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Instituições Financeiras: Extrato da Temporada de Resultados do 1T25

Análise da temporada de resultados do 1T25 para as empresas do setor financeiro.

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Consideramos que a temporada de resultados do 1T25 foi positiva de modo geral. Embora a qualidade dos ativos tenha sido afetada negativamente por fatores sazonais e pela implementação da Resolução 4.966, o ITUB ainda conseguiu apresentar um desempenho positivo no trimestre. Além disso, as empresas de nossa cobertura se concentraram em melhorar a eficiência, o que teve um impacto favorável em seus resultados. Os bancos incumbentes registraram um crescimento de carteira próximo ao limite superior do guidance. O destaque negativo do trimestre foi o BBAS, que apresentou resultados mais fracos devido a uma combinação desafiadora de deterioração da carteira de crédito e pressões significativas sobre a margem financeira. No segmento de mercados de capitais, as receitas permaneceram resilientes, com ganhos de eficiência e diversificação contribuindo para a estabilidade dos resultados. Além disso, os neobanks apresentaram resultados positivos sequenciais. Com relação ao Nubank, observamos que as provisões mais altas e o aumento dos custos de financiamento compensaram parcialmente a sólida expansão do crédito. De modo geral, mantemos uma visão positiva sobre o setor e continuamos a considerar o ITUB4 como nossa top pick.

Os bancos incumbentes começaram o ano com o pé direito, com exceção do BB. Com exceção do BB, que foi severamente afetado pela maior inadimplência em empréstimos rurais e pela Resolução 4.966, o quadro geral no primeiro trimestre foi positivo. As carteiras de crédito cresceram perto do limite superior do guidance sugerido, com o BBAS liderando com +14% a/a. Embora o crescimento tenha se acelerado sequencialmente, as taxas de juros mais altas estão começando a surtir efeito, pressionando a renda de pessoas físicas e jurídicas. Assim, prevemos uma perspectiva mais cautelosa para o crescimento do crédito em 2025. Os níveis de provisão, excluindo o ITUB, aumentaram em geral, principalmente devido aos impactos da nova resolução. Com relação ao ROE, o ITUB manteve o valor mais alto, 22,5%. O SANB e o BBDC também apresentaram bom desempenho, com ROE de 17,4% e 14,4%, respectivamente. O destaque negativo foi o BBAS, que apresentou um valor 420 bps menor do que a estimativa da XPe.

Navegando em marés difíceis. No primeiro trimestre, as ofertas de renda variável permaneceram fracas, parcialmente compensadas pela sólida atividade em derivativos, DCM e renda fixa. Os ganhos de eficiência e as novas fontes de receita contribuíram para a resiliência dos resultados, mesmo nesse cenário difícil. Entretanto, nos próximos trimestres, com o aumento das taxas de juros domésticas, estamos cada vez mais céticos em relação a uma recuperação sólida do mercado de capitais.

Caminhando na direção certa. Para o Nubank, a receita superou ligeiramente nossas expectativas, impulsionada pela sólida expansão do crédito. Entretanto, a margem bruta diminuiu sequencialmente devido a provisões mais altas e ao aumento dos custos de financiamento no México e na Colômbia. Enquanto isso, o índice de eficiência melhorou, auxiliado por um efeito fiscal não recorrente, indicando uma alavancagem operacional saudável. O lucro líquido totalizou R$557 milhões, e o ROE caiu para 25%, marcando o segundo trimestre consecutivo de queda. Para o Inter, apesar de um trimestre sazonalmente mais fraco, o banco manteve sua trajetória de crescimento da rentabilidade, apoiado por uma base de clientes ativa e uma melhor qualidade de crédito, embora tenha experimentado uma queda líquida de ARPAC como um ponto negativo. Apesar das preocupações com o ritmo de crescimento, acreditamos que a tese da alavancagem operacional permanece intacta e pode sustentar a trajetória de alta do ROE tanto para o Inter quanto para o Nubank.

Outro trimestre forte. Apesar do trimestre sazonalmente mais fraco e de um cenário macroeconômico mais volátil, as empresas de pagamento mantiveram um momentum positivo de resultados. As empresas registraram números sólidos de TPV e depósitos, além de registrarem crescimento na carteira de crédito. Em termos de NPL, a PAGS conseguiu reduzir o número em uma base anual, enquanto a STNE apresentou um leve aumento no mesmo período. De modo geral, vemos a dinâmica competitiva no setor como saudável, o que deve permitir que o STNE e a PAGS reprecifiquem suas ofertas para compensar o aumento das taxas de juros. Além disso, devido ao crescimento robusto do segmento bancário, vemos ambas as empresas cada vez mais diversificadas em suas fontes de financiamento. Isso deve permitir que elas otimizem a estrutura de capital, aumentando os ROEs e mantendo índices de capital saudáveis.

Caixa Seguridade: resultados amargos. A empresa apresentou resultados ligeiramente abaixo de nossas estimativas. No 1T, a forte atividade comercial nos segmentos de Habitacional e Residencial contrastou com o fraco desempenho do prestamista. Apesar disso, a empresa conseguiu manter o crescimento da receita e anunciou um payout de 92,1% para o trimestre. Olhando para o futuro, esperamos resultados financeiros ainda mais fortes, impulsionados por um ambiente de taxas de juros mais altas. Como resultado, reforçamos nossa perspectiva positiva para a empresa.

fonte dos gráficos acima: Dados da companhia e XP Research.

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