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Natura &Co. (NTCO3): Resultados fracos no 4T22

A Natura&Co. (NTCO3) reportou seus resultados do 4T22. Veja nossa visão no relatório.

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Tendências mistas e nenhum anúncio de venda da Aesop, mas geração de caixa é positiva em R$1 bilhão.

A Natura&Co. divulgou resultados mais fracos no 4T22, com o EBITDA Ajustado 20% abaixo de nossas estimativas, principalmente devido a dinâmicas mais fracas na NTCO LatAm, enquanto um impairment de R$383 milhões pressionou o lucro líquido. Além disso, nenhum anúncio quanto a venda da Aesop foi realizado, com a companhia dizendo que continua a analisar alternativas estratégicas para o ativo, o que acreditamos que possa desapontar o mercado.

Analisando o resultado

A receita líquida consolidada caiu -11% A/A devido a um efeito cambial negativo em todas as unidades de negócio, apesar de algumas boas notícias na Natura Brasil, com forte crescimento na receita (+18% A/A) por conta de preço/mix e produtividade das consultoras, e na Avon Brasil, com aceleração do crescimento para +7,5%, impulsionado principalmente pelo segmento de beleza (+12%) e produtividade sequencialmente melhor das representantes. No entanto, o cenário macro mais desafiador pressionou o sellout da TBS e também levou a dinâmicas mais fracas no Peru e no Chile.

Em termos de rentabilidade, a margem  EBITDA ajustada consolidada caiu -2,8p.p A/A para R$1,1bi, principalmente devido a (i) uma queda de 3,2 p.p na NTCO LatAm por conta da dinâmica inflacionária na Avon LatAm, investimentos em P&D e provisões de bônus; (ii) desalavancagem operacional na Avon Internacional; e (iii) margem bruta pressionada na The Body Shop. Finalmente, o prejuízo líquido ficou em -R$890 milhões, devido aos resultados operacionais mais fracos e efeitos não recorrentes, embora o fluxo de caixa livre tenha sido positivo e tenha superado nossa estimativa, vindo em R$1 bilhão, por conta da melhor dinâmica de capital de giro (principalmente em estoques de produtos acabados e fornecedores) e impostos mais baixos.

Em relação ao desempenho, observamos: i) a produtividade das consultoras da Natura Brasil desacelerou T/T, quando olhamos para um CAGR de 2020-22 de ~6%, vs. 7,4% no 2T e 3T; ii) o sellout mais fraco da TBS deve continuar pressionando os estoques dos franqueados; iii) a entrada da Aesop na China é surpreendentemente positiva, com as 2 lojas entre os melhores desempenhos do mundo; e iv) a Avon Internacional conseguiu repassar a inflação para os preços, mas teve problemas pontuais na cadeia de suprimentos no trimestre e continua enfrentando ventos contrários devido ao conflito Rússia/Ucrânia. 

A companhia também forneceu indicativos para 2023: i) os executivos se mantém focados na geração de caixa e estrutura de capital, com espaço para melhora do capital de giro e impostos, bem como CAPEX; ii) custos de integração com a Onda 2 devem ser parcialmente compensados por desinvestimentos de ativos na América Latina; iii) A companhia continua avaliando alternativas estratégicas para a Aesop, destacando que a venda de uma participação é uma possibilidade; iv) operações da TBS at Home nos EUA foram encerradas, bem como iniciativas de redução de despesas; e v) A empresa está otimizando as geografias da Avon Internacional, com a saída de países não rentáveis e simplificação dos mercados europeus.

E quanto à agenda ESG?

A companhia destaca os seguintes projetos na agenda ESG: i) o lançamento de dois instrumentos financeiros em parceria com o Funbio e a Vert para fortalecer organizações da sociobiodiversidade amazônica; ii) Campanhas sobre mudança climática, como a Be Seen Be Heard pela TBS na Grécia e a She Changes Climate pela Avon Internacional; e iii) Esforços sobre diversidade de inclusão, com iniciativas em Igualdade de gênero, Equidade salarial e salário digno.

Tabela de comparação: Estimativas vs. Resultados Divulgados

A companhia irá fazer sua conferência de resultados amanhã às 10h – link

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Disclaimer:

Após a superação das expectativas da AZZA no 1T, atualizamos nosso modelo, mas sem grandes mudanças nas estimativas. Ainda assim, vemos riscos de alta vindos de SG&A, principalmente em despesas eventuais e impostos sobre a renda, enquanto alertamos que a dinâmica da receita enfrentará comparações mais difíceis adiante, especialmente para as linhas de Roupas Masculinas e Democráticas. No entanto, isso deve ser acompanhado por comparações mais fáceis para as margens. Embora apenas ajustemos nossas estimativas, com o Lucro Líquido projetado para 2025-26 em +4% e -1%, respectivamente, aumentamos nosso preço-alvo de R$50,0 para R$55,0 por ação para o final de 2025, principalmente devido a um menor custo de capital. Mantemos nossa recomendação de COMPRA.

Tópicos a serem observados. Após um sólido resultado no 1T, destacamos os principais temas que acreditamos valerem a pena monitorar:

(i) Fique atento às comparações de receita: A AZZA apresentou um forte desempenho de receita no 1T (vendas brutas +18% a/a) apoiado por praticamente todas as unidades de negócios (BUs), embora observemos que os próximos trimestres enfrentarão comparações mais difíceis, especialmente no 2S25. Ainda assim, permanecemos construtivos quanto às tendências de receita das unidades, esperando ver crescimento acelerado em Calçados e Acessórios.

(ii) Demissões devem gerar cerca de R$100 milhões em economia anual: Estimamos que as demissões da empresa em abril (link) gerem cerca de R$100 milhões em economia anual, com 2/3 capturados em 2025, o que se traduz em uma diluição de 0,3 p.p no ano.

(iii) Há espaço para maior diluição de SG&A: Adotamos uma abordagem mais conservadora em relação à diluição de SG&A e assumimos uma expansão de margem de 0,45 p.p vinda das despesas operacionais. No entanto, acreditamos que as despesas eventuais podem ser menores, já que a empresa teve gastos principalmente relacionados à integração da fusão, que não devem se repetir. Como não sabemos o quanto isso representou, assumimos uma diluição de 0,3 p.p nessa linha.

(iv) Impostos próximos de zero: Considerando os benefícios fiscais dos juros sobre capital próprio e subvenções fiscais, estimamos a alíquota efetiva de imposto da AZZA em 3,5% em 2025, embora possa ser menor, pois a empresa pode revisar sua estratégia em relação ao reconhecimento fiscal da Lei da Moda. Se a empresa mudar isso a partir do 2T, nosso Lucro Líquido aumentaria 6%, enquanto se começar a partir do 3T, aumentaria 4%.

Mantemos a recomendação de Compra. Após um sólido 1T, revisamos nossas estimativas para incorporar os resultados recentes, bem como as premissas macro atualizadas. Embora apenas ajustemos nossas estimativas, com o Lucro Líquido projetado para 2025-26 em +4% e -1%, respectivamente, aumentamos nosso preço-alvo para o final de 2025 para R$55,0, devido a um menor custo de capital. Mantemos a recomendação de Compra, pois esperamos que os próximos resultados se beneficiem dos ganhos de sinergia, vemos riscos de alta para nossas estimativas e uma avaliação atraente, com um P/L de 10x para 2026.

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