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Expresso Alimentos & Bebidas #16

Confira os destaques do setor de Alimentos e Bebidas nesta semana.

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Confira os destaques do setor de Alimentos & Bebidas nesta semana

Quais tópicos costumamos abordar? Preços dos animais vivos (margens dos produtores); exportações semanais (margens dos exportadores); preço da carne (margens dos frigoríficos);  dados do mercado norte-americano (margens nos EUA); dados de fluxo e performance das ações na semana, dentre outros.

Por que esses dados são importantes? Porque eles podem impactar os preços de ações como MRFG3, BRFS3 e ABEV3. No momento, estamos restritos em JBSS3 e BEEF3 por determinação da nossa área de Compliance,.Ou seja, não podemos realizar comentários sobre essas duas empresas por enquanto.

Gostaria de receber (em breve) nossos relatórios por email de Agro, Alimentos & Bebidas? Clique aqui.
Quaisquer críticas, dúvidas ou sugestões são bem vindas: basta deixar um comentário no final do post.


Quinta-feira: Margens nos EUA

De acordo com a Bloomberg news, frigoríficos na América do Norte estariam se preparando para um aumento de casos da Covid19, procurando evitar o tipo de interrupção que fechou várias fábricas durante o segundo trimestre, restringindo o fornecimento de carne exatamente quando os consumidores estavam estocando suas geladeiras no ápice da pandemia.

As preocupações com o aumento de casos trazem à memória o que aconteceu no 2T20, quando as indústrias pararam ou reduziram o abate de animais devido ao aumento de infecções de Covid19 entre seus funcionários. Consequentemente, houve acúmulo de bovinos e suínos no pasto, pressionando os preços para os criadores. Simultaneamente, houve redução da disponibilidade de carne nas prateleiras dos supermercados, empurrando os preços de varejo para altas recordes.

Depois de muitos investimentos em segurança dos funcionários e mesmo com indústrias operando em um ritmo mais lento (como a Cargill está fazendo) e enfrentando maior absenteísmo (como a Sanderson Farms), ainda não temos certeza dos impactos de um potencial aumento no número de casos. Muitas empresas enfrentaram reações adversas do governo e do público devido à forma como lidaram com a indenização do pagamento e o apoio às famílias, por exemplo.

Por outro lado, os executivos agora dizem que as empresas estão mais bem preparadas, tendo gasto milhões de dólares para reconfigurar fábricas, implementar medidas de distanciamento social e distribuir os equipamentos de proteção de que os trabalhadores precisam para se manter seguros enquanto mantêm a cadeia de abastecimento de alimentos funcionando. Qualquer notícia sobre vacinas nos próximos meses pode ser benéfica para o setor nesse sentido.


Quarta-feira: Preços das Carnes

  • A carcaça bovina fechou a semana passada em R$ 17,25/kg, uma queda de 10% versus novembro mas ainda 19% acima dos patamares de 2019 para o mesmo período.
  • A carcaça suína ficou em R$ 10,53/kg, uma queda de 21% versus a mesma data no mês passado mas ainda registrando 16% de alta na comparação anual.
  • O frango congelado encerrou o período em R$ 6,13/kg, uma de 5% versus novembro mas ainda 12% acima dos patamares de 2019 para o mesmo período.

Terça-feira: Exportações de Proteínas

A SECEX divulgou os dados preliminares de exportação para a segunda semana de dezembro. Confira os destaques abaixo.

  • Carne bovina: na primeira quinzena de dezembro, foram exportadas 59 mil toneladas (-8% A/A e -32% M/M, levando em considerando as médias diárias nos respectivos períodos) a um preço médio de US$ 4.499 por tonelada (-10% A/A mas +2% M/M).
  • Carne suína: foram exportadas 36 mil toneladas até agora em dezembro (+28% A/A mas -12% M/M) a um preço médio de US$ 2.436 por tonelada (-6% A/A e -3% M/M).
  • Frango: foram exportadas 144 mil toneladas até a segunda semana do mês (-61% A/A e -14% M/M) a um preço médio de US$ 1.415 por tonelada (-12% A/A mas +7% M/M).

Segunda-feira: Preços dos Animais Vivos

O pior teria ficado para trás? Pela quarta semana seguida, houve queda nos preços do boi (-3,0% versus a sexta-feira anterior) e do suíno vivo (-5,2%). O mesmo ocorreu com os preços da soja (-3,4%) e do milho (-2,1%). Vale lembrar que tais indicadores passaram a maior parte do ano subindo semana após semana. Como escrevemos semana passada, agora eles estariam apontado para o início de um processo de reversão a média.

  • O boi gordo fechou a semana passada em R$ 263/@, uma queda de 9% versus novembro mas ainda 26% acima dos patamares de 2019 para o mesmo período.
  • O suíno vivo fechou em R$ 7,42/kg, uma queda de 25% versus a mesma data no mês passado mas ainda registrando 19% de alta na comparação anual.
  • A soja terminou a semana em R$ 147/saca, -9% mês a mês mas ainda +68% desde o início de 2020 (+67% A/A).
  • O milho terminou em R$ 73/saca, -9% versus o mesmo dia em novembro mas +50% desde o início do ano (+52% A/A).

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