento de +1p.p. com relação a última pesquisa realizada em março. Em seguida, 30% acreditam que o índice deve fechar o ano entre 130.000 e 140.000 pontos, uma queda de -4p.p M/M. A média de palpites calculada foi de 126.594 pontos, uma queda de -1,7% em relação a março (126.594 pontos na pesquisa passada).

Foco no cenário econômico global e riscos políticos domésticos. Em relação aos riscos, o destaque continuou sendo as eleições presidenciais, chegando a 25%, apesar de uma queda de -8p.p. M/M. Desaceleração econômica global foi visto como o segundo maior risco em 19 (+3p.p. M/M), seguido por riscos fiscais 16% (+2p.p. M/M) e alta de juros nos Estados Unidos, também em 16% (+1p.p. M/M).

Alocação em Renda Variável continua em níveis baixos

No último mês, mercados continuaram a repercutir incertezas em relação ao conflito na Ucrânia que continua sem uma resolução, a retirada de estímulos monetários por bancos centrais pra controlar a inflação, e a política de zero-COVID na China pressionando as cadeias de suprimentos globais. Com isso, os investidores permanecem mais um mês cautelosos em ativos de risco. Segundo os assessores, 66% de seus clientes possuem entre 0% e 25% de alocação em Renda Variável (+2p.p. M/M), 27% possui entre 25% e 50% (-2p.p. M/M), 5% entre 50% e 75% (-1p.p. M/M) e por fim, 2% entre 75% e 100% (+0p.p. M/M).

O percentual dos assessores que disseram que seus clientes visam diminuir a alocação em Renda Variável diminuiu em -4p.p. M/M atingindo um patamar de 28%, semelhante ao mês de fevereiro, antes do início do conflito entre a Rússia e a Ucrânia. Enquanto isso, os investidores interessados em manter seus investimentos em nessa classe de ativos ficou em 62%, +6p.p. M/M, e 10% dos clientes pretendem aumentar seus investimentos na classe de ativos, -2p.p M/M.

Fonte: XP Research

Interesse em Renda Fixa continua alto

Além de Renda Variável, as classes de ativos que os assessores e seus clientes se mostraram mais interessados foram: 1) Tesouro Direto e Renda Fixa (75%, -4p.p. M/M); 2) Fundos de Renda Fixa (61%, +1p.p. M/M); 3) Fundos Imobiliários (52%, +5p.p. M/M); 4) Fundos Multimercado (49%, +13p.p. M/M ); 5) Investimentos Internacionais (44%, +6p.p. M/M); 6) Criptoativos (29%, +3p.p M/M); 7) Fundos de Renda Variável (12%, -4p.p. M/M); e 8) Ouro (10%, +2p.p. M/M).

Nesse mês, o destaque continuou sendo o alto interesse em Renda Fixa. Essas mudanças podem ser explicadas por fatores como o aumento da taxa de juros Selic, que chegou a 11,75%, tornando a Renda Fixa mais atrativa, o sinalizações de que os juros deve continuar a subir. No cenário internacional, o interesse parece estar voltando a medida que a Bolsa brasileira sofreu um movimento de acomodação ao longo do mês depois de um forte início de ano.

Fonte: XP Research

Interesse em investimentos internacionais vê leve recuperação; commodities é a classe de ativos com maior interesse

Neste ano, a Bolsa brasileira tem sido um dos mercados mais beneficiados pela subida nos preços de commodities e pela subida de juros para controlar a inflação em alta, fazendo com que investidores globais buscassem principalmente empresas de valor. Contudo, em termos de tamanho, o Brasil representa menos de 1% do mercado de ações global, e investir só em ações brasileiras é ignorar de 99% das oportunidades oferecidas por diversas empresas globais. E ter exposição a ativos internacionais é importante em períodos de incerteza e volatilidade como o atual.

Diante desse cenário, desde o início do ano, decidimos incluir na nossa pesquisa quais classes de ativos de investimentos internacionais que os assessores e seus clientes possuem maior interesse. Segundo a pesquisa desse mês, os resultados foram: 1) Fundos Internacionais (58%, +2p.p. M/M); 2) Dólar (41%, +2p.p. M/M); 3) BDRs (35%, -5p.p. M/M); e 4) ETFs (33%, +4p.p. M/M). Por fim, 10% dos que responderam disseram que não estão interessados em investimentos internacionais, uma queda de -4p.p M/M.

Também decidimos incluir novamente na pesquisa desse mês quais são as temáticas de investimentos mais procurados pelos clientes na visão dos assessores, os maiores são: 1) Commodities (69%, -1p.p M/M); 2) Tecnologia (47%, +0 p.p M/M) e 3) Criptoativos e Blockchain (41%, -1p.p M/M).

Fonte: XP Research
Fonte: XP Research

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Ibovespa acima dos 120.000 pontos até o fim de 2022?

Segundo a pesquisa desse mês, 42% dos assessores acreditam que o Ibovespa ficará entre os 120.000 e 130.000 pontos ao final de 2022, um aumento de +1p.p. com relação a última pesquisa realizada em março. Em seguida, 30% acreditam que o índice deve fechar o ano entre 130.000 e 140.000 pontos, uma queda de -4p.p M/M. Outros 17% acreditam que o índice ficará entre 110.000 e 120.000, +4p.p M/M, 4% acredita que ficará acima dos 140.000, -5p.p M/M, e 5% acredita que terminará o ano entre 100.000 e 110.000 pontos (+3p.p M/M). Por fim, o 2% restante acredita que o Ibovespa terminará 2022 abaixo dos 100.000 pontos.

A média de palpites calculada foi de 126.594 pontos, uma queda de -1,7% em relação a março (128.812 pontos na pesquisa passada).

Fonte: XP Research

Foco no cenário econômico global e riscos políticos domésticos

Em relação aos riscos, o destaque continuou sendo as eleições presidenciais, chegando a 25%, uma queda de -8p.p. M/M. Desaceleração econômica global foi visto como o segundo maior risco em 19% (+3p.p. M/M), seguido por riscos fiscais 16% (-2p.p. M/M) e alta de juros nos Estados Unidos também em 16% (+1p.p. M/M).

Em relação aos propulsores da Bolsa, na visão dos assessores, os maiores são: 1) cenário econômico global (32%, -8p.p. M/M); 2) cenário econômico brasileiro (31%, +13p.p. M/M); 3) resultado das eleições presidenciais (27%, +3p.p. M/M); 4) fim da pandemia (7%, -6p.p. M/M) e 5) outros (4%, +0p.p. M/M). Esses resultados mostram que os assessores estão atentos ao cenário internacional em relação ao que pode interferir no desempenho da Bolsa em 2022, mas também estão começando a olhar mais para o cenário interno, à medida que as eleições se aproximam.


A edição de março da pesquisa foi realizada entre os dias 18 e 24 de abril de 2022, via um formulário eletrônico contendo dez questões e obteve 224 respostas únicas.

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