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Expresso Alimentos & Bebidas #13

Confira os destaques do setor de Alimentos e Bebidas nesta semana.

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Confira os destaques do setor de Alimentos & Bebidas nesta semana:

  • Às segundas, falamos dos preços dos animais vivos (margens dos produtores)
  • Às terças, abordamos exportações semanais (margens dos exportadores); 
  • Às quartas, discutimos o preço da carne (margens dos frigoríficos); 
  • Às quintas, analisamos dados do mercado norte-americano (margens nos EUA)
  • Às sextas, comentamos dados de fluxo e performance das ações.

Por que esses dados são importantes?

  • Porque eles impactam os preços de ações como MRFG3, BRFS3 e ABEV3. No momento, estamos restritos em JBSS3 e BEEF3 por determinação da nossa área de Compliance, ou seja, não podemos realizar comentários sobre essas duas empresas por enquanto.
  • Vale lembrar que, no setor de Alimentos & Bebidas, esperamos performance melhor para frigoríficos expostos às carnes bovina e suína, ao passo que a carne de frango passa por um momento mais delicado em 2020, tanto no mercado interno quanto no mercado externo.

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Quaisquer críticas, dúvidas ou sugestões são bem vindas: basta deixar um comentário no final do post.


Quarta-feira

AmBev (ABEV3): dados mistos para inflação de cerveja em Novembro

De acordo com dados do IPCA-15 para Novembro, a categoria "cerveja no domicílio" registrou alta 0,6% na comparação anual, enquanto que a categoria "cerveja fora do domicílio" registrou queda de 0,3%. Já para a categoria "refrigerantes e água", os preços no domicílio registraram alta de 0,4%, enquanto que os preços fora dele cresceram 0,3% A/A.

Vale lembrar que no mês passado as grandes cervejarias iniciaram seu reajuste anual de preços, o que explicaria as altas de 2,1% para cerveja no domicílio e 0,8% fora dele. Considerando o acumulado do ano, observamos que a inflação de 2020 ficou abaixo da de 2019. Por outro lado, o movimento sazonal de reajuste, com picos na época do Carnaval e em meados de outubro, se manteve.

Tal queda na comparação anual faz sentido tendo em vista o contexto desafiador da pandemia, com bares e restaurantes fechados. Para 2021, esperamos recuperação dos volumes de venda de cerveja no Brasil a níveis pré-pandemia. Para isso, no entanto, possivelmente as empresas terão menos espaço para reajustes de preço, o que deve se refletir nos dados de inflação.

*OBS: é importante lembrar que, quando falamos de inflação, nos referimos à variação anual dos preços. Quando dizemos que a inflação de 2020 para cerveja até agora ficou mais baixa do que a inflação do ano anterior, não estamos dizendo que os preços de hoje estão abaixo dos de 2019 - estamos dizendo, apenas, que os reajustes parecem ter sido inferiores.


Terça-feira

AmBev (ABEV3): cia desenvolve cerveja com base em lúpulo brasileiro

De acordo com reportagem da Veja, a AmBev estaria desenvolvendo uma cerveja com base em lúpulo nacional em sua fábrica em Lages (SC), a partir de um projeto de incentivo e fomento à cultura da matéria prima.

  • "O Projeto Hildegarda, como foi batizado o processo de criação de um lúpulo brasileiro, conta como uma lavoura experimental, um viveiro com capacidade produtiva de 60 mil mudas ao ano e uma planta para processamento."
  • "A AmBev teria firmado uma parceria inédita com a Lohn Bier e mais 9 microcervejarias para criar uma cerveja colaborativa. A Brazilian Blonde Ale teria edição exclusiva e direcionada a uma ação beneficente no próximo mês."
  • Como a própria reportagem reforça, o lúpulo é um ingrediente indispensável para a produção de cerveja, mas não costuma ser produzido no Brasil por conta das condições climáticas.

Ainda que pouco impactante no curto prazo, enxergamos a notícia como positiva, uma vez que ela reforça o foco da AmBev em controlar seus custos, assim como em lançar novos produtos - inclusive em parceria com microcervejarias.

Cervejas da Lohn Bier, parceira da AmBev no projeto Hildegarda de desenvolvimento de lúpulo nacional.

Exportações de Proteínas

De acordo com os dados preliminares da SECEX, na terceira semana de novembro as exportações de suínos seguiram fortes (+38% A/A na média diária de volumes). As exportações de frango apresentaram ligeira melhora sequencial (+16% versus a média diária de volumes para Outubro) mas seguem passando por momento delicado (-18% A/A em preços).

  • Carne bovina: até a a terceira semana de novembro, foram exportadas 119 mil toneladas (+9% A/A, +5% M/M) a um preço médio de US$ 4.387 por tonelada (-9% A/A, +3% M/M)
  • Carne suína: no período, foram exportadas 56 mil toneladas (+38% A/A, +3% M/M) a um preço médio de US$ 2.481 por tonelada (+3% A/A, +4% M/M)
  • Aves: desde o início do mês, foram exportadas 241 mil toneladas (+10% A/A, +16% M/M) a um preço médio de US$ 1.317 (-18% A/A, -3% M/M)


Segunda-feira

Diante da alta dos preços da arroba do boi, do suíno vivo, do milho e da soja, os custos dos frigoríficos brasileiros estão ficando sob cada vez mais pressão. O cenário é ainda mais desafiador no caso dos frigoríficos expostos à carne de frango ou no caso daqueles que não contam com exportações, sobretudo para a China. Confira abaixo os principais preços:

  • O boi gordo fechou a semana passada em R$ 287/@, um aumento de 6% na comparação mensal e 26% na anual.
  • O suíno vivo fechou a semana em R$ 9,55/kg, um aumento de 5% versus a mesma data em Outubro e 71% vs. 2019.
  • A soja fechou a semana em R$ 163/saca, estável na comparação mensal e +86% desde o início de 2020 (+79% A/A).
  • O milho fechouem R$ 80/saca, +4% versus o mesmo dia em Outubro e +76% desde o início do ano (+65% A/A).

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